Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac

Cerca de 510606 frases e pensamentos: Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac

Sô levada pelo meu grau de bobeira
Se me diz sobre o mar Sô mediterrânea
Mas se me encanto rocha mineral
Serei canteira em tom natural?
Ou só alma levada num ritual
Feito um grão de areia num temporal...
A vida é um rápido pé de vento...

Inserida por SoniaMGoncalves

a coitada

fui ali na janela
ouvir a chuva
magricela
tão turva
ela estava chiando
ai, como sussurra
fica só reclamando
da secura, e hurra
e empurra a poeira
do telhado
escorre pela beira
da rua, e desanuviado
refrescado, na sua eira
ah! feliz, está o cerrado...
e numa tranqueira enleada
a chuva desce a ladeira
a coitada!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2919
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Penso em ti
Perco o sono
Queima me a carne
Inquieta me a alma ...

Tudo me agita
O mar que açoita os corais
Os ventos nos coqueirais
O cão moribundo que uiva nas ruas. ..

Desejo com ardor a tua presença
Meu coração pena em saudades
Quem me dera, agora, ser tua!

E enquanto as horas rastejam, lentas
Busco palavras para exprimir no poema
Toda loucura desta paixão que por ti confesso.

Elisa Salles
Direitos reservados

Inserida por elisasallesflor

VENTO VENTANIA

Vento ventania me leva agora até ele
Afugenta as aves frias, agourentas
Na ânsia que a minha pele à dele empele
No desejo que dor alguma afugenta. ..

Traz o cheiro dele nas velhas canções
Tocadas lá na Serra em tempos memoriais
Que ele e eu sejamos dois corações
Que se adoram ante os sagrados ancestrais

Sopra aos meus ouvidos a voz baixa e rouca
Com que ele me jura amor e desejo
No abraço apertado, na doçura do beijo.

E quando indagarem sobre nós, amantes
Diga ventania, que maior amor nunca haverá
Conjugando na alegria o verbo amar!

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados )

Inserida por elisasallesflor

Dias e " Dias"...

Há dias e
" Há" dias...
Dias de sol
aquecendo a derme
e a alma...
Trazendo luz, calor
e calma.
Aquelas calmarias
de até por medo no pensamento da gente.
Sabe-se lá...!
Quando a felicidade dá as caras
dá pavor mesmo.
Preâmbulo de "desgraceira!"
"Gato escaldado em água fria
tem temor de banho morno!"

Mas em outros dias a melancolia
chega e senta...
Um chuvisco fino
Roupa que não seca no varal
Tudo cinza...
... A gente fica ranzinza...
Mas aí não dá medo
Tudo normal.
Prá quem se acostumou com tristeza,
só ela mesma, para dar ares de verdade
à vida da gente...

Deixa estar a solidão
A saudade
O homem que fazia umedecer a carne
e corar a face...
Uma taquicardia boa...
Uma esperança à toa...
Dias perdidos nos vendavais
... Há dias
e " Dias"
Nada mais.

Inserida por elisasallesflor

Fases e faces do poeta.

O poeta é tal como a lua
Tem fases e faces...
As vezes é " cheia" de inspiração
Iluminada totalmente pelo astro rei,
é beleza e introspecção.

Em outras míngua.
Perde a luminosidade,
o tédio logo o invade...
Silencia o verbo
mas não mata a utopia.
Adormece então, nele
a poesia.

E em sua transitoriedade
faz-se nova sua face...
Mas a luz ainda é arredia.
Apenas se insinua ao poeta, os versos.
Acalenta-os...
Acaricia-os...
Coabita com eles.
À esperar um novo dia.

Agora é crescente.
Emprenhou a palavra!
Eufórico, aguarda o seu rebento,
o poema, pelo qual tanto ansiava.
Ei-lo que vem...
Jovial e trazendo boas novas.
Eis que a vida se renova!

Então, mais uma vez,
eis o poeta em plena cheia
Crisálida e sereia!
Deuses no olimpo...
...Pássaros á revoar
...Mares transbordantes
...Amores e amantes
Eis a sua face mais bela
Lua cheia na janela
E a poesia à bailar!

Inserida por elisasallesflor

Manhã de musicalidade

Uma manhã o bem-te-vi pousou no meu laranjal
Uma presença tão magistral
Silenciosa...
Mas a ternura que suscitou em minh'alma
pareceu uma sonata de Chopin...
Fez-se dança em mim.

