Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
O Pão de Açúcar é um cão de fila todo especial
que nunca se lembra de latir pros inimigos que transpõem a barra
e às 10 horas apaga os olhos pra dormir.
ANIMAIS
Você se esquece de como nós éramos antes
quando ainda éramos de primeira classe
e o dia veio gordo com uma maçã na boca
de nada adianta preocupar com o Tempo
mas nós tínhamos alguns truques nas mangas
e fizemos umas curvas fechadas
todos os pastos pareciam nossas refeições
não precisávamos de velocímetros
de gelo e água nós fazíamos coquetéis
Eu não iria querer que fosse mais rápido
ou verde que agora se você estivesse comigo Ó você
foi o melhor de todos os meus dias
Talvez seja para evitar alguma grande tristeza,
como em uma tragédia da Restauração o herói clama “Durma!
Ó pois o longo profundo sono e então esqueça!”
que se voa, flutuando por sobre as cidades sem costa,
guinando ascendente da calçada como um pombo
o faz quando um carro buzina ou uma porta bate, a porta
dos sonhos, vida perpetuada em amores coloridos em tons
e belas mentiras todas em línguas diferentes.
ESTRANHO TROFÉU
Era noite...
Como se fosse andorinhas
eu vi um bando de corujas,
voando sobre minha rinha.
Sobre a qual, lá eu estava...
Peleando com a morte
... Disputando a vida
e a dádiva taça da sorte.
Mas não sabia que:
O troféu da vida querida...
Era o abraço forte da morte.
Antonio Montes
Castelo de Areia
Você sonha
Você Constrói
Você modela
Você rega
Até que o vento bate tão forte
que os grãos de areia se vão
Você insiste
até perceber que não adianta
continuar, porque sem uma base
a onda sem avisar bate,
E a muralha cai.
Assim é o talento do artesão
que esculpe em troca de pão
Sonhador e construtor
Mas não conquista seu tostão.
O vento vem e vai
A lagrima percorre a maçã
de sua face até não existir mais!
PÁSSARO PRESO
Esse pássaro na gaiola
prendido por seu enrola
esta ali sem aceitar.
Todavia ele esta insistindo
e você não dá ouvido
o que ele quer, é só voar!
Essa grade que tu fez
satisfaz, somente a sua vez
e você, não quer escutar.
Passarinho esta diluído
todos seus dias em perigo
já não contenta em chorar.
Passarinho, passarinho...
Eu sou assim como tu
tosaram as minhas asas
e quando eu cai em casa
me proibiram de voar.
Minha vida é brasa em tino
comandada pelas farras
dos carrascos de passarinhos.
Antonio Montes
LOURO VERDE
Entre um papaco e outro
o louro verde lá do alto
esta fazendo curupaco.
Esse louro é todo verde
porque te chamam de louro
se o loiro para ti e sede.
Se seu verde é todo verde
podiam te chamar de verde
loiro não tem, em sua rede!
Mas esse louro fala e chora
se chega ou se vai embora
chora sem saber da hora.
Também dá tchau e assovia
desce do agora e do jirau
e gira ali todos os seus dias.
Esse louro todo verde
incomoda com toda aurora
em sua forma de bom dia.
Baila com sua algazarra
vê o sol, faz grande farra
saldando-o com alegria.
Esse louro, na moldura vista
silenciou-se em seu silencio
e na pintura do artista.
Agora na escassez dos seres
contem seu nome na extinção
nos louros gosto dos prazeres.
Esse louro... Quer café
... Pediu café!
Orou sua fé de pouca fé
e logo mais, pediu o pé.
Antonio Montes
me transborde!
me consuma!
me abuse!
mas antes...
me acalme.
tome um café comigo.
diga que tudo vai ficar bem.
só então faça oque tiver que fazer!
FERRÃO DE MARIBONDO
No pedaço do serrado
andava eu, desconfiado
e o maribondo me ferrou.
Um contra gosto à mim, imposto
me pegou marcando posto
com seu ferrão me marcou.
Tudo aqui, tornou-se fato
acusar já é disparato
mesmo o que, o vídeo mostrou.
Sabemos, sabemos...
No comando é só desvio
há eles isso é pavio
p'ra ganhar o seu amor.
Antonio Montes
AOS TOMBOS
Balngo-bango, maribondo
na carreira eu me arrombo
sobre poeira e aos tombos
na fumaça me escondo.
Eu vou por ai aos pombos
em ditongo, orangotango
dança o tango no losango
cozinhando ao fogo brando.
Se não dê, parto pro cano
espatifando os tímpanos
vou seguindo assim os planos
como faço com os anos?
Antonio Montes
VIVER DA CIDADE
As cidades vivem...
Em seus edifício, suas casas,
ruas ruínas, esquinas, frios e brasas...
Suas mãos entrelaçadas suas tranças
com suas, esperanças e suas sinas
... Olhares tristes e felizes
de suas, adoradas crianças.
