Poesia Completa das Borboletas
As vezes me pergunto se tudo é real,
o bem e o mal ou até o açucar e o sal. Afinal o que a vida tem de tão especial? O amor, a familia, a amizade, o mar, o céu? Certamente nem eu, ateu ou judeu - grifo meu-percebeu, que não apenas isso mas tudo o mais. A vida é doce? Se fosse, hoje, a existência seria diabética, e essa é a dialética, doce e salgada, boa e má, tanto aqui quanto lá, que a alegria e a tristeza, são fenômenos importantes quem há de duvidar? Assim amadurecemos, conhecemos que o que somos, é tudo o que já expiênciamos somado ao que antecipamos de nós mesmos, como exatamente? O eu de hoje é real, o futuro eu ainda irreal, entre a realidade e a irrealidade, há tanta maldade e tanta bondade, a realidade é concreta, a irrealidade potêncial, que tal fazer seus sonhos real? Surreal, que escolhamos sempre o bem ao mal.
VEM...
Vem com a alma sorrindo e os olhos fechados
Mas vem como se um novo dia viesse ao nosso encontro
Na nossa frente... Levo-te pelas mãos...
Vem... Qual num sonho viajasse no tempo para lugares
Inimagináveis...
Veste-me como se eu fora tua pele... Vem empresto-te minhas asas
Para que possas voar quais gaivotas em cima do mar...
Na tua frente um céu resplandecente de um azul profundo
Na tua dianteira amor, há um novo caminho... Entorpeço esqueço a vida
Vamos partir juntos
Ao rumo do infinito... Numa viagem sem fim... Vem...!
Planeta você
Existe nesse universo
Um planeta chamado: você
E no seu sistema natural de coisas
O sol: é o brilho dos seus olhos
As flores: exalam seu perfume
As ondas do mar: lembram seus cabelos ao vento.
Onde abelhas fabricam a doçura dos seus beijos,
E a natureza é o esplendor do seu corpo!
EXTREMADO
Contigo a meu lado
O mundo é uma musica
os momentos serão fados
... Tudo valerá apena
os risos serão de agrados
na nossa noite de novena.
Contigo a meu lado
meu outono será flor
meus planos voaram no amor
e as manhãs do meu condado
me farão ficar animado
serão risos límpido de sol
com felicidade em esplendor.
Tu será colméia do meu reino
a seiva da minha paixão
meus momentos de apego
doce mel do meu coração.
Será flores do meu jardim
em primavera do meu tre,le,le
harmônicas pétalas para mim
e eu ramalhete p'ra você.
Antonio montes
"" Traga algo que o vento não espalhe
peça que cante uma histo de amor
que perfume a casa ao sibilar cheiro raro em nós
cultive,
que fique para sempre
"" O copo repousa sobre a mesa,
silencioso, apenas o tic tac da água
ao lado um corpo estirado, abandonado a própria sorte
desfalecido, inerte
não é abandono, apenas o direito de se deixar
mergulhar nas profundezas da alma, reacender o espirito
a vitrola, ainda ligada, rola um blues
no bar alguém apaga a última luz.
"" Daqui onde estou meus olhos contemplam a chuva
parece que o céu está desabando
e tudo, tudo é tao intenso
que fico me perguntando
por que tem que ser assim
por que as coisas tem que acontecer dessa forma
será que precisamos tanto da chuva
que às vezes ela até exagera e se derrama onde não devia
se derrama no coração...
A semente se abre para germinar
transformando e gerando novas sementes
a água mesmo fétida e lamacenta, evapora para voltar a ser água
purificada no céu
no ciclo da vida o incio e o fim são idênticos
todos dividem a mesma ideia
mas alguém crê que a morte existe...
O TOMBO
Splaft! Escorreguei!
cobri o chão com as costas
e de barriga pra cima
avistei o céu desfocado.
Já não esta azul assim
perdeu o blue para minha ótica
pra mim, está carmim.
Rasguei o esqueleto
pintei o chão com meu vermelho
fiquei menos preto
menos cor para o espelho.
Seu doutor cai?!
Machuquei a coluna
vê se apruma
pois só tenho uma.
Não posso ficar de papo pro ar
sou pobre me arruma
eu tenho que trabalhar.
Não quero injeção
não fure o meu coro
cuide de mim
se não eu morro.
Antonio Montes
O TOPO
Estrondo no topo
olhares para o morro
é chuva apagando poeira
é agua despencando na ribanceira
Os bêbados...
Estão todos encharcados
Os relâmpagos...
Com seus pontos e encantos,
correm costurando as nuvens
tudo sempre foi como esta.
Maria pra que falar mal...
Corra, corra! Corra...
Vá recolher as roupas do varal.
Antonio Montes
PASSAR PASSAGEIRO
Uma pena pintada
de uma ave dourada
a saltar pela estrada
se expandindo ao ar
com envergadura aberta
a voar.
Voa, voa passarinho
sua beleza consagrada
sem enfado em seu ninho
vai planando em revoada.
Chega sempre em seu destino
Com seu passar passageiro
outros mares outros hinos
passando ao mundo inteiro.
