Poesia Completa e Prosa

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FOLHAS SECAS

As folhas secas
despencam sobre a sua calçada
de concreto asfaltada.

Folhas que serão pisadas
afastadas com sua vassouras
ou varridas junto aos ventos.

Folhas que te deram. ar sombras e frutos
te deram saudades e flores
até brilharam seus olhos de amores.

Hoje ensacadas, sem alentos...
São colocadas em uma lata de lixo
levada pelas enxurradas
ou pela degradação do tempo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

RELÓGIO E SOL

Fora das sombras e da noite
o sol, em sua vil solidão...
Pendula-se em seu branco solidário
aquecendo seus dias, mantendo
vida e, sufixando seus amores.

Enquanto o relógio por ai...
Com seus braços e suas torres,
suas paredes, e seu tic, tác...
Não conta o tempo,
não mede momento, mas com
suas marcas, demarcam seus dias,
separam seus meses...
E ainda, arrasta seus planos,
empurrando a sua idade
contra as rugas dos seus anos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Levanta-te, caminha...
Se arrima se arruma
Vai dar uma voltinha
Quem sabe nessa encruzilhada
Tua volta cruza com a minha
Se arriba e apruma a coluna
A vida é cheia de gente una
Tem luna, tem luz, tem poente...
Peito estufado, olhos estrelados
Abdome camuflado
Olhos bem abertos, atentos
Corre que ainda dá tempo
De ver o dia fluir bem poético...
O poeta soprou o sol
Hipoteticamente por fantasia
Poeticamente falando...
Só Poesia...

Inserida por SoniaMGoncalves

CERCA NO AR

O boi, não voa
a vaca... Não voa!
Mas tem cercas no ar,
quase, quase...
Aonde aviões podem voar.

Arames farpados...
Fios elétricos,
cachorro que ladram
para que, ninguém possa entrar.

Filho... Nada de bom dia!
Nada de boa tarde!
com estranho, nunca!
Nunca se pode falar.

Boi, não voa...
vaca não voa!
cachorro não fala
mas ladra em seu cercado
só para te acordar.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

POETISA COM PIOLHO

A poetisa... Lá da serra
joga palavras aos ventos
e juntos as suas entrega
as palavras lhe escorrega
e sem ter trava na língua
embola ai, os sentimentos.

Um dia os poemas deitaram-se
como se estivessem de molho
seus cabelos com seus charme
aos ventos pediram socorro!
e a poetisa em seu entrave
coçava os seus piolhos.

Meche molho, coça poema
coça o mundo na cabeça
nos dias de sexta a sexta
a poetisa ainda pequena
coça piolhos serena
e espera que vida cresça.

Vai coçando a sua ância
e enquanto o tempo inferniza...
Coça o tino do pensamento
e no coça a coça desatina
enquanto os piolhos d'ela...
Lhe traz poemas com rima.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Eu me apaixonei por ela no verão, minha linda garota de verão
De verão ela é feita, minha linda garota de verão
Eu quero muito passar um inverno com a minha linda garota de verão
Mas nunca me aqueço o bastante para a minha linda garota de verão
É verão quando ela sorri, fico rindo como criança
É verão nas nossas vidas; vamos fazê-lo durar
Ela guarda o calor, a brisa do verão no círculo da sua mão
Ficarei feliz com este verão se for só o que tivermos

Inserida por pensador

COÇA POEMAS

A poetisa coça rumos
coça a cabeça e piolho
coça, poemas da vida
poesias e desaforo.

Tilinta a chave do mundo
com suas frases projetadas
abrindo, fechaduras de tudo
como se não fosse nada.

Poetisa coçadeira
já coçou também o amor
e n'uma carta derradeira
se coçou com chororôs.

Um dia coçou a lua
para sorrir para o sol
e a lua caiu na rua
por cima do seu lençol.

Coça, coça poetisa
coça enquanto a vida coça
não esqueça de coçar
aquilo que tanto coça.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

NUNCA VIU ?

Quem foi que nunca viu um zaroio!
quem não teve piolho
ou nunca comeu um molho?

Piolho eu tive
zaroio eu vi de lado
e o molho, eu comi, disfarçado.

Eu vi o bem-te-vi que te viu
no trilho em que o vento sumiu
antes mesmo de partir.

Eu tive um molho de chaves, vivas
um olho molhando a ferida
antes da chuva cair.

Eu vi a saudade partida
sem tropicar sem dividir
laqueando o amor da vida
sob o tempo da despedida
sem direito de sair.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

...Os Amantes...
(o tal do Morfeu uchiha )

Nós estávamos sempre juntos Nunca soube lhe dizer
Enfim você veio até mim foi amor além de mim
Me fez sorrir, me fez cantar, me fez viver.

E naquela noite nos amamos
Como dois loucos amantes a se adaptar
Meio confuso você ficou Não tinha como evitar.

Entendo a sua estranheza
De algo que ate então você não conhecia
E de um tempo você precisou Desejo, Culpa, agonia...

E nas coisas da vida você se perdeu Sinto saudade
de tudo como era, Se passaram 3 logos Anos, aqui estou
Nessa longa espera.

