Poesia Animo Fernando Pessoa
BEM DE TERNURAS
Saudades de te tocar, amor dos meus dias
Vou tecendo sonhos na ânsia de encontrar te
Em fantasias de beijos e toques __disparate
No qual me atiro sem preâmbulo ou apatia.
Quero teus braços enlaçados na minha cintura
Num desejo puro por toques ardentes
Sob teus dedos de amante. Ágeis e salientes
Com que suscitas minha indecência pura!
E enquanto lá fora as horas correm __vadias
Entregar me por inteiro, corpo, alma, ser
No prazer imenso de à ti, meu bem,pertencer.
Por isso dói me tamanho estas lunjuras
Esse espaço de terra e tempo entre nós dois
Amo te tanto e ainda mais_ bem de ternuras!
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados )
hoje o dia é lindo.
mas não é sobre hoje,
nunca foi sobre hoje.
dias lindos belos e claros,
dias lindos belos e brancos.
dias lindos,
belos e claros
belos e brancos.
dias.
vou sair,
entornar-me a mim mesmo.
secar-me,
de goela a baixo.
fazer de mim
líquido barato
que de goela a baixo
sobe os sentidos.
Toda noite espera todo dia o eixo girar até o sol chegar
Todo broto espera sob a terra chuva de lá espera pra regar.
Com isso seu amor virá de algum lugar
A natureza,
A natureza te espera
Sem ninguém saber
Ah! Que inveja dessa brisa perfumada do meu ser,
Que te toca silenciosamente, sem ninguém saber.
Extensão do meu desejo inconsequente em um toque da paixão,
Na entrega sutil do olhar, um sinal da tentação.
Me aqueço em um segundo do teu abraço,
E fora do compasso,
Sinto no coração um embaraço.
Disfarço, e passo por outros abraços tentando me enganar.
Mas só me satisfaço quando ao teu lado consigo chegar.
Difícil viver sob a máscara do desejo,
Liberando o fel do pecado,
E aguçando o amargo da frustração.
Condenado a viver no silêncio,
Compreendido apenas pelo olhar.
Sem palavras para dizer,
Mas sempre deixando meu cheiro para lembrar.
nascente
nem dia ainda é
nem escuridão
nesta hora de silêncio, fé
o sono já em vão
e a alma já de pé
mansidão
neste momento aflito
agoniada a solidão
que suspira num agito
num grito, em oração
será meu este delito
ou será do coração?
não importa a importância
não importa o cravo
o amor é relevância
o poeta da poesia escravo
a poesia pro poeta substância:
prosa, cria, aroma, desagravo...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
Seu olhar tranquilo pede amor
transmite carinho e paz
dizendo em linguagem muda
de toda ternura de que é capaz
Nas areias do tempo
Sou eu quem lhe dar as mãos solidão
.
.
Texto de Renata Pereira (Relopes)
Dê os créditos se gostar e copiar
Elasticidade do amor
E tendo vivido constantemente, surpreendo-me com a grandeza do amor e sua infinita capacidade, é facilmente notável que a infinidade do universo repousa na plenitude desse sentimento tão brandamente voraz, capaz de tornar sã toda a loucura disposta em um ser e ainda assim o fazer um louco sonhador, crente que o amanhã é eterno e assim gozará com júbilo na plenitude da infinidade serena de um sentimento tão atribuído de responsabilidade, pois amar é doar-se, e ser amado é estar vivo.
@CarvalhoEscrito
Amor sóbrio
Que ascenda em mim a loucura de um amor sóbrio
E que me toque a brisa de um caos sereno como os lábios teus,
Que as tempestades de calmaria se alastrem a tua cama
E toque-me, inocentemente devorando minha alma.
Sou teu amor como um dia fostes minha.
És minha, mas hoje tristemente tende a não ser,
Fomos dois, e por prazer nos tornamos um.
Somos completos e completamente meios.
Estamos vazios e vivemos cheio
De amor, de dor, de lamentações, de nós.
@CarvalhoEscrito
Uma noite
Ontem eu morri,
Cai em teus braços,
Dormi em teu colo,
Afoguei-me em teus beijos
E morri em tua saudade.
Que morte feliz, fui teu!
Mas hoje sou meu,
E percebo que eu nasci em tu.
E hoje então, sem ti eu morri.
E na fúnebre sensação
De viver sem estar vivo
Guardo apenas teu cheiro
E a lembrança de uma noite.
