Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
respeite a fila / pague em dia
seja condescendente diante da ignorância alheia
tome o remédio / tudo no horário
vá ao cinema (assista a um filme inédito)
em caso de vida ou morte: aperte o botão vermelho
veja, aqui é silêncio
mas se olharmos com mais calma
ali no canto há uma luta de morte
entre um besouro e as formigas.
num jardim, assim como no mundo,
sempre tem coisas acontecendo
A vida é uma estrangeira
para ser contemplada
enquanto algo
— indefinível como a flama —
nos diz
que tendemos à dissolução
errantes
fazemos nossas escolhas
no gramado estendido
deste solstício de inverno
tudo mais falha:
germinar é difícil
mais difícil permanecer intacto
Eterna espera...
Cavalguei no tempo sentindo o vento no rosto...
Levei anos e dores para a ti chegar
Ouvi pedras no estalar melodioso das carências
Quais lamentos que vem de um lugar distante... .
Entre mim e as palavras há um tinir de punhais
Nas lembranças dos olhos... Sutis tremores
O mar sempre ao fundo cauteloso ao sopro da terra
E este amor em eterna espera
Acho-te na imagem das lembranças do mar
E planto o vento... E o amar...
E ainda assim sonho com teu amor por um momento
Imagino-te... Amando-me com os olhos fechados no amanhecer infindo!
Você sente quando olho com ameaça de fazer
o que penso e que revelo no meu gesto de roer
As minhas unhas com nervoso de emoções ,
na ânsia de sentir o teu perfume e te beber
Direto da tua boca os teus amores de ilusões
Hoje eu sei o que eu espero
Nessa vida o que eu quero
Amores mais e menos bens
E um dia quem sabe ser de alguém
LEVÍSSIMA
Leve... Levíssima leve
Leve a culpa breve
do bonde do tempo,
da linha que alínea e arrepia,
pegue e leve-me como for
avia! Avia... Espia a passagem
sem motor ou engrenagem
sem amor, sem calor.
Leve se for leve... Leve
a flor as pétalas do caminho
a poeira o pó dos paralelepípedos
os tipos e aerotipos múltiplos
os bullyings e seus insultos
os vultos do futuro caduco
os brutos... Marrucos malucos
e os eunucos da esperança,
judeus da dor...
O fungo dos frutos... E a
corda bamba, de uma criança.
Antonio Montes
Nem sempre você entende...
mas quem ama cuida
e faz isso do jeito que pode, do jeito que dá,
o carinho parece bobo, mas o cuidado é mágico!
Um dia... quando crescer e aprender voar, lembrar-se-á
com saudade de estar livre entre as grades
sob a proteção do Anjo, cujo nome AMOR.
CELA DE SALA
Enclausurado em minha sala
eu vejo TV
vejo TV e me acorrento na tela
... Sou um preso dessa esparrela
que me atrela em cadeados
e correntes , d'essas mentes
que mentem...
Desses olhos que sentem, e
essas bocas que se dizem crentes.
Enclausurado em minha sala
recebe palmas do nada
e continuo preso...
Nessa cela espalmada,
entre quatro paredes e um ar
um sofá para imaginar...
E a vontade doida de voar.
Antonio Montes
CARTA COM ASA
Uma carta esferográfica, cruza
os mares o céu é as estradas
atravessando o mundo
para demonstrar as palavras,
que no fundo...
Nunca foi, não é, não será nada.
Fala, avisa...
Improvisa um recado manso
impõe o seu bocado
presente, futuro, passado.
A carta sem asas, propaga risos
derramando lagrimas
especifica prejuízos de tudo aquilo
que nunca será nada.
Antonio Montes
Vaso Chinês
Porcelana frágil, bordado ao acaso
Com um tal dragão nele cunhado
Em perfumado luzidio dourado.
Delicada forma, reflexo Parnaso.
Vaso chinês, arte, audaz talvez,
guerreiro, porém, alma de vaso.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Maio de 2018
Cerrado goiano
REPETECO DO SOL
O sol em seu crepúsculo
morre a tarde
para se enterrar de noite
... E todo dia sedo!
Nasce de novo e de novo
iluminando o dia
aquecendo o povo
demonstrando a galinha
o horário do ovo.
Antonio Montes
DESANEXA
Como cometa,
se meta...
Se meta, se mecha
de cabelos e mexa
ou de a deixa e desça
d'essa caixa de ameixa.
Desça na terça
pela terça de ferro
ou da semana...
Prometa a sexta
que desanexa a manga
ou essa gente bacana.
Antonio Montes
Quem sou eu
Pra descobrir os pesos
Que essa bela alma um dia ja carregou
Em tuas fartas primaveras
Mas com toda certeza
Eu prezaria em ser aquele
Que escutaria todas suas historias
Todas aquelas que te deixa
Com o sorriso armado
Que te deixa com olhos semi abertos
Que te deixa com olhar ofuscante
Daquele que emite tudo
Tudo que há de lindo em você.
Bora tomar café e enfrentar o fado com fé!
Bora, ser feliz!
Aprendiz.
Afinal, doutrinar é dia a dia.
Então, Paz e Bem, harmonia,
e também amor sem tirania.
Pois assim, damos asas à fantasia
e a vida, rimada poesia...
BOM DIA!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Seria maravilhoso amar você em Paris...
Mas sabe de algo interessante?
... Eu te sentiria da mesma forma
se estivesse te abraçando na Avenida 18.
Onde é a Avenida 18?
Não sei!
Mas não faz diferença
Eu amaria amar você em qualquer lugar menina!
Elisa Salles
Detesto dormir...
É uma imensa perda de prazer.
Prefiro passar minhas noites coladas ao corpo teu.
Pondo luz nas nossas escuridões
e risos nos nossos rostos
( Além de mil beijos em nossas bocas)
Sim dormir é perda de tempo
Quero fazer amor contigo enquanto a lua faz vigília
no céu esperando o sol banhar as águas do Atlântico.
Vem amor,
faz festa comigo,
enquanto a coruja pia no galho da amendoeira!
Elisa Salles
Sôfrego desejo
de abraços
de beijos
murmúrios de segredos só nosso,
pele exalando suor e cheiro,
bocas se devorando,
beijos molhados,
corpos em tempestades
entregues à um mesmo sonho
se permitindo viver plenamente em
momentos de estase...
Duas almas numa só
entregues à loucura dos prazeres da paixão
e dor amor compartilhado
Momento intocável e sagrado.
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