Poesia Completa e Prosa
Não faz sentido se envolver
com qualquer coisa que
venha fazer se esquecer
de como é o seu interior,
rompendo drasticamente
com as pessoas ao redor.
Não faz sentido se envolver
em nome de uma suposição,
abdicar de viver bem com
o quê de fato agrada o coração,
não é preciso nem de justificação:
nós sabemos a real explicação.
Não faz nenhum sentido
quebrar o seu peito por dentro
por quem quer que seja,
por qualquer coisa perder a cabeça,
cortar os teus laços preciosos
e deixar de fazer outros novos.
Não perder o encanto
é uma escolha a se fazer,
independente de tudo o quê
lá fora está a ocorrer,
não perder o olhar de setembro
da Cássia rosa que está a florescer.
Que digam que é clichê
que tudo passa e sempre passará,
se há vontade de preservar
o quê realmente para a vida vale,
e faz ir para frente de verdade
é o endereço perfeito para morar.
Sobe a aurora matutina
sob a florada da Sucupira,
Vou escrevendo Versos Intimistas
para cobrir de encantos
o amor da e para a minha vida,
Porque o amor só vem para quem
todos os dias nele se inspira.
...
Desce a aurora vespertina
sobre a florada da Sucupira,
Diante dos nossos olhos tudo
ao redor vem, fica e se pacifica,
Com Versos Intimistas nas mãos
vamos escrevendo a poesia
que traz encanto e inspira
os nossos passos pelos dias.
Ninguém precisa
vencer uma discussão,
Um exemplo é deixar
os frutos da Indaiuçu
como são e do jeito que estão
para não se envenenar,
Diferente da discussão,
dela ainda podemos
aproveitar a beleza
da sombra e da delicada floração,
E quando chegar o momento
obter madeira para a construção
o quê permitir a sua imaginação;
e deixar os frutos para
as aves obterem alimentação.
Se tempo a tempo for dado,
mesmo que nada for usado,
diferente de uma discussão,
com uma Indaiuçu ainda
se pode aprender alguma lição.
(Palavra à mente e ao coração).
Dançam as eflorescências
dos Jacarandás de Minas
com os véus lilases na estrada
dos meus Versos Intimistas,
Se ergue sobre nós dois
a colorida aurora matutina,
é o anúncio do amor
chegando para nos dar vida.
...
Coberta pela aurora vespertina
na amável companhia
do Jacarandá de Minas
pego emprestada a inspiração
e a beleza para escrever
os meus Versos Intimistas
para quem sabe fazer
parte da história da sua vida.
Chegar do nada e tornar
para o teu coração
mais do que admirada,
Aquela perene paixão
que te mantém vivo,
Como o Aracurí florido
e inaugural em setembro
para a abelha fazer mel,
Colocar-te em flutuação
e tocar contigo o céu:
a promessa cumprida
e convicta à primeira vista.
Noite romântica e invernal
neste Pátria Austral
sob o Jacarandá de Minas,
Trago aos teus pés
os meus Versos Intimistas
e o meu sublime amor,
E você me devolve
com todo o seu ardor.
...
Bailam os Jacarandás de Minas
nesta estrada percorrida,
Madrugada de neblina
desafiando a nossa vista,
O seu sorriso inspira
os meus Versos Intimistas.
Saber que em setembro
floresce o Pau-brasil
que é a Árvore Nacional
é lembrar que tenho raízes,
e em mim está a Independência.
Saber que em setembro
floresce o Ipê-amarelo
que porta a Flor Nacional
e em mim está a Independência.
Saber que em setembro
o Sabiá-laranjeira se multiplica
é que é a nossa Ave Nacional
e em mim está a Independência.
Saber que não foi somente
em setembro e que a Independência
nasceu com os pés descalços,
e não no fio de uma única espada e coroa,
em mim está viva a Pindorama
na alma, no corpo e na memória.
Saber que para existir de forma longeva
ter Independência é viver com diligência,
em relação a sua própria existência,
e não buscar nenhuma interveniência.
Sobrevoa elegante
o nosso solo brasileiro
o Uiraçu-verdadeiro,
protegendo secretamente
a sagrada floresta;
Não menos precioso
só não tão presente
no nosso território
segue o Uiraçu-falso
igualmente o seu destino
cumprindo o desígnio
de guardar o seu ninho;
Lições observadas
de harmonioso convívio
que ainda podem ser
aprendidas com incentivo.
A cobra do mato
também salva,
A cobra que mata
veste saias,
E para a segunda
dou Caá-aboicininga
em forma de poesia
que em setembro
efloresce aos cachos.
Fetichizar cafajestes
coloca todas em perigo,
as que estão aí
e as que estão vindo;
Precisamos dos papéis
muito bem aclarados
de ambos os lados;
Porque precisamos
de corações afetivamente
na vida melhor orientados.
Mulheres que se prezem
não fetichizam cafajestes,
Uma mulher genuína
sabe que precisa na vida
de um homem bom,
porque ser bom é ser corajoso;
E um homem bom é um
homem verdadeiramente poderoso.
Gemas floríferas dos Vassourões
coloridos que constroem, curam,
alimentam animais, fazem papel,
colaboram para que tenhamos mel,
desabrochando na dança no tempo;
continua intacta a inspiração
que é bicho selvagem e indomável,
que não se permite o sufocamento,
setembro se pega nas unhas
e o restante irá embora com o vento.
Não há nada e nem ninguém
que seja capaz de fazer esquecer
quem eu sou e quem tu és,
e da importância de conviver;
somente as nossas mãos
nasceram capazes de escrever.
