Poesia Completa e Prosa

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⁠Ao te encontrar, amor
Perderei o meu lar
Não sei onde estou
Quero me encontrar

Ao teu lado, dor
Perderei-me no meu mar
Quem sou, não sei
Quero me encontrar

Sem um barco,
Quero remar
Sem um par de asas,
Quero voar
Sem a certeza,
Quero te amar

Amor, estou perto
Estou perto de te alcançar
Perder-me-ei por completo
Para assim me encontrar

⁠Bem que os beijos meus
poderiam ter
asas para buscar os teus,

(Ou poderiam mesmo
até o oceano cruzar),

Do báratro escuro
que ardente oculto
para nele você se perder,

(Sem chance de fugir
ou querer regressar),

Mais forte que o passamento
para você de mim
nunca mais esquecer,

(Ou de dentro de ti vir
a tentar me apagar),

Tão méleo quanto
o mais puro dos sentimentos
para você se viciar,

(Sem querer cheguei
para em ti morar),

À espreitar a cada
um dos meus passos
como um lobo da estepe
do Oeste da Anatolia,

(Doses de café,
desejo e melancolia);

Indomável como o mar
em intermitente luar
feito a sagração poética
da primazia da primavera.

⁠ESPALHE LUZ

Use suas asas invisíveis
Voe a lugares improváveis
Pobres e enfermos, precisando de um olhar ameno
Ausência de um anjo neste plano é do cotidiano

Coloque cor na sua vida
Viva com alegria
Ajudar o próximo é o êxtase do dia a dia
A maioria necessita, veja as histórias e reflita

Propagação de fotos não é a intenção
Seja o sorriso do outro nesse mar de solidão
Sua pouca ajuda será grande na outra dimensão, no fim você terá a sua salvação
Estou espalhando a verdade, essa que é de coração.

Sem você

Te amo demais garota
Sem você
Meu coração sai pela boca
Pensa no caos que vai ser

Não me imaginaria no mundo
Sem você
Caiu na solidão
E de lá não saiu

Pensa no caos que vai ser
Pensa se meu coração não bater
Sem você irei morrer

Se eu sumir da sua vida
Pensa no caos que vai ser
Sem você é beco sem saída

Foi?
Foi...
Enaltecer o ganho
Abrandar o nórdico
Esclarecer o sóbrio
E engrandecer-se no pódio.

Claro?
Claro...
Não quero dizer
Audaz, vou fazer
Até as portas colapsar.

Ok?
Ok...
Acho que já é o suficiente
Digo mais, vou atrás ferozmente
Digo mais, cala-te.
Se não cair, eu faço cair!

A nossa solidão é esta avenida decotada
do passeio do acaso, furtiva e escancarada
artéria tantas vezes paralela ao coração
onde um almirante não serve a arquitetura
onde sobe a miséria do terminal do elétrico
até à igreja fronteira à sopa dos pobres
efémeros sentinelas armando cartões
nas fachadas das lojas, trastes, artigos
de ocasião (apanham-nos de dia noivos
investindo num projecto de família).
O nosso é este meio de solidão que se carrega
de qualquer coisa que não é bem perpétua
atmosfera de névoa nem sujidade, que também
é terna, pena suspensa (corvos de Lisboa, naus
gastas), saudade, porque não, sentimento
de povo sem pátria desmentido; crer creio
nisto que na indigência e vício coexiste a gente
dá-se e da carência faz-se uma disciplina às claras
e por muito pouco desprende-se quase nada
que se tem

um dia você
escreve para seus pais
falando sobre o amor
quarenta dias depois
teus pais te escrevem
falando sobre redes de pesca
e o perigo das redes de pesca
um dia você me envia uma carta
depois a outra
o rasgão explode
recordando ainda outra carta
de alguns meses antes
o postal eterno que dizia
still crazy (after all
these years)
faço voto de silêncio
mas na sacralização
horária das avenidas
eu penso que você

BORDERLINE
_
Eu sentirei a dor do meu coração vazio,
Mas percebo que a alegria não está em seus braços.
Sobre as fumaças de seus pulmões eu percebo
Que não tenho espaço para ser uma parte de seu oxigênio,
Então segure toda minha fé em suas mãos
E me guie como um lampejo em uma noite nublada.
Sempre que nossos corpos refletirem sobre as águas deste alento
Me prometa que renasceremos,
Não precisamos de correntes em nossos sentimentos
Só me prometa que manterá essa chama,
O ardor estupido do desejo em nossos corações vagabundos.

