Poesia de Pais de Pedro Bandeira
Duvidas...
“” O que será o amor?
Seria uma magia, bela e insana.
Ou apenas um sorriso pela manhã
Seria talvez o encontro de corpos
Ou a ressonância de desejos
Quem sabe água cristalina a descer a montanha
Ou a ave a migrar em céu azul
O que será o amor?
Seria esse momento que penso em ti
Ou a ausência de possibilidades de te possuir e ainda querer
Seria o beijo,
Um anjo
O mel
O que será o amor?
Entre tantos amores
Seriam flores
Cores
Licores
Sabores
Ou uma sensação
Coração noutro coração
Emoção noutra emoção
Qual palavra definiria o amor?
Vem
Quero
Espero
Penso que se for tudo isso e um pouco mais
Seria esperar demais
Ou viver para acontecer?
Não sei ... Ou sei
Mas vai, responde ai...
O que é o amor (?) ””
Estar
É curto o tempo
É longo o beijo
É intensa a troca
O calor é desejo
A frase expressa
Na volúpia da paixão
É cavalgar sobre o cetim
Na cama múltipla
Dos amantes
Que aquece
O nosso espalhar
“” De nada adianta o beijo
Se não for molhado
Regado a paixão
Cheio de tensão
De nada adianta o abraço
Se não for do teu braço
Se meu laço
Somente em ti, desfaço
De nada adianta ter mar
Se não puder te amar
E se o amar for levar
Quero me acabar
Nas ondas do teu olhar
Tenho plena convicção
Que minha paixão
É tua até amanhã
E não mais se você não sonhar... “”
“” Que os olhos vejam
Além do sorriso
O perfume da alma
Que a essência
Embriague os corações
Em paz, em vida
Que todo desejo
Seja rotulado como bom
Ou melhor, supremo
E assim quando apagar a chama da vida
Sejamos, não apenas anjos a habitar o céu
Mas lembranças de alguém que soube sempre,
Ser amor...””
"" Imagine uma lua quadrada,
o sol quadrado,
a terra quadrada,
a skol quadrada...
Os cantos do mundo são os encantos do coração...
E é lá que vc encontrará o que procura...
Os dias passam devagar
Não chego em nenhum lugar
Nessa vida entediante
Vivo tentando me encontrar...
Começou a amar.
Olhou pra direita, um jardim. Olhou pra esquerda, um pomar. Não soube o que fazer para se livrar do que o rodeava, decerto que estava enrascado.
Mas, à frente, havia um precipício. Caminhou, pensou e não teve mais dúvidas.
Se jogou do precipício e morreu.
fim
Réquiem do sol
A clepsidra desbotada absorve minha solidão
O doce silêncio ascende minha alma solar
O vento e as nuvens turvam sensorialmente o ar
Nas lendárias memórias do insensato coração
Os deuses conspiram contra o amor e a doçura
Ateiam fogo nas bandeiras da paixão e da ternura
Reis, principados e tronos anseiam a morte trágica do poeta
Que existe porque a saudade sublimemente o desperta
Na mítica argila, o rabisco de Macha reluz o intrépido trovão
A estatueta ametista sinfoniza as inapagáveis e imaculadas resplandecências
Ao norte, o vento escarlate desenha a impetuosa perfeição
Canonizado, o ninho dos fantasmas descortina as prumadas transcendências
Tu és meu livro memorial, minha estante de sumptuosas recordações
Eu sou sua metade, seu pedaço pelo destino outrora roubado
Seu castelo de tristezas, gritos, prantos, lamentações e fado
Quero entregar-lhe desejos, sonhos, fantasias, desígnios e sensações
Fragmentados nas infinitas camadas do lúdico carrossel dourado
Consubstanciados na homérica galáxia do sagrado paraíso constelado
Mas experimente amar
Uma vez sequer na vida
E saberá o poder da observação
Da beleza de um raio de sol
Na claridade de uma lua cheia
Da chuva fina caindo de madrugada
Da saudade que aperta ou dilata
O peito numa lágrima solitária
De alegria ou tristeza
Amai
Coisas que nos fazem bem
O amor, por exemplo,
Sendo o mais profundo
E que nos alcance
Que traga paixão
Que venha com alegria
Como uma melodia
Que embala o coração
Refletindo ...
Raros momentos,
perplexidade no olhar,
uma folha que cai,
um grito de ai,
aquela folha desfaz e,
fecha seu ciclo.
Banal é,
não banalizar,
o que fora,
banalizado,
a folha que cai,
não tocou o solo,
está caindo,
juntando-se as outras,
juntando-se ao todo,
retornando para
a alma-máter
natural.
Que ditoso de amores por ti eu vivi
Que lembranças daqueles olhares,
Sôfregos e lânguidos, que n’alma senti.
Falso Soneto II
Adeus, minha querida, adeus, meu amor!
Dei-te afeto, carinho, e tu, só me deste dor
Agora, vou-me embora, mas de ti não esqueço
Porque tão ingrata com quem te deu tanto apreço?
