Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
SONETO CHOROSO
Choroso soneto, meu, tão chorado
Sem leveza, sem arte, sem ternura
Traçados pela sorte em desventura
Em vagidos manhosos desentoado
É tristura na trova, e desesperado
O estro. No papel cheio de ranhura
Sem condição de uma doce leitura
Afrontando o coração desgraçado
E nesta tal tirania de infeliz criatura
Ditosos algozes. No peito abafado
Surgindo da sepultura da amargura
Ó sátira mordaz, de sentido perverso
Deixe o teu jugo imóvel e silenciado
Guie só fausta melodia ao meu verso
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
QUIETUDE INTERIOR
(16.10.2018).
O meu despertar se entrega
Perfeitamente ao silêncio,
Que banha os sentimentos,
Fazendo-me viver a cada momento.
Um eterno aprender com a doçura
Do rosto humano! Contemplando
O essencial de si mesmo,
Dando quietude interior.
CACHAÇA QUANDO É CACHAÇA
TEMOS MESMO QUE SABER
ELA É DOCE E GOSTOSA
ELA TEM UM PROCEDER
MAIS É COM MODERAÇÃO
QUE Á CACHAÇA EU VOU QUERER
BEBO MESMO ASSIM CANSADO
BEBENDO EU QUERO DIZER
EU BEBO POR QUE EU GOSTO
EU BEBO POR CONHECER
MAIS EU BEBO MODERADO
E MODERADO EU VOU BEBER
REFERENTE Á CAPOEIRA
EU AGORA VOU FALAR
CAPOEIRA É MINHA VIDA
É TAMBÉM MEU VADIAR
CAPOEIRA EU NÃO ESQUEÇO
ELA SEMPRE EU VOU LEMBRAR
CAPOEIRA ESTOU JOGANDO
ELA SEMPRE EU VOU JOGAR
CAPOEIRA EU NUNCA DEIXO
ELA NUCA EU VOU DEIXAR
CAPOEIRA EU SEMPRE LEMBRO
ELA EU SEMPRE VOU LEMBRAR
CAPOEIRA É PARA TODOS
E ESCRITO ASSIM ESTAR
CAPOEIRA EDUCAÇÃO
ONDE PODE SE EDUCAR
CAPOEIRA É CAPOEIRA
ELA EU SEMPRE VOU LEMBRAR
EU CONHEÇO Á CAPOEIRA
CONHEÇO EM QUALQUER LUGAR
AONDE TEM MESMO ESSA ARTE
EU POSSO FICAR POR LÁ
CAPOEIRA EU SEMPRE LEMBRO
ELA SEMPRE EU VOU LEMBRAR
A essência da vida é mais do que ela aparenta ser,
Do que ela é interpretada.
É mais do que apenas o corpo esbelto
E os seios delineados
De uma bela mulher.
É mais do que suas ideias
E seus pensamentos.
Mais do que o que você vê,
Mais do que fala.
A vida é intensa, complexa,
Extensa, eclética.
A vida é um ciclo.
Uma mistura, um complô.
São todas as energias naturais,
Os elementos principais,
Água, Fogo
Ar, e Terra.
É sentimentos.
Toda a energia, e toda aura exalante desta terra,
Se juntam em um complexo e movimentado clima.
É um rolo, um bolo, uma junção, uma mistura.
É tudo e qualquer coisa existente,
Em uma mistura que vive se movimentando,
Entrelaçados, atados,
Dando vida ao mundo, que antes, era desalmado.
A vida, é isto.
PASSANDO PARA DIZER
PASSANDO PARA FALAR
EU FALO MESMO AQUI
FALO EM QUALQUER LUGAR
O SENHOR É MEU PASTOR
E NADA ME FALTARÁ
EU LI DIGO MEU AMIGO
MEU AMIGO MEU IRMÃO
SE VOCÊ TEM Á MAMÃE
CUIDE BEM DE CORAÇÃO
FAÇO ESSA POESIA
QUE NO FAZER NÃO SE ENCERRA
MAMÃE É UMA MULHER
CUIDANDO DE VOCÊ NA TERRA
PÓS A MÃE CUIDA DO FILHO
LHE ENSINANDO EDUCAÇÃO
ELA CUIDA COM CARINHO
E COM AMOR NO CORAÇÃO
Há ecos que escorrem pelo vale,
gritando já sem forças,
mal alcançando o topo do morro
onde mora a esperança
Conto estrelas, como conto contos
Sorrio, sou rio, água corrente que lava
Como lava, derreto tudo com umas palavras
Sempre quentes como brasas, eu só queria asas.
