Poesia de Desabafo de Vinicius de Morais
Voa pássaros azuis, pelo azul do céu.
Carregue os sonhos, e os momentos enfadonhos deixe-os ao léu...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Nada sei...
Somos sempre aprendizes
ao amor bendizei,
pois com ele seremos felizes...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Ilusão (soneto)
No beiral do cerrado a vida que passa
tal passada larga e velocidade feroz
num galope de ilusão faz-se algoz
da mocidade se tonando fácil caça
O tempo traga um vinho sem graça
da ilusão ser iludida pela face tardoz
de que é possível ter mundo de "oz"
no tardar veloz do fado que nos abraça
E assim, nesta altiva e devaneadora voz
tenta comandar com cortina de fumaça
a ilusão sonhando em não chegar a foz
Doce ledo engano desta ilusão trapaça
servindo a esperança do que já é após
de amarga fantasia em cuia de cabaça
Luciano Spagnol
11 de junho de 2016
06'30"
Cerrado goiano
A tristura iria se comover
se soubesse que ao chorar
escoam lágrimas no viver
do coração que põe a jorrar...
Umas escoam pela face
e outras na alma num repasse...
Luciano Spagnol
Cerrado goianos
Dor secreta (soneto)
Se a saudade que escuma, alternasse
com o pesar que perfura, e caísse fora
e nalma tirasse o dragão que devora
as lembranças seriam uma catarse
O coração é um ser que também chora
que põe o suspiro a escorrer pela face
prensa o sufoco no peito num repasse
e quando encontra a solidão, tudo piora
Há, ilusão, uma piedade que causasse
uma esperança que pudesse ter agora
um alento que no ombro cochichasse
Se se eu pudesse ter uma outra outrora
mesmo na dor que chora, e estampasse
um parecer venturoso, eu iria embora...
Luciano Spagnol
12/06/2016, 16'10"
Cerrado goiano
O coração é um ser que também chora
que põe o suspiro a escorrer pela face
prensa o sufoco no peito num repasse
e quando encontra a solidão, tudo piora
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Após rezar, contemplar a genuína grandeza
À luz de Jesus desce da cruz, em romaria
E beija nossa face com humilde riqueza
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Só sou o que nasci pra ser
Quando amo o meu semelhante,
Com o mesmo amor que eu me amo,
Nesse ponto descubro a minha identidade.
Soneto da Ave Maria
Na fenda de ter crença eu já sabia
O pouco de amor se tinha nobreza
Na alma o homem trazia pobreza
E no olhar a mão que oferta, vazia
Nos caminhos, trilhados, uma certeza
O embate de quem clama na Ave Maria
Que na vida a nós é a Mãe da soberania
Via esperança, chama da ternura acesa
E neste sustento de fé, a paz em poesia
E no peito o afeto se dando em surpresa
Sentir a prenda de se ter uma real alegria
Após rezar, contemplar toda está beleza
À luz de Jesus desce da cruz, em romaria
E beija nossa face com humilde riqueza
Luciano Spagnol
13/06/2016
Dia de Santo Antônio
Estranho amor este que hoje eu sinto
a saudade incorporou a coisa amada
acorda comigo depois de ser sonhada
e de mãos dadas paira pelo ressinto
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Ainda sinto o gosto dos seus beijos,
sinto suas mãos me tocando.
Sinto, e vejo.
Vejo seus olhos brilhando,
me olhando.
Seu sorriso estampado,
bobo, apaixonado.
Vejo você,
tantos anos depois,
da mesma forma que te vi
naquela primeira vez.
Um menino,
agora adulto.
Que não cansa de me conquistar.
Doce amanhecer...
.Anseio todos os dias pelo voo das gaivotas no amanhecer
Percorrendo a imensidão do horizonte... Voam e gritam
Desenhando no azul do céu... Equilibrismos fantásticos...
Rasgando o verde esmeralda das águas do mar...
Minutando o amor... Inventando poemas...
desenhando no azul celeste
Uma poesia nunca se perde viaja sobre a beleza das paisagens...
