Poesia Completa e Prosa
VICISSITUDE
O canto parou no ponto
tanto encanto, não encantou!
Lagrimas cairão em planto
pelos canto de tanto amor.
Uma fada ao onipresente
nas redes de tantas telhas
chamas, inflamam inocentes
crepitando suas centelhas.
Carreira estacionou na talha
um curto prescrevendo o tempo
escrevendo mais uma falha
surpreendendo os sentimentos.
O choro rascunhou a marca
registrando o cruel momento
deitando os sonhos nas macas
de um terrível descarrilamento.
Antonio Montes
DISSOLUTO
Ali na lapide, um vigário
que pelo carteado do um mundo
foi enterrado, e nunca vingarão.
Estamos vivendo um jogo de favas
todavia, ganha os donos do baralho
imperadores podres e reis das cartas rasas.
No tempo, estão comprando o falho
ninguém, ninguém é dono de nada
estamos pagando a tinta dos entalhos.
Vivemos, milênios de ignorância...
hoje, cobram-nos pedágio do imposto, posto
e os roubos que nunca tivemos gosto.
Todavia a primavera renova os galhos
mas os frutos continuam, mesmo sabor
a misera na UTI, agonizando com a velha dor.
Antonio Montes
ANCORA DA SAUDADE
Lá vem no mar à caravela
na praia a saudade d’ela...
Salta brilho no olhar.
As ondas, balança a ânsia
esperança torna-se pujança
diante de tanto amar!
À vontade éâncora no peito
os ventos arrastam sentimentos
que voam além do mar.
Momentos, perde-se no labirinto
o tinto do luar em noite cheia
de amor em meio às areias...
são lagrimas de um chorar.
Antonio Montes
NÃO QUERO FLORES
Flores ao morrer?... Não!
Eu não quero flores ao morrer
morto não poderei sentir perfumes
muito menos ver
Se não pode me mandar flores...
Enquanto vivo morto... Pra que?!
Flores e sorriso?
Sim, sim eu preciso
... Preciso enquanto estou vivo
Morto não terei alegria nem prazer
também não poderei agradecer
então não!...
Eu não quero flores ao morrer.
Antonio Montes
AO LÉU
Um choro na noite
no amontoado lixo
um cão, há se fosse...
Seria um feitiço?
Apena um inocente
para a morte jogado
atirados aos braços
de uma vida um fado.
Nem sabe ao que veio
e o que fazer agora
sobre frio e reio
sua alma triste, chora.
Não conhece o mundo
nem os beijos gerado
ao nascer por segundo
teve o peito minguado.
Antonio Montes
VERÃO NO CERRADO
Um vento seco, no sertão ressequido
Mas, o céu está úmido, está aquoso
As nuvens cavalgando no azul vívido
As aves (andorinhas) num voo gostoso...
Pontilhando o céu com o seu colorido lívido
Ao som das cigarras num canto preguiçoso
É o verão dando as caras no cerrado árido...
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
SONETO MINGUANTE
Procurei por ti, ó lua, neste anoitecer
E tu estava sem sair à rua, silente
Nenhuma estrela estava reluzente
Tal qual a solidão aqui no meu viver
Noite de inverno, um vazio ingente
Cerrado seco, melancolia a verter
O silêncio no quarto a transcender
E a saudade ousando ser confidente
Escuto o vento na vidraça a bater
Querendo vir me abraçar contente
Se possível fosse sua privança ter
Neste minguante sentimento poente
Nas lembranças eu tento me aquecer
Pois, até a ilusão de mim está ausente
Luciano Spagnol
Julho, 23 de 2016
Cerrado goiano
soneto da frase sobrando: O poeta esta morto
O poeta calou-se depois do meio dia
Inúmeras informações sem afeto
Datas, nomes, números(informação fria)
Senta-se na calçada, taciturno
Nada falava, nada sentia
Miríade de comentários floresciam
Foi a mão desumana e hipócrita
Ordinária mão do meio dia
Razão pela qual o poeta calou-se
Amar já não era a política que via
Temer a ambição da matilha sedenta
Emergente ação pacífica
Melhor calar-se e observar a volta
Enquanto a ternura retorna vívida
Ruas gritam pela volta da poesia
Não existem pessoas que não conhecem a Arte. Há pessoas que não a enxergam. A arte está em todo o canto, está no cantar dos pássaros, está numa grande e antiga árvore e também no céu. O sol, as estrelas, a lua, o azul claro e forte do céu na manhã ou no azul escuro e profundo da noite. E você pode estar pensando - ainda não vejo a arte - Ora, pense em poesia! A poesia pode estar em qualquer lugar que desperte em ti sensações puras, felizes, prazerosas, aventureiras... A poesia provoca as emoções e quando ela aparece,turbilhões de sensações vêm juntas para mexer com o íntimo daqueles, que por imensurável graça, têm o prazer de portar consigo, dentro do coração, algo chamado Sensibilidade. Essa sensibilidade lhe faz enxergar poesia no que há de mais belo para se ver, ouvir, e sentir. Ora, poesia é algo abstrato! Sente-se tanto, porém é quase inexplicável e intocável. Poesia é sentimento. Poesia? É Arte. Arte que vai desde o prazer em observar o nascer do sol, as estrelas ou a lua, até o prazer de olhar nos olhos de quem se ama. E se tu és capaz de notar poesia ao teu redor, em cada lugar, alegre-se. Você enxerga a Arte. É sensível e transborda emoções. Isso é ruim? Bom? Estranho?
