Poesia de Trabalho e Familia
Havia na minha poesia
Havia na minha poesia, um entrave
Aquela sensação velada de tristeza
Verso com aflição em um tom grave
Imergido duma perfídia e sua vileza
Havia na minha poesia, tal lealdade
A um sentimento cheio de aspereza
Um queimor, um ato de banalidade
Que fere a emoção, sem delicadeza
Havia! E não mais imerso nos versos
Um não sei quê de agrados diversos
Me fez poetar a leveza duma pureza:
De outro encanto, outro e outro tanto
Enamorado, só Deus sabe por quanto
Deixando o cântico com casta certeza.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/11/2023, 20"55" – Araguari, MG
Eu vejo poesia todos os dias.
Eu me envolvo no caminhar da massa de gente,
Me perco em olhares sinceros,
Reverbero ao ver abraços apertados,
Sorrio ao acordar e ver o Sol amarelinho tinindo,
E o céu azul com metade das nuvens tênues
E outras bem vivas...
Vejo bocas, vejo mãos, vejo corpos
Vejo tudo...
Eu consigo sentir prazer
No simples ato de estar vivo e me sinto grato.
Hoje, eu lembrei de você.
E queria que pudesse compartilhar das mesmas cores que enxergo,
Do mesmo ar que respiro e da mesma vida que agradeço.
Sinto sua falta...
A vida é linda e eu queria poder te dizer isso
Todos os dias.
No dia 1º fez um ano que você se foi...
E eu ainda sinto o gosto amargo da dor de perder quem a gente ama.
As lágrimas ainda escorrem,
São profundas e clamam...
“Dê flores aos vivos”, era o que estava transcrito
Em minha memória.
A lembrança saudosa que hoje me resta...
É o que faz amenizar
O correr das horas.
Para Mel, 27 de novembro de 2023.
Acaso canta o amor
Quando se vai o amor, cala-se a poesia
Muda-se a melodia, e nada mais cativa
Importa... Mesmo que a inspiração viva
Pois, pouco o versar suporta, só arrelia
Sem este afeto, perdida a doce fantasia
Sofrida, do suspiro a rima fica tão cativa
E os versos de uma alma pouco criativa
Segui resignada com uma poética vazia
Por isto eu sinto com intensidade, valor
Desenhando cada paixão pelo caminho
Risonho, maior, tomado de terno ardor
Ah! Estar enamorado, com ele o sentido
Nos braços da sedução, sem desalinho
Pois flama a poesia acaso canta o amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 novembro, 2023, 18’55” – Araguari, MG
Não sirva poesia a quem prefere baboseiras;
Não ofereça flores a quem só repara a secura dos galhos;
Não desperdice atenção com quem não tem capacidadede de acolher sua mão,
Pois sensibilidade nem sempre é para quem queremos.
VÍCIO
Que eu inspire, de repente, à ti uma poesia
Como se fosse o mais íntimo de meu verso
Aquele rimar apaixonado e no amor imerso
Enfim, um gesto, aresto, mas com alquimia
Que eu traga na métrica aquele olhar certo
Olhares de quem tanto seduz, tanto cativa
A pureza que, às vezes, faz a intenção viva
Onde o desejo é aquele de estar bem perto
E, que o poema seja só teu e, eu todo teu
E seja dos ternos versos um agrado meu
Numa cadenciada e enamorada sinfonia
Que tenha a cada sensação um presente
Germinando no cântico, apenas semente
Com aquela poética que o coração vicia.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03 dezembro, 2023, 14’42” – Araguari, MG
ela mesma, a poesia
é despertar é despertar e enxergar além de o ou a
visão audição olfato tato paladar.
entregar-se para o sentir e perceber.
a Poesia é aprofundar-se
e procurar em si palavras
e substituí-las substituí-las substituí-las
perdê-las e insistir em
re e construir até que
perfeitamente.
e cuspir sem silêncio o que
a Poesia.
cuspir sem silêncio
e não implorar ouvintes
mas quando
seduzir e penetrar e abusar
porque a Poesia é
acariciar todo o sofrimento em
não esquecer a obrigação de
unir versos.
