Poesia de Professor X Aluno
Uma mulher mais bela
Sempre haverá uma mulher mais bela;
mais jovem;
com um corpo mais escultural;
que se mostre mais culta,
e até mais inteligente,
mas nunca haverá tudo isso
reunido numa só pessoa,
nunca haverá outra igual a você:
vem, despe dos seus preconceitos
e caminha,
vestida só com teus saltos,
sobre o meu coração.
Um lugar para chamar de lar
Existe um lugar onde a amizade
é maior que a maldade,
e a sinceridade supera a malícia.
É um lugar onde o amor e a confiança
são maiores que o ciúme.
Onde o ciúme existe,
mas apenas demonstra o bem querer
que apimenta a relação humana.
É um abrigo que protege
dos ventos e tempestades,
até mesmo as da alma.
É lá que se divide o pão,
a dor e se multiplica o amor.
Onde se faz o bem
sem exigir nada em troca,
e os adultos ainda tem a sinceridade das crianças.
É um lugar onde se tem boas lembranças,
e se ouve os mais velhos,
com respeito pela sua sabedoria e confiança.
Onde o carinho e a paz
brotam num sorriso sincero,
e um abraço apertado aquece
a alma em desespero.
É um canto do mundo
onde as pessoas próximas ainda conversam,
e antes de ir embora já querem voltar.
Esse lugar ainda existe
e é tão fácil de encontrar,
é onde você volta quando desliga o celular,
é ali mesmo onde você chama de lar.
Admirador de borboletas
Eu sou um eterno admirador de borboletas;
da expressividade das suas cores
e da leveza dos seus movimentos.
Eu me encanto de como elas pousam
e decolam livremente.
Eu reconheço a fragilidade,
mas invejo o destemor das pétalas que voam.
Neste mundo globalizado,
se uma delas bater suas asas com força lá no norte,
eu sou capaz de sentir uma brisa fria aqui no sul.
Eu ainda olho pra uma borboleta específica,
e penso, admirado,
como um trem desses é capaz de voar.
Espelhos inertes
Os homens são apenas espelhos inertes,
superfícies planas, apáticas, estáticas e mortas,
até que neles reflitam uma poesia,
cheia de vida e arte em movimento,
ou apenas o brilho do olhar de uma mulher.
Faça-me sorrir, fala-me de amor
Há raras coisas imutáveis e poucas verdades absolutas, o resto são apenas crenças espalhada ao vento, como se fossem aquelas.
Há outras verdades que a desilusão pode extirpar, como se nunca tivessem existido e quando pronunciadas, nos soa aos ouvidos como poesia, como a beleza das flores que murchamda noite pro dia, entre elas está o amor que por, às vezes, não ser correspondido como um simples sorriso, nos faz pensar que não existe.
Talvez não exista, tão real quanto o ar, o sol ou a luamas, mais sutil, como asflores que precisam ser regadas, quase todos os dias.
Há tantas outras coisas que não existem e seguimos repetindo, falando, curtindo, como um intervalo entre um ano e outro e tantas datas que, se não fosse pelo calendário do comércio, já teriam sido ceifadas pelo esquecimento.
Na letra da música "Joana Francesa", de Chico Buarque diz "Mata-me de rir, fala-me de amor", como um desabafo de alguém que perdeu a fé ao fazer tantos votos ou promessas e não alcançar o seu pedido.
O amor é tão inexistente quanto todas as formas de fé e ainda existe, embora seja mais falado do que vivido.
O amor é tão real quanto a vida que flui como um rio, independente dos nossos desejos.
O amor existe e brota onde quer, o que o faz perecer é o gênero humano, ao permitir que a descrença e o egoísmo transforme o solo fértil num lugar árido, onde não germina coisa alguma.
Muitos poetas exaltaram
a beleza da natureza,
em toda a sua plenitude
e exuberância,
mas isso pode estar contido
na suavidade do movimento
de uma simples borboleta,
na luz que irradia
dos teus olhos,
no timbre da tua voz
ou apenas no teu cheiro.
Não tenho um Leonardo
Os leões não cheiram mais a lírios
Passo meus dias olhando avencas
ouvindo cigarras, grilos...
só não ouço voz de gente
é o homem que roda
os lírios perderam o poder de repente.
só estradas, viadutos, edifícios
um velho caminho
um novo delinquente.
A face suporta a dor ou esconde o prazer?
E se a face for a resposta
e nesses mesmos olhos
cristais de estrelas
passearem e volte arem
E se tudo que há guardado pra você
for o mundo como eu vejo
e, se sua melhor lembrança for o vento
for o tempo, passam horas...
seus sentidos interplanetários
contam, revelam, esperam
E se vim de um lugar distante
e se fiquei presa aí dentro
e se... e se...
isso não for transmutável
e se for sentimento puro
auroras e eclipses... paisagem
mensagem...