O quê realmente desejo da vida
é que ninguém no nosso destino
de nenhuma maneira seja bem
sucedido em fazer não crer
mais que temos o próprio poder.
O quê está em nós e debaixo dos pés
deve ser eterno porque é superno,
e permitir que nos vençam é desatino;
porque glórias alheias não podem
custar o quê por nós foi construído.
Nem sempre máximas
ou as roupas alheias
se encaixam nas vidas
de uns e dos outros,
Às vezes é mais sábio
calar do que pegar
qualquer assunto para engajar,
para não se arriscar.
Para quem sabe muito bem ler,
tem excelência e a consciência
de que uma coisa é uma coisa
e outra coisa é outra coisa.
Não quero nenhuma circunstância
que não seja a minha,
nasci como uma Onça-Pintada
que enxerga no escuro,
e sabe confundir no meio da mata;
para nunca o seu território entregar.
Quem pede para que
você saia de si por
ele ou por outrem,
Jamais faria o mesmo
por você ou por alguém,
É um tipo que não
que ver o seu bem,
Prefira tomar posse
do seu próprio destino,
Que nada distraia
o teu viver bem
para quem sabe vires
ter a provar um
Murici-da-praia pelo caminho,
tu nasceste todo feito de infinito.
Murici-amarelo colhidos
para adoçar os lábios
e os nossos caminhos.
...
Murici-vermelho encontrado
farei um delicioso doce
para agradar o namorado,
E quem sabe fazer dele
ainda muito mais apaixonado.
...
Floresceu o Murici-da-mata,
e logo que vi fiquei inspirada,
Mania poética de me deixar
levar e manter sempre encantada.
...
Lembrar do Murici-da-chapada,
da infância esquecida e de tudo
que sempre fez bem na vida,
é poesia para se manter viva.
...
Nasce o Sol sobre
o Murici-do-campo,
não é segredo
que te amo tanto.
...
Colher do Murici-pitanga
frutos para alegrar,
Colher de ti sorrisos
para o coração devotar.
O olhar, a palavra, o tom
e até mesmo a respiração
do desdém eu conheço,
Mas por sobrevivência
escolhi fingir que não vejo,
porque nada irá fazer
esquecer do que mereço.
No meu peito plantei
um paraíso edênico
que em setembro
colho até Tarumã-bori,
Daquilo o quê observo
de uns não carrego.
O melhor comigo levo,
o quê quero e não quero,
sem deixar nada para trás,
o importante é caminhar
com o melhor e em paz.
Profugato
Uma história esquecida,
que para alguns sequer
foi contada com exatidão,
Um história de fazer
doer qualquer bom coração.
Não tenho dúvida que
eles eram diversos,
e a maioria era italiana:
todos com o signo
de uma fé oceânica
que cruzaram o Atlântico
trazendo o signo da bravura
para este brasileiro destino.
Muitos foram deportados
à força para outros países,
outros viveram como estrangeiros
dentro do seu próprio país,
Alguns conseguiram fugir
do Império Austro-Húngaro
que insistia com o quê existia
de pior a lealdade à Itália perseguir.
(Este poema dedico em especial aos trentinos que imigraram para o nosso país e como parte da memória pelos "150 anos da Imigração Italiana
no Brasil).
As veias de um farroupilha
carregam a herança indígena
Guarani, Kaingang ou Charrua,
É por isso que ninguém domina
e a liberdade sempre o fascina.
Levando a fé, a música, a poesia
e o gigante orgulho do ancestral
sabor pelas estradas da vida,
O farroupilha não teme a ventania
porque tem a sua alma instruída,
e pode vir a passar o quê for:
porque nada nem ninguém diminui
pelo Rio Grande do Sul o seu amor.
Tempo do dia mais próximo
de ser por nós comparado
com um espinho incômodo
está aí na pele impactado.
Antes parecesse de fato
com Jurubeba encontrada
em plena Mata Atlântica,
para fazer a gente curada.
Alguns não têm buscado ter
compreensão aprofundada
e mantém a opinião formada,
trago o olhar de plateia calada.
Navegando para bem longe
onde observar crescente pede
em nome do que é imperativo
sobre brasas e cacos de vidro.
Acho que não sou a única,
não sou a primeira a sentir
e por aqui nem serei a última
a buscar algo para distrair.
Sei que a chuva é dádiva,
mas sempre que alguma
tempestade é anunciada,
Não nego que fico ansiosa
e sem conseguir dormir.
No Médio Vale do Itajaí tem
sido algo que assombra
de um jeito que perdi a conta;
Mesmo que não cumpra
o anunciado a imaginação
por hábito constrói o cenário.
Trago a aura infante e amável
da colheita em plena Coxilha
da memorável Goiaba-serrana,
da ainda menina esperança
e da poesia de Santa Catarina
escrita nas linhas da vida.
Para que ninguém detenha
o pensamento, as sensações,
o sentimento e as emoções,
porque ninguém fará esquecer
o quanto me conheço bem.
Os laços que correm nas veias
trazem tudo aquilo que existe
seja na terra, nas águas e no ar,
e em mim constrói sempre lar,
não existe ninguém capaz por
nenhuma razão de me fazer olvidar.
Tudo o quê é Vernal
floresce como tal
com o quê é próprio
e espiritual tal qual
o Mororó que
o meu Avô buscava
para fazer chá,
E quando o tempo
chegava para as flores
celebrante acenava
pela estação que
acabava de chegar,
Assim com ele aprendi
a observar que existem
flores por todo o lugar,
e quando não houver
sempre procurar buscar.
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