Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac

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CAMINHO AO PASTO

Ao caminho para o pasto
achei marcas de pés de ratos;
Eu acho...
Estava sobre a terra molhada
na qual, aqui ali, poças d'água
... Uma vez e outra, por espanto
pulo de sapo, e sobre a lama...
Rasto de gado e de gato
entre, muitos outros rastos.

Não pude deixar de observar...
Rastos de botina, tamanco e sapato
E, em uma certa poça de lama
nadava com suas penas
um belo velho pato.

Ao caminho para o pasto
dei de cara com a saudade...
Tempo que pastos, eram mato
e homens, falavam a verdade.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

CAMINHO AO PASTO

Ao caminho para o pasto
achei marcas de pés de ratos;
Eu acho...
Estava sobre a terra molhada
na qual, aqui ali, poças d'água
... Uma vez e outra, por espanto
pulo de sapo, e sobre a lama...
Rasto de gado e de gato
entre, muitos outros rastos.

Não pude deixar de observar...
Rastos de botina, tamanco e sapato
E, em uma certa poça de lama
nadava com suas penas
um belo velho pato.

Ao caminho para o pasto
dei de cara com a saudade...
Tempo que pastos, eram mato
e homens, falavam a verdade.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O que pode ser?

Uma certa vez ouvi de um músico.
“Quando eu parar de fazer música,
Vou parar de gostar de poesia.”
E eu, no caso, quando eu parar de amar,
Vai ser quando eu morrer,
Talvez “O Amar” pode ser passageiro.
E o sentir é ligeiro.
Mas o meu, não é ligeiro.
O quão eu sinto por você.
Será mesmo ligeiro?
Acho que não,
Pois estou aqui pra dar tudo o que eu quero.
Não me olhe com um olho torto.
Não me olhe dizendo que sou cabeça tonta.
Não Receba,
Apenas Sinta,
Não Ame,
Apenas Ame.
Sorria então
Vem pra mim?

Ricardo Lima Brito
26/06/2017

Inserida por RicardoLimaBrito

CARRANCA

Oh vida!!!
Porque escolhesse à mim,
se outrora antes d'eu existir...
Eu nunca soube nada de ti!
Agora que nasci...
Nunca sei por onde vais
nem atino o meu existir!

Vida, vida, vida...
Do que adianta esse pensar
no caminho, por onde ir
se na verdade eu não sei o certo
o meu estar, por aqui?!

Vida, oh vida...
São tantas penas mancas!
Que a minha pena,
é apenas, mais uma pena
articulando uma manta;
que amarra e alavanca...
Essa velha e frágil, carranca.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FOLHAS SECAS

As folhas secas
despencam sobre a sua calçada
de concreto asfaltada.

Folhas que serão pisadas
afastadas com sua vassouras
ou varridas junto aos ventos.

Folhas que te deram. ar sombras e frutos
te deram saudades e flores
até brilharam seus olhos de amores.

Hoje ensacadas, sem alentos...
São colocadas em uma lata de lixo
levada pelas enxurradas
ou pela degradação do tempo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

FOLHAS SECAS

As folhas secas
despencam sobre a sua calçada
de concreto asfaltada.

Folhas que serão pisadas
afastadas com sua vassouras
ou varridas junto aos ventos.

Folhas que te deram. ar sombras e frutos
te deram saudades e flores
até brilharam seus olhos de amores.

Hoje ensacadas, sem alentos...
São colocadas em uma lata de lixo
levada pelas enxurradas
ou pela degradação do tempo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

RELÓGIO E SOL

Fora das sombras e da noite
o sol, em sua vil solidão...
Pendula-se em seu branco solidário
aquecendo seus dias, mantendo
vida e, sufixando seus amores.

Enquanto o relógio por ai...
Com seus braços e suas torres,
suas paredes, e seu tic, tác...
Não conta o tempo,
não mede momento, mas com
suas marcas, demarcam seus dias,
separam seus meses...
E ainda, arrasta seus planos,
empurrando a sua idade
contra as rugas dos seus anos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Levanta-te, caminha...
Se arrima se arruma
Vai dar uma voltinha
Quem sabe nessa encruzilhada
Tua volta cruza com a minha
Se arriba e apruma a coluna
A vida é cheia de gente una
Tem luna, tem luz, tem poente...
Peito estufado, olhos estrelados
Abdome camuflado
Olhos bem abertos, atentos
Corre que ainda dá tempo
De ver o dia fluir bem poético...
O poeta soprou o sol
Hipoteticamente por fantasia
Poeticamente falando...
Só Poesia...

