Poemas sobre o Brasil
Meu espírito é veleiro
livre em direção a Los Roques
no mar dos teus toques
e outro destino não há.
O amor é ventania
que enfuna para navegar
no infinito de amar
onde vamos morar.
Onde as estrelas são
mais visíveis é aqui o lugar
feito para contigo morar.
É neste arquipélago de beijos
onde sempre serão sagrados
os desejos de eternos namorados.
Com o barco de pesca
em Cayo Madrisquí aportar,
e sob a sombra absoluta
de uma árvore descansar.
É o quê temos para daqui
a pouco para que nada
tire da o ânimo da rota
de viver a nossa História.
Deixar o quê é de impulso
amoroso nos governe
sempre daqui para frente.
Com os olhos fechados
confiar inequivocamente
um ao outro os sonhos.
Na véspera do aniversário
da Cidade de Rodeio,
Divirto-me com a aurora vespertina
com misteriosamente vestida
de encantamento com a vida.
Tudo dos oitenta e oito floresceres...
Ir até a Ilha do Francês
navegar ao redor e ali parar,
na Ilha que um veterano
estrangeiro resolveu se abrigar.
Parar, respirar e apreciar
os peixes coloridos a nadar despreocupados pelo mar,
e imaginar o nosso flutuar.
Como quem desenha mapas
de navegação ando escrevendo
as rotas íntimas em silêncio.
E tenho certeza que tens feito
o mesmo com fina devoção,
sem dar voltas é meu o seu coração.
O tempo está mudando
e as ondas quebrando
nostálgicas e fortes
na Ilha das Pombas.
Na embarcação antiga
poemas geográficos
abertos e alcance
sem caleidoscópios.
Razões do dia e da noite
cumprem a missão
de ordenar o coração.
Uma busca para aportar,
colocar os pés no chão
e esperar a chuva passar.
O acolhimento das Pequenas Antilhas
convida apreciar as bougainvilleas
por toda a Carriacou e destes dias
de hoje não querer saber mais de nada.
Não preciso calar o quê você fala
para que eu seja ouvida,
Apenas preciso lidar com o silêncio
e o tempo para que seja escutada.
Tampouco preciso impôr nada
porque se eu não te convencer
pelo coração que assim seja pela oração.
Aquilo que eu não fizer a vida
ou até mesmo a poesia farão por mim;
logo, não me interessa, se não for assim.
London Bridge Island,
é Ilha da Ponte de Londres
que pertence a Granada,
e o coração por lá dispara.
O destino para nós uma
surpresa sei que ele prepara,
Não tenho pressa de nada,
apenas não quero mais ter razão.
Deixar-me guiar pelas correntes
das Pequenas Antilhas
tornando os segundos presentes.
Permitir que o encanto vire rotina
de braços dados com a alegria
de ter no mundo a melhor companhia.
Encontrar um coração
amoroso como quem
pesca em alto mar
é algo que passei ansiar.
Enquanto um optam
esquecer conviver,
optei todos os dias
viver para me brindar.
Em Canouan resolvi
continuar a me desafiar
noite e dia para encontrar.
São Vicente e Granadinas
e por todas as Pequenas Antilhas
juntos estaremos na beira do mar.
A minha alma e a visão estão
plenas nas fronteiras visíveis
e as invisíveis do mundo:
sei como e quem começou.
Entre Carriacou e Petit Martinique
as correntes me levam bem
e serena até Petit Dominique,
escrevendo sob o Sol eterno.
A tentativa de distorcer a memória
e nem mesmo o poder irão levar
o louro e nem apagar a História.
Ali nas belas Pequenas Antilhas
tranquilas coloco cada conceito
nas mãos do Senhor do tempo.
Existe Anhanga
de tudo
quanto é jeito,
Tem gente que
vê Anhanga
onde não tem,
E tem gente
que comporta
como Anhanga também,
Fica te espiando de longe
porque não quer o seu bem.
Sem você se dar conta
por todas às vezes
já perdi a conta
nas Alagoas de Nosso Senhor
que do nada me deparei
com o Anjo Corredor,
Só sei que ainda não
me deparei com o seu amor.
Anambucuru tem
muita experiência,
Por isso escuto
com paciência,
Ela zela como
pedra esta chuva
que vem do mar,
E peço para ela
sempre me zelar.
Encontrei a Anaantanha
que estava desaparecida
para afastar os males
do corpo e da guerra,
Talvez para pendurar
na entrada da aldeia
para afastar qualquer
mal que pode pairar
sobre esta nossa terra,
como ameraba que sou
ainda insisto ser poeta.
Meus olhos indígenas
leem confiantes no céu
da Pindorama a Aracu,
a Monquentaua, a Pari,
Consciente que tudo
de ti é empunhadura
da espada de Órion,
E para nós quero um
bom futuro distante
de tudo que impeça
de conviver em paz,
A falta dela sempre
toda a diferença faz.
(Razões para a paz criar
raízes sem aceitar distorções).
Cruzeiro do Sul,
minha Arapari
sobre a Pindorama,
que me une a ti
e que te mantém
apegado a mim,
E assim nos guardo
de amor em mim.
Dancei Arara no Norte,
no Nordeste e no Sudeste,
Troquei de par e já fiz par
com o homem do bastão,
Arara por muitos olvidada
que me faz ainda dizer
para o meu próprio coração
que só falta você ser o meu
par com todo amor e paixão.
Sob a proteção de Ñandejára
que todos os caminhos levem
a nos encontrar no Paraguay
com a minh'alma e coração de Tajy.
Desejo ter o descanso contigo
protegido por um alegre Jarýi
enquanto flores nos cobrem
e os votos de amor ali se cumprem.
Ao chamar o meu nome a sua voz há
de ser como uma Paraguái ysapu
no ritmo dos rios com sacralidade.
O amor floresceu com o teu sob
o céu desta nossa Pátria Grande,
e sigo pressentindo o romance.
Berimbau-de-barriga
toca a fundo,
Comigo você não se cria,
Minha voz e Capoeira,
e também é poesia.
Vem cá, senta do meu lado,
que vou te contar uma
História dos tupis e guaranis,
que tu vai ficar boquiaberto,
Porque tem gente que nunca
soube nem mesmo o certo
que Aré e Tamandaré
são a mesma pessoa,
E tu pode botar fé
que para eles é o Noé.
(Meu poema busca a Arca).
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