(II) - O farol
Quando minhas mãos alcançaram a costa,
O mar tentou me tragar
Mas você me guiou como um farol,
De alguma forma graças a tua luz
Me aproximei cada dia mais
Por agora, toda vez que avisto o farol
Eu fecho os meus olhos...
imagino a felicidade com teus contornos
E pela primeira vez, sei quem realmente sou neste mundo.

( I ) - O mar
Tão triste é saber que pessoas me amam,
Mas ainda me sinto sozinho.
Qual nome tem esse sentimento!?
Pois Estou regredindo!
Ao mar de desagrados...
talvez entre os naufragios,
Difícil se reconhecer neste grande espaço.
Mas todos os dias o sol renasce,
uma pequena esperança resplandece,
e com ela o desejo de retornar à costa aparece.

(...)

Almardente

Trinta cavalos a galopar,
quarenta colmeias a zumbinar.
Cem cães de caça a uivar,
cinquenta hienas a debochar.

“Como é o dia perfeito?”
Frívolo, furibundo, frio.
“Afinal, o que define algo bem-feito?”
Tudo aquilo que, em minh’alma, crio.

Duzentos violinos a orquestrar
este macambúzio imortal.
Ora, ora! Que abuso!
Tu só sairás quando eu mandar.

Tempestade, queime alegremente
tudo aquilo que era frio. Faça-o quente!
Dessa forma, em minha face surgirá sorriso demente
pois renascerá minh’almardente.

“Afinal, o que é uma alma?”
É tudo que compõe tua anticalma,
é sentimento alógico justaposto com adama.

Ensurdece-te com a frequência
alucinante que toca na minha cabeça.
Rasteje. Berre. Implore.
Trevo ser, suma! E, por mim, ore.

Eu me sentia perdido e solitário,
Para a minha vida não via solução.
O pecado me separou de Deus,
Nenhuma esperança havia em meu coração.

Mas algo inexplicável então aconteceu,
Descobri que Jesus por meus pecados morreu.
Pagou um preço tão alto, que era para eu pagar,
Por Seu amor infinito morreu em meu lugar.

Todo esse amor me invadiu e surpreendeu,
A esperança em meu coração então renasceu.
Hoje tenho plena felicidade, serenidade e paz.
E sei que tudo isso é a presença de Deus quem trás.

Tudo que sou e tenho

O tempo é uma caminhada, muito pó na estrada, a verdade da direção existe, coberta de um turbante triste, a mulher árabe, a vaca indiana, o buda, a quem bate um papo com Maomé, ui, calafrio, aqui no meu Brasil, arrepio, a livre expressão, seria a bela canção, mas a imagem está comprometida, muita balela envergando o caráter da família, bom, o vento do norte, cheiro forte, o pecado, a morte, ai quem não admira uma princesa de bicicleta, uma Dinamarca discreta, valorização do garí que vence a desigualdade e esse reinado sucumbido, falo que pode ser e não tem sido, o pensar diferente, trafegar na mente de um novo progresso, pois esse imenso universo carente de Salomão e Davi, que ainda possa emergir, quero estar aqui, pelo silêncio que dita, que a arte não minta e possa esculpir, lá do sertão que o canal morreu, a poeira corroeu e ainda que não se reconheça, que a garganta que arrebenta e nada diz, ao que clamo e aguardo, a petição composta, quem sabe se o pensar fugaz e a poesia confere a sensatez impedindo o desdenho por tudo que sou e tenho, a poesia que sente, fala e não mente.

Giovane Silva Santos

A grande Inteligência é sobreviver.
As tartarugas portanto não são teimosas nem lentas, dominam;
SIM, a ciência.
Toda a tecnologia é quase inútil e estúpida,
porque a artesanal tartaruga,
a espontânea TARTARUGA,
permanece sobre a terra mais anos que o homem.
Portanto,
como a grande inteligência é sobreviver,
a tartaruga é Filósofa e Laboratório,
e o Homem que já foi Rei da criação
não passa, afinal, de um crustáceo FALSO,
um lavagante pedante;
um animal de cabeça dura. Ponto.

A Flor e Eu

Estou só, na companhia de uma flor,
e posso com fidelidade, sem culpa confessar
que suas pétalas acariciaram meu ser
Enquanto, seu perfume diluía a minha dor.

Sinto que ela pode me ouvir, e sem rancor,
mesmo sendo meiga e inanimada
Contei dos meus lamentos sobre o amor
e os desabafos de minha infância roubada.

