Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
O último dia
Para quem poderia me entregar sem medo algum?