As cidades vivem...
Seus dias de glorias
dias de luzes, noite de escuridão!
Com seus barulhos seus entulhos
seus gritos, lixos e seus caprichos
suas caretas, alegrias e suas dores,
seus pânicos, medos e horrores.
Vivem dias de angustia, dia de cão
vivem também... Dias de doutores!
Dias de promessas e dia de oração
... Vive um dia de cada vez!
Uma semana, um ano, um mês...
Tudo aquilo, que carregam em sentimento
um momento, para cada um de vocês...
As cidades vivem acordadas
e acordam dormindo...
Vivem dias de feriados e trabalhos
seus pés descalços, seus sapatos
seus olhar franco... Risos, largos e falsos,
vivem o manhã de planos e sonhos
vida de enfado, pesadelos medonhos
vivem as horas e os dias que vem vindo.
Antonio Montes
GRATIDÃO
É preciso agradecer o tempo
Que no fragor foi-se o sossego
E do silêncio achou-se alento
No barulho fez-se o desapego
Que se fez poesia
Que se fez essência
Flores nas dores, harmonia
Em Deus, na fé evidência
É preciso a gratidão
Da vida, do ser, Divina providência
Pois tudo é amor, é união...
E na diversidade o vário em cadência.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
DORMINDO ACORDADO
No rascunho rascunhado
rascunhei todo condado
sem nunca sair do lugar...
Em sonho, sonhei deitado
voando solto e alado
com sentimentos ah voar.
Com olho abertos sonhando
dormindo estava acordado
com os sonhos ah me levar.
Me encontrei alem do mar
nos braços que estavam cá
sem pensar em acordar.
Antonio Montes
A beleza, está nos olhos, de quem enxerga com a alma.
A alma,são como flores, que perfumam e alegram o jardim da caminhada chamada Vida.
...É
Sabe aquela menina que sonha absurdos de felicidade ao contemplar o pôr do sol?
Pois é... Sou eu.
Talvez, no fundo eu acredite mesmo que a felicidade
está lá...escondidinha entre o entardecer e no surgir da lua
no céu de breu...
PERFIL
Aquela foto no seu perfil,
me viu...
Me viu radiante, como o céu
transbordando a cor do anil...
Sem rugas, sem nuvens...
Nevoou meus sentimentos,
enfunou meus costumes...
E soprou aos ventos
todo tipo de azedume.
Aquela foto no meu perfil,
te viu... Te viu no ontem,
radiante no horizonte do
futuro e hoje, aquela foto,
em nosso perfis, decidiu...
Que nada é seguro, e
de repente... Sumiu!
Antonio Montes
ZIG ZAG DO SÍMBOLO
Esse empate, zig zag
que o mundo fundo inventou...
Oração pastor e padre
todos estão vendendo votos
com o nome do senhor.
Tem um gingo que não ginga
direto p'ro salvador
dinheiro, ganhando grana
no palco desses bacanas
no eco d'algum cantor.
Gingo, forjado no símbolo,
osso da simbólica trança,
que a simbologia criou...
Símbolos feito de anciã
simbologia de uma herança
que os lerdes do mundo inventou.
Esse gingo manuscrito
que o grito da dor cantou...
Um gingo feito por rico
contraventores e proscritos
sobre ventos do horror.
Antonio Montes
A ONDA
Horas pitombas!
Porque tanta bombas nessa bomba?!
Essas bombas que se trombam,
tombam, desandam pelas ondas
e zombam balançando as bandas.
Essas bandas... Essas bandas!
Essas bandas se banda de banda
se esbaldam na onda e zombam
zombam no tempo,
e destrambelham em desalento
o zoa pela proa que debanda
e anda pela onda da corda bamba.
Porque rondar pelas ondas!
Que servirão para alavancar trombas...
Essas ondas d'essas bandas que debandam
quando a banda não curtem a onda!
Onda mar, onda bomba
que ronda pelo tempo
e ronda apela onda que desanda.
Antonio Montes
PALMATÓRIA
A palma da palma da mão
espalma palmada para agradecer,
bate palma como palmeira
na brisa do alvorecer.
A palma e a palmada, batem
arriba nádegas por nada
aniversária com palma, molecada.
Palmatória e sua palma, coração
palma de gado, arame farpado
palmada na mão, Sebastião
cardiológica a lógica zangão...
Palmeando a festa, de são João.
Antonio Montes
CANÁRIO E O PIÁ
O canarinho pia, piá
piou bonito em seu voar
um piado assim como cantor,
piando as coisas para o amor...
Pousou no galho do amar.
Piá... O canário piou, piou.
Outro dia piá, o canário piando...
Grosou aquela canção do pio
e com piadeira dedilhou
as lagrimas do tenro amor.
O canário piá, piou
engaiolado em sua saudade
os arames da vida lhes cercou
tirando a sua liberdade.
Antonio Montes
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