Entre um oi e um olá Um beijo novamente
a nos desperta E logo, mais uma vez como
2 amantes Nos amamos loucamente.

Ambos nessa atração de semelhanças Num cingir de
músculos podemos ver Que já exaustos os amantes
erguem-se Para um Novo amanhecer

Inserida por MORFEUUCHIHA

FULGOR DA VIDA

Na madrugada escura,
de uma rua estreita...
Explode um pau-de-fogo
... E um grito, projeta-se, sobre...
O beco macabro, de um momento fúnebre,
marcando o ultimo tíc, tác de um peito
dilacerado.

Uma bala e duas lagrimas rolam...
E sobre o leito de uma dor finda,
o arrependimento tomba apagando
o ultimo fulgor, de uma triste vida.

Nesse ínterim...
Como se fosse lençol de uma branca
mortalha... Brada o silencio sufocado
sob, o ultimo sopro da estupidez...
E os olhos, se enchem de nevoa branca,
impregnado de frio e de tremor, de uma
alma, que nunca foi aquecida,
pelo fulgor da doce vida.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Já tive alcunha de Canela
Esse epiteto poético me fazia roer as unhas
Tamanha era minha insatisfação
Mentira, ligava não era só um modo de ligação
O apelido mais humano, dado pelo falecido mano...
Não por minha cor castanha avelã
Mas pelas canelas finas de menina
Que pareciam canelinhas de rã...
Hoje não mais...
O tempo passou e me revelou
Remodelou minhas pernas e coxas
Já faz tanto tempo isso, poxa...
Têm lembranças que são eternas
Sempre que vejo meus membros inferiores
Me lembro que são locomotores
Sorrio louco motor é o pensamento disperso
Me agracejo pelo avesso e me viro para o lado de dentro
As almas mudam suas instâncias e estatutos
Reverso o tempo ás vezes é justo
Nos concede indulto de boas lembranças

Inserida por SoniaMGoncalves

Já tive alcunha de Canela
Esse epiteto poético me fazia roer as unhas
Tamanha era minha insatisfação
Mentira, ligava não era só um modo de ligação
O apelido mais humano, dado pelo falecido mano...
Não por minha cor castanha avelã
Mas pelas canelas finas de menina
Que pareciam canelinhas de rã...
Hoje não mais...
O tempo passou e me revelou
Remodelou minhas pernas e coxas
Já faz tanto tempo isso, poxa...
Têm lembranças que são eternas
Sempre que vejo meus membros inferiores
Me lembro que são locomotores
Sorrio louco motor é o pensamento disperso
Me agracejo pelo avesso e me viro para o lado de dentro
As almas mudam suas instâncias e estatutos
Reverso o tempo ás vezes é justo
Nos concede indulto de boas lembranças

Inserida por SoniaMGoncalves

TIC, TÁC, DO AMOR

Na ampulheta do amor
tic, tác, tic, tác
tic, tác vou subindo
pelo tempo...
tic, tác tic, tô,
o tempo passa
e eu vou...

Tic, tác, tic, tác
tic, tác, tic tô....
No tic, tác, tic, tác
tic, tác vou descendo...
Não me peça por favor!

Se eu vou no tic, tác...
Tic, tác, tic, tác
tic, tác estou vivendo
tic, tác, tic tác...
Tic, tác para o amor.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Uma vida…
(Nilo Ribeiro)

Uma vida maravilhosa,
uma vida de prazer,
admirar uma rosa,
apreciar o entardecer

uma vida de primor,
uma vida feliz,
aprender como professor,
ensinar como aprendiz

uma vida divina,
uma vida de comunhão,
bater papo na esquina,
me entregar em oração

uma vida encantada,
uma vida transformadora,
quem me mostrou foi minha amada,
minha mestra e professora

uma vida de alegria,
que eu não dava valor,
hoje vivo em poesia,
pois me mostrou o amor

o amor modifica,
hoje sou alguém,
a paz se solidifica,
eu te agradeço, amém…

Inserida por NILOCRIBEIRO

Teu beijo…
(Nilo Ribeiro)

Muitos beijos eu gastei,
que serviram de experiência,
mas foi no dia que te beijei,
que do amor senti a essência

todo beijo trocado,
só me fez aprender,
mas só depois de ter te beijado,
que eu descobri o prazer

a mudança foi percebida,
quando te beijei sem pudor,
foi o beijo da minha vida,
um verdadeiro beijo de amor

o mais significante beijo,
um ato de simbologia,
supriu todo meu desejo,
se transformou em poesia

ela passei a escrever,
ela é para te confessar,
que não quero te perder,
sem um dia te beijar

um beijo sem medo,
um beijo sem segredo,
um beijo transformador,
um beijo cheio de amor

o teu beijo eu clamo,
na poesia eu esclareço,
ALMA eu te amo,
do teu amor eu padeço…

Inserida por NILOCRIBEIRO

BAY, BAY ARCO-ÍRES

Há centenas de dias, não garoa
a felicidade deu... Bay, bay ao querer,
não chove, e a densa cerração...
deixou de nos envolver,
partículas do ar, secaram e as nuvens
d'água... E essas, não cruzam mais céu,
nem as minas, das ires de você.

