Poesia Completa das Borboletas
Sobre a verdade
A verdade não é relativa,
não a minha, nem a tua,
a verdade de cada um
é inexorável como o sol,
todos a verão...
Mesmo que a ignorem,
saberão da sua existência
cruzarão com ela
face a face...
Minha verdade
assim como a de Pilatos
não é relativa...
ela não é discurso de Cícero
nem retórica de Homero
ou banquete de Platão.
A verdade é transparente
e purificadora, na tragédia
e na comédia ela revela
a alma do seu agente
expõe o abismo das palavras
a verdade não é divina
a verdade é humana
é a soma das nossas ações.
Evan do Carmo
INTEIREZA
Tudo que tenho é por inteiro,
é intenso, completo, certeiro,
nada me preenche na metade,
nem mesmo, medo e saudade,
sou a parte completo do todo,
o visco inteiro e verde do lodo,
peça que fecha quebra cabeça,
o final onde tudo mais começa.
O amor está em mim até o fim,
plantado bem cravado no peito,
arraigado na raiz de meu verso,
se enterra e espalha feito capim
e me serve de estrada e de leito,
é completo, pois é meu universo.
INSTANTE TRISTE
Hoje está triste a noite, sem lumiar minh’alma,
e mesmo assim uma fagulha de alegria, resiste,
insiste no íntimo, deita a minha dor com calma,
luto contra tal mutante ferida fria, que persiste
Ah Sou poeta. Ah! Sou poeta
grandes frases na pequena pena
Ah Sou poeta. Ah! Sou poeta
crio tempestades em águas serenas
tenho pena de quem não tem pena
ATREVIDO
Quanto mais escrevo,
mais me atrevo,
por natureza já sou atrevido,
me jogo nos versos,
e perco todos sentidos,
mas encontro cada sentimento,
nem que seja por um instante,
nem que dure um momento,
me atrevo por qualquer motivo,
não me contenho,
a poesia é que me contém,
mas por favor,
não contem a ninguém.
.
Letra Bacana
Por: Alexandre d’ Oliveira
Meu poema é livre, minha bossa
é prosa e com isso eu faço que você
sem drama entenda aonde
eu quero chegar.
Que seja de qualquer maneira
assim consiga dentre acordes
maviosos no meu violão
te acompanhar.
Meu ritmo nobre numa letra bacana
enquanto encanto no samba.
Por isto faço prumo
para ouvir você dizer que me ama
e assim entenda o que quero
mostrar morena da cor de jambo.
#alexandrrpoeta.com
ASSEAR
Pela rua a água
lava catacumba
e afoga as magoas.
Mareja a saudade
d'aquele sentimento
e da frágil felicidade.
Enxuga as lagrimas
fincada no tempo
rascunho do desalento.
Pela rua a água
vai lavando as calçadas
as favas e as lavras.
Antonio Montes
INÉRCIA
Dia de finado
... Flores...
rascunho da calma
... Lagrimas.
Dia para chorar a vida
celebrar a morte
E sentir saudade
... Da partida.
Dia de finado
... Lagrimas...
Água da alma
poesia da existência.
Antonio Montes
TRAMONTANA
Ponte aérea,
aponta a fera
globo, atmosfera...
Tantas asas no ar!
Voando a terra
n'essa grande era
qualquer um pode chegar.
Ponta fina
aponta afronta
e por sua conta
não desconta.
Passa da conta
tonta, atonta...
A linha reta da ponta.
Antonio Montes
Amantes em Liberdade
Sinto a liberdade no olhar dos amantes
Apaixonados e delirantes,
Sonhadores noturnos,
Em dias que se clareiam,
Em faces que se maquiam
Aos sons da poesia.
Vejo os amantes em liberdade
Que soltam em voos longos
Fundo mergulho, profundos gostos,
Em jardins a perfumar.
Tocando em violas,
Falando em prosa,
Pondo o coração em versos,
De quem sabe, oh Deus, amar!
E deles, libertos atos são feitos,
Em tons de regras impunes,
Vão-se enamorando...
Sem pecado e com ardor,
Encobertos de álibis e de presumes
Tirando de si, tudo que dentro sentia.
REMINISCÊNCIA
Pagina branca sobre a mesa
... Uma carta ao tempo
uma nuvem ao vento
rascunho dos sentimentos
... Alveja a saudade tesa.
Uma sombra ao chão
Olhos tristes, atentos
feitio de um pensamento
trilhos de contentamento
... Coração moda paixão.
Feito da imaginação
pautas cheias, poemas belo
esquecimento amarelo
passos treloso no castelo
... Mãos sofreguidão.
Antonio Montes
"" Não deixes que o medo te impeça de viver o amor
há um mundo bonito, dentro do teu coração
e esta beleza é tua, somente tua
não deixes que a solidão seja a eterna companheira
os dias sem cores, devem ser deixados para trás
e os de amores, vividos plenamente
não deixes de buscar o que é teu
mesmo que o teu maior tesouro, seja eu...
E lá estava eu
Na chuva novamente
No silencio de cada gota
Triste e solitário, como sempre
Apenas ouvindo a chuva e a solidão
Cada gota tocando meu rosto
Enquanto lembrava de seu sorriso
Um sorriso tão lindo
Mas que nunca será para mim
Eu te amava de todo o coração...
Cada segundo, cada momento...
Lá estava eu, te olhando
Com ele...