Soneto do cerrado no inverno
Chegaste, inverno no cerrado árido
Manhãs mais frias, ventos cortantes
As seriemas e seus cantos fascinantes
Noticiam o entardecer não mais cálido
Os pássaros engurujados e suplicantes
Pousam nos galhos tortos e desfolhado
O rubro céu pelo acinzentado é trocado
Do inverno no cerrado e seus instantes
A melancolia toma conta do dia gelado
Noites mais longas e mais pensantes
Oferece pinga pra aquecer o agrado
No fogão de lenha prosas fumegantes
Aquenta a alma e ao inverno versado
Propício aos sentimentos mais amantes
Luciano Spagnol
14 de junho, 2016
Cerrado goiano
Não te amo desalinhado como se é o cerrado
tal folhas emurchecidas libertas na sequidão
te amo como o árido clama água, na exaustão
sequiosamente, entre o limite e o estar saciado
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Saudação ao cerrado goiano
Caro cerrado goiano
te saúdo
e sem ter engano
mesmo eu este carrancudo
és soberano.
Aqui, pude te apreciar
aprender a lhe ver
diria até amar
mesmo daqui eu não ser
me sinto parte do seu despertar
belo, e também do entardecer.
Ali, cá, acolá
chão cascalhado
de frutos que são maná
arbusto desencontrado
flores, como não elogiar
tão mágico cerrado.
Então, minha gratidão
por tudo, pouco é o enaltecer
e o sentir que se leva no coração
e se saudade haver
volto, pra mais uma saudação.
Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano
Encantamento
O tempo cá no cerrado
me fez um bom aprendizado
tudo veloz passava
no meu eu versado
assim, pude apreciar onde estava
e na saudade fui encantado.
E eu nem imaginava...
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
O poeta perdeu seu dom de compor e se perdeu em seus versos,
Ficou abismado quando percebeu que só o seu reflexo refletia naqueles olhos claros,
Deus deu o refrigério que ele tanto buscava pra tanta ansiedade que havia em seu coração,
Decidiu fazer versos de sEUs momentos bons e ruins que passava com ela,
Decidiu não mais escrever em um papel suas aventuras, e disse que a grande poesia de sua vida seria registrada pelo sol, a lua e o vento,
Só eram dois personagens que logo se tornarão um só,
Dizia que só queria ser famoso no coração dela pois os flashs o cegavam e o desorientavam,
Era cheio de segredos e de ambições e contava tudo pra ela ficando calado e a beijando,
E ela respondia com um sorriso largo e o abraçando como se nao pudesse mais largar,
A inTEnsidade que eram silenciosos eram apaixonados, na verdade quase não faziam barulho,
Foi na praia, no por do sol que o poeta conseguiu tatuar na alma dela a sua mais bela composição,
Falou pra ela que a ter encontrado o fez viver perdido,
E perdidos nessa história resolveram assim continuar,
Naquele mar salgado ficou um legado,
Que erA possível se aMar caladO, nao era necessário gritar,
As estrelas ouviram ele falar pra ela que a sua maior poesia era viver ao seu lado...
PLURAL
Quando o tempo nos é percebido
Distantes estão os anos ditosos
Conosco à frente dias penosos
E vai ficando o devaneio diluído
As horas sem segundos, gulosos
são os desejos, tudo é divertido
Eis que num as, se é envelhecido
E os enganos tornam-se facciosos
Então, tudo nos passa a ter sentido
Até mesmo os lamentos, saudosos
O que era ufano, vira comprometido
E vemos que nos plurais saborosos
Tem também o curso transcorrido
Num rugido de passos vertiginosos
(E lá trás o tempo de rapaz esquecido)
Luciano Spagnol
2016, junho
Cerrado goiano
A culpa, é da lua
deixou a noite fria e nua
de sonhos e devaneios...
E nesta ausência os anseios,
viraram penumbra
e o poetar uma rumba...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO AFETIVO
O meu amor é para que seja amado
Gentil, e na composição seja ditoso
Tanto quanto na vida tão precioso
E nos sentimentos oferta e agrado
A nós mortais nunca seja enganoso
Torne ao olhar um prazer dourado
O abraço no abraço bem enlaçado
E aos carinhos suave verso mimoso
Vinde amor, sempre, fruto consagrado
Que seja na alma zéfiro bem gostoso
Airando os lábios com uivo adornado
Ah, amor meu, ser amado é saudoso
Se se os delírios ao outro é alcançado
E derramado da emoção licor vigoroso
Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp