Poesia Carinho Machado de Assis

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SONETO DA CREDIBILIDADE PERDIDA
(Para dar um jeito na amizade fingida)

Um traidor chegou todo faceiro numa quitanda/e quis comprar alguns quilos de credibilidade./O vendedor o expulsou. Num terreiro de umbanda,/o Infeliz foi solicitar o apoio de uma "entidade".

-"Por favor, seu 'caboco', eu preciso de sua ajuda,/não entendo como conseguir a capacidade de mudar de vida./Estou sentindo a dor de um sufoco que não muda/e então eu pretendo readquirir a minha credibilidade perdida".

Após escutar a solicitação do cabra da peste,/a "entidade" impedida de dar a ajuda solicitada,/ disse: - "Tu irás penar por cada traição que fizeste."

A credibilidade perdida não pode ser comprada/pela Infernal escória, sem respeito e nem consideração./Eis a bela a moral da história pra quem tem feito traição.

Paulo Marcelo Braga
Belém, 17/03/2015
( 03 horas e 42 minutos)

NEM A NOITE TEM TANTO MISTERIO
NEM O SOL BRILHA TANTO ASSIM
MAGESTOSO FEITO MEU CASTELO
DE PÚRPURAS E MANDARINS

E A CORTINA QUE ENVOLVE TEU VULTO
QUANDO ABRE ATRÁS DE MIM
REFLETE-TE NO MEU CABELO
COM ZELO DE COLIBRI

HABITA MEU REINO DE SONHOS
AQUECE MEU DOM DE FALAR
FAROLEIRO SOBRE TEU CAVALO
CLAREIA AS ONDAS DO MAR

EMBALA-ME TEUS OLHOS MAROTOS
TEU CANTO DE SERAFIM
NA SENDA DO MEU DESTINO
QUERO SER MENINO SEMPRE A RELUZIR

Meu coração é um cometa
Que vaga por ai sem direção
De tanto sofrer ficou biruta
Tudo por causa da paixão

Sempre me perco nas lembranças
Preso no quarto e na canção
Que já foi fundo de um romance
E hoje norteia a solidão

Que ela deixou nas minhas horas
Nem me avisou que ia embora
Por isso segue célere flutuante

Em órbita para o sol, mas errante...
Vai desaparecer no infinito celeste
De um olhar navegador

seu olhar parece uma farpa que atravessa minha alma; um fascínio que agita minha melancolia com suas ideias que descem como descargas de endorfina.
suas expressões tais como a ressonância de sinos que alertam meus sentidos, é impossível te ignorar. és bela como um pesadelo; intensa, vívida, marcante; sua presença como um sonho, delirante e encantadora.
a silhueta do meu desejo é o que traja a tua persona e se for a montanha mais alta do mundo eu subo até o seu topo ainda que o ar lá seja o mais rarefeito; se for o abismo com a canção mais devastadora pra minha alma eu me jogo de cabeça em teu seio; eu aprenderia a te amar como se fosse a música mais virtuosa que eu reconhecesse em meus ouvidos. quando penso em você, eu desconheço qualquer desafio; me sinto vivo.

Os gêmeos e o labirinto

A mente é um labirinto
Onde as certezas são limites
As dúvidas levam a mais caminhos
Para uns é confortável o beco sem saída
Para outros é claustrofóbico imaginar o fim da linha
Uns são do tipo que percorrem por toda vida
Outros do tipo que morrem antes do fim na vida
A certeza é um abismo no fim desse corredor
A dúvida é um oceano de possibilidades que ainda não se mergulhou.

BELA DOS SONHOS

A bela adormecida no meu jardim...
Um dia despertará do seu profundo
sono, sonhando...
Sonhando com suas reticências
seus adágios, substantivos, hiatos
e adjetivos.
Nesse dia a bela, se encherá de flor
e irá florir com seu encanto
irá cintilar em pétalas como estrelas
e colorir-se como cores do arco-íres.

A bela adormecida em meu jardim...
Terá a minha marca, será só minha,
e um dia se encherá, de notas, tremas,
frases, ditongos e fonemas,
Nesse dia... Navegará aos ouvidos dos
quatro cantos do mundo e transbordará
meu nome sobre o céu.

A bela adormecida em meu jardim...
Eclodirá em seu parto com seu recital
provocará lágrimas de sensações
aguçará sentimentos e arrastará
almas através das imaginações.

Antonio Montes

PARADOXO I

E pela primeira vez usou da sinceridade.
Confesso que foi exatamente a sinceridade que sempre esperei de você, nada a mais, nada menos. Nenhuma surpresa.
Se bem, que lá no fundo, parte de mim ainda tinha esperança de salvar sua alma de si mesmo, inclusive dos icebergs que constituem sua forma de receber e fabricar amor. Talvez seja o motivo de viver sempre resfriado, o frio pode trazer esses tipos de males.
A sensação que mais uma vez conclui como fato, quanto mais “do bem” as pessoas demonstram que são, mais parecem demonstrar a necessidade de aparentar algo que realmente não são, como uma espécie de capa de proteção para os seus próprios monstros. Porém, elas se esquecem que quando os monstros saem para brincar, elas já não sabem mais quem são.

Talvez eu sempre analise tudo de maneira tão pessoal, afinal, “análise” nada mais é que opinião, mas fatos são fatos, eles não abrem um leque de conclusões, só simplesmente são fatos. Os fatos não se preocupam com sua opinião ou emoção, são só quem são, apáticos e sem proteção.

De qualquer forma, às vezes quando dizem para pensar melhor, talvez seja mais sadio não pensar em nada. Não digo só por uma questão ética, mas por simplesmente dar menos trabalho a nossa mente a qual processa milhões de informações por dia. Ela não se cala, ela não se aquieta, somente faz o que deve fazer, então não a pressione.

Nunca fui boa em contar histórias, sempre demorei mais que as outras pessoas e me recuso a resumir, pois todas as partes são importantes para uma conclusão. As vezes também perco o foco e uma história acaba dando na outra, que puxa outra e me lembra aquela vez de uma certa história que parece muito com aquela outra. É que talvez seja difícil falar de coisas que já se foram ou se passam, assim como o tempo e a sensação que estava na primeira linha do primeiro parágrafo.

Vontade de sossego
De aconchego
De gentilezas e ternuras.
Ela era assim.
Sempre exilada de si mesma.

Nem sei teu nome.
Não sei de onde veio
Nem para onde vai depois de nós.

Mas fica aqui...
Tenho um corpo quente
Tenho uma boca faminta
Tenho uma ternura infinita.

Dividimos a cama
Partilhamos nossas chamas
Saciamos nossa fome...

Nem precisamos ter nome
Nossa carência nos basta
E nosso desejo sacia nossa sede.

... E do restante, nada importa
Hoje.

Eu vou cuidar de você.
Cuidarei dos teu sorriso e dos teu juízo.
E se os perderes,
o riso eu os ressuscito.
E o juízo?
Ah, meu bem...
Estes perdes em mim!

Eu sou assim...
(Nilo Ribeiro)

De tão comum,
chego a ser complicado,
às vezes sou um,
outras, multifacetado

viver é divino,
viver é tentar,
viver é destino,
viver é amar

eu sou assim,
vivo poeta,
se a porta se fecha para mim,
encontro uma janela aberta

não vivo em poesia,
ela que me conduz,
dá ânimo para meu dia,
preenche minha alma de luz

eu sou assim,
assim me apresentei,
a ideia foi ruim,
a distância aceitei

viver é belo,
viver é primor,
sou sim sincero,
sou sim amor...

TUA

Gosto de mim assim.
Submissa sob teu querer.
Meus movimentos limitados
sob tua força.
Anulando meus pedidos,
atiçando meu libido,
me corrompendo,
bebendo do meu mel
gota
a
gota...
Enquanto me reteso.
Minhas pernas trêmulas
pressionadas pelas tuas,
se escancaram,
portas
para o teu,
o meu,
o nosso
paraíso!
Nesse momento sou tua serva.
Totalmente à sua mercê.
Fêmea domada.
Possuída.
Entranhas ensopadas
pelo teu licor...
Satisfeita.

Mãos vazias

As mãos vazias
Caminham em silêncio!
Não o silêncio mórbido dá solidão
Ou pela dor de quem perdeu alguém.
Caminham em silêncio pela paz
De quem sabe que venceu mais um dia.

Mãos sujas e carrancudas
Que, alegremente, se banham em águas frias
Para retornar ao lar.
E em silêncios se aquecerem nos bolsos
Do velho jeans azul desbotado.

