Poesia Carinho Machado de Assis
O AMOR QUE EU SEMPRE QUIS
Não busquei um amor para um minuto,
para uma hora, um dia, um mês, um ano,
nem pretendi amor substituto,
por uma mero capricho leviano.
Quis um amor, sem me cobrar tributo,
sem metas a cumprir, sem grande plano,
que fosse livre, inteligente, arguto
e até capaz de se mostrar insano.
E te encontrei, sem procurar por ti,
porque de mim estavas muito perto,
tal como agora estás comigo, aqui,
ouvindo-me dizer que sou feliz
por nossa comunhão ter dado certo
e por teres me dado o amor que eu quis
sentir pulsar
entre o claro e o escuro,
é claro que o ritmo permanece:
descompassado, obscuro
(à espera de cura)
Ser poeta é
traduzir em palavras
o que se sente,
se ouve,
se vê
ou se imagina,
na busca de um mundo
real ou fictício
que comova,
toque
ou envolva o leitor,
ou não.
Pedacinho de papel,
Suporte para recados,
Até quando está vazio,
Tem muitos significados.
Aberto é matéria-prima,
Enrolado serve de embrulho,
Dobrado é guardanapo,
Escrito pode ser reciclado.
Solte a imaginação:
Origami vira diversão!
Incolor, rabiscado, amassado ou dobrado,
Todo papel tem seu legado.
“A arte nasce da nossa necessidade de preencher vazios.
A começar pelo branco do papel.
Ela é nossa última conexão
com o Éden.
Ela faz da criatura, criador.
Nela há eternidade.
A arte come o tempo.”
Poeme-se
Penso, incansavelmente, penso. Quase como faço no respirar. É um penso torto, claudica ao pronunciar.
Costuma contrariar o óbvio, e enaltecer o olhar. Conjectura o improvável, por isso eu o chamo; de meu pensar.
Língua artificial não, por favor, chame de neologismo do pensar.
Não é pra fazer sentido, poesia é pra fazer caminhar.
"Feliz é aquele que encontrou alguém
que fala coisas bonitas, mesmo dormindo.
Certas pessoas são o próprio poema."
“Pássaro encantado tu que detém o canto e a palavra. Que transita entre a realidade humana e a eternidade dos céus. Carrega-me. Leva-me aonde o tempo não me encontre. Onde eu e a eternidade, assim como tu, também somos um. Onde ainda sou garoto e a decepção ainda não maculou meus olhos. Onde a felicidade é certeza e não possibilidade. A casa da poesia.
Onde somos pretérito, presente e futuro.”
Autorretrato
“Faço apologia do inútil, fomento as desimportâncias.
Não sobrevivo apenas com o indispensável. O sonho e a loucura são essenciais.
Combato o óbvio e a pobreza da
descrição, cheia de certezas
turvas, com um segundo olhar.
Troco o fato pela frase, para
abortar extremistas e ditadores.
Economizo a informação para
aumentar o encantamento.
É o jeito que encontrei de revisitar o Éden. Utopia ajuizada não é utopia.
Penso que melhor uma verdade escrita é uma beleza bem contada."
Distopia.
Desajeitado, andei, falei,
pensei.
O estranho é mais poético,
cada ato é verso,
já fui poesia.
Ambição de poeta é se tornar anônimo.
Ser, e só.
Improvável, o singular não cabe
no anonimato.
Para enquadrar-me,
travesti-me de multidão.
De poesia virei prosa, prosaico.
Descomprometi-me com a rima e seu desfecho,
conotação limitou-se a denotação,
o lirismo acabou com a chegada da distopia.
Matei o poeta, limitando-o.
E de mar, virei arroio.
Já fui verbo encarnado,
hoje sou texto inconcluso.
A medida que o destino apronta,
colocando o amor noutra ponta
meu coração se apronta
para então recomeçar.
Falei a moça dos meus sonhos...
Aquela que o destino fez questão de por noutra ponta
achando que eu não daria conta;
- Não deixe que a distância nos distraia de nós.
Sei, o que peço parece impossível, mas não é de impossíveis que o amor sobrevive?
Há quem duvide que o amores acontecem.
Eu porém não duvido.
Foi tão bom a gente ter acontecido!
A poesia é como amor,
quando se revela não sabe se revelar, precisa ser percebida é preciso saber olhar.
Em uma manjedoura
Um simples Deus menino.
Santa mãe descansa,
após dar à luz a esperança dos homens.
O pai embala o seu Natal vivo.
Santo Deus menino!
Céu cadente ao alcance das mãos.
Quando o verbo se fez poeta
a poesia virou sinônimo de Deus.
Se o pensamento cria a realidade como você ainda não se materializou?
Na ausência do material o imaterial tomou lugar. Meu pensamento criou asas e foi te visitar.
Pensamentos felizes esse é nosso segredo.
O papel é o meu passaporte para o nosso lugar.
No lá... já existimos e o somos o que quisermos. A poesia é o nosso ventre.