Você nunca se importou comigo
É difícil acreditar que nossa amizade simplesmente acabou de um dia ao outro
Mas não irei desistir de minha vida assim
Irei apenas lhe guardar no coração
E tentar te esquecer
Fugirei por toda eternidade
De tudo que lembre a ti
Adeus...
"" Forjar-se nas feridas cicatrizadas
nutrir-se na fé dos vencedores
circunstâncias desfavoráveis surgirão
nunca regressar
abrir fronteiras, fincar bandeiras em solos possuídos pela ganância e poder
onde reis, deixaram suas rainhas
para na guerra, perderem seus tronos
para valentes que apenas derrotaram a ambição
sejamos...
IDADE SEM VAIDADE
Aquela casa lá embaixo,
com a árvore na frente,
é a minha casa,
a arvore é da minha infância,
veja as flores violáceas,
estão em botão
e logo florescerão,
e o muro amarelecido
este envelheceu comigo,
é meu amigo tenho histórias,
algumas velhas, outras novas,
feito o sabiá que ali está,
ambos adejamos,
cada qual a sua maneira,
ele alado
eu sem penas
a não ser as da poesia.
Naquele gramado tão verde
era eu a criança que ria
e aquela balança
foi a justiça da minha infância,
feliz infância, muito feliz infância,
hoje estou velho,
demoro mais no meu passeio,
porém ganhei em contemplação
aquela casa lá embaixo
com a árvore na frente,
me ensinou que a vida
é muito mais que uma simples ilusão
É SIMPLES!
Anda!
Vem calar a saudade,
vem encurtar o tempo que foge.
Corre!
Contra os contratempos,
contra o sentido da rosa dos ventos.
Foge!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Embarque!
Nas nuvens de minha estação,
nas quimeras dormentes da ilusão.
Anda!
Contra os contratempos,
contra o sentido da rosa dos ventos.
Corre!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Foge!
Nas nuvens de minha estação,
nas quimeras dormentes da ilusão.
Embarque!
Vem calar a saudade,
vem encurtar o tempo que foge.
Anda!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Corre!
Nas nuvens de minha estação,
nas quimeras dormentes da ilusão.
Foge!
Contra os contratempos,
contra o sentido da rosa dos ventos.
Embarque!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Anda!
Nas nuvens de minha estação,
nas quimeras dormentes da ilusão.
Corre!
Contra os contratempos,
contra o sentido da rosa dos ventos.
Foge!
Deixa o lugar habitual,
deixa pra trás a vida sem sal.
Embarque!
Vem calar a saudade,
vem encurtar o tempo que foge.
É tanta a vontade de voltar
E à ti outra vez implorar
Talvez eu não mereça seu perdão
Não hesitei em magoar-te o coração
Foi em vão tudo o que jurei
Enganado prometi o que não cumpriria
Amor tão puro que por ti eu cativei
Na ilusão de que tudo venceria.
Inocência perdida
"Na varanda onde me encontro, me vejo enfastiado e risonho
Olhando para o chão onde as crianças brincam e se sujam
Na ladeira a beira da rua movimentada pelo caos
De ladrões, facções, revoltas, lâminas e oitões
Cena nada bonita para uma criança e nem mesmo para um adulto
O mais incrível disso tudo é que todas as crianças enxergam as flores
As aves e o seu próprio reflexo no esgoto
Ou na poça de sangue
Quebram janelas com suas faltas batidas no futebol
Perdem-se em meios os becos no esconde-esconde
E o sentimento nostálgico faz-me contestar
Onde esta toda a minha inocência de antes?
Se foi quando?
Quando estava dormindo e tento mais um pesadelo?
Quando estava alisando o travesseiro e imaginando seu cabelo?
Quando estava mordendo a toalha e imaginando o pescoço de alguém
Quando?
Será que se foi quando eu traguei você
e a matei dentro de meus pulmões para que eu possa
Respirar o seu ar, e inalar o seu doce veneno?
Pode ser que ela tenha saído
Na noite em que me disse não
e virei um caminhão de uma bebida
Inflamável
Bem, não sei quando foi
Sei que como você
eu a quero de volta
De volta
Volta?
Volta, porque não aguento mais a desesperança
Da dor da lembrança, da inocência e manhas
Que tinha quando era criança
Quero voltar a ser como antes e ver meu reflexo na poça de sangue! "
COM A LUA
Com a lua
outra noite eu fiz com giz
o nome d’ela nas estrelas
E só para vela e ser feliz
bordei uma serenata pra ela.
Ela da janela
Eu, na calçada de uma noite crua
ao lado, todo ouriçado de um,
poste com arandela, portando...
Uma meiga luz amarela.
O vento...
despejava brisa, atiçava vontade.
Ofertei um ramalhete de flor
e paixão, era aquela...
Toda carregada de amor!
Era assim, tanto amor!
tanto amar!
Que o tempo nos deixou
mas o meu amor...
nunca há de se acabar!
Antonio Montes
COMO SORRIR
Farras da vida
tempo que finda
terras aos ventos...
Para cobrir a sua tenda.
Olhos com vendas
não mais contendas...
Seu blue,
seu verde
que falta lhes fará água
se não és mais o dono da sede?
Farol sem luz
torre sem vale
de que vale o universo
se seu corpo debruçou!
Se o mundo aos seus pés
não existe...
Como sorri
como sorrir...
depois que o amor mingou?
Sorria para o hoje
que o ontem se foi
momentos passados... Acabou.
Antonio Montes
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