Poesia Carinho Machado de Assis

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A vida de uma Baleia


Nasci em um sertão, dentro de uma fazenda, necessidade sempre passei, mas amor nunca faltou pra suprir o resto. Tinha um amigo falador de asas curtas, dois irmãos, um pai e uma mãe. Logo quando nasci me deram um nome estranho, Baleia, nunca intendi o porque, mas gostei.
Já faz alguns dias que saímos da fazenda, acho que papai achou algo melhor, espero que sim. Dias se passarão e comecei a dar falta do meu amigo falador, não o vi mais, acho que o pequeno deixou ele voltar voando para a fazenda, espero que tenha achado o caminho de volta.
Se papai achou algo, achou a quilômetros de distancia da fazenda, nem me lembro mais como voltar a ela. Já estou exausta, minhas pernas doem, as moscas me comem, as feridas de tantas já nem sinto.
Hoje o pai passou o dia a me cuidar, discuti-o em sussurros com a mãe, não consegui escutar, mas vi que ela não gostou nada da discussão. Minutos se passaram, meu pai mandou os pequenos irem na frente com mamãe , pediu que eu esperasse, chegou bem perto de mim, me abraçou e falou soluçando bem baixinho :
-Desculpa.
Uma lagrima caiu em mim, depois, tudo foi ficando turvo, escurecendo, e antes que se apagasse tudo, eu disse:
-Amo vocês.

Inserida por takkaguga

Às vezes me ponho a ler, observar e refletir sobre os acontecimentos e as pessoas com suas limitações e aberrações...
E muitas vezes chego a pensar se estou vivendo dentro da obra literária do grande Machado De Assis ,"O alienista" (1882), que nesse Brasil atual fica longe de ser considerada uma ficção.
O que pensaria e diria hoje (2018) o personagem Simão Bacamarte?

Inserida por MiriamDaCosta

Como elabora Machado de Assis em um de seus contos, chamado "CAROLINA", me sinto como eterno Fernando para com você...

Amor Virtual

Quem és tu, ó linda mulher,
Que só conheço do mundo virtual,
Mas que com seu encanto e magia,
Faz-me querer trazer-te para meu mundo,
Meu mundo real.
Quem és tu, ó linda mulher,
Que tanto quero amar,
Que com esse olhar faceiro, fascina-me,
Que com esse sorriso buliçoso, faz-me sonhar.
Quem és tu, ó linda mulher,
Que me faz no momento,
Encontrar-me de olhos fechados,
Pensando em você.
Sentindo o gosto gostoso de seus lábios,
Sentindo sua mão em meu corpo percorrer.
Quem és tu, ó linda mulher,
Que me deixas assim,
Mesmo sabendo que tudo isso é um sonho,
Dele não quero acordar
E por favor, te peço,
Não me acorde, deixe-me sonhar.
Quem és tu, ó linda mulher,
Não precisas mais me dizer,
Já sei que quem me fascina
É uma suntuosa e doce mulher,
Envolta em um sorriso de menina.
Uma bela e linda menina.
Não importa sua crença,
Seu credo, sua cor,
Pois tudo que mais quero no meu mundo real,
É contigo, linda mulher,
Viver um grande e eterno amor

Vem. Vem fazer parte do meu mundo. Vem?

"Súplica"

E os meus joelhos doem:
pelas preces pedidas,
pelas provas vencidas, pelas dores sentidas,
pelo arder das feridas, e sentido da vida...

E meus joelhos doem:
pelo afago sincero,
pelo amor que é o mais belo, e pelo sorriso
que quero quando de longe te espero...

E os meus joelhos doem:
em meio a correria, entre versos e poesias,
do sentimento que ardia, sem dó e em demasia, que em mim existia...

E meus joelhos doem, doem, doem...
Ainda doem e eu vejo que há contigo um segredo,
escondido entre os beijos, cheiro tentado do desejo que camuflado sucumbia.

E os meus joelhos doem:
doem e faz festa, lateja e me testa,
na dor que me resta desse amor que sedia...

