Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Junho é tempo de lanço
para pescar Tainha
no mar de Santa Catarina,
Todo o dia faço algo
parecido só que é poesia.
De lanço em lanço fisgar
no seu coração o oceano
é a assumida ambição,
Só para a gente fazer
arraial com fogo e paixão.
É contigo que desejo unir
os nossos oceanos,
E facilmente revelo planos
de fazer o melhor
para pertence aos seus dias.
Ter corações apaixonados
no Dia dos Namorados
é somente para os que
são de fato privilegiados.
Na Era que o romance
se tornou escasso,
trago a recordação que
o amor requer cuidado.
Ter alguém do seu lado
te faz comprometido,
não ter alguém te faz poeta.
Quando o amor buscado
por cada um for encontrado:
melhores serão os dias lado a lado.
Dentro da recordação
Encontro no coração
Um tempo vibrante
De sol radiante
Alegria contagiando o ambiente
E você era meu presente
Perdi o tempo do meu viver
E hoje não consigo te esquecer.
Roda de Ratoeira
Sei que será preciso
dançar mais de uma
Roda de Ratoeira
para te conquistar,
Não importa quanto
tempo vou levar,
Só por mim tu há
de se apaixonar,
de um jeito que
nem o vento irá levar.
Ratoeira de Ferro
Quando tu fores para lá
e eu para cá dançando
a Ratoeira de Ferro,
O teu olhar encantador
há de encontrar com
o meu e serei o seu amor.
Roda das Rendeiras
Na roda das rendeiras
as canções da Ratoeira,
Rendem inspirações
para os meus poemas
e os nossos corações,
De canções em canções
vamos revivendo emoções.
Dança Ratoeira
Dança da Ratoeira
que o mar acompanha,
Viva está a lembrança
que o peito alcança
da herança açoriana
da época que a gente
era feliz e criança.
O preço da guerra
é o sangue derramado
do povo na Terra,
Você sempre estará
do lado errado
sempre que escolher
torcer por uma guerra,
A palavra mal utilizada
também é quimera,
Prefira a diplomacia
sempre que for falar,
Se por acaso ela faltar,
opte por poesia
para que seja resgatada.
O quarto era pouco revelado
pela penumbra,
minha mão que escrevia
poesias em sua cintura,
nem se importava
pela roupa jogada nessa altura.
Ela que estava de olhos serrados,
prestes a entrar no teu sétimo sono.
Ainda falava comigo,
de voz abafada pelo peso do sono,
mas carregada de carinho.
Me pedia cafuné,
no meio de todo
aquele cabelo de pé.
E que, nesse monólogo,
possamos ter ainda,
no final do dia,
o interesse de
flertar com a vida,
mesmo nos dias
mais difíceis.
Devemos apreciar essa vida,
esse corpo, a voz que temos,
as coisas que já vimos,
e as que vemos todos os dias.
Devemos apreciar a comida
a bebida aos lazeres.
Admirar as pessoas
e todo potencial que
elas conseguem ser.
Devemos existir na vida
e esquecer do tempo,
porque os momentos
eles nunca voltam,
mas eles sempre
acontecem.
Quando somos crianças
nosso psicológico
nos protege do mundo.
Quando crescemos,
protegemos nosso psicológico
do mundo.
Me manda
áudio sorrindo,
me fala do seu dia,
manda sua música favorita.
De você, eu só quero
coisas que não se guarda
numa galeria de fotos.
Saudade do nosso silêncio
enquanto existe o som
do nosso corpo,
somando um ao outro,
criando caminhos
para se explorarem.
Bumba Meu Boi Canarinho
O Capitão avança, dança
e anuncia levantando
a alegria e a festança
que com ele vem chegando
para fazer a gente sacudida.
Bumba Meu Boi Canarinho
caiu no laço do Vaqueiro,
coitado, pobrezinho,
O Bumba Meu Boi agonizou,
e depois ninguém
mais ouviu se ele suspirou.
O Pai Francisco e a Mãe Catirina
estão preocupados
com o Dono da Fazenda
porque o Bumba Meu Boi Canarinho
era dos bois o preferido.
Pares de indígenas,
eles rapazes e elas meninas,
Junto com os Caiporas
acompanham o ritmo
dos músicos e a direção
que apontam os Caboclos.
O Cazumbá mantém
a ordem entre os Brincantes
enquanto a Burrinha
chora pela perda do querido
Bumba Meu Boi Canarinho.
O Dono da Fazenda foi
com fé atrás do Pajé,
E foi assim que ressuscitou
o Bumba Meu Boi Canarinho,
e todo o mundo pela rua comemorou.
Escrever é a minha forma de libertar
De expressar os meus medos
Gritar a minha verdade
Através das palavras, consigo entender o que sinto.
Nós temos tradição
Se for para aumentar
a temperatura, que aumente
o som e a da água do Chimarrão,
para aquecer o coração.
Não posso me esquecer
jamais de quem eu sou,
da onde eu vim
e para onde eu vou.
Dançando Quadrilha,
no caminho da roça,
que imita a vida,
ninguém há de me distrair.
A tempestade dos outros
não nos pertence,
eu ainda não me esqueci
de como é bom gostar de gente.
São João é tempo de lembrar
que nós temos tradição,
com tudo o quê temos direito
na nossa mesa com direito a Pinhão.
EM TI QUE A ALMA AQUENTA (soneto)
Inverno... de prosas macilentas
Cheia de saudade, melancolia
Tão triste as trovas friorentas
Carregadas de soturna poesia
Pardo inverno de horas lentas
Sempre iguais, densa melodia
Ó versar, por que te apoquentas?
Não soluces mais, adoce, alivia!
Tudo é pressa, passa, é correria
Dos dias invernados do cerrado
Vai-se na poética que acalenta
Verás sim, soneto de invernia
Que canta o canto orvalhado
É em ti que a alma aquenta.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/06/2025, 14’45” – Araguari, MG
Arraiá Açoriano
Com a mão balançando
o seu chapéu de caipira
no meio do arraiá açoriano,
tu me fizeste sentir bonita.
Porque olhaste nos olhos
enquanto na tua direção ía,
com o meu vestido todo
enfeitado com laços-de-fita.
Foi assim que percebi
que o amor estava a vista,
e no ar estava a poesia.
O mundo por um instante
parou naquela ilha,
era o romance que surpreendia.
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