Inserida por SoniaMGoncalves

POETISA COM PIOLHO

A poetisa... Lá da serra
joga palavras aos ventos
e juntos as suas entrega
as palavras lhe escorrega
e sem ter trava na língua
embola ai, os sentimentos.

Um dia os poemas deitaram-se
como se estivessem de molho
seus cabelos com seus charme
aos ventos pediram socorro!
e a poetisa em seu entrave
coçava os seus piolhos.

Meche molho, coça poema
coça o mundo na cabeça
nos dias de sexta a sexta
a poetisa ainda pequena
coça piolhos serena
e espera que vida cresça.

Vai coçando a sua ância
e enquanto o tempo inferniza...
Coça o tino do pensamento
e no coça a coça desatina
enquanto os piolhos d'ela...
Lhe traz poemas com rima.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Eu me apaixonei por ela no verão, minha linda garota de verão
De verão ela é feita, minha linda garota de verão
Eu quero muito passar um inverno com a minha linda garota de verão
Mas nunca me aqueço o bastante para a minha linda garota de verão
É verão quando ela sorri, fico rindo como criança
É verão nas nossas vidas; vamos fazê-lo durar
Ela guarda o calor, a brisa do verão no círculo da sua mão
Ficarei feliz com este verão se for só o que tivermos

Inserida por pensador

COÇA POEMAS

A poetisa coça rumos
coça a cabeça e piolho
coça, poemas da vida
poesias e desaforo.

Tilinta a chave do mundo
com suas frases projetadas
abrindo, fechaduras de tudo
como se não fosse nada.

Poetisa coçadeira
já coçou também o amor
e n'uma carta derradeira
se coçou com chororôs.

Um dia coçou a lua
para sorrir para o sol
e a lua caiu na rua
por cima do seu lençol.

Coça, coça poetisa
coça enquanto a vida coça
não esqueça de coçar
aquilo que tanto coça.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

EXALTAÇÃO AO CERRADO (soneto)

Retorcido, bem se sabe. Mas encantador
nos seus planaltos, berço extraordinário
desabrocham ipês, pequis no seu cenário
de um chão cascalhado e forrado de flor

E neste imenso entrançado, e tão vário
a vida luta com garra, resistência e ardor
tal como gladiador, ou um guará solitário
o cerrado é aos olhos ato transformador

Nada o impede que seja do belo apogeu
se o belo no encanto o encanto acendeu
e fascina, do dessemelhante embaixador

Deus o pôs, de um nobre a um plebeu
riscando o horizonte com a luz e breu
em uma quimera de paixão e de amor!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

FULGOR DA VIDA

Na madrugada escura,
de uma rua estreita...
Explode um pau-de-fogo
... E um grito, projeta-se, sobre...
O beco macabro, de um momento fúnebre,
marcando o ultimo tíc, tác de um peito
dilacerado.

Uma bala e duas lagrimas rolam...
E sobre o leito de uma dor finda,
o arrependimento tomba apagando
o ultimo fulgor, de uma triste vida.

Nesse ínterim...
Como se fosse lençol de uma branca
mortalha... Brada o silencio sufocado
sob, o ultimo sopro da estupidez...
E os olhos, se enchem de nevoa branca,
impregnado de frio e de tremor, de uma
alma, que nunca foi aquecida,
pelo fulgor da doce vida.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Já tive alcunha de Canela
Esse epiteto poético me fazia roer as unhas
Tamanha era minha insatisfação
Mentira, ligava não era só um modo de ligação
O apelido mais humano, dado pelo falecido mano...
Não por minha cor castanha avelã
Mas pelas canelas finas de menina
Que pareciam canelinhas de rã...
Hoje não mais...
O tempo passou e me revelou
Remodelou minhas pernas e coxas
Já faz tanto tempo isso, poxa...
Têm lembranças que são eternas
Sempre que vejo meus membros inferiores
Me lembro que são locomotores
Sorrio louco motor é o pensamento disperso
Me agracejo pelo avesso e me viro para o lado de dentro
As almas mudam suas instâncias e estatutos
Reverso o tempo ás vezes é justo
Nos concede indulto de boas lembranças