Isso é poesia, é sentimento, é arte, é sensibilidade, e não há nada pior do que o homem que não se dá ao prazer de sentir... de enxergar a Arte! De se permitir Amar!
A vida é tão cheia de mistérios
Que ninguém sabe o dia do amanhã.
A vida é tao louca que até o louco ao acordar sabe que sofre de alzheimer.
No mundo em que vivemos tudo é psicológico
A maior batalha que enfrentamos são espirituais,
Nem mesmo os tecnológicos sabem de mais.
Só Deus pode me julgar,só ele pode me parar
Enquanto tiver tinta continuarei a me expressar,
Se for desafio estarei de frente para encarar, mas nem sempre.
Sou tão feliz como sou,que jamais poderia ser Doutor
Porque me chamariam de louco,
E só os loucos sabem...
É tão excitante fazer arte com amor
Quanto querer tirar uma selfie com beija-flor.
A distância
Dois momentos:
Anseio ir,
Sem prever o voltar.
Recuso-me pensar.
Porém: eis o instante de redimir.
Aceitaria envilecer,
Se ao menos pudesse permanecer.
Reminiscência pueril.
Oh! Porque tenho que ser viril.
É preciso acreditar, perceber,
E logo haverá outro amanhecer.
Longínquo quando só,
Próximo quando amado.
Misteriosa essência que limita a distância,
Que eterna necessidade de sermos criança.
"Com a vida tão corrida
O tempo voa sem parar
E nesta aventura chamada vida
Mesmo sem perceber
Deixamos coisas importantes para lá
Até aqueles versos que escrevia
Ficara para traz
Refletindo sobre o passado
Lembrara daqueles doces lábios
Que um dia havia tocado
Despertando lhe um desejo imenso de reencontra-la,
Em um local singelo
Inesperadamente vieram a se reencontrar
Aquele cabelo lindo
Olhos brilhantes
O perfeito sorriso
E seu jeito simples
O tempo ousa conservar
Garota bela que de se apaixonar
Tornando-se inspiração destes simples verso
Aquele poeta esquecido
Veio a despertar..."
ao querido amigo POETA
Cristiano Melo
Horizonte púrpura
Trago-te o perfume de orquídeas noturnas...
E toco-te a alma com meus versos...
Imagino-te sentado nas pedras do mar
Olhando embevecido o horizonte púrpura
Sonhando com esplêndidos dias balanceados pelo mar...
As horas escorregam ligeiramente
Qual te cruzassem a pele
E o vento sorrateiro de memórias
Trazem aromas que foram por ti
Saboreados no ar...
E tuas mãos defendem o pensamento
De teus segredos (amores antigos) tão bem guardados
E tocas no reverso da alma... e gracejas do tempo... e desafias poderoso
Qual esta brisa translucida que te cobre
de leve e te rege num voejar de asas febris
Amar-te é o anseio dos meus dias
E o anseio da minha vida para sempre há de ser
Amar a luz que ilumina o meu viver
O sol da minha esperança que tão perfeito irradia
E o feitiço que encontro no teu olhar
À livrar-me do desamor da escuridão
É mais belo que o brilho do luar
O meu amor nunca farei chorar
Nem lhe darei o amargo sabor da ilusão.