Também solitária, caída ao chão
Ali mesmo, compartilhamos os nossos medos.
E só por uma noite ela foi
a guardiã mais sincera dos meus segredos.

Dividimos sem preconceito algum
as marcas que nos foram deixadas
As cicatrizes que o tempo não levou
e a vida renovou com suas garras.

Queria que esta flor rosada,
não sofresse a ação do tempo.
Nem, que perdesse sua forma
ou caísse, ao ser violentada pelo vento.

Assim como ela, eu choro
não por covardia, nem por falsidade,
Choro, por ter tido a alma ferida,
choro também por sentir saudade.
Também tive algumas pétalas arrancadas,
por puro prazer, de quem sente ao nos fazer maldade.

Seu cheiro ficou comigo

Após este breve adeus
E ter-te nos braços meus
Ficou a inocência de seu odor
Misturados com seu calor
Nos labirintos do lençol
Enlaçados com a turbação
Do pensamento sem noção
Gravados no sentimento
Inebriando o contentamento
Com resíduos de nossa paixão
Que naufragaram na minha emoção
É pura essência de hortelã
Que bem cedo, ainda pela manhã
Exala por todos os meus poros
Em eternos cânticos sonoros
Dissolvendo minh'alma em ti
Acordando o meu coração
Marejado de saudosa comoção
Da necessidade de você ter partido
Mas, seu cheiro ficou comigo

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/02/2019
Rio de Janeiro, RJ

AMOR IMENSO AMOR

No teu corpo, meu corpo verbaliza, passeia
Recitando versos, desejos ternos confessos
Na doçura do toque que minha pele anseia
Na beleza do amor _luz de todo universo!

E ainda que se cale no cume do monte a brisa
E os frutos da figueira sequem ao anoitecer
Ainda serás da minha poesia a razão consiza
Com a qual translado a dor do viver. ..

Pois quando vens enches meu tempo de gozo
Na gargalhada límpida _águas do ribeirinho
Nos braços, todo o remanso e repouso.

Portanto, toma meus delírios _sonho fecundo
Beija me a boca, sente o gosto doce do mel
Pois o amo agora e até o findar do mundo!

Elisa Salles
Direitos autorais reservados

AMOR IMENSO, ATREVIDO

Por mais que eu cante, pleno, o amor
Que encontre o vocábulo mais perfeito
Jamais o declararei com tamanho ardor
Este sentir que por ti trago no peito...

Direi que é imenso e fundo quanto o mar
Que é mistério sublime tal qual o vento
Todo o versejar é pouco para tanto amar
Para tal sentir não chega meu pensamento!

Sou uma poetisa imperfeita ante tal enlevo
Não há métrica ou lirismo para este poema
Amo-o tanto, querido. Nem sei se devo...

Mas ainda que a minha poesia seja finda
escreverei todos os versos. E mais ainda
Pois amar-te é o que sei. Então me atrevo!

Elisa Salles
Direitos autorais reservados

eleitos
no silêncio, predestinação, na solidão
desígnios dos sentimentos estreitos
o mistério do coração
feitos, leitos, imperfeitos...

eu não te aguardava mais
estava sentado no barranco do cerrado
calado, as entranhas prostradas no cais
do fado, e cá nossos olhares acordado
suspirando os mesmos sensos reias
que já a muito sepultado...
e agora fatais.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de outubro de 2019
Cerrado goiano

O caminho se abre durante a jornada

Os trilhos se encaixam, a maré se acalma, a esperança retumbante quer passagem, mas o contrário pode ocorrer, algum sonho morrer, a alta onda afogar, a tempestade impedir de voar, algum trilho descarrilhar, mas o fluxo é desditoso para alguns, também ditados comuns, dizem que precisa andar para sair do lugar, cada lugar uma inspiração, nada se perde, ou ganha ou aprende, eu sei que é muito simbólico, sim, emblemático, contudo uma metáfora, seja o que seu pensamento aceitar, mais uma forma de pensar, uma opinião, um conceito, uma ocasião desprendida de preconceito, embora ainda não fui aceito, na academia da poesia está disponível ao pleito, pelo meu voto eleito e talvez ao seu o rejeito, mas a maestria da vida está na dedicação, na fé, na esperança, no alimento da confiança que a cada particularidade venha a semear com força, regar o sonho criando a oportunidade, desejando realizar, provar o fruto de uma árvore encantada, se é utopia não sei, mas o caminho se abre durante a jornada.

Giovane Silva Santos

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