Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
Tem muito fotógrafo famosinho" se sentindo o Deus dá fotografia...
Enquanto Mestres dessa arte, humildes como iniciantes.
Isso só prova que há uma real diferença entre Artistas e Poser's.
Por mais amor e menos ego.
Cuidado com os otários
que só sabem fingir
Eles vão fazer de tudo
para te verem cair.
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Cuidado com os otários
que só sabem mentir
Eles vão fazer de tudo
para te verem cair.
O MEDO FRÁGIL
O trato que tu fizeste...
Com seu íntimo amigo caco
destrinchado em confete...
Saiu do seu reles comodato,
e confessou, quebrou o pacto.
O frágil quando se mete,
em sua pose todo garbo...
Expele sebo dos pedaços,
treme chão com seu mormaço
e desequilibra em seu voar.
Desfaz do seu pesado fardo
... Dança fado sem as asas,
junta lágrimas p'ra chorar
tilinta a taça do seu medo
e bota o sebo p'ra coçar.
OCEANOS EM VIGOR
Sempre existirá oceanos
sucumbindo os pássaros, sem
sair do lugar...
Enquanto longe de mim,
a sua felicidade floresce os jardins
dos seus dias... Há meu lado,
A solidão, sacia seus momentos
emanando os entrevero dos seus
vil sentimentos.
Antonio Montes
ORDINAL
Estava pelo meio, quando você veio
e, interveio o meu querer, tão logo,
me carimbou com seu rascunho...
Marcou a minha paixão, moendo-me
como se fosse, muinho ou ciclone
de redemoinho.
Eu era um rabisco, de um mundo vago
um pássaro sem céu,
um cisne sem lago...
Nunca estive cheio! Perecia de sorriso,
esbanjava tristeza, e a solidão permeava
a minha realeza.
Então você veio, apareceu e interveio,
jogando tudo para escanteio!
Passei a fazer parte do seu entrevero
mesmo sabendo que no seu mundo...
Eu nunca fui o primeiro!
Antonio Montes
Menina do campo
Menina do campo...
Brinca alegre no seu jardim
Corre descalsa, colhendo
azaleias, rosas e jasmins...
Sonhos, afins!
Menina do campo
com seu vestidinho rosa
corre solta pela vida
cantando cantigas, versos e prosas.
Menina do campo
Nascida para o amor e as flores
No céu um querubim grita seu nome
...Ternura, gentileza.Louvores!
Amém!
Menina do campo
Nada sabe das dores. Ainda.
...Deixe-a!_ Inocente, alheia,
de todos os horrores!
E quando a noite chegar
que a encontre com seu cestinho
repleto de margaridas e panapanás.
... De todo o resto. Ainda são restos
de um futuro incerto.
A ENTREGA
De longas paragens venho, de céus escuros
Venho por caminhos estreitos de horrores...
Já enfrentei demônios. Fiz deles monturos
Quase me afoguei em desertos de dissabores
Sorri pouquíssimo. Chorei lágrimas de sangria
Busquei a cura para a chaga no peito aberto...
Por vezes fiquei cega... O corvo foi meu guia
O único amigo. Quieto e sempre. Introspecto!
Busquei a luz em vãs filosofias e metafísicas
Quanto mais angariava pela luz, mas fundo ia...
Apenas uma moribunda; negra figura tísica.
Hoje nada espero senão o último dia de AIS.
Quando poderei enfim ser a foice da poesia...
...mais bela. Derradeira. Pelejas? Nunca mias!
Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)
Bisbilhoto um desconhecido que
acaricia minha gata na rua.
Ele vai.
Eu chego.
Ela foge.
Essa tem meu dote,
tá sempre na saideira.
Sarnento conhecido que sou
só peço carícia na coceira
Venha inspiração e faça de mim morada,
que em meu seio seja tua casa.
Eu, que nada sou sem ti,
ainda sinto que habitas em mim, desde o primeiro dia em que lhe senti.
Não se afaste, não recue, não se desperdice,
esteja aqui, sendo serena, intensa e transcrevendo-me .
Tereza
Era uma cidadezinha pequena,
sem alma, sem empatia,
sem alianças.
Nela havia beleza,
nas montanhas,
no céu e nas crianças.
Toda sua cultura foi esmagada,
por religião, fofocas e trapaças.
E foram as primeiras noites sem dança,
sem amor, mas com vitalidade e esperança.
Cemitério de Pássaros
Era bom viver com os pássaros.
Era como se,
A cada bater de asas,
Você garantisse que voaria mais alto,
E para qualquer lugar, no dia seguinte.
Usando as suas próprias asas,
você iria.
Usando as asas de seus próprios pássaros,
Que nasceram com você,
Que faziam parte de você,
Que te levavam às nuvens...
Lhe traziam liberdade,
Magia,
Confiança.
Mas, à medida que o tempo passou,
Você percebeu que aquilo que os pássaros lhe traziam...
Começou a sumir...
Assim como os pássaros.
E você não havia percebido.
Aos poucos, foram matando seus pássaros.
E conseguiram deixar-te tão absorto
A ponto de não perceber que, na verdade,
Você se tornou um cemitério de pássaros.
Seus pássaros.
Fizeram com que você morresse tanto,
Que você, mesmo sem perceber,
Também foi responsável pela morte de suas aves.
Eles acharam que seus pássaros voavam alto demais,
Demais para a realidade.
As aves precisariam sumir,
Você não poderia voar.
Tiraram-lhe das nuvens,
Trouxeram-lhe ao chão,
Agora, você pode tentar tocar aos céus.
