Poesia de Desabafo de Vinicius de Morais

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Insônia

Essa insônia que vos digo, não é sozinha. Na verdade ela é uma resultante. Ela vem de tantas coisas, tantas causas.
Parece que eu estou sempre angustiado, a angustia de dever ao mundo o poema perfeito, sei da impossibilidade, mas isso me move, move meus dias, meus passos, meus olhos e gestos. Quem sabe o mundo me dê as letras que faltam naquela palavra, ou me dê mais um dia, como hoje. Pra que eu busque as minhas perfeitas imperfeições.
Angustia de querer fugir pra longe, cheirar o céu e beijar a terra.
Amo sentar no sofá, fumar meu cigarro, discutir comigo sobre minhas discussões comigo.
Acho perfeito me imaginar namorando com cada moça que passa por meus olhos. Vejo namoro, casamento, filhos, família, tudo perfeito. Mas quero nada disso, tenho prazer na tristeza e na solidão. Não conseguiria seguir ao lado de alguém. Sou um quebra cabeças, sem desenho algum, que sobram peças, peças que não se encaixam.
Mas a coisa que mais me intriga, não é o frio na barriga, nem a rima perdida. É rimar sem perceber, enquanto tenta escrever, que a grande ironia, é o perceber... Que o problema de ser poeta, é não ser.

Inserida por kevinmartins6

Tem gente que rir do meu sotaque
Achando que é melhor do que eu
Se esperteza fosse religião
Com certeza esses seriam ateus
Quem não reconhece uma riqueza
Nunca vai deixar de ser plebeu

Sou lá de Pernambuco a dentro
Onde a poesia ergue seu liceu
É a simplicidade matuta
Demonstrando o seu apogeu
Sou mais Rogaciano Leite
Do que Caio Fernando de Abreu

(Jefferson Moraes)
27/06/2014
Olinda, Pernambuco

Inserida por JaneteSalvadorGG

BR 232

Nessa BR dois três dois
Muita gente vai e vem
A estrada tem saudade
E quem passa nela também
Pois quem fica sente falta
E quem vai deixa em alguém

(Jefferson Moraes)
Arcoverde, Pernambuco
07/07/2014

Inserida por JaneteSalvadorGG

Quase dez horas da noite
Num sítio perto do Ambô
No chão, sanfona e forró
No céu, a bela lua de hoje
No peito, a força do coice
Que a saudade vem dando
Só me resta ir lembrando
De quem não está comigo
No frio, falta-me o abrigo
Do abraço de quem eu amo.

Inserida por JaneteSalvadorGG

Dor(mente)

A dor que guardo na mente
Debruça-se sob meu peito
Com tanta força dum jeito
Que já ficou foi dormente
Mas meu medo, tão perene
Não é que venha formigar
Mas que de tanto esperar
Ele se acostume parado
E meu fim chegue calado
Antes mesmo d'eu te beijar

(Jefferson Moraes)
01/08/2014
Olinda, Pernambuco.

Inserida por JaneteSalvadorGG

Gaveta

Qual fim levou as lembranças que em ti deixei?
Talvez jogaste-as na primeira gaveta
E trancando-as com duas voltas e meia
Vislumbrastes esquecer-me por escassez...
Seja sincera, achastes mesmo, desta vez
Que expulsar-me-ia desse teu coração?
Tire-me da gaveta e guarde a solidão
Porque ela sim merece o esquecimento!...
E pra nós dois, que tal o renovamento
De tudo isso que ainda será recordação

(Jefferson Moraes)
Olinda, Pernambuco
26/08/2014

Inserida por JaneteSalvadorGG

Açude

Lembro-me daquele açude
Lá no sítio de tia Maria
Onde a água refletia
Meu rosto com plenitude
Lá estava a juventude
Que nunca mais revivi
Só me restou, por fim
A pior das crueldades
Me banhar com a saudade
Que a gente sente de si

(Jefferson Moraes)
10/09/2014
Olinda, Pernambuco

Inserida por JaneteSalvadorGG

Sei que fui um clichê, mas não represento mais papéis em branco na sua vida. Sua paixão é fantasma. Só vejo sensações, emoções e sentimentos invisíveis. Só vejo o vago... Você é ótima de improvisação hein! Sabe levar a relação num falsete. Não caio mais nesse seu jogo que deixa todo mundo escapar. Como é penosa sua forma de não se entregar.
Me doar? Para sua forma contida de não amar? Vai aprender a amar! Vai! E ela não foi. Pois não sabe o que isso.