E os meus joelhos doem:
doem no cimento, doe no lamento,
doe mas aguento, e nem ligo o tormento
de um chão frio molhado em sofrimento.

E eles doem:
doem cravados na preza, clamando na dor
e na reza o que a Deus pedia...
Doe mas tem que doer, pois, todo amor que viver,
do nascer ao morrer, ai de aprender ser respeitado até o seu ultimo dia!

(Franklin Lima)

CORAÇÃO DE POETA (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)

Poesia brota do coração
Fábrica infinita de sonhos
Poesia vem do coração
A arte só produz versos...

Por onde vai o coração
Do poeta sonhador
Chama acesa-perene-de-inspiração
Coração-doação-canção

Na arte do peota somente devaneios
Na arte-sorte do poeta
Forças ocultas do existir
Uma justa medida de poesia...

ISBN: 978-854160-632-5

Inserida por bmdfbas

A TRAMA DA POESIA (Bartolomeu Assis Souza)

O filósofo Artur Schopenhaeur, que viveu entre 1788 a 1860, disse: "O poeta é um ser universal. Tudo o que agitou o coração do homem, tudo o que a natureza humana, em todas as circunstâncias, pôde experimentar e reproduzir, tudo o que reside e fermenta no ser mortal, é esse o seu domínio que se estende a toda a natureza."
Assim, toda a poesia é composta da análise do espírito crítico e das observações acuradas daquele que a produz. Todo esse processo é uma manifestação superior do espírito humano, que, por sua vez, se revela de forma peculiar em cada pessoa.

Inserida por bmdfbas

A TRAMA DA POESIA II (Bartolomeu Assis Souza)

O poeta é um aventureiro, um bandeirante que caça esmeraldas do pensamento, lapidando-as à luz da dialética, da ciência e, principalmente, à luz de sua sensibilidade e de seu olhar profundo. É através dessa sensibilidade que ele pode tratar de elementos universais, como a dor, a paixão, a miséria, a esperança e muito mais...

Jornal Lavoura e Comércio, Uberaba, sábado, 09/06/2001
caderno Especial A-07
B.A.S, é professor, atendente de farmácia e agente funerário

Inserida por bmdfbas

Hinho Nacional Brazileiro

Enche o peito brasileiro
Doce luz, almo fervor,
Ante o dia abençoado
Do seu grande Imperador

Das florestas em que habito
Solto um canto varonil:
Em honra e glória de Pedro
O gigante do Brazil.

Em firme trono sentado
O colosso Imperial
Tem por base de grandeza
O coração nacional.

Das florestas em que habito
Solto um canto varonil:
Em honra e glória de Pedro
O gigante do Brazil.

Correm anos, e este dia
Surge na terra da Cruz:
Abre-se a alma do povo
Jorra do Céu nova luz.

Das florestas em que habito
Solto um canto varonil:
Em honra e glória de Pedro
O gigante do Brazil.

Machado de Assis
O Constitucional, 11 de dez. de 1867.

– [...] Para que queres tu mais alguns instantes de vida? Para devorar e seres devorado depois? Não estás farto do espetáculo e da luta? Conheces de sobejo tudo o que eu te deparei menos torpe ou menos aflitivo: o alvor do dia, a melancolia da tarde, a quietação da noite, os aspectos da Terra, o sono, enfim, o maior benefício das minhas mãos. Que mais queres tu, sublime idiota?
– Viver somente, não te peço mais nada. Quem me pôs no coração este amor da vida, senão tu? e, se eu amo a vida, por que te hás de golpear a ti mesma, matando-me?
– Porque já não preciso de ti. Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem. O minuto que vem é forte, jucundo, supõe trazer em si a eternidade, e traz a morte, e perece como o outro, mas o tempo subsiste. Egoísmo, dizes tu? Sim, egoísmo, não tenho outra lei. Egoísmo, conservação. A onça mata o novilho porque o raciocínio da onça é que ela deve viver, e se o novilho é tenro tanto melhor: eis o estatuto universal. Sobe e olha.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Cada século trazia a sua porção de sombra e de luz, de apatia e de combate, de verdade e de erro, e o seu cortejo de sistemas, de ideias novas, de novas ilusões; cada um deles rebentavam as verduras de uma primavera, e amareleciam depois, para remoçar mais tarde. Ao passo que a vida tinha assim uma regularidade de calendário, fazia-se a história e a civilização, e o homem, nu e desarmado, armava-se e vestia-se, construía o tugúrio e o palácio, a rude aldeia e Tebas de cem portas, criava a ciência, que perscruta, e a arte que enleva, fazia-se orador, mecânico, filósofo, corria a face do globo, descia ao
ventre da Terra, subia à esfera das nuvens, colaborando assim na obra misteriosa, com que entretinha a necessidade da vida e a melancolia do desamparo.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"