Quando seus pássaros estão mortos ao seu redor.
Sem asas.
Dói.
Dói ao ver o massacre do que antes foi seu.
Dói ao ver que nenhum restou,
Tudo o que restou foi o que você se tornou.
Não há volta para a morte.
Para àqueles que se tornaram,
Ou estão se tornando,
Cemitérios de pássaros...
Crie novos pássaros,
Faça-os sobreviver.
Não deixe que os matem.
Eles são os únicos meios de voar.
AS MÁSCARAS DA VIDA
Encobrem os rostos
com máscaras de várias fantasias
os que transfiguram na vida
a recíproca antipatia !
Ocultam suas faces de perversão
tapada por máscaras de várias fantasias.
que regozijam ao impudor
das suas almas carnavalescas !
Vibram gritos de alegria escondidos
na máscara de mostras falsas
de uma aparência enganosa de hipocrisia
São caras ... São máscaras que se despem e vestem
ao longo da vida….
São rostos ignotos do dia-a-dia!
Enfim: o carnaval está aí!
Dá-se alegria e fulgor
Às máscaras da vida
A noite entoa canções
no silêncio vasto e abstrato
que enche de luz
os passos cambaleantes
os pensamentos distraídos.
Entre as estrelas o vento sopra
palavras em chamas e
no caminho do silêncio à palavra
poemas – constelações surgem
riscando o céu do coração.
Paisagens deslizam na distância
entre minha alma e a sua
uma coleção de azuis irrompe
dos olhos meus procurando
um porto para ancorar
uma nuvem para descansar
uns versos para se encontrar
enquanto isso a luz da lua invade o quarto...
"Poeminha lúbrico"
Imagina que eu sou a manteiga,
E você é o pão quentinho,
Me passo em você,
E me derreto todinho.
A Gota D'água
Bastou uma gota...
A última gota...
A ínfima gota...
Pra encher o balde...
Pra chover à tarde...
E derramar saudade.
Guarda-Chuva
Dias e dias guardado...
Sozinho, num canto qualquer.
Esperando ser chamado
Quando a chuva do céu vier.
O trovão canta; anuncia:
O broto fechado abrirá.
O vento desfaz a calmaria.
A chuva nos molhará.
A flor negra enfim aberta
Coberta de tempo e de pó,
Balança leve, incerta,
Nas mãos do andarilho só.
Se a flor escapar do caule
E a chuva molhar (sem querer).
Abra a boca e beba um gole.
Guarda a chuva em você.
SENTIMENTO DE CULPA
O que fazer diante de algo que te preocupa,
Que vai tomando conta do teu pensamento?
Como lidar com esse sentimento de culpa,
Que te machuca e te devora por dentro?
Fico sem forças, gritando em silêncio,
Tentando em vão chamar a tua atenção,
Será que tudo que eu faço ou penso,
É desprovido de um bom coração?
Que culpa eu tenho de me sentir culpado?
Por não ter dado ouvidos aos teus mandamentos.
Não vês que admito que estou errado,
E que cessaram os meus argumentos?
Ah Senhor! Quero pagar com a verdade,
E me despir dessa culpa que sinto,
Não vou tolerar mais essa falsidade,
De achar que tá tudo bem comigo!
Tenho que entender que Deus nem sempre responde no automático,
Ele para pra ouvir o meu lamento,
O cuidado de Deus é sintomático,
Ele só age depois do arrependimento!
Rodivaldo Brito em 17.02.2019
NA MADRUGADA COM DEUS
Na calada da noite,
Na horas frias da madrugada,
Quando surgem os temores,
Pra te convencer que não és nada!
Sinto tua presença a contradizer,
Diante do obstáculo que me deparo;
Exaurido nas minhas forças ao amanhecer,
Vejo o quanto por ti sou cuidado!
A minha vontade de te buscar,
Me faz viajar no quanto sou querido,
Livra-me daqueles que procuram me derrubar,
E salva-me de todos os perigos!
Vou bebendo o que ainda resta da madrugada,
Afinando os meus ouvidos pra poder te ouvir,
Nesse encontro sinto a paz tão desejada,
Diante de tudo que ouço de ti!
Surge então um lindo sol,
Que teima sair no horizonte,
Me dá a certeza de que não estou só,
Que tu não me deixas nenhum só instante!
Rodivaldo Brito na madrugada de 13.02.2019
DIANTE DE TI PARA SUPLICAR
Com lágrimas enxugadas pelo vento,
Ponho-me diante de ti para suplicar,
Quero te dizer que meu intento,
Nem por um momento tenta duvidar!
Que das tuas mãos vêm a cura,
De tudo que preciso para continuar,
Ainda que pareça loucura,
Não tenho motivos pra deixar de confiar!
Tu que tens os olhos tão distantes,
E conhece-me como ninguém,
Sabe dos meus pleitos muito antes,
Que eu os confesse para alguém!
Hoje de ti quero apenas um abraço,
Já não sei o que faço pra tentar melhorar,
Mas permita -me tirar um pedaço,
Da tua atenção que me faz suplicar
Quisera a minha súplica poder te alcançar,
Ouvir a tua voz tão lúdica e acreditar nessa quimera,
Pudera as notas da tua música me acalmar,
Conter esse ímpeto que vocifera!
Eis que um líquido escorre na minha fronte,
E do meu corpo se apodera,
É o bálsamo que vem da tua fonte,
O refrigério que a minha alma tanto espera!
Rodivaldo Brito em 10.02.2019
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