Inserida por SoniaMGoncalves

Já tive alcunha de Canela
Esse epiteto poético me fazia roer as unhas
Tamanha era minha insatisfação
Mentira, ligava não era só um modo de ligação
O apelido mais humano, dado pelo falecido mano...
Não por minha cor castanha avelã
Mas pelas canelas finas de menina
Que pareciam canelinhas de rã...
Hoje não mais...
O tempo passou e me revelou
Remodelou minhas pernas e coxas
Já faz tanto tempo isso, poxa...
Têm lembranças que são eternas
Sempre que vejo meus membros inferiores
Me lembro que são locomotores
Sorrio louco motor é o pensamento disperso
Me agracejo pelo avesso e me viro para o lado de dentro
As almas mudam suas instâncias e estatutos
Reverso o tempo ás vezes é justo
Nos concede indulto de boas lembranças

Inserida por SoniaMGoncalves

ULTIMO MOMENTO

Uma sala grande,
um caixão sobre a mesa...
Rostos, esboçavam tristezas
rostos, choravam saudades,
e rostos banhavam-se, sob lagrimas.

E as falas...
Umas falas, falavam faladas
outras falas, falavam caladas,
enquanto isso, n'aquele mundo ali...
o único mundo aonde parecia
parar de existir... Envolta do morto
a sensação era de aborto.

Bocas, rezavam para o morto
bocas, rezavam para a alma
enquanto outras bocas,
cochichavam sobre...
O futuro degradante dos ossos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

DE ASSOVIO

O clima do tempo,
estava assim...
Como se tivesse sobre as margens
de um rio... frio.
Não tinha garoa nem chuva...
Mas estava frio...
Frio, muito frio! Tão frio!
Que até os cânticos
dos pássaros...
Se ouvia de assovio.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

ENTREGA NA PRAIA

Sob o mar, ninguém morre p'ra feder
p'ra ser enterrado
para se ter cruz, ou usar luto
para se ter marcha funerária...
Rezas orações para o defunto
pára andar de cabeça baixa
por cima, ou por baixo de viaduto.

No mar, não tem cemitério...
Não tem cova não tem tumulo
travessa, semáforo, beco arruelas
estradas, caminhos... Fim de mundo,
mãos abanando adeus,
lagrimas de choro por ela.

Sob o mar... Tem vida tem perola
tesouro, historias perdidas,
sem moveis pergaminhos, luz arandela
... Roupas, ou pano de cambraia,
a vida se move por água
e a morte morre na praia.

Sob o mar, não tem triste nem tristeza
não tem rostos chorosos nem alegres
Não tem lagrimas
Não acende velas
não tem trégua nem telas.

Lá no mar...
Ninguém chora para os mortos
ninguém paga pelo que vive
Não tem cachaça nem bêbado
desavença nem segredo
sob o mar, nada e navega
a vida sob o mar...
É, uma verdadeira entrega.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

VAMOS P'RA ROÇA

Tá na hora... Tá na hora...
Tá na hora de acordar,
acorda menino!
vamos acordar...
Acorda que está na hora,
na hora de trabalhar.

Passarinho que não deve
já voa pelos os orvalhos
está cordado faz tempo,
o leite já esta no coalho,
o café esta pronto na mesa...
sob a caneca esmaltada
acorda menino acorda
vamos com a madruga.

Antes vá até a cacimba
e traga água na moringa
p'ra bebermos cm o sol
e amenizar a fadiga.

Depois...
Vamos pegar as enxadas
e subir morro arriba...
Menino, vamos p'ra roça
escrever sem caneta ou giz
roçar, carpir e rastelar
e plantar para ser feliz.

Acorda menino acorda!
Sinta o gosto do crescer
acorda para trabalhar...
Até o dia de morrer.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

AGORA

o cerrado tornou-se anuário
um conflito de cada vez
um desvario diário
e no calendário, vário, era o mês

foi então que o tempo eu vi
num número, na saudade
uma dor, que na dor eu senti
cada sabor, amor, tudo banalidade
pois, o hoje é aqui...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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