Poesia do Carlos Drumond - Queijo com Goiabada
tal mulher
sei que ainda não te desejei
um feliz dia das mulheres,
mas em vez de te desejar
gostaria de te fazer minha mulher
assim nada vai te abalar
assim você nem tem que se preocupar
só deixar...
eu te amar.
confesso que você merece muito mais
e em meio a tudo que escrevo
eu meio que já te escrevi um mil versos
em minha mente.
que de repente acorda com raiva
desejando mais uns minutos
pra poder sonhar com você.
eu ainda quero poder passar este dia ou seu lado
como seu marido, como o homem, que você merece.
Para: minha querida paty
Ass: caca
Sente-se e converse consigo mesmo. Pois ninguém te conhece melhor que você!
Pois só você pode se ajudar!
com amor
sim, eu menti muito
mas sinto muito se não fui sincero
pois escorrego entre a verdade
e já não caio em prol da honestidade.
mesmo sendo um chorão idiota
eu ainda (não) acordo de madrugada
e (não) lembro de você;
também (não) lembro seu aniversário;
quando desbloqueio meu celular.
acho bem feio
esses hipócritas que rimam muito
que dizem serem poetas
mas que só escrevem flores
se esquecendo dos cravos
escrevendo amores perfeitos
mas eu não!
eu deixo claro, com amor
e com amor adoto este dilema
que eu sou o defeito desse poema.
odeio rimar aos prantos
pois nunca estou pronto para parar,
e já não adoto todas as rimas
pois já não escrevo por amor.
mas sempre, com amor.
por que escrever sobre amor?
eu mal penso
e acho bastante repertório
escrever sobre amor
um relatório bastante doloroso
que já me foi motivo de inveja.
uma bem sincera
daquelas passageiras
mas contínua
a inveja em pessoa!?
e eu?;
idiota que nelas acredito
que em histórias contínuo acreditando
e amando? talvez
mas pouco importa
pois sinto queimar
quem diria que amar doeria tanto;
sinto que fui jogado as lareiras do inferno
e meu pecado? já não tão criticado.
seria escrever poemas de amor.
ursos de pelúcia
sinto que te devo um poema
não porque te amo
mas sim porque diz que me ama!
se é que estamos falando de amor.
acho que só tentando não vai resolver
preciso me arriscar.
me jogar beira mar
e rezar pra nadar;
correr nas nuvens escuras
e torcer pra não chover;
dizer eu te amo todo dia
e querer que seja reciproco.
pois ainda escrevo
mesmo sendo um verso oco.
e em meio a horizonte nu
lá estão elas
minhas rimas nada famosas
minhas rimas mais sinceras
daquelas de livros de poesia
daquelas que me lembram,
a fabulosa Cecília Meireles.
a deriva do mar
mais uma vez
me perdi no talvez
como um peixe no balde
só me resta a indecisão
uma superstição, de que ainda à saída.
já quis ver o mar
já quis nadar
mas também já quis amar
também já quis beijar
então para mim que sou poeta:
estar a deriva do mar
é o mesmo que estar com medo de amar.
eu escreveria saudade em um tijolo
e o jogaria pra cima
e enquanto ele cai, te mostrei a ansiedade
depois que ele quebra, te mostrei a maldade
e como um quebra-cabeça
montei o tijolo
e te mostrei meu coração em pedaços.
tá vendo como a saudade doí?
beco
nessas ruas vazias
em avenidas sem vidas
em becos sem saídas
procurei por respostas
para tanta indecisão.
e cada rua uma porta
com uma nova pergunta
a cada avenida um cansaço
de que já não há espaço para mim
e a cada beco
me sinto seco, porém suado, exausto estou
de que em todo beco
ter que se virar
e mais uma vez
voltar pra trás.