DIMENSÃO
Foi a poesia, bem sei. Sua alquimia
A cadência de chegadas e partidas
Que me trouxe, aos poucos, a valia
E a certeza das emoções sentidas
Foi a saudade, bem sei, a nostalgia
Nos versos de pesadas despedidas
Que deixou a minha alma toda fria
E o coração com sensações doridas
Foi a prosa, alada, formosa, curiosa
O toque, o cheiro, e um tal momento
Que encheu de causos e razão nova
Foi a vida, bem sei, ao viver preciosa
Uma dor chorada naquele sofrimento
Que deu cada dimensão a minha trova...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 dezembro, 2023, 19’28” – Araguari, MG
PRENDA
Diga a poesia! A poesia compreenderia
O prazer contido em um poeta a compor
A luz do olhar, da lua, o espectro da flor
Que faz nascer d’alma a imensa magia
Traz os sonhos na noite e doce utopia
A ensopar a prosa com beleza e sabor
Enchendo os versos com alumiada cor
Desenhando as quimeras de cada dia
A cada gota de inspiração, o encanto
Vida que rima com alegria e o pranto
Inda que a lágrima seja para disfarçar
Cala no coração o fascínio tão fundo
Dos mais e entre as graças do mundo
O afago de então, a prenda de poetar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 dezembro, 2023, 15’47” – Araguari, MG
Tudo é poesia
E todo o resto
É desnecessário
A vida é sinergia
E todo inverso
É imaginário
A luta é rebeldia
E todo protesto
É reacionário
O amor é ousadia
E todo excesso
É revolucionário
Preciso que saiba, nas entrelinhas desta poesia,
Que meu amor por você
É como um rio cheio de alegria.
Que flui constante, profundo, sem nunca cessar,
É uma promessa de amor que jamais irá quebrar.
POESIA, CÂNDIDA E ENAMORADA
Ser o soneto mais lindo do sentimento
Poetar, sempre contente, o tom pleno
Ver a rima poética em um sacramento
Da inspiração, e o versejar tão sereno
Um perfume e, aquele doce momento
Cheirando a alfazema e gosto ameno
Com a sensação a revoar pelo vento
Criando emoção num cálido veneno
Ser sentimental num sedutor espírito
E tão bonito, num entusiasmo infinito
Compondo a imaginação encantada
Meu Deus, dai-me o gosto do ardor
O soar acelerado do coração, amor
Nesta poesia, cândida e enamorada.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 julho 2024, 19’54” – Araguari, MG
Sorria!
Viva a alegria,
E acentue com euforia.
Faça da vida uma poesia
Que ressoe com melodia.
Orquestre com harmonia
E edifique com mestria.
Diga em voz alta
Do que gostaria,
Mas diga sem falta
E com muita empatia.
As luzes da ribalta
Lhe concedem autoria,
Você é o nauta
Que governa a maresia!
Não se curve à esta malta,
Vamos juntos à utopia!
Eu poderia fazer-te uma poesia por dia, e ainda assim todas as poesias seriam incapazes de dizer o que eu queria.
Porquê existem amores que a poesia não consegue descrever!
Assim é o amor que eu sinto por você...
Amor além da escrita, é amor para muitas vidas...
na rotina
do meu dia
a poesia
é ofício de alegria.
e quem diria?
antes eu não suportava
POESIA.
hoje ela é meu alívio
meu refúgio.
PROCLAMAÇÃO
Vai, soneto atento, vai, poesia alada
verso de desejo, afetuoso e desperto
vai, que tu mesmo, num tom referto
há de difundir está alma apaixonada
Cumpre o pacto da atração sagrada
anunciando o poético compasso certo
criando rimas de sentimento coberto
dando ao cântico cadência iluminada
Diz-lhe que, velado de paixão, existo
um intenso ardor, pleno de sensação
deixando intenso sentimento previsto
Ó soneto, se o afiançar desta paixão
vive, e no significar se possa ter visto
então, proclame o amor em comunhão.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30 julho 2024, 16’09” – Araguari, MG
Vivo leitura
No lato vislumbre da vida
Sou poesia
No resumo das frases que
escrevo para descrever
Sou filosofia
Nas lágrimas do
desaguar do tempo
Sou história
Na naturalidade
em me manifestar
Sou prosa
Nós dramas e dilemas
Sou Teatro
Na relação de tudo que sou
Sou ciência.