Inserida por aislanfonseca31

Minha inspiração é você...
sem você não tem notas,
sem você não componho melodias,
sem você meus versos é frio, vazio, sem sentido
é você a minha musica,
o meu tom e a minha rima,
és a minha mais linda poesia,
e harmoniosa canção poética.

Inserida por InacioAndre

(...) No relógio da vida me perdi no seu tempo.
Vejo o querer tão atemporal dos seus olhos me conquistar.
O tempo nem precisa parar.
Quero perder todo o tempo do mundo contigo.
Eu gosto que você me roube o tempo perdido.
Ao perder tempo com você.
Estou ganhando o melhor tempo do mundo.
Fiquei tempos esperando achar o tempo perdido contigo.
Prometo que se eu achar o tempo perdido.
Perco ele com você de novo.

Inserida por aislanfonseca31

"Advérbio"

De todas as palavras da linha portuguesa eu gosto mais dos advérbios, por que embora seja invariável, ele é o único capaz de modificar a si mesmo.

Inserida por Erlis

Palavras ao vento, ou somente em movimento
Tudo tão lento e rápido ao mesmo tempo
Que quase perco meu alento
no colo do Tempo

Maiúscula ou minúscula
estamos todos na mesma busca;
complicada e confusa, ou não,
só obtusa

Mas não perco a esperança
quem acredita sempre alcança

Se eu consegui rimar,
você até o Senhor pode tocar
escutar
abraçar
alcançar
amar!

Inserida por feeeoliveira

Por que a pressa?

Gritou lá de longe

Virou, subiu

De novo desapareceu

Por que a pressa?

Gritava aquele que seu amor perdeu.

Inserida por RafaelDoliveira

Por um sorriso teu

Foi um sorriso seu
Foi um instante perto do céu
Como um amanhecer de um dia
Eu te observei!

Em um momento me perdi
O tempo parou quando lhe observei
Era como renascer das cinzas.

Você se foi e a noite chegou
Veio o frio tomando dentro de mim
Um coração perdido em metáforas.

Foi um sorriso seu
Fez valer a pena viver
Meu mundo parou por você.

Acreditei de novo no tempo
Bastou apenas um olhar seu
Meu coração voltou a bater.

Foi como um começo, eu sei.
Faltavam-nos palavras
Mesmo tendo muito a dizer.

Por um sorriso teu, resolvi viver
Tirou-me do tempo e do espaço
Fiquei perdido, apaixonado por você.

Inserida por Carlos4828

Perfume de uma amor.

Erros nem sempre são para sempre
Lamentações as vezes nos fazem recordar
Esquecer também faz parte de viver...

Lembranças as vezes me trazem você
Mesmo doendo prefiro, a lhe esquecer
Odeio pensar que tudo pode ter um fim...

Costumo deixar o tempo passar
Longe de você sobram me as rosa
Um agridoce perfume perdido no ar...

Se soubesse que sonhos são eternos
Jamais acordaria ou dormiria para sempre
Unidos pela surpresa de nossas alegrias...

Daria minha vida por mais um segundo
Se este instante fosse ao teu lado
E quem sabe assim sentir o teu perfume...

Não desejo nada alem de uma felicidade
desde que a felicidade seja você
Mesmo que o amor contrarie a razão...

Aprendi com o tempo a implorar, uma chance
Surpresas também podem nos encantar
Perdidos ou em busca de um lugar seguro.

O vento soprou teu perfume pra mim.
Fez comigo o contrario do amar
Transformou lembranças em dor...

Esquecer tornou-se difícil pra mim...

Inserida por Carlos4828

PHRASIS

Tinta a recantar
Aroma a compor versos.
Verbos expressos a expressar
Como fosse o teste unitário do poeta,
seu inquietante aprovar.
Tangenciando sentimentos dispersos
Na oficiosa trama de melodramar .
Criando verbos, suprimindo vírgulas,
Desapontando a cada ponto de parar.
Onde o poeta extenua suas forças.
Como se lhe exaurisse a inspiração.
Perdesse o olfato, desaprendesse a conjugar.
Imo termo onde o leitor reside
entre o enleio de ler e o de parar.

Inserida por OliSousa

Eu olhei para ti
e vi a belaza natural
ofuscada pela dor
pelo sofrimento
pelas preocupações.

Eu vi um olhar
profundo já cansado
longe do seu ser original.

Eu vi uma mulher
inconformada
com a miséria do seu viver.

Eu vi em ti
um olhar triste
com vontade de ser.
Amada
Apoiada
Compreendida
Desejada

Eu vi em ti
um coração indefeso
precisando de um protetor.

Eu vi uma mulher inteligente
Boa de matematica e física
se perdendo na preocupação
duque vai ser o amanhã.

Eu ouvi da sua boca
um pouco da história da sua família
em paralela com a história da minha família também.

Pelo seu olhar triste
pela sua inteligência
pela sua beleza natural
Eu me apaixonei.
e decidi cuidar de ti.
te amar
te apoiar
te compreender quando precisares de espaço.

"Mas hoje vejo te longe de ser a mesma mulher que me encantou"

Autor Massivi Suburbano Odisseia.
24/12/2014
Expirado pela situação presente.

Bommmm Diaaaaaaaaaa.

Sem sono

Sozinho entre quatro paredes
de um quarto enorme,
pensando em alguém
sinto em meu peito a dor mais angustiante.

Quatro dias sem vê-la
provoca em mim uma saudade sufocante.
01 hora de madrugada
oiço o grito do meu desejo faminto
saudades dos beijos dela
saudade do último abraço caloroso dela.

Sem sono
noite fria
somente eu e a minha agonia.
oiço clamar de angústia o meu coração
quero alimentar essa paixão ardente
possuido por uma saudade sufocante.

Sem sono
sozinho no quarto
enorme
cama vazia
falta-me o seu abraço
nessa
noite fria.
01 hora de madrugada
estou sem saída
quatro dias sem vê-la
nasce em mim
um desejo devoradora.

Transtorno de domingo


Aos olhos de todos - as vísceras - completamente expostas. Expostas feito quadros, feito instalações contemporâneas nas ruas da periferia. Sacadas ao meio dia na frente de todos, na porta da padaria. E o corpo, sem identidade ou cor revirado às avessas, a revelia de sua vontade. Caído de ponta a cabeça na sarjeta, após tamanha tormenta.

De repente, um grande alvoroço! As sirenes do carro de resgate interrompem o silêncio local - chegam primeiro que a polícia - essa chega instantes depois com todo seu aparato.Mas já é tarde demais!

Todos observam calados, incrédulos com o ocorrido. Ninguém fala nada, ninguém vai embora. E como se ainda esperassem acontecer algo permanecem no local, velando o corpo. O sangue encarnado que escorre do corpo já roxo, segue pela guia da calçada em linha reta, na direção do esgoto.

Já se passam das sete da noite e o corpo permanece ali, no mesmo lugar! Só que agora coberto com uma manta de papelão improvisada, feita de caixas de óleo de soja, doadas pelo dono da padaria. Ninguém parece ter pressa de tirá-lo daquele lugar. Só o dono da padaria se preocupa com o corpo, pois já é hora de baixar as portas, de fechar o comércio e acabar com todo aquele grande transtorno de domingo.

Inserida por JotaW

Caminhos trocados

Dor, destruição, praga,
Assolam a alma, corpo e mente,
O que é esse sentir,
Que tira tudo quanto temos?
O que é um ganhar em se perder?
É cólera, invade, assola,
Trás morte,
Que outrora era vida.
Para viver é preciso morrer,
Para ganhar é preciso perder,
Mas porque tão alto preço?
Desafiar deuses é brincar com fogo,
Brindar o desconhecido,
Rir para o abismo.
O preço é cobrado,
E sem mesmo saber,
Será pago,
De uma forma ou de outra,
Aqui não existe calote.
Disposto?
De uma forma ou outra,
Não existe outro caminho,
Que não seja assombrado.
Sigo para o lado oposto,
Olhando o outro.
Olhar anistia,
Nem que por um segundo,
A terra devastada.
Certo ou errado,
Que Deus o saiba,
Não eu!
Seguir por aqui,
É o que resta,
É o que devemos fazer.
Espinhos, pedras, buracos,
Já nem são,
Grandes obstáculos,
Para uma alma que,
Como Fênix procura,
Renascer das cinzas.
Que assim seja,
Seja feita a vossa vontade,
Não a de Deus,
Não a minha,
Nem a sua,
Mas alguma vontade seja feita,
Para que um dia,
Se tivermos um pouco de sorte,
No descansar do universo,
A vida possa nos sorrir,
Mais uma vez!
E nesse dia possamos,
Nos apegar a eternidade,
Sermos os pobres miseráveis,
Que somos,
Sem ousar tanto,
Reconhecendo nossas fraquezas,
E sabendo que um dia estivemos,
Acima do bem e do mal,
Além, e que aqui tudo foge,
Ao controle daqueles que pensam,
Serem os jogadores mais hábeis.

Inserida por gouveper

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