E se você não compreender
as coisas do universo
os sorrisos, as perguntas, as verdades
e se, num deslize
a rota seja o norte, o porte, o forte
e se, o medo se instalar no nosso espaço
e a duvida persistir
e se os olhos... cristais de estrela
brilharem trazendo respostas
então.. é...
E se a areia tiver cheiro de vida vivida
E se a agua toda não for necessária pra matar essa sede
e se o tempo não for mais o mesmo
e o vento se recusar a abrandar o calor
e se a atividade meteórica no espaço parar
vier
viagem, em sua direção
e se, e se, e se
e todos os continentes
e mares
e ares... o doce ar, a ar leve que me trouxe
a brisa fresca, que agora você acha fria
E se...
Cristais de estrelas
Em versos criados
ventos horizontes
nos dias inventados
caminhos, pontes...
A água descendo do morro
teu canto infinito no espaço
em brancos dias...
Voa, pássaro...
Dias em doses pequenas
A terra tão vermelha
Carreguei no amarelo do vento
Cantos, junto, posto,
Em cama, nas ramas
Uma centelha de tempo perdida
Um cemitério de intenções
A salvo, no alto
A imagem perfeita
Reina absoluta
Como se não fosse treva, imunda
Querer-te aos passos
No azul dos ideais
o infinito turbilhão de porcelana
a calma trincando ruídos
em sons esvoaçantes
Hoje, o tempo, ligeiramente atrasado, chegou quieto, não disse nada, não olhou nos olhos do dia, nem piscou quando viu que era tarde, não quis comer as horas, nem um segundo sequer.
Parou no meio do pasto, olhar perdido. Parecia mais velho, cansado. Um poema incompreendido, um sonhador fazendo análise, uma fábula esquecida, uma lembrança das histórias de criança... Um olhar sustenido. Abriu as asas, tomou um pouco de sol, deixou-se até balançar pelo vento, guiar, virou paisagem. E eu lá sabia que o tempo tinha asas? Sempre pensei que tivesse motores, turbinados, potentes, desses que a ansiedade usa pra competir com nossos sonhos.
Hoje o tempo parou por alguns instantes, e de longe, com ar superior sorriu para Zeus rodeando o laranjado do meu pé de caqui, tirou os sapatos, respirou, garoa fina.
Algum motivo há, ele parou aqui...
Passei algum tempo na chuva
interceptando o fluxo da água
que escapa da sarjeta danificada
A rodada temperada
gotas suspensas no jardim
Aquelas que se ligam num momento solto
no final dos ramos
ao longo da planta
olhos que capturam e transformam
imagens sob campanulas azuis
O mundo – vertigem ascendente
Queda, barreira, fundo do mar
Estrada de pedras, pesado portão
... dois leões
O mormaço petrificado
A porta fechada
Bater? A intenção derrete nos dedos
A esteira vazia no canto da sala
A televisão ligada – a viagem de amanhã
Eu não vou chegar.
Não há tempo, só mormaço.
Floricultura
Mais cachorros que pessoas passando na calçada, bicicletas, o som das jovens vozes no ginásio da outra quadra. A orquídea que perfuma tudo pra chamar atenção, o vento, a brisa calma: vão fazer falta no verão.
Da porta vejo escadas, no alto, janelas refletoras de sonhos...
Uma promoção, um suco gelado, uma vontade de falar com alguém.
O telefone toca, uma voz amiga do outro lado do mundo - Que vontade de chorar. Queria ser pássaro, pássaro não, vento: pra chegar mais rápido.
Vou conhecendo a pequena floricultura com a chegada do sol, com a promessa da primavera - Piso num chão de sombras de folhas douradas...
Tudo na cidadezinha é devagar, o tempo, o homem, o olhar, o sorriso. Quando se pensa em sorrir, a vida já deu dois passos, e uma parte de mim nunca olha pra trás.
Vendo flores, vasos, sonhos, uns sorrisos, surpresas, amores e contentamento.
O quase perfume de criar um jardim entre quatro paredes de concreto.
Nada num jardim é concreto, nada permanece, mesmo as esculturas de pedra.
Esse é um desses negócios que além da beleza e do prazer vende renovação, nutrição, recomeço... Algumas recomendações, o desejo que vinga, o cuidado de um novo alguém, um novo lar, e se ninguém cuidar?
As tardes de conversa jogada fora com insetos e folhas... Entre podas drásticas ou carinhosas, percebo que preciso de espaço. Um escritório debaixo do pé de caju, quem sabe?
Alguns metros quadrados a mais pra cultivar as flores de vento, borboletas!
O caminho não é mais o mesmo, ainda tem um campo de girassóis antes de chegar em casa, ainda tem o mar, a vila, mas é o barquinho azul, parado na lembrança que ensina a olhar pro que se quer mesmo quando não se quer nada.
Os dias de sol trazem coragem, os de céu branco ditam o ritmo da espera.
Vou pintar o vento no tronco de uma árvore...
Aproximei-me do ar salgado, que respiram as gaivotas
um gato brincando com novelos de ondas
Sou novamente eu no lago oceano
na areia da praia e nos balaustres da baía
Olhando os alvos barcos de papel
Marinheiros tocam bandolim
Nunca longe, levo minha casa para salas de concerto e teatro
mar esquivo... eu finalmente encontrei os olhos
Estirpes no final do campo
madeira morta
folhas de hera entrelaçadas
musgo, cogumelos
cheio de água, solo
deixa.
Pântanos inconstantes
Em torno dessas cepas,
eu sonhava
em fachadas de edifícios pequenos
pernas elegantes
garras, mezaninos
asas de pássaro.
🔥 Paixão Ardente 🔥 (Letra Original)
(Verso 1)
Quando o corpo clama e a mente se perde,
Teu olhar é chama, e o fogo me invade.
Eu sinto o desejo em cada gesto teu,
No silêncio quente, a noite é só meu e teu.
(Pré-refrão)
Teu toque é chama que me queima por dentro,
Cada movimento, é como um alento.
A gente se perde, não quer mais encontrar,
Na dança do desejo, só sei te amar.
(Refrão)
Estou cheia de desejo, tua paixão é meu ar,
Teu corpo é um mistério que não quero desvendar.
Na tua pele, encontro a perdição,
Sou toda tua, sem direção.
(Verso 2)
No beijo ardente, o tempo se apaga,
A única verdade é o que o corpo propaga.
Teu cheiro no ar me faz delirar,
Em teus braços, me deixo encontrar.
(Pré-refrão)
Teu toque é chama que me queima por dentro,
Cada movimento, é como um alento.
A gente se perde, não quer mais encontrar,
Na dança do desejo, só sei te amar.
(Refrão)
Estou cheia de desejo, tua paixão é meu ar,
Teu corpo é um mistério que não quero desvendar.
Na tua pele, encontro a perdição,
Sou toda tua, sem direção.
(Ponte)
E quando a noite se vai, ainda tenho tua marca,
O fogo do teu amor me toma e me arranca.
Não há retorno, não há mais razão,
Só sigo contigo, no ritmo da paixão.
(Refrão Final)
Estou cheia de desejo, tua paixão é meu ar,
Teu corpo é um mistério que não quero desvendar.
Na tua pele, encontro a perdição,
Sou toda tua, sem direção.
(Outro)
E se o mundo acabar, que seja no calor,
A chama que nos queima é o nosso amor.
Eu sou tua, sem dúvida, sem medo,
Nesse fogo ardente, me perco em segredo.
Daniela, a Sereia dos Ventos
Nos mares dourados onde o sol reluz,
Entre ondas que dançam em brilho e luz,
Aparece Daniela, encanto e magia,
Sereia dos ventos, rara harmonia.
Seus cabelos, fios de sol a brilhar,
Reflexos dourados que o céu vem beijar,
Olhos que falam ternura e fulgor,
Gêmea das brisas, sopro de amor.
Seu corpo esculpido, encanto sem fim,
Graça que embala as marés em mim,
Cada gesto, um verso, doce refrão,
Musa que inspira a mais bela canção.
Mas não é só beleza que te faz singular,
És força, és riso, brilho no ar,
Guerreira, autêntica, estrela a brilhar,
Caminha confiante, sem medo de amar.
E em tão breve instante, num simples olhar,
Senti que o laço familiar veio a se firmar;
Primos, destino que juntos a vida quis traçar,
É uma bênção ter-te neste caminhar.
Não tem mais lar o que mora em tudo.
Não há mais dádivas
Para o que não tem mãos.
Não há mundos nem caminhos
Para o que é maior que os caminhos
E os mundos.
Não há mais nada além de ti.
Porque te dispersaste…
Circulas em todas as vidas
Pairas sobre todas as coisas
E todos te sentem.
Sentem-te como a si mesmos
E não sabem falar de ti.
Eles te virão oferecer o ouro da Terra.
E tu dirás que não.
A beleza.
E tu dirás que não.
O amor.
E tu dirás que não, para sempre.
Eles te oferecerão o ouro d’além da Terra.
E tu dirás sempre o mesmo.
Porque tens o segredo de tudo.
E sabes que o único bem é o teu.
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