Poesia Carinho Machado de Assis
O mar é mágico...
A inspiração vem numa boa
de barco, de bote de canoa...
Vem como dote nas lufadas
nas fragatas e vela abanadas, na âncora afundada, carregada pelas correntes...
Vem de repente nos mastros ao vento, nos rastros dos cometas, nos braços fortes, nas areias das ampulhetas...Vem com as vagas em milhões de dobraduras, nas conchas das mãos cheias de mariscos, vem nas flâmulas estampados nos emblemas e nos coriscos, vem no tom das águas salgadas nos dilemas, nos marítimos ritmos das celeumas...
Vem de todo lugar, vem cá do som dos poemas...
Eu tô bem, eu tô zen
Tô me afastando de tudo que não me faz bem.
Tô me afastando de tudo que me faz de refém.
Tô me apaixonando por coisas que eu não fazia.
Tô me apaixonando por boas companhias.
Tô me aproximando de novas viagens.
Tô me aproximando de novas paisagens.
Tô me aproveitando de tudo que essa vida tem.
Tô me aproveitando para ser feliz também.
Tô até me entendendo mais ...
Tô até te entendendo, mais...
Ultimamente só quero me ver bem.
Tô feliz, tô tranquilo, ah eu tô zen,
aproveitando o melhor que a vida tem.
FÓRMULA
Toco em sua face e vejo toda a dor sumindo de mim, hoje não vou dormir em lágrimas;
Você me tira todo mal que insiste em me perseguir, a escuridão finalmente encontrou seu fim;
Seus olhos têm todo o brilho que preciso para seguir, Não há razão para não sorrir;
Seus beijos me fazem esquecer de tudo em minha volta, Nada então poderá me atingir;
Quando estamos juntos o medo se vai, eu posso ser quem sou sem temer que você se afaste;
Você me entende e me aceita, não sei o que vê em mim, mas aproveito cada segundo disto;
Estamos tão sós, mas isso não importa quando beijo seu pescoço e tiro a alça de sua blusa;
A Chuva e o frio estão lá fora pedindo para entrar, mas O calor de nossos corpos não deixa espaço;
Dançando no compasso da nossa respiração, Ofegantes e delirantes em nossa cena de amor;
Em uma prisão que não queremos sair, algemados de mãos dadas ao tempo que nos carrega;
Seus cabelos agora úmidos em meu corpo, o cheiro de paz e felicidade estão tão presentes em você;
E mesmo que o sol tenha que aparecer e pararmos nossa cena, sei que todo mal se foi e posso ir;
E deixe que o mundo desabe, nada poderá nos atingir, estamos nós em meio ao caos que ele criou;
Você tem a fórmula exata para esquecer tudo o que há de mal fora deste quarto;
O escuro está apenas no quarto, em nós há apenas luz e uma alegria de estamos somente nós;
Pegue em minha mão, olhe em meus olhos, sei que verá o mais puro e sincero amor em mim.
GUERRA
Você se joga na cama se perguntando o que vai fazer mais tarde, qual a próxima aventura?
Perdida em bebidas e noites se dormir, não sabe o que fazer para preencher o vazio;
Se o mundo está em preto e branco você tenta colorir com toda a fantasia que você criou;
Se vê no alto de um prédio de braços abertos tentando imaginar como seria o primeiro e último voô;
Busca algo que nem sabe o que é, sempre aperta os joelhos em um abraço quando se sente só;
Entre amores e vícios perdidos no caos que criou, pede paz e não a busca, o que quer encontrar?
Cambaleando pela estrada, não fica sóbria o suficiente para perceber a ruína a sua volta;
Olha para o alto e tenta encontrar resposta, desculpa moça Deus não vai te responder por agora;
Os medos não alcançam ela, mas ela teme que todos eles a afrontem em seus momentos de lucidez;
Corre contra o tempo, mas perde seu tempo no mundo imaginário em que acha que se sente melhor;
A embriagues cura por um tempo, mas depois que você acorda em seu Mundo logo volta a ter dor;
Está perdida em suas memórias, seu passado dói muito e todas as desilusões em toda a sua vida;
Quer matar a dor, mas não quer morrer no processo, não se odeia a ponto de não querer existir;
Procura solidez ao pisar o ar, não encontra e logo ofega, não sabe por que subiu lá, e não quer saber;
Não se mexe com medo de cambalear, se senta e tenta encontrar calma em sua respiração;
Hoje a dor não vai ceifar sua alma, não terá uma página no jornal para contar sua triste história;
Tenta procurar um sorriso ao descer daquele prédio, olha acima, mas não acha motivos para sorrir;
Nunca entendeu o motivo de todos sempre associarem o sorriso a felicidade, a boca mente muito;
Corre pela rua como se tivesse atrás de algo, mas só está fugindo daquilo que quase foi seu fim;
Do que vale morrer sem resistência, se é uma guerra ou sobreviveria ou morria com uma medalha.
PARADO
As pessoas não podem ter corações iguais, pois precisam de outro que o complete;
Se jogamos nossos medos no escuro vamos ter medo de que o escuro no consuma;
Te olho de longe e logo vejo o que perdi, mas como perder algo que jamais foi meu?
Você sempre foi a luz que brilhava em minha vida, mas não pude ser o mesmo para você;
Se você me perguntasse o por que de nós não termos dado certo eu não saberia falar;
Será que você tem a resposta para nossas dúvidas? Você parece estar tão feliz sem mim;
Se você consegue seguir em frente porque ainda estou parado sozinho na chuva;
Onde está todo aquele amor prometido? Ficaram apenas lembranças e fotos espalhadas;
Será que todos os sorrisos que demos foram em vão? Do que vale sorrir e depois chorar;
Será que essas lágrimas um dia vão cessar? Será que meu corpo vai parar de se arrepiar;
A chuva pode se juntar as lágrimas, mas não é capaz de disfarçar o quanto dói te ver e não te tocar;
Um dia eu vou esquecer e talvez você não terá tanto efeito sobre mim, por enquanto não consigo;
Você sempre parece tão forte perto de mim, será que chora quando damos as costas e não nos vemos?