Passarinho, passarinho
me leve ao destino meu
na hora antes do tino
no tempo antes do adeus.
Antonio Montes
PATA DA PATOTA
A pata da patota
anda choca
e vai nascer os seus patinhos
todos pequenos
e pelo terreiro...
andarão serenos.
São todos amarelinhos
vagando no quintal
Eles piam
eles correm
E sobre a água
eles a nadam.
A patota não se importa
e todo dia abre a porta
para ver a pata choca.
Antonio Montes
"" Fui na tua fonte, matar a minha sede
te achei, donzela na cor da terra
assanhei
foram teus seios que atiçaram instintos
sacanagem à parte, quis te molhar de amor
salivando tudo, inclusive o mudo paraíso
que tintilava, banhado pela alma sedenta
se fizemos amor, claro que sim
tentamos a noite inteira...
"" Menino talentoso adquiriu uma mansão
outro uma lancha moderna
expoente da música comprou um jatinho novo
badalação
obsessão
compulsão
beleza...
alguém subiu a montanha e agradeceu
desceu feliz...
VAQUEJADA
Quanto boia por amor,
boiando, causando, dor
boias nas águas dos oceanos
aboiando sonhos e planos.
Ao povo boiá, quando mente
inocentemente coração de inocente
política demente boiá arduamente...
Ao mentir para muita gente.
Aboia tropeiro vaquejador...
A vacada com poeira na estrada
pela caatinga do sertão, pelo senhor
aboia o gado, aboiado, por nada.
Aboia o mundo todo... Todo tempo
pelos trilhos e caminhos da vida
aboia a dor paixão, ventos sentimentos
aboia a morte na hora da partida.
Antonio Montes
ENCRUZILHADA
Qual... Linha, corda, passos
... Separa santos ou demônio...
A linha que amarrou o saco das moedas?
a corda que amarrou os braços da cruz?
... A que enforcou o pescoço na forca?
ou aquela que asfixiou a voz da luz...
Qual cordas, linhas ou passos...
Que queimou as almas na fogueira
... Passos de novenas da igreja?
os da mordia da fruta no Éden
do jantar a luz de vela e o beijo
de um olhar torto a vida inteira...
Ou de um ganancioso e fúnebre desejo.
Passos das ovelhas para grelhas
de um pastor cheio de pecado
ou de um lobo caçador e sua dor?
Qual linha, corda ou passos,
que separa santos e demônios...
Linha da verdade e a mentira?
Do jogo do perdão, ou do rogo?
Dos palcos dos fingimentos das promessas
dos botões de sua camisa...
Ou a gravata do seu engomado terno?
Seu terno, seu céu, seu inferno seu berro?
Que linha, corda ou passos eu passo...
para me tornar, santo ou demônio
Para chegar aos céus
ou ficar no inferno?
Antonio Montes
AIROSO
Aposto ao posto
em posto gosto
apos agosto
gosto insosso
d'esse tal imposto.
Se tem mal gosto...
No gosto posto
e admira o poço
no posto do rosto
p'ra que tanto gosto
com pouco gosto.
Se deixa o posto
do rosto sem rosto
paladar de encosto
cobrança de desgosto
sob nó no pescoço.
Antonio Montes
"" E quando mentem, sussurram um mundo infiel
nele cabem todos as loucuras, procuras e medos
quando a ambrosia da realidade esvai
quem vem, além do bem que não chega é o ócio do acontecer
quem tem ouvidos para ouvir que fale do que ouve em sintonia com o real
e não minta jamais...
PEDIDO AO MAGICO
Seu magico...
Eu não quero pombos
nem coelhos da cartola,
Eu quero magica sim!
Magica de compreensão...
O mundo todo dando as mãos
sem pobreza, sem esmola.
Seu magico...
em vez de sumir cartas e espadas
Suma as horas
sim, sim... Desapareça com as horas
para que ninguém mais se escravize
em nada, muito menos ao tempo,
quem sabe se assim...
pensamos no momento de nosso existir
e deixamos de nos envelhecer.
Suma também com rostos simples
banhado em lagrimas
pela dor, pelo sofrer
Que tal sumir com essa velha ganancia!
Que nos impregna até na hora de morrer.
E essa tal moldada mentira
você podia fazer desaparecer!
Faça viver a verdade
um sol sem divisão
coração sem fechaduras
e me dê o meu quinhão
Antonio Montes
PERDEU-SE
A justiça...
À muito anda de saia justa
perdeu-se na bagunça
e injusta...
Cambaleia sobre o caminho
da lealdade desse mundo
e com seus atos tortos e profanos...
toma decisões de enganos.
A justiça às vezes...
Sem ter certeza, determina o final.
Outras vezes, por indiferença...
Fecha os olhos
camufla-se em sua janela
e não caminha
até e fundo do quintal.
A justiça injusta
e com sua preguiça...
Tem andado pelo caminhos
das injustiças.
Antonio Montes
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- Frases de Raul Seixas para quem ama rock e poesia
- Poesias para o Dia dos Pais repletas de amor e carinho
- Poesia de Namorados Apaixonados
- Primavera: poemas e poesias que florescem no coração