Fizeste-te escarlate aos meus primeiros cortejos
Agora, é com tristeza n’alma que eu te vejo
Entregaste-te a outro! Sabe que ele não te ama!
Não vale um vintém, bêbedo que minha musa profana!
Despeço-me agora de ti querida, não posso mais
Ver o que tu fazes comigo, mata-me aos poucos
Só queria ter os sorrisos, que tu me davas tempos atrás
Pois adeus, luz de minh’alma, não posso curar esta ferida
Não aguento teu desdém, teu descaso deixa-me louco
Morro, lembre-se de mim, como quem mais te amou em vida...
Meu coração
Meu pobre coração, que nessa terra
De amores e de esperanças se enchia
Agora em mortais desgostos se enterra
Foi ditoso, mas de ilusões vivia!
Oh! Descansa meu pobre coração! Embriagou-se no enleio das mulheres
E não percebeu que era tudo em vão
Eu te deixo em paz, morra se quiseres
Porém, só não se esqueça das venturas
Inocentes gracejos, e as doçuras Que nos deram os amores das donzelas
E se quiseres morrer, eu te entendo
Antes pelo menos, morra sabendo
Feliz daquele que morre por elas.
Camille
Deixa dizer-te os formosos cânticos do meu coração
Que a minha alma tanto repulsa pela emoção e pela dor
Foram moldados com carinho, ternura, brandura, zelo e amor
Petrificados na ânfora de Atena com a força de uma paixão
Camille, tu que viajas nas cataratas eternas, deleitando-se
Nem de longe esquece-te do imponente ser de garras e rugido
Oh minha sonhadora: de mechas loiras, ruivas e traje brunido
Quero viajar para sempre nas quedas celestiais, acariciando-te
Tu matastes a morte com a flamejante espada da esperança
E me destes a vida, criando um paraíso que nunca poderei igualar
Cravando o sagrado opúsculo nas areias do Chronos hodierno
Por ti, sofro nas mãos cruéis e perversas do soldado da vingança
Tudo para cavalgar pela última vez, rumando para o reino basilar
Unindo-me para coabitarmos no paraíso cróceo, flavescente e eviterno
A vida
A vida é feita de planos
Desejos e sonhos
Vitórias e derrotas
Que formam uma história
Quantas vezes fazemos planos
Que não acontecem como o nosso querer
Encontros e despedidas,
Desgostos e fantasias
Tudo uma nova etapa para se viver
Desejamos e sonhamos,
Tantas coisas almejamos
Mas nem sempre alcançamos.
A vida é um verdadeiro mistério
Só esperando para ser desvendado
Todos temos um sonho
E um futuro desejado.
Anja
Inalterável é sua insigne formosura, que me faz lembrar as joias celestiais: reluzentes, puríssimas e absolutamente inefáveis...
Tão perfeitamente bela que eu não ouso explicar, lamentando pelas incontáveis limitações que constituem o meu ser, que jamais seria capaz de exprimir tamanho esplendor...
Tu és a representação máxima da venustidade angelical, da airosidade suprema das fadas ternurosas e da glória divina e sua total soberania...
Eternamente alegre estarei, no céu estrelado do amanhã, ao me recordar de sua existência e ao saber que uma luz brilha dentro do meu coração, por tu voltardes seus olhares para mim, apreciando a presença dos meus olhos contemplando sua nobre face...
Mais absoluta que o pó das estrelas do firmamento, tão soberana quanto o rugido dos faunos e mais Égide que o Olimpo indivisível, és tu, a minha anja de face sorridente, tão dona da felicidade quanto os seres cantantes dos sagrados campos Elísios.
Paladina Sinfônica
Ouço os sinos da alvorada tocando
Um som lúgubre ecoa nas veredas
No céu contemplo ninfas sapateando
E ao longe os anjos tecendo sedas
Tu és a mais perfeita das fantasias
Um genuíno oásis de passividade
Ostentando cânticos de melosas sinfonias
Transmitindo a mais absoluta sublimidade
Na flor mais rara está sua aura
Que acolhe o universo com ardor
Expelindo gotas da areia fauna
No supremo santuário do louvor
Eternamente estará a vagar
No mundo infinito do amanhecer
Semeando pó estelar e ventos puritanos
Sua insigne imagem me faz suspirar
Sonhando tocá-la no clarão do anoitecer
Embriagado com o cálice dos tiranos
Coração azul
Como o mar e seus recifes esplendorosos e coruscantes
Que geram o carrossel silente e harmônico do amanhã
Assim são meus olhos serenos e suplicantes
Que bradam vergados de esperança ao comtemplar o efígie talismã
Em minha alma tenho o rugido da indomável tempestade
Soprando com furor os seres velejantes do amanhecer
Que veem estremecer seus ventres de argúcia e sagacidade
Criando sempares reflexos ao entardecer
Suas lágrimas contém o elixir celestial
Que faz nascer o néctar da imortalidade
Bradado no coração do oceano reluzente
Estrelas douradas criam o vento boreal
Que constituem o cenário da sublimidade
Delicadamente exprimindo sua pura alma inocente
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