Homem desavesso
Gasto os olhos nas miudezas.
Desimporto razões.
Coleciono restos de tarde,
palavras que caem do telhado.
Envelheço no passo do sol,
desbotando feito roupa no varal.
Quando a luz se gasta no chão,
fico pronto ao poema.
No escuro, me encontro,
feito bicho que só escuta o silêncio.
É no avesso do mundo
que entro em estado de poesia.
Eterno Retorno
Vivo mil vidas num só instante,
sou chama que ri da cinza.
O tempo curva-se diante
da vontade que não finda.
Deuses caíram por minhas mãos,
ilusões, trapos do medo.
Quem encara o abismo em vão
nunca será o segredo.
Ergo-me além do bem, do mal,
sem bússola, céu ou chão.
O caos — meu berço original,
a dor — minha redenção.
Conversas Paralelas
Sabe o que os ouvidos disseram aos olhos?
— Me enxerga!
Os olhos, sem hesitar, responderam:
— Então me escute.
O nariz, cheio de inspiração, interveio:
— Respire!
Era previsível, vindo dele. O que mais diria?
Tanta aspiração...
A boca, não querendo ficar de fora, exclamou:
— Me use.
Mas com uma ressalva:
— Apenas quando necessário.
Foi aí que o debate se intensificou.
O cérebro e o coração,
sentindo-se à margem,
entraram na conversa.
O coração murmurou à mente:
— Sinta com a mente.
E a mente, sem se abalar, devolveu:
— Pense com o coração.
Enquanto isso, os órgãos genitais refletiram:
— Sou autônomo.
E os pés, fugindo da confusão, saíram correndo.
No meio desse caos,
Carlos Drummond apareceu,
sussurrando sua conhecida sentença:
— No meio do caminho havia uma pedra.
A voz, sábia e serena, advertiu:
— Não tropece teus pés nas pedras.
E tudo recomeçou,
agora com um elemento a mais:
a voz, silenciosa, quase imperceptível,
só audível com atenção.
Ah, e com o terceiro olho,
aquele que vê o que os outros não alcançam.
Três Portas
No meio escuro da vereda errante,
perdi-me além do mapa da razão.
Eis que surgiu, com olhos de diamante,
a sombra em forma de revelação.
“Abandona a esperança”, disse a brisa,
no arco negro onde o mundo se despia.
Caminhei, e a dor virou divisa,
na terra em que o tempo se esquecia.
Vi línguas feitas só de penitência,
reis em tronos de fogo e de vergonha.
A carne é fraca, mas há consequência —
o espírito é quem mais apanha.
Depois do Inferno, ergui-me em lamento.
No Purgatório, aprendi a subir.
Em cada passo, o céu, como argumento,
me abriu um verbo: “Amar é resistir.”
E quando a luz do Éter me tocou,
senti que Deus não era um velho rei.
Era o silêncio, eterno, que brotou
em mim — o paraíso que busquei.
Cela da Alma
Entre concreto e ferro, a mente vaga no fluxo... Liberdade não é bandeira, não é hino é ter a parada certa no peito, mesmo se o mundo te engoliu no trecho. Na cela escura, o coração é o único rolê sem custódia.
Quem tá de consciência limpa não teme a sombra do juízo. “Mano, o sistema pode trancar o corpo, mas o pensamento voa tipo pipa sem linha.” Na quebrada do cárcere, a paz é o traço mais rebelde: não se vende, não se rende.
Enquanto o tempo rasteja na parede, a alma dá um grau... Saber que não deve nada é a única cela que não tem grade.
O menino era alguém que vivia com o coração leve, em meio às sombras da vida. Ele possuía um sorriso sereno e um olhar que irradiava calma. Era dotado de uma sensibilidade única, que o permitia sentir a beleza das coisas mais simples e a ternura das estrelas mais distantes. Seu dom incrível, que o acompanha até hoje, era o de ver o mundo como uma oportunidade de brilhar, de aprender e de amar.
Marcos é um escritor de muito talento que conseguiu criar uma obra de arte chamada "Dono dos Triângulos". Esta é uma história cheia de aventuras e reviravoltas surpreendentes, que conquistou muitos leitores. Nela, Marcos explora os mistérios de um reino mágico, onde as forças do bem e do mal se enfrentam. Os personagens principais embarcam em uma jornada épica para salvar o reino e restaurar a paz. O livro é repleto de criatividade e imaginação, o que o tornou um sucesso entre os amantes da fantasia.
Nesta quinta-feira, o ambiente está repleto de intelectualidade, visualidade e respeito, permitindo que todos compartilhem de forma cúmplice experiências e conhecimento.
Resposta: Que nesta quinta-feira possamos encontrar empatia para entender o que sentem os outros, sensibilidade para reconhecer e aceitar as diferenças, intelectualidade para discernir e encontrar soluções inovadoras e visualidade para enxergar as possibilidades de um futuro melhor.
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