Poesia Completa das Borboletas
"Feliz é aquele que encontrou alguém
que fala coisas bonitas, mesmo dormindo.
Certas pessoas são o próprio poema."
SONETO DE NATAL
Se fez homem, é noite de reflexão
Fé cristã, Menino Deus, Nazareno
Enfeitam o memorial de pequeno:
Família reunida, cantiga e afeição
É berço de amor, doce e ameno
Exaltado em versos do coração
Nesta noite cristã, de intenção
Aniversaria, Jesus, o Nazareno
É vida na vida em comemoração
Gesto de afago, de carinho pleno
Noite feliz, noite de total gratidão
É Natal, é sal do indulto terreno
Confraternização, e compaixão
Do pobrezinho que manou no feno...
Luciano Spagnol
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
“De Angra a Parati!
Sonhos e alucinações me são frequentes
ao me lembrar do que nunca houve entre nós,
como um aceno teu, um sorriso complacente
de ti para para mim, nem mesmo em pensamentos
me foram reveladas as tuas intenções
as imagens são curvas, sombras, calafrios
às vezes pesadelos.
Do teu corpo sinuoso nunca senti sequer o perfume
no máximo uma dança, de corpo presente
e de alma distante... um aperto de mão
um breve adeus, até breve,
quem sabe um telefonema.
Assim me encontro, impávido,
com um incerto destino desafortunado
sempre na expectativa enfadonha
de um dia voltar a te encontrar
como quem anda por estradas perigosas
curvas, florestas e praias desertas
de Angra a Parati!”
― Evan Do Carmo
Da solidao
Um vício
A cada trago
Uma lagrima (?)
Da noite
Um sorriso na fumaça
Leve degustação
Uma distração
Uma fuga
Um refúgio
Um cigarro.
Vende-se barato, uma pechincha
só não posso doar
apenas para desocupar lugar
em um só é melhor desfazer
é ilusão
não vale nada, somente dor...
solidão
O SILÊNCIO QUE INCOMODA
O silêncio meu
está em erupção
e escorreu
pela ilusão
Matou os sonhos
matou a quimera
jorrou dias tristonhos
e vida, em espera
Hoje, um vazio
solidão
tácito e frio
Num silêncio
que incomoda
a mansidão...
Luciano Spagnol
Dezembro, 10 de 2016
Cerrado goiano
Poeta simplista do cerrado
"" Então eu vi o céu abrir e deixar passar um vento e era um vento impregnado de amor, carinho, respeito. Onde passava, mudava as pessoas, tomava conta do lugar, todos sentiam algo novo naquele que não era apenas.
Era um toque, como se fosse a mão de um ser superior a afagar todas as dores. ninguém mais precisaria ter medo, então vi o raiar do novo dia...
Será a doce ilusão de amar as palavras e sentimentos que nunca correspondia
o segredo de tanta paixão pela poesia?
"" Me quis tão assim, completo
repleto de mim, transbordei
feito água cristalina, feito menina
cabelos ao vento
me quis macho e acho que quase consegui
subi montanhas, montei artimanhas, sobrevivi
então o fardo pesou e uau!! eis-me aqui
me desejei plenitude, felicidade
e não por maldade, amei quem não me quis
mas mesmo assim continuo
tentando ser feliz...
SONETO ORANTE
Em teu louvor, Senhor, estes meus versos
Aqui a teus pés, minha fé, para cantar-te
Neste soneto em rogo, orante... Destarte
Aqui as falhas mortais, na prece imersos
Humildemente o meu olhar a adorar-te
Ó Sacrossanto que reina os universos
E põe a margem os corações perversos
Os meus erros para ao Teu perdão parte
Diz-me o necessário dos maus anversos
Pra que possa me redimir em descarte
E ter comunhão, caridade n'alma emersos
No merecimento do Céu inteiro, fartes
Meu coração de paz e bem, dispersos
Nas boas ações, e na fé como baluartes (Amém!)
Luciano Spagnol
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Poeta simplista do cerrado
O mundo está cada vez mais poluído, poluição não só da natureza
Espero a compreensão desse verso com clareza
Mudança é complicada, até se perde a esperança
Mas ainda se encontra uma faísca de salvação, no olhar puro de uma criança!