Contemplei-o
Me aquietei os gestos
Quisera congelar o tempo
Afugentar o vento
Nestes dias isentos de alegria,
sua presença foi poesia
Fez-se verso em mim...!

Mas de repente
bateu asas.
Se fez ausente
Tristemente...
Calou-se o amor na flor de laranjeira
Felicidade passageira.
Virou poema.
Tornou-se saudades, enfim.

Inserida por elisasallesflor

O QUE SOMOS?

O que somos nós, afinal?
Flutuamos pela vida à fora
Folhas secas, passarinhos
à vontade do vento...

Somos amores que se perdem,
Sonhos que acordam
Somos tudo. Somos nada!
Sentir e pensamentos...

Em nós tudo é muito fugidio
Tão inconstantes...
No entanto somos magníficos,
em nossas alegrias e tristezas dúbias.

Vivemos ilusões de um " talvez",
tendo diante de nós uma realidade
que a alma recria.
... Motivos para prevalecer.

Somos gritos na escuridão.
Somos vozes que ressoam
Palavras nunca ditas
Somos as águas no moinho do tempo
Dia de lacunas escancaradas;
outros, cubículos de solidão,
cárceres que nós mesmo erguemos
ao nosso retor...
Mas
somos o que somos
e o que, em que, tentamos
nos transformar.
Evolução
ou
Estagnação do ser.

No entanto somos o milagre
A mais bela obra da criação de Deus;
perdidos nos caminhos de si mesmos,
sem saber o que fazer com o livre arbítrio
que nos fora concedido

De que nos serve a liberdade,
se não sabemos por quais céus voar?
Somos belíssimas complexidades...

Inserida por elisasallesflor

Minha ruazinha...

Minha rua é tão bonita
Tem uma magia ímpar
Um quê de lar
Um cheiro de bolo de fubá
Um frescor de margaridas
Minha rua tem risos
que somente tem por lá!

Suas casas antiquadas
de arquiteturas ultrapassadas
não chamam a atenção de ninguém
Por elas não se dá nada!
Mas ali há tanta vida
Tanto calor...
Violetas nas janelas
E avós cuidando delas...
Sagrado dulçor.

Hahh, minha rua,
Minha simples ruazinha
Rua da minha doce infância
Que me trás tanta lembrança
e que hoje , guarda em si,
de mim,
a poesia.

Inserida por elisasallesflor

Alguns sentem medo;
Eu? apenas seu cheiro;
Em faces? o constrangimento.
Calmo e astuto, porém imperfeito.
À palmos de um surto, conheço a mim mesmo.

Conheça te, mesmo que não faça sentido
Cresça e constate, o mundo não lhe dará ouvidos;
Aguce os sentidos, eu? venho das sombras.
Onde os inimigos, São além de pessoas.

Demônios corrompem, me fizeram abstrato
Mas isso foi ontem, Pertence ao passado.
E tudo aqui passa, mesmo olhares sem graça,
O que por si só nos mata, Aquecido em brasa

Espinho cortantes, rosa com sangue, fé no amanhã.
Branca de neve? veneno. não morda a maçã.
Sem conto de fadas, mas luta de espadas
Sem escudos e máscaras, o faiscar das adagas.

Inserida por rickson_barbosa

QUADRAGÉSIMO SEGUNDO HEXÁSTICO

Deves abortar a ignorância:
Assassina confesso d´alma.
Deves parir toda virtude:
Senhora das integridades.
Da ignorância resta mentiras!
Da virtude, conhecimento!