SONETO INDIGNADO
Estes do profundo da indignação
Escritos com o verso suado
Saem dos gemidos do coração
Em tosco lamento articulado
A quem, senão a ti, oh emoção
Objeto do sentido privado
Pode escorrer pela devoção
Dum amor para ti devotado
E se notares são tão rebuscado
Aqui perfilado num certo cuidado
Do afeto que foi centro dos pesares
Saiba que neste indgnado soneto
A ânsia, a lágrima aqui no cerrado
Jamais será reza em teus altares
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
SONETO EM FRUSTRAÇÃO
Eu queria compor um soneto diferente
daqueles com harmonia na melodia
que nenhum outro já o tenha na poesia
onde ele possa ser o pódio da gente
Assim quero a inspiração com energia
e que no tempo possa ser ingente
tão e tanto que seja bem inteligente
e a todos reconhecido como ousadia
Tento escrever e só tem rima inocente
num papalvo poetar, sem a tal magia
e no complexo o inopinado ausente
Vendo que da mesmice ele não sairia
fico no comum e do belo pendente
e assim me conformo com sua amorfia
Luciano Spagnol
Julho, 2016, final
Nada sou...sem ti!
Sou lágrima que escorre dos teus olhos....
Sou aquela que te espera... Sempre esperou
Sou quem continua crendo
No voo misterioso dos sonhos que não mais existem...
Sou poesias esvoaçantes e meditativas...
Sou o teu esquecimento... Nas noites de solidão...
O teu mar íntimo do seguir... Invasora do teu coração fechado...
Sou tua saudade!
Sou passarinho insano que grita sussurrante no silencio
Dilacerando o vácuo...
Cintilei meu caminho com o teu olhar...
Será sempre escuridão sem o teu chegar
És vida ...e nada sou sem ti...sem mim...sem nós!
EXILADO
Quem jogou na minh'alma essa solidão
Que brada angústia com gosto amargo
E à ardente boa ventura causa embargo
Encarcerando está ânsia no meu coração
Quem com mãos frementes teve encargo
De incinerar com silêncio toda a emoção
Se o amor no viver necessita de sedução
E o fado no ter sorte quer este desencargo
Assim, como então sair duma maldição
Oh! Doce e pura felicidade, de olhar argo
Observe, e neste exílio me traga solução
Ah! Desventurado e vil desígnio letargo
Que me vê nesta temerosa e fria prisão
E me algema sem qualquer desembargo
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
O que tu tens contra mim
O que tu tens contra mim ?
Tuas palavras machucam minha alma e degradam meu corpo,
Como um furacão que devasta cidades e destrói nações,
Como profecias falsas que destroem a fé.
O que tu tens contra mim ?
Tuas ações roubam minhas palavras e acabam com minhas perspectivas,
Como uma completa idiotice e falta de noção,
Como a incerteza de uma vida pura e o ultimo suspiro de uma vida conturbada.
O que tu tens contra mim ?
Teus sentimentos expressados como verdadeiros,machucam como mentiras descobertas,
Como a condenação de uma inocente fera e a absorvição de um assassino disfarçado,
Como um fato mentiroso e um mito verdadeiro.
O que tu tens contra mim ?
Eu realmente não sei o que lhe fiz. Mas lhe peço com esmero,me perdoe por tudo que causei sem saber.
Sou apenas um novato nessa sociedade de pessoas bem vestidas e ocupadas,
Sou apenas um um encaixe redondo em meio a esse escarcéu peças quadradas.
SONETO EM PRECE
Chia o dia na vida afora o muro
Num barulho no seu vai e vem
Tinindo o relógio o som também
Num soar seco e deveras duro
Passa a hora e no tempo refém
As saudades, realidade e futuro
E nesta velocidade fico inseguro
Aí eu me agarro no que se tem
Parto em busca do que procuro
Nada sei e não é nenhum desdém
Pois, como cego trilho no escuro
E nesta de cair, levantar, ir além
Vou com fé e prece, então, aventuro
Assim, quem sabe, diga: Amém!
Luciano Spagnol
01 de agosto, 2016
Cerrado goiano
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- Poesias para o Dia dos Pais repletas de amor e carinho
- Poesia de Namorados Apaixonados
- Primavera: poemas e poesias que florescem no coração
- Poesia Felicidade de Machado de Assis