(para o meu coração, que ainda sente medo de perder ela.)
muitos
existem tantos deles
seres melhores
mais bonitos
mais cínicos(?) impossível.
então porque me escolher?
porque gastar lagrimas?
porque soltar gemidos?
porque soletrar eu te amo?
porque me ensinar a te amar?
sinceramente, ainda acho que você mente
quando convence a minha mente, de que ama " a gente".
ganhos
o que ganhar? ao perder a sanidade
o que apostar? ao perder a dignidade.
já vi rico
já vivi pobre
já fui ingrato
mas também farto
do que vem fácil.
sobre gastos?
só me trouxeram dor
e sobre lucros?
só conheci o amor.
regra número 01
se algum dia eu escrever sem mencionar amor,
me matem, já que nem sofrer me traria de volta.
pois um poeta não vive sem amor.
um belo caixão
se algum dia eu morrer
taquem rosas negras em meu caixão
para mostrar toda a minha obsessão
meu amor amargurado
mas também belo e sincero
um amor louco e sofrido.
não quero flores coloridas
nem bonitas
quero flores de amores
de amores sinceros.
desejo um lindo funeral
sem beleza igual
sem cabeças abaixadas
pois quero ver lágrimas derramadas.
quero poemas em minhas mãos
rimas em meu tumulo
e versos em minha lápide.
(se algum dia eu morrer, realizem meu sonho
o sonho de todo poeta.
de se livro escrever.)
já, se;
já não sei se escrevo
se me deito;
se vejo o tempo passar;
se observo quem me olhas;
ou se olho para lá.
se dou mil passos;
ou se deixo de andar.
e começo a procurar
meu trevo de quatro folhas
para minha sorte curar
e me jogar beira mar
e amar esses versos.
pois já cansei de terminar poemas
tais poemas sem fim
com saudade no ar.
que se faz difícil respirar.
etolie
a estrela mais bela
ainda que sincera
soa...
bastante arrogante
se debruçando
em minha mesa
com seu brilho constante
se perguntando
e eu? respondo
que tens um brilho ardente
e imploro pra ela:
brilhe para mim
e continue assim
não por mim
mas por si
pois é a mais bela
minha estrela sincera.
a minha volta para casa
gostaria de dizer
que amei te ver
e contaria para o mundo
que tudo com você é onírico
meu paraíso, rico em amor.
saí de seu lar cambaleando
tropeçando em versos
estampando meu sorriso
como um idiota.
um idiota vivo
que mostraria o mundo
a beleza da felicidade
a beleza de minha amada
que já não vejo
só desejo tais lábios
que soam sábios.
ao dizer, "eu te amo".
orgulho
eu acordei
e me deparei com tal situação
e me deitei de novo
um novo homem!
sussurrei a Deus.
que meus dias contados
todos, deveriam ser ao seu lado
mas ainda assim acordei irritado
"que palhaçada é essa acordar sem seu bom dia"
exclamei orgulhoso.
exclamando esses versos
sussurrando rimas
enquanto olho pra você
cheio de orgulho
que como o poeta ocioso que sou
sigo te amando
pacientemente
como um paciente com câncer.
esperando a morte
amando tudo, amando você
odiando tal mundo injusto
em meio a sorte.
me sinto criança
sempre estou exausto
quando penso em você
pois fico muito astuto
te procurando
esperando você magicamente aparecer.
pode parecer infantil
mas você já se tornou minha esperança.
eu te amo,
como uma criança ama doces.
aqueles bem açucarados
que deixam todos atentados
onde a vontade nunca acaba
mas não se confunda
eu só sou atentado com você
pois nosso amor é doce
doce como jujuba.
recado
hoje olhei para o nada
e me senti poeta
escrevi tanto sobre ti
que só escrevi sobre amor
(como de costume)
mas não se acostume
que não sou de ferro
que só me ferro no amor
(como de costume)
mas já vai se acostumando
que vou seguir te amando
te escrevendo poemas
meus lemas de amor
meus lemas dramáticos
meus mais queridos recados.
sua culpa 1
meu amor
por que faz isso comigo?
por que não saí da minha cabeça
estou começando a enlouquecer
pois não paro de escrever
pois meus versos são todos pra você
pois minhas rimas já estão cansadas
de serem usadas
para demonstrar meu amor
para ver seus sorrisos.
que como homem sortudo que sou
admito que é tudo culpa sua
que sinto que te amo
todos os dias.
sua culpa 2
seria sua culpa?
eu te amar tanto
admirando seus olhos grandes
salivando, ao olhar seu corpo
desejando sua boca.
mas não julgue, minha pouca vergonha
pois sou um poeta tarado
saltitando veias
circulando sangue
pensando em coisas indecentes
espero que tenha em mente
que este amor é decente
que sua carne é fraca
e que nossos corpos não mentem
sobre o que sentem.
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