Machado de Assis

Nota: (trecho extraído do livro "Poesias Completas - Ocidentais", 1901, pág. s/nº. – Projeto releituras)

...Mais

Pergunta-me por que é que uma moça, casada de fresco, pode ter aborrecimentos? Quem lhe disse que eu tinha aborrecimentos? Escrevi que estava aborrecida, é verdade; mas então a gente não pode um momento ou outro deixar de estar alegre?

É verdade que esses momentos meus são compridos, muito compridos. Agora mesmo, se lhe dissesse o que se passa em mim, ficaria admirada. Mas enfim Deus é grande...

Machado de Assis
ASSIS, M., Questões de Maridos

Quando chegamos ao alto da Tijuca, onde era o nosso ninho de noivos, o céu recolheu a chuva e acendeu as estrelas, não só as já conhecidas, mas ainda as que só serão descobertas daqui a muitos
séculos. Foi grande fineza e não foi única. São Pedro, que tem as chaves do céu, abriu-nos as portas dele, fez-nos entrar, e depois de tocar-nos com o báculo, recitou alguns versículos da sua primeira epístola: "As mulheres sejam sujeitas a seus maridos..."

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).
Inserida por marcosarmuzel

⁠Tal é o vosso destino,
Ó filhas da natureza;
Em que vos pese à beleza,
Pereceis;
Mas, não... Se a mão de um poeta
Vos cultiva agora, ó rosas,
Mais vivas, mais jubilosas,
Floresceis.

Inserida por pensador

Dai à obra de Marta um pouco de Maria,
Dai um beijo de sol ao descuidado arbusto;
Vereis neste florir o tronco erecto e adusto,
E mais gosto achareis naquela e mais valia.
A doce mãe não perde o seu papel augusto,
Nem o lar conjugal a perfeita harmonia.
Viverão dous aonde um até ‘qui vivia,
E o trabalho haverá menos difícil custo.
Urge a vida encarar sem a mole apatia,
Ó mulher! Urge pôr no gracioso busto,
Sob o tépido seio, um coração robusto.
Nem erma escuridão, nem mal-aceso dia.
Basta um jorro de sol ao descuidado arbusto,
Basta à obra de Marta um Pouco de Maria.

Machado de Assis
Machado de Assis: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2021.
Inserida por laurenmatta

Que a minha loucura seja disfarçada, tanto para que fiquem em dúvida e somente eu saiba a verdade...

Você nunca receberá uma traição de alguém que não confia, traidores e traidoras são pessoas que sempre tiveram de nós exagerada confiança...

“” Não ria da minha queda, ela me fará levantar com mais força e determinação para vencer...””

" Sempre desejei apresentá-la aos amigos, mostrar que além de linda você é especial, inteligente, iluminada. Não acho exagero e é o que penso e sinto. Tenho uma vontade louca de lhe abraçar sem motivos, sentir seu corpo junto ao meu a todo instante, confesso que quando estou sem você sinto-me vazio, oco, triste, como se faltasse um pedaço, por isso não foram poucas às vezes em que fiz questão lhe escrever, para que sentisse meu coração através da demonstração de amor e nela você tivesse a sensação de estar ao meu lado, andando de mãos dadas...

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