O que é poesia? Hoje me peguei a pensar.
Se você pode imaginar, está no caminho certo para ouvir o que tenho para contar.
Para mim, a poesia se assemelha a própria realidade: o que ela é se não um amontoado de coisas que fazem sentido? Ou será que não fazem?
Alguns tentam explicar de forma subjetiva, uma percepção das coisas, a realidade que se molda aos olhos do observador.
Talvez sejamos o todo experimentando a si.
A poesia é a experimentação do poeta como a vida é a experimentação do universo.
Um amontoado de letras que antes desordenadas, tomam forma em meio ao caos e dão vida a um momento.
Na mente do poeta, parece surgir, por acaso, tão natural quanto respirar o ar que enche os pulmões, mas, também, tão elaborada quanto a geometria de um cristal lapidado pelo tempo.
Poesia, assim como a realidade, é onde se conta uma história, onde se vive um delírio que beira a loucura, nos faz questionar a sua própria natureza.
Afinal, o que é poesia?
Poesia poetica e artisca
Emanuel Bruno Mota Veiga Andrade
Lisboa 2024
Gosto de usar acrilico
Porque sou um lirico
Sou destemido
Percorro o mundo
E misturo o oleo pastel
Na tela
Para fluir um efeito
Que já antes era eleito
Exestio como perfeito
Sem defeito
As minhas pinturas
São escritas e ditas
Por pessoas
Que ditam
Criticas positivas
Em tons suaves e claros
Apelo por aplausos
Dou aos outros
O que me foi dado
A água é de todos
Eu tenho os pés na terra
Ela também me pertence
Por isso olhei para o céu
Para romper o véu
Atribuido os Dons
Desenvolvidos os atributos
Quero continuar aprendendo
Enquanto vivo
O conhecimento a chave
Das portas fechadas
Nas artes também há caminhadas
Poesia fantasia de amor
Emanuel Bruno Mota Veiga Andrade
Lisboa 2024
Acordei de madrugada
Encontrei o canal de inspiração
A sua pessoa
Nesta consciencia de luz
Entre descernimento
Do que é certo e errado
Encontrei o outro lado
Assim fiz
Estes versos
No que concerne ao amor
Que perdura no coração
Lembranças de louvor
Que nos dão maior noção
Da realidade
Verdade expressa
Pela emoção
Recalcada pela razão
Que apela pelas certezas
A procura de nossos seres
Perdidos em duvidas
Que são culmatadas
Com as almas unidas
Por momentos de alegrias
Para afugar o tédio
Sair da monotonia
Quebrar a rotina
Saindo da fadiga
Dando um abraço a vida
Amando e desenjando
Nessa cumplicidade do respeito
Num ardor que faz transpirar
Estar afugante amor
Que faz corta o respirar
Unos em relação ao universo
Ao terreno e ao celeste
Dar ao nosso ser por inteiro
Sem partes
Nem metades
Um outro destino
Ser um reflexo para o outro
Amando-o
Sendo um hombro amigo
Obrigado e parabéns aos dois
Depois virá dias de disporas
Teremos que se manter unidos
Na inspiração
No amor que clamo
Embalando o eu
Com balsamo
Para nesta poesia
Sonhar
Em verso ou em prosa
Para fantasiar
transladando
Para vida.
Com um BEM HAJA
Emanuel Andrade
Ouço a poesia,
Em cada verso, uma melodia,
Gosto de música,
Nas notas, encontro magia,
Não gosto de cantores,
Prefiro a emoção sem voz,
A arte pura, sem intérprete,
Onde cada um se faz compositor.
Cléber Novais
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