@CarvalhoEscrito
Há muitas penas
que voam sem rumo,
caindo sem penas em ruas
e por cima de muros
Assim as palavras
que ferem, são,
quando em calúnias
as línguas ferinas
as dizem sem noção
Em um acaso da vida começamos a conversar, depois de algumas conversa tinha certeza de querer te encontrar, para logos menos sua boca beijar !
Então veio esse dia para se guarda, nosso primeiro encontro, beijo ah como não te amar.
Logo começamos a nos conectar, dividir historias planos, uma vida a se juntar.
Uma bela historia que ali estava a me fazer feliz , porem como tudo na vida, ate nossa historia veio a ruir.
O que parecia ser um para sempre, virou apenas saudades !
Ah essa palavra que tanto nos temos escutado, desde criança sendo influenciado, a dar e receber amor !
Vivo a pensar como uma coisa boa dessa, pode a alguém machucar
o que ninguém sabe e quando a pessoa amada ira encontrar.
Sera que em algum canto, dessa imensidão, alguém ira me amar?
Ah então vivo a pensa e escrever, o que tanto queria te falar !
Sim nessa imensidão a uma pessoa em que não paro de pensar!
Ela que vou, todo meu amor lhe dar !
Farei de tudo pra lhe conquistar !
Para que em nosso lar, nosso amor tenha frutos e possa continuar !
Na minha bagunça só têm lembranças, elas não vão embora se você ainda continua lá; apertando o mesmo botão pra voltar.
Remoendo as cenas boas, o gosto do vento em teus lábios.
Quero jogar tudo isso fora, começar de volta.
Se acabou não foi verdadeiro.
Mas, e se a verdade é uma mentira criada para nos abraçar?
E esses trechos escondidos, que talvez serão lidos por dois olhos verdes acastanhados. Um dia?
Me pergunto quando, me pergunto onde. Que seja de toda via, em mão dupla,
que me siga de carona e também de motorista. Que aceite minhas paradas e desvios pelas pistas.
Para outubro:
Descomplicar e deixar ir.
Simplificar e abraçar o fim.
Ouvir o coração quando nos dizer para seguir em frente.
Redescobrir a coragem que temos.
Lembrar que fazer o caminho de volta
Muitas vezes é voltar para nosso coração.
E assim saber que há princípios que começam com os fins
Conte-me.
Se já perdemos a noção do tempo.
Se nada mais importava por um momento.
Conte-me como hei de esquecer.
Não, não hei de esquecer!
Barreiras rompidas.
Sonhos criados, meu universo de desvarios.
Foi real, não imaginado.
Um universo de noites singelas.
Travessuras, misturando pernas com pernas.
Sorrisos encantados, corações lado a lado.
No caminhar de uma paixão.
Entornaste minha sorte, metendo os pés pelas mãos.
Meu coração ao procurar o teu, meu sangue errou de veia e se perdeu.
Na desordem de um caminho.
Uma camiseta vermelha pode enlaçar seu vestido.
Sem nenhuma predicação, inda sentindo seus seios em minhas mãos.
Desfrutando o sabor de amor que os lábios podem oferecer.
Não, não há como fazer de conta.
Quando de um coração se toma conta.
Então conte-me como hei de esquecer.
Um homem no chão da minha sala
alonga sua raiz
galo que estufa o pescoço
cana-de-açúcar e bronze
poças, chuva, telha-vã
rio que escorre na velha taça empoeirada
O homem no chão da minha sala
cidades de ouro
castelos de mel
velhas metáforas
sinos línguas gelatina
O céu no chão da minha sala
Esse homem no chão da minha sala
provoca o veneno da cobra
pulgas atrás das orelhas
mexeu nos meus bibelôs
consertou aquela estante
revirou a roupa suja
desenterrou flores secas
fraldas
chifres
quatro cascas de ferida
um disco todo arranhado
e um punhado de pelos
Aquele homem no chão daquela sala
me fez cruzar o ribeirão dos mudos
estufa de tinhorões gigantes
no piso do meu mármore
ele acordou a doida
as quatro damas do baralho
uma ninfeta de barro
e a cadela do vizinho
Daquele homem no chão da minha sala
há meses não tenho notícia
desde que virei a cara
saltei janela
fugi sem freio ladeira abaixo
perdi o bonde
estraguei tudo
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