E quando chegam ao lar
Se entrelaçam em outras mãos
Mais graciosas e aquecidas
E o silêncio se perpetua naquele abraço
De dedos, unhas, mãos e almas.

Quando chega à noite
Os pássaros se escondem
Com medo da noite
Ou exaustos de voar

De dia
Enchem o peito
Se transformando em vitrolas com asas
Com seu doce canto
Nos fazendo valsar

E no meio de todo esse sentimento
que transbordava minh'alma
desejo,dores,sensualidade...
...Tanta verdade!
Dele eu extraí apenas flores,amores,
ternura,felicidade.
Resolvi ficar.
Tanta ternura
roubou meu eu.

És meu▼ ▽ ▾ ▿ ◀
...E não te atrevas
a buscar estrelas
em quaisquer outros céus.
Cede às minhas vontades
e te farei
o meu astro de maior grandeza.
Mas és meu...!

Talvez você diga que estou,
ou
Seja carente...
Acredite querida:
Não é esse o caso!

O caso é que sou um admirador incorrigível
por tuas curvas, tua pele macia, teu cheiro,
tua feminilidade,
Este riso solto,
este jeito de mulher
que ainda é menina.

Não é carência meu bem.
É amor mesmo!

...E ainda nem é madrugada.

Hoje a solidão se fez imensa
Mais concreta do que nunca fora antes
... Palpo-a com minhas mãos.

Esperei-te o dia inteiro
( E quão inteiro foi este dia!)
Quisera ao menos tocar-lhe a face numa carícia.

Quisera pisar o solo que pisam os teus pés
Respirar o teu ar
Beber de tuas fontes...

Mas há apenas o som do teclado
à despedaçar meus sonhos em fragmentos.
... Desperta-me para o nunca.

Sim. Jamais beijarei tua boca!
E isto torna o dia sombrio, isento de magia.
Não há borboletas no jardim.

Porque hoje a solidão se fez imensa.
Calaste até tua presença etérea.
... Hoje não houve ilusão. Não houve!

E a solidão é intensa...
A saudade mais imensa ainda.
... Nem a poesia preencheu a lacuna.

Nem a poesia!
Porque hoje a solidão se fez imensa.
... E ainda nem é madrugada dos poetas.

Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.

Sentado à mesa dum café devasso.
Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura.
Nesta Babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.

E, quando socorreste um miserável,
Eu que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.

«Ela aí vem!» disse eu para os demais;
E pus-me a olhar, vexado e suspirando,
O teu corpo que pulsa, alegre e brando,
Na frescura dos linhos matinais.

Via-te pela porta envidraçada;
E invejava, - talvez não o suspeites!-
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada.

Ia passando, a quatro, o patriarca.
Triste eu saí. Doía-me a cabeça.
Uma turba ruidosa, negra, espessa,
Voltava das exéquias dum monarca.

Adorável! Tu muito natural,
Seguias a pensar no teu bordado;
Avultava, num largo arborizado,
Uma estátua de rei num pedestal.

Se a minha amada um longo olhar me desse
Dos seus olhos que ferem como espadas,
Eu domaria o mar que se enfurece
E escalaria as nuvens rendilhadas.

Se ela deixasse, extático e suspenso
Tomar-lhe as mãos mignonnes e aquecê-las,
Eu com um sopro enorme, um sopro imenso
Apagaria o lume das estrelas.

Se aquela que amo mais que a luz do dia,
Me aniquilasse os males taciturnos,
O brilho dos meus olhos venceria
O clarão dos relâmpagos noturnos.

Se ela quisesse amar, no azul do espaço,
Casando as suas penas com as minhas,
Eu desfaria o Sol como desfaço
As bolas de sabão das criancinhas.

Se a Laura dos meus loucos desvarios
Fosse menos soberba e menos fria,
Eu pararia o curso aos grandes rios
E a terra sob os pés abalaria.

Se aquela por quem já não tenho risos
Me concedesse apenas dois abraços,
Eu subiria aos róseos paraísos
E a Lua afogaria nos meus braços.

Se ela ouvisse os meus cantos moribundos
E os lamentos das cítaras estranhas,
Eu ergueria os vales mais profundos
E abateria as sólidas montanhas.

E se aquela visão da fantasia
Me estreitasse ao peito alvo como arminho,
Eu nunca, nunca mais me sentaria
As mesas espelhentas do Martinho.

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