Nossa história de suor também envolve lágrimas e palavras não ditas, nem todo conta há final feliz;
Quando o seu cheiro fica forte em minha cama vou dormir fora para esquecer que um dia esteve aqui;
Até te superar ainda vou injetar uma dose de ti em minha veia, depois me preocupo com a abstinência.
Você sente saudades de mim?
-- Sim! Ainda sinto. A saudade é como uma crise de abstinência. É necessária para limpar o organismo daquilo que nos faz mal
Sentir a sua pele aquela noite foi como tocar um alqueire de velames do campo,
uma plantação inteira de algodão.
Jeitinho brasileiro
Com alegria no coração
E na mão o pandeiro
Sorrindo mas devendo um dinheiro
Esse é o jeitinho brasileiro
Querer estar bem e desejar o mal alheio
Esse é o jeitinho brasileiro!
No domingo churrasco é certeza
Olha só que beleza!
Odeia manifestação
Mas não entende o porquê de não receber o dinheiro
E se o egoísmo fosse tangível,
Só seria algo visível se fosse em dinheiro
O mesmo já existe,
Ah, o jeitinho brasileiro...
Que reclama de todos os políticos
E mesmo cortando fila por aí se sente um crítico!
É difícil falar de algo que sou
Somos na verdade, brasileiro
O que não nos diferencia do mundo inteiro
Que só corre atrás de dinheiro!
- Oliveira RRC
MULHER
Mulher... essa trilogia!
quem cria, é a biologia
quem analisa, é a psicologia
mas quem explica...
é a poesia.
e retorno a mim,
de dentro para fora.
o contrário,
é diversão.
vaidade,
distopia.
em esfera política,
religiosa,
existencialista.
tampouco me importa qual.
não mais em colisão.
em coliseu.
de dentro para fora,
não mais retorno,
reetorno.
efeito ciranda,
ciranda.
ciranda.
ciranda.
ciranda.
enquanto a vida,
caminha para frente.
embora ciranda,
ciranda.
ciranda.
ciranda.
ciranda.
EXISTO
Estou no meio do caminho,
E não posso voltar atrás,
Tento seguir a estrada,
Mais ela é longa demais,
A dor é grande e bate em meu peito,
Não sei se sou capaz de prosseguir,
Olho e olho, nem tenho mais onde ir.
O tempo passou,
O que antes me assustava,
Hoje já não me assusta mais,
O que ontem eu temia,
Hoje me fortalece mais,
A dor que antes me abatia,
Não passa de uma coisa incomoda e passageira.
Desprezo tudo de lindo que me disse um dia,
Eram palavras frias e vazias,
Aliás o que queria de mim?
Eu já não existo,
E na angustia de não existir,
Acabo fingindo existir,
O que de mim já não sobra,
Senão apenas a pele de minha existência,
Fraca e continua como minha respiração,
E o leve bater do meu coração.
Logo eu não existo mais.
BEIJO DO MAR
Sou poeira de um sonho que tive,
No qual o mar, vinha me beijar.
Poeira de areia,
Fina que lhe escapava entre os dedos.
Em um sonho,
Que sonhei a muito tempo,
No qual você, vinha me amar.
Ao acordar suada,
Pude sentir, ainda em meus lábios,
O doce sabor úmido dos seus beijos.
Mais mesmo ao acordar,
Percebi que o sonho, tinha sido,
Sonho dentro de sonho.
E que talvez você nunca saberá,
Do amor que sinto.
Talvez em sonho seu,
Você descobrirá, o doce sabor,
De me amar.
Jamais lembrarei as palavras ditas
saídas como vômito
de algodão-doce
sem filtro
feito flechas
tentando cegar aqueles olhos de capitu
que me petrificavam
e me botavam a falar
como doida
ou criança com sono,
quizás.
Fechou-se o bar.
E aquela rua tão movimentada
de dia!
Parecia viagem
parecia outra cidade.
Sempre gostei do frescor e silêncio
da noite.
As ruas com poças
ainda da chuva.
Sombras coloridas nos olhos
um homem passa
um carro passa
um rato passa
não há ninguém além da noite
já começo de amanhã.
Eu prometo que não dormiria
por mais que meus olhos pesassem
não os fecharia.
eu ali, inerte, dura
resistindo aos apelos de Morfeu
deitada de frente a ti
a contemplar tua insônia
fazendo-lhe mil cafunés
você pedindo imobilidade
eu respirando o cheiro forte da química
do teu cabelo em minhas mãos
quero a intimidade
da liberdade do teu corpo em sono.
ao prometer-lhe a novidade e o prazer
de ser a primeira a dormir
escravizei-me ao sonho teu.
Quero alguém para trançar-lhe os cabelos
Sentar na grama
Sou de terra
Terra.
Terra para os pés, firmeza
Terra para as mãos, carícia
A parte invisível do visível.
De resto conhecer mais o quê?
O Manifesto do Invisível.
Os lobos são a cabeça do anjo que não se vê.
Sangue no Focinho e Cobardia.
Linguagem violenta: a única.
A outra é: Sedução ou Submissão.
Ou seja, o mesmo medo: recear estar só.
Quando se fala, fala-se. No alto da matéria e do espirito.
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