Dia do médico (18 outubro).
Ser médico...
É dar de si eternamente
Partilhar a dor do doente
Torna-lo confiante e forte...
É ser presente na vida e na morte.
Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18 de outubro, 2015
VERSO, CORAÇÃO E ALMA
(19.10.2018).
Verso com meu coração,
Que se apronta para pedi a alma,
A gentileza de poder caminharem...
Pelos campos floridos de margaridas.
Ah! Quanta doçura cabe em um ser!
Vindo se inspirando numa profunda alegria,
De seu próprio mundo poético,
Sabendo transmitir a sua bondade.
INSPIRAÇÃO VIAJANTE
(20.10.2018).
Ainda que tenha se passado o tempo...
Meu ser se abriga da poesia antiga,
Nas cartas que os amores escreviam,
Não deixando esconder seu sentido.
E debaixo da janela da amada,
Pedia com o coração que abra,
Sendo uma Andorinha a cantar,
Os versos da inspiração viajante.
Basta somente uma gota do teu olhar,
Na minha simples realidade,
Para que meus olhos possam enxergar,
A verdadeira felicidade!
Rodivaldo Brito em 20.10.18
E é o sonho que nos move
silenciosos ou estrondosos
será que chegaremos?
E é pelo sonho que vamos
esperançosos ou descrentes
será que um dia há de ser?
Há que se renovar a fé no inominável
acreditar no brilho do inexplicável
ter confiança na força do acaso
alimentar a alma , o coração
sorrir diante do imensurável .
Sonhar. Crer. Sonhar. Partir. Ser.
Até que não sejamos mais que
uma lembrança no azul do tempo.
Toda vida
observando lirismos:
tantos versos ...
Toda via
acalentando pensamentos:
tontos devaneios...
Todavia ,
sucessão de casualidades
passam
e a vida além espaça ...
Muito além daqui estrelas ecoam palavras
coração as digita no azul do infinito ...
VANITAS
Só, em silêncio, a inspiração tímida e fria
Poeta... A prosa sai tremulante e inquieta
Rascunhando a estrofe em uma linha reta
De ilusão secreta, dor e suspiro em agonia
Febril, sua o devaneio, amotina a euforia
Bravia a alma grita, palpita, e então espeta
O nada, por fim, quer ser qual um profeta
Iluminado, falante e de alucinada idolatria
Poeto... cheio da minha imaginação cheia
Nascente do meu mais abismo profundo
E desagregada das paredes da teimosia...
Farto, agora posso descansar a cavalaria:
As mãos nervosas e o coração moribundo.
Arranquei-ti-ei pra vida, vivas tu ó poesia!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
DE UM TEMPO POÉTICO
(23.10.2018).
Acaba que meu interior
Vem contemplando a noite
Que se mistura ao seu verso,
E ao seu modo de viver a vida.
Abre-se então, a realidade da história,
No qual traz em si as filosofias ideais,
De um tempo poético das catedrais,
Em meio ao mundo mergulhado na paz.
Assim como as ondas, sucedendo-se e borbulhando até junto às areias do mar...
eu louvarei a Deus nessa alegria,
por tudo que dele recebi,
pela visão que tenho da vida,
mesmo aquela que a minh'alma não compreenda
“SPLEEN”
O céu do cerrado, hoje, amanheceu plúmbeo
Sobre o espírito meditabundo, só e chuvoso
E, ungido toda a reta do horizonte, nebuloso
O dia virou noite, e o meu fausto olhar, ateu
Neste temporal escuro tal calabouço lodoso
Onde a vontade quer encontrar o êxito seu
Espavorido, o acaso coloca asas de fariseu
Em um voo infeliz, tão enfado e impetuoso
A chuva a escorrer as traças da melancolia
Imita as aranhas tecendo sua espessa teia
No beiral do vazio, numa angústia sombria
O trovão dobra, de repente, e furibundo
E a alma encarcerada em lúgubre cadeia
Chora o verso, suspirando e gemebundo
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro, de 2018
Cerrado goiano
"Aproveite o meu verbo-salivo,
pois ainda há pulso
mesmo anêmico e frio
parece vivo
este meu discurso
sobre a pedra
sobre o rio...."
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