Inserida por joao_batista_do_lago

Revolução e Mulheres

Elas fizeram greves de braços caídos.
Elas brigaram em casa para ir ao sindicato e à junta.
Elas gritaram à vizinha que era fascista.
Elas souberam dizer salário igual e creches e cantinas.
Elas vieram para a rua de encarnado.
Elas foram pedir para ali uma estrada de alcatrão e canos de água.
Elas gritaram muito.
Elas encheram as ruas de cravos.
Elas disseram à mãe e à sogra que isso era dantes.
Elas trouxeram alento e sopa aos quartéis e à rua.
Elas foram para as portas de armas com os filhos ao colo.
Elas ouviram falar de uma grande mudança que ia entrar pelas casas.
Elas choraram no cais agarradas aos filhos que vinham da guerra.
Elas choraram de verem o pai a guerrear com o filho.
Elas tiveram medo e foram e não foram.
Elas aprenderam a mexer nos livros de contas e nas alfaias das herdades abandonadas.
Elas dobraram em quatro um papel que levava dentro uma cruzinha laboriosa.
Elas sentaram-se a falar à roda de uma mesa a ver como podia ser sem os patrões.
Elas levantaram o braço nas grandes assembleias.
Elas costuraram bandeiras e bordaram a fio amarelo pequenas foices e martelos.
Elas disseram à mãe, segure-me aí os cachopos, senhora, que a gente vai de camioneta a Lisboa dizer-lhes como é.
Elas vieram dos arrebaldes com o fogão à cabeça ocupar uma parte de casa fechada.
Elas estenderam roupa a cantar, com as armas que temos na mão.
Elas diziam tu às pessoas com estudos e aos outros homens.
Elas iam e não sabiam para onde, mas que iam.
Elas acendem o lume.
Elas cortam o pão e aquecem o café esfriado.
São elas que acordam pela manhã as bestas, os homens e as crianças adormecidas.

Inserida por pensador

Nunca saiu à rua, sem esticar os lençóis à cama
com a precisão de quem faz as manhãs todos os dias,
de quem dá um jeito à vida, antes de se pôr a trabalhar.
Uma cama bem feita vale bem um verso terminado,
sem o desperdício das palavras que não rimam.
Há que resgatar o gesto repetido, dia a dia,
como quem cumpre a métrica precisa do poema;
uma cama desfeita e ao desalinho é um sítio perigoso
para deixar o corpo a descansar, lugar de roturas, ligamentos
um passo em falso, tropeçado sem cuidado,
e podemos dar um mau jeito
ao coração.

Inserida por pensador

privação

a saudade é um ato estranho
se você a mata ela vive
se você vive ela avulta no tamanho
é uma dor em aclive
um suor sem banho

é funesto

invade todo o sentimento
é de vazio gesto
aos olhos abafamento
indigesto
ao desejo recolhimento

solidão

e eis que ela é etc e tal
torpor, paralisia, emoção
retiro

saudade é ausência fatal
suspiro

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PECADOS CAPITAIS

Os pecados capitais?
cometo alguns...
mas sou parcimonioso
cometo um de cada vez

não gosto de fazer muitas coisas
ao mesmo tempo...
isso me cansa.

(publicada no livro: Antologia V - CAPOCAM Casa do Poeta Camaquense - 2019)

Inserida por Tioanastaci0

TEU CHEIRO

Quero te abraçar de novo
e sentir teu cheiro
de canela e "flor de laranjeira"

quero beijar teu rosto
acarinhar teu corpo
e sentir teu gosto

quero levar teu cheiro
de canela e "flor de laranjeira".

(publicada no livro: Antologia V - CAPOCAM Casa do Poeta Camaquense - 2019)

Inserida por Tioanastaci0

O Poeta e a Inspiração

Se o Poeta sente
quer então escrever
fala do que sente
e por quem sente.

Poeta que faz do silêncio
uma inspiração!
E com a caneta no papel
descreve seu coração.

Poeta que faz da dor
uma experiência
que rima com persistência,
que faz da desilusão
um dueto com a superação.

Poeta que ama amar
que gosta de sentir,
e que tudo faz rimar e inspirar!

Inserida por MarcelaGra

Os poemas

Os poemas são cantigas que soam
As sinapses da inspiração
Que vem como pássaros que voam
Em busca de alimentação.
Eles são filhos do espírito
Que quando no livro grifados
Pousam a alma no infinito
E as mãos nos estros alados.
Saibas que ao leres um...
No encantado mundo da poesia
Dar-se-a nele tudo, real e fantasia.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

"O Proibido"

A fala proibida;
O pensamento proibido;
O ato proibido;
A vida proibida;
A felicidade proibida;
O todo proibido;
Se libertam em forma de arte!

Inserida por RodrigoSolano

Movimento

Você poder ver oque tá
aconteçendo
ou
oque está
surgindo!

Algo
sempre
nos construindo

Reparo

Inserida por milfontpensador

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