ERROS
Meus erros, o fado e seus enganos
Má ventura, estão no meu legado
Numa perdição, no destino calado
Onde a sorte, bastava, ser planos
E na dor, as lágrimas, estive culpado
Tentei no querer, ter bons atos ufanos
Mas a vida, no acaso, teve olhos tiranos
E neste infortúnio cascalhou o passado
Errei todo o traçado dos meus anos
Cosi do avesso ao invés de adornado
Os valimentos os concederei profanos
Na admiração não tive o tal agrado
Os amores, sobejaram os insanos
E agora na rudeza eu sou castigado
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
A leitura ainda é o melhor e o mais confortável veículo de inspiração, levando os seus passageiros ao destino planejado e aos seus sonhos idealizados.
Ao ler o livro o leitor descobrirá a verdadeira essência poética, enraizada nas veias de quem o escreveu; despertando assim a poesia esquecida nas veias de quem está na viagem dentro deste veículo.
PAIXÃO E AMOR
A paixão arde, assim, nos inflama
O coração acelera, sem correr
Os dias viram nosso bom viver
No amor, arauto que proclama
Se é apaixonado, tudo é só prazer
O tempo conspira pra quem ama
A harmonia na alma se derrama
É querer ser, e o sentir é querer
O silêncio fala, espanta o drama
E renovo é sempre o amanhecer
A paixão no amor torna-se dama
Nos porquês, desenredar é acolher
Pois a satisfação torna-se panorama
Paixão e amor, é sempre bom ter...
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
SONETO DE POUCA FÉ
Oh! Alma conturbada, assim desolada
É tão pouca a tua fé, oh filho ingrato
Prende-te à esperança, sejas sensato
E a confiança em Deus, onde guarda?
Ele te assiste, te olha dos Céus, é fato!
Com paternidade impávida, e iluminada
Jamais cansa ou desiste, nunca é nada
De amor estoico, âncora, firme vicariato
Porque assim, me cambaleia, na morada
Nele tudo se alcança, é afeto imediato
Inteiro, como na morte, é terna estrada
Paladino de lança em riste, superiorato
Não fiques assim triste, ouça a chamada
Deus te clama, no conflito, Ele é exato!
Luciano Spagnol
06 de junho, 2016
Cerrado goiano
CARRO DE BOIS
A lembrar do amor, nesta tarde invernada
numa longa distância de mim, está você
que faz o poetar vazio, sem te esquecer
no dia cinzento, no cerrado, sem nada
Vindo na estrada, o carro de bois, a ranger
tal plangor em harmoniosa lenta jornada
rangendo suspiros, gritando saraivada
ao coração, que põe a recordação a doer
E nestes uivos gementes, nesta cruzada
meu pesar sente, tua falta no meu viver
na tarde poente, com magoa adornada
O carreiro segui, aqui eu vou permanecer
lamuriando a solidão na saudade sediada
na alma, qual carro de bois, no seu gemer
Luciano Spagnol
07 de julho, 2016
Cerrado goiano
Saber ter a alegria tal a liberdade dos pássaros, é o segredo da felicidade...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
O que sei de caos?
O que sei de caos?
Quase tudo,
tenho um coração quebrado
e uma alma em farrapos
eu sou humano.
O que sei de caos?
Quase tudo,
pois quem inventou o amor
se esqueceu de avisar
sobre o engano.
O que sei de caos?
Quase tudo,
pois quem inventou a esperança
esqueceu de falar
do desengano.
O que sei de caos?
Quase tudo,
pois quem inventou a fé,
se esqueceu de avisar
do caos humano.
O que sei de caos?
Quase tudo,
tenho um coração quebrado
e uma alma em farrapos
eu sou humano.
O que sei de caos?
Quase tudo,
pois que ensinou sobre a paz
se esqueceu de explicar
a razão e a necessidade
da guera...
Evan do Carmo 09/07/2016
O MEDO
Medo, onde me encontrou?
Pensava ter me escondido bem
Mas pelo visto, o fez melhor
Pois quando te procurei, recuou.
Medo, onde habita?
Já te cacei e nunca o encontrei
O que está vestindo? Deve ser morte
Porque não há essência em sua vida.
Medo, um dia vou te achar
E quando isso acontecer você vai sofrer
Temer, chorar e tremer
Assim como eu fiz temendo te encontrar.
Medo, te achei!
EXÍLIO
O canto da parede é sua casa
Os rascunhos ao chão, são sua família
A cama é uma vizinha chata
Que belo lugar seria.
Talvez fosse por um tempo
Ou nunca foi em tempo algum
Nada ali existiu, só o tempo
Que lhe recitava um poema por dia.
O silêncio é água e as palavras alimento
A boca se cala para poder ouvir a vida
Que passa suave, lentamente com o vento
Tentando alegrar-se com a cicatriz de uma velha ferida.
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