Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Desumanização
Começam te ensinando
que você e tudo aquilo
que existe de bom
ao seu redor é inútil,
Depois ensinam a você
e outros a ofender por
qualquer motivo fútil,
Convencem a você mesmo
e quem está ao redor
que a sua vida não tem valor,
Você e os seus estarão
tão entretidos com o círculo
vicioso de agressão que estarão
acreditando que merecem
e que a vida é assim mesmo,
E quando menos você
se der conta porque não
dão nenhum momento de paz
para pensar vão lá e acabam
com a sua vida e a do seu povo,
A desumanização sempre
para a morte constrói o escopo.
Dia 17
Mesmo que tudo
conspire contra você,
programe-se para ser
muito feliz porque és
merecedor de felicidade,
paz e muito amor.
Ainda batucando
o samba enredo
com as pontas dos dedos,
Você está louco
para saber os meus segredos,
Só sei que também
quero o quê você quer,
Tu vens sem data e hora
marcada quando entender
que me ama como mulher.
eis aí o grande risco a ser corrido,
para alcançar as profundezas,
é necessário suportar
a pressão que vem
com ela.
Quando o precipício sorri de volta
vez por outra
nos damos conta,
que a superficialidade
embrutece e nos estupidifica;
então ansiamos
desesperadamente
pela profundidade.
eis aí o grande risco a ser corrido,
para alcançar as profundezas,
é necessário suportar
a pressão que vem
com ela.
Michel F.M. - Pairar Incansável da Fênix Sublime ©
Quarta-feira de Cinzas
A chuva lava as cinzas
do Carnaval para abrir
caminhos quaresmais,
No ano que vem tem mais
e o importante é seguir
buscando ser feliz em paz.
O meu coração nas tuas mãos
delicadas vira um pandeiro,
Que faz ele bater sem machucar
porque o amor chegou imenso.
Na sublime Mata Atlântica
e nos quintais dos lares
florescem as quaresmeiras
rosadas ou lilases,
Brindando os atentos
olhares para a beleza da vida.
É Quarta-feira de Cinzas,
e pelo amor da gente já vou rezar
para o Senhor proteja do mal
e nos leve sem tropeços para o altar.
O perdão divino será potencializado segundo a visão que temos de Deus, mas se acreditarmos que existe limite para o seu amor e perdão, então seremos reféns dos nossos pecados; e aterrorizados pelo Apocalipse e pelo inferno.
O verdadeiro amor lança fora todo medo.
Ref. I João 4:18
Na tela devir da alvorada
gotas de Ginseng serão
espalhadas para que
as estrelas ainda consigam
ser apreciadas no lugar
de bombas que roubam
o destino da Humanidade.
Sempre que a noite cair
continuarei sendo aquela
que dança as mil danças
com o Universo despreocupada
porque o quê é para ser
é para ser e o quê não é
para não ser nunca haverá de ser.
Os sinais de todos os levantes
estão nas palmas das minhas mãos
e os perfumes das rosas orientais,
é com as cores dos hibiscus
escrevo os rumos transcendentais
para quem acha que o próximo
merece o tanto fez ou tanto faz.
Em tempos de guerra sempre faço
questão de nadar contra as correntes
e semear a paz mesmo que o caminho
seja estreito e queiram impor o silêncio
para nós convencer de qualquer jeito.
Mais marcante a cada
instante como presença
inabalável no seu coração
porque há em nós afinação.
Amor, paixão e sedução
de todas noites em viração,
perenal estrela das estrelas
no universo dos teus afetos.
Incenso perpétuo e desejo
crescente sem regresso
do escolhido destino certo.
Das horas a cara cavalgação
que fortalece tudo ao redor
e confirmação sem hesitação.
La Description du Poète
Um corpo extenso, tez alongada e alta,
E, homem, chorando vivo incessantemente.
Dos meus dez anos, na vida rude, a falta,
Perdi a mãe, talvez por desígnio da Mente.
A alma aparenta-se inclinada, cônscia
De dores maternais e tumultos extremos;
Em meu cérebro, a ideia, não vã, propícia,
De esperanças e triunfos supremos.
Nenhum livro me escapa ao ardor da mente,
Mas, ah! Conhecimento, que pura ilusão!
Nenhuma dor ou pranto silente,
Pode esconder-me o fúnebre caixão
Da triste esperança, eterna e persistente,
Nos olhos mortos do meu coração.
Um poeta, cujo olhar nos céus se encontra,
Reflete em nuvens sua ambiciosa visão;
Uma erudição que em vão se desponta,
E, em vasta escala, uma férrea solidão.
Poeta visionário, sem mente sombria,
Vislumbra o amor no mundo em sua dor.
Mas, em seu tempo, é uma alma vazia
Sem saber se é criatura ou criador.
Pampas
As coxilhas balançando
com os ventos e as aves
cruzando os pampas
da nossa América do Sul.
Os meus afetos gaúchos
permanecem inabaláveis
porque nas minhas veias
correm o sangue do Sul.
A mente e o meu peito
para a poesia são o celeiro
perfeito para a inspiração.
O coração canta o Nativismo
profundo de quem reconhece
nos pampas o seu verdadeiro mundo.
Brevemente sabiá
Sabiá que desce a serra.
Vento que bate e alerta,
encobre o vale para contar
as boas novas que varrem a terra.
Será dia, ou noite cria essa conversa?
Tarde é a semana, e os dias que moldam
esse plano de metas?
Vai saber, quem sabe é o sabiá,
doido para voar nesse tempo de
certezas incertas.
Tinta trovadoresca
Vem e vão numa passagem
hora ligeira, hora travada.
Nuvem branca e nuvem negra,
Porventura não será ela a mesma?
Talvez sim, talvez não,
cabe o poeta distinguir.
Saberá a alegria de amanhã?
Saberá a angústia de ontem?
Não! Ou sim...
Afinal, o que interfere no poeta?
Perder para ganhar.
Sorria
Que as vitrines estejam a vista
Pois nunca será que nem a pessoa
Que anda saltitante e toda boba
Sem saber quando virá o triste dia
Do seu jardim
Que estará com poça de lama
E talvez não haja mais vitrines que a deixe fama
Sem saber
A pessoa voa
Não contando com os outros pássaros
Com asas quebradas
Que a olham, ofensivos
Com almas encarceradas
Se alguém pisar na asa dela
Não fará mal
Pois mesmo com a dor
Ela não deixará tal
Olhares tiranos
Decidir o seu futuro
Que beira o instante
De acender a vela
Por isso
Ela voa, voa tão bela
Mas virá o dia da poça
Sábia uma vez ficará
E nunca esquecerá
Dos estragos que fizeram no seu jardim
De flores de laranjeira
O cair da chuva me faz lembrar
De todas as coisas que abri mão
Coisas como viver e sonhar
Algumas ate alegravam o coração
Mas tudo agora é só lembranças
E nem tudo que cerca é triste
Até mesmo que se perca a esperança
A vida se tranforma, resiste
Somos moldaveis e nos move o tempo
E para os poetas resta a solidão
Apreciando o silêncio, o momento
Deixando dor pra traz e estando são
Neste longo silencio esperando
Inspiração nas palavras achando
Soneto para Rodeio
A linda cidade de Rodeio
no Médio Vale do Itajaí
mora sublime no peito
como o meu amor perfeito.
É na linda cidade de Rodeio
que é beijada pelo magnífico
Rio Itajaí-açu que louvo o ano todo
porque orgulhosamente a elegi.
Existe gente que mora sem ter
a sua cidade no peito e vive
com a cabeça em noutro lugar.
Sou feliz aqui e elegi em Rodeio
para amar, morar e exaltar,
é o lugar nascido feito para inspirar.
Nocaute para Canhoto
todo bom poema,
consistente e digno,
é um punho vívido
do apanhador vivido.
dança pelos flancos,
avança no meio,
o segredo é suportar,
socos sucessivos.
cruzado, jab, direto,
vem como um golpe triplo,
murro na têmpora, estômago,
boca, do sistema opressivo,
deixe que o topo se empolgue,
jogue pra eles o favoritismo.
desfecho dos filmes,
nós nascemos nas bordas,
de clinch em clinch,
cambaleamos firmes,
conhecemos a lona,
nós amamos as cordas.
embrenhados na lama,
emergimos do lodo,
desorientá-los primeiro,
para enfim, desdentá-los todos.
Michel F.M. - Pairar Incansável da Fênix Sublime ©
nascidos na rebelião
libertamos a ferocidade,
somos ventos revoltos,
varrendo obstáculos,
diante de toda
insanidade;
com nossa fúria
incontrolável,
das intempéries
ao grotesco interminável,
aqui, nos tornamos
a tempestade.
Ventos Revoltos
nascidos na rebelião
libertamos a ferocidade,
somos ventos revoltos,
varrendo obstáculos,
diante de toda
insanidade;
com nossa fúria
incontrolável,
das intempéries
ao grotesco interminável,
aqui, nos tornamos
a tempestade.
Michel F.M. - Pairar Incansável da Fênix Sublime
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