Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac

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Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sem movimento, sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar se indestrutível, impenetrável, irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e perturbações do amor é o inferno.

[Em "Os quatro amores"]

(...) Minha vontade é que ele me pergunte se quero um pouco de chá gelado e se eu gostaria de ver um dos seus filmes estirada nas grandes almofadas.
(...) Eu mais uma vez me pergunto como é mesmo que se faz a coisa mais profunda do mundo com total superficialidade. Como é que se ama sem amor? Como é que se entrega de dentro de uma prisão? Nunca soube.
(...) Ainda é cedo e eu preciso de amor. Só um pouquinho de amor. (...) Quero que ele veja o quanto mudei por causa dele, na esperança de que seu riso congelado saia do automático e eu ganhe um único sorriso verdadeiro.
(...) Talvez meu amor tenha aprendido a ser menos amor só para nunca deixar de ser amor.

VOCÊ SABERÁ QUE É AMADA

Você saberá que é amada
Quando ele te olhar com mais carinho do que desejo
Com mais ternura do que paixão

Você saberá que é amada
Quando ele pedir mil desculpas por ter chegado atrasado
E você perceber nos olhos dele
Que ele está com o coração na mão

Você saberá que é amada
Quando ele não medir esforços para te ver
Para te agradar
Nem para demonstrar de todas as formas
O quanto ele te adora e te quer bem

Você saberá que é amada
Quando mesmo que você sequer o esteja notando
Ele não pare de te rodear
Ansioso por te encher de mimos e carinhos

Você saberá que é amada, enfim,
Quando ele ligar para você quando você menos esperar
Nem que seja apenas para ouvir tua voz
E te desejar um lindo dia
E continue sempre a cantar
e a declarar os sentimentos dele por você
Mesmo que ele não ouça de você
Uma única palavra
E continue mostrando-se completamente apaixonado
Mesmo que ele saiba
que qualquer coisa que ele faça
Será totalmente em vão...

Quero todo o teu espaço
e todo o teu tempo.
Quero todas as tuas horas
e todos os teus beijos.
Quero toda a tua noite
e todo o teu silêncio.

Desconhecido

Nota: O poema é atribuído a Mario Quintana, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho de poema do livro "Odes de Ricardo Reis", de Fernando Pessoa (heterônimo Ricardo Reis).

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Neste momento, penso em você e então quisera me transformar em vento.
E se assim fosse, chegaria agora como brisa fresca e tocaria leve sua janela.
E se você me escuta e me permite entrar, em você vou me enroscar quase sem o tocar.
Vou roçar nos seus cabelos, soprar mansinho no ouvido, beijar sua boca macia, o embalar no meu carinho
Mas eu não sou vento... Agora sou só pensamento e estou pensando em você.
E se abrir sua janela, eu estou chegando aí, agora...
neste momento, em pensamento... no vento.

Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.

Desconhecido

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Cora Coralina.

Soneto 30

Quando à corte silente do pensar
Eu convoco as lembranças do passado,
Suspiro pelo que ontem fui buscar,
Chorando o tempo já desperdiçado,

Afogo olhar em lágrima, tão rara,
Por amigos que a morte anoiteceu;
Pranteio dor que o amor já superara,
Deplorando o que desapareceu.

Posso então lastimar o erro esquecido,
E de tais penas recontar as sagas,
Chorando o já chorado e já sofrido,

Tornando a pagar contas todas pagas.
Mas, amigo, se em ti penso um momento,
Vão-se as perdas e acaba o sofrimento.

Amar

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Obra poética, Volumes 3. Lisboa: Publicações Europa-América, 1989.

Às vezes te odeio por quase um segundo
depois te amo mais
teus pelos, teu gosto, teu rosto, tudo
tudo que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas para te prender
eu tive um sonho ruim e acordei chorando
por isso eu te liguei,
será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU

Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

Quero

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Obra poética, Volumes 4-6. Lisboa: Publicações Europa-América, 1989.

Nota: Trecho do poema "Quero": Link

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Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados.

Vinicius de Moraes
Antologia poética

Nota: Trecho de "Ausência"

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Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.
Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.
Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.
Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia.
Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.
Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas.
Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.
A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.

Sam Levenson
In One Era & Out the Other

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Audrey Hepburn.

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A fé consciente é liberdade.
A fé instintiva é escravidão.
A fé mecânica é loucura.
A esperança consciente é força.
A esperança emocional é covardia.
A esperança mecânica é doença.
O amor consciente desperta o amor.
O amor emocional desperta o inesperado.
O amor mecânico desperta o ódio.

Gurdjieff

Nota: Adaptação de trecho de Gurdjieff, citado por Paulo Coelho no texto "A Reflexão", publicado em 21/01/2010 na sua coluna no site Globo.com.

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Amores eternos

Eu acredito em amores eternos, daqueles que acompanham a gente pela vida inteira, como se tempo e amor se fundissem num só elemento, tornando-se imutáveis, indestrutíveis.

Eu acredito em amores eternos, daqueles que vão com você para qualquer lugar, não importando o quão distante você esteja, por que a pessoa amada reside em seu próprio coração.

Acredito em amores eternos e sublimes, capazes de reconsiderar tudo, com suavidade, ternura e perdão.Acredito, sim, em amores para toda a vida, e além da vida, pois seria um tipo de amor unido à própria alma, e sem alma a vida não tem razão...

Amores eternos existem sim, e superam qualquer coisa, mesmo quando ninguém mais acredita neles, eles continuam sempre à espreita, esperando apenas um olhar, um retorno, uma reconciliação.

Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
Paralelos que se encontram no infinito...
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.

Desconhecido

Nota: Muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Pablo Neruda

Que a melhor sala de aula do mundo está aos pés
de uma pessoa mais velha; Que quando você está amando dá na vista; Que ter uma criança adormecida em seus braços é
um dos momentos mais pacíficos do mundo.

Ai, quem me dera

Ai quem me dera, terminasse a espera
E retornasse o canto simples e sem fim...
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim

Ai quem me dera percorrer estrelas
Ter nascido anjo e ver brotar a flor
Ai quem me dera uma manhã feliz
Ai quem me dera uma estação de amor

Ah! Se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem ser casais

Ai quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afins
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim

Ai quem me dera ouvir o nunca mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E finda a espera ouvir na primavera
Alguem chamar por mim...

Vinicius de Moraes
Letra da música "Ai, quem me dera", composta por Vinícius de Moraes e Toquinho.

Nunca

Nunca ninguém sabe se estou louco para rir ou para chorar…
Por isso o meu verso tem
essa quase imperceptível tremor...
A vida é triste, o mundo é louco!
Nem vale a pena matar-se por isso.
Nem por ninguém.
Por nenhum amor…
A vida continua, indiferente!

Mario Quintana
In: A Cor do Invisível, Mario Quintana - Poesia completa, Editora Nova Aguilar, p. 882

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