Dos rios o que sobrou, foi margens....
... Margens secas... Até as lagrimas dos olhos,
deixaram de existir.
Outro dia eu vi uma mãe, tentando chorar,
só para com as lagrimas do choro seu...
Sanar, a desidratação do seu filho.

A tempo, eu ouço que, a umidade do ar
se acabou, e tudo que nos restou foi seca,
eu vejo a poeira cobrindo as paredes das
casas e dos edifícios, vejo corpos secos,
cambaleando sob a sequidão do mundo
Vejo as crenças pegando racha,
disputando o pódio para galgar o paraíso.

O sol deixou de ser alvo...
Agora, ele se apresenta por de traz
de camadas: Vezes cinzas, vezes vermelhas,
nunca mais presenciamos a sua felicidade
através da sua alvura, o amanhecer perdeu-se
em meio a desilusão, e o entardecer, é apenas
um ponto demarcando a indecisão da
nossa esperança. O vento que um dia...
Abríamos as nossas narinas para que ele
nos soprasse vida, hoje usamos mascaras
para que ele não nos traga a morte.

O arco-íres desagregou do seu amor...
Nunca mais subiu aos céus para
demonstrar a sua cor,
a flora perdeu a sua vitalidade,
e as arvores sem seu verde,
deixaram de dar frutos e flores...
Para alimentar, o verdadeiro amor.

Hoje... Quantos sonhos para o futuro!
sendo que o futuro, outrora...
Fazia parte de uma pintura, que um
dia reinou no passado.

Todavia, tentamos fazer de tudo
para irmos morar no paraíso; fixo nas alturas
nunca paramos para observar que somos
os maiores parasitas planetário...
Nem nunca, demos o menor valor, muito
menos conta que vivíamos no próprio paraíso
terrestre.

Hoje pagamos pela estupidez da ganância
essa ambição insaciável, na qual...
Cobiçamos mais e mais, cada vez mais!
Agora tudo que podemos fazer é, olhar
e ver.
É uma pena que não podemos, retroceder.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Acaso
Já que o acaso ocasiona
Que o destino extravasa
Que o tempo não estaciona
Vamos acender as estrelas
Uma a uma e deixá-las em brasa
Um brinco sempre procura uma orelha
Uma ovelha negra faz a revolução
Mas a semente que o Uno une em conspiração
Só depende da estação apropriada para a floração
Para cada par de orelhas
Há una ovelha!

Inserida por SoniaMGoncalves

AMOR ROBÔ

Trocou o meu amor, por um robô...
Só porque ele canta, e te encanta!
Limpa a casa
lava louças e roupas
faz teu almoço, café
e prepara a sua janta?

Ouça-me...
Me ouça!
Ele tem calor sentimental?
Ele pode sorrir e chorar?
As vezes ele briga e se irrita
lhe dar adeus e vai embora?!

Ele, lhe tem amor...
Ele te ama como eu?
Ouça-me: Eu não sou maquina!
Tenho dores, tenho vontades...
Observo o sol a lua e a chuva
tenho opinião, ouço e choro
sinto alegria de viver,
não sou um ser obediente...
movido por teclado de comando.

Eu tenho vida e estou vivo
posso partir, mas se eu morrer...
eu morrerei te amando

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ULTIMO MOMENTO

Uma sala grande,
um caixão sobre a mesa...
Rostos, esboçavam tristezas
rostos, choravam saudades,
e rostos banhavam-se, sob lagrimas.

E as falas...
Umas falas, falavam faladas
outras falas, falavam caladas,
enquanto isso, n'aquele mundo ali...
o único mundo aonde parecia
parar de existir... Envolta do morto
a sensação era de aborto.

Bocas, rezavam para o morto
bocas, rezavam para a alma
enquanto outras bocas,
cochichavam sobre...
O futuro degradante dos ossos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ENTREGA NA PRAIA

Sob o mar, ninguém morre p'ra feder
p'ra ser enterrado
para se ter cruz, ou usar luto
para se ter marcha funerária...
Rezas orações para o defunto
pára andar de cabeça baixa
por cima, ou por baixo de viaduto.

No mar, não tem cemitério...
Não tem cova não tem tumulo
travessa, semáforo, beco arruelas
estradas, caminhos... Fim de mundo,
mãos abanando adeus,
lagrimas de choro por ela.

Sob o mar... Tem vida tem perola
tesouro, historias perdidas,
sem moveis pergaminhos, luz arandela
... Roupas, ou pano de cambraia,
a vida se move por água
e a morte morre na praia.

Sob o mar, não tem triste nem tristeza
não tem rostos chorosos nem alegres
Não tem lagrimas
Não acende velas
não tem trégua nem telas.

Lá no mar...
Ninguém chora para os mortos
ninguém paga pelo que vive
Não tem cachaça nem bêbado
desavença nem segredo
sob o mar, nada e navega
a vida sob o mar...
É, uma verdadeira entrega.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

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