Poesia de agradecimento
Somos muito generosos em oferecer por civilidade o que bem sabemos que por civilidade se não há-de aceitar.
A liberdade é a que nos constitui entes morais, bons ou maus; é um grande bem para quem tem juízo; e para quem o não tem, um mal gravíssimo.
Quase todas as monarquias foram instituídas na ignorância das artes e destruídas porque as cultivaram demais.
Quando o interesse é o avaliador dos homens, das coisas e dos eventos, a avaliação é quase sempre imperfeita e pouco exata.
O entusiasmo é um gênero de loucura que conduz algumas vezes ao heroísmo e muitas outras a grandes crimes e malfeitorias.
Unir para desunir, fazer para desfazer, edificar para demolir, viver para morrer, eis aqui a sorte e condição de natureza humana.
Somos tão avaros em louvar os outros homens, que cada um deles se crê autorizado a louvar-se a si próprio.
Os moços são tão solícitos sobre o seu vestuário, quanto os velhos são negligentes: aqueles atendem mais à moda e à elegância, estes à sua comodidade.
O homem que frequentes vezes se inculca por honrado e probo, dá justos motivos de suspeitar-se que não é tal ou tanto como se recomenda.
É nas grandes assembleias deliberantes que melhor se conhece a disparidade das opiniões dos homens, e o jogo das paixões e interesses individuais.
O nosso amor-próprio é tão exagerado nas suas pretensões, que não admira se quase sempre se acha frustrado nas suas esperanças.
Bem curta seria a felicidade dos homens se fosse limitada aos prazeres da razão; os da imaginação ocupam os maiores espaços da vida humana.
É muito provável que a posteridade, para quem tantos apelam, tenha tão pouco juízo como nós e os nossos antepassados.
Onde os homens se persuadem que os governos os devem fazer felizes, e não eles a si próprios, não há governo que os possa contentar nem agradar-lhes.
Os velhos caluniam o tempo presente atribuindo-lhes os males de que padecem, consequências do passado.
O desejo da glória literária é de todas as ambições a mais inocente, sem ser todavia a menos laboriosa.
Quando os prazeres nos esgotaram, julgamos haver esgotado os prazeres; e então dizemos que nada pode saciar o coração do homem.
Não há homem que não deseje ser absoluto, aborrecendo cordialmente o absolutismo em todos os outros.
É muito difícil, e, em certas circunstâncias, quase impossível, sustentar na vida pública o crédito e conceito que merecemos na vida privada.
A opinião da nossa importância nos é tão funesta como vantajosa e segura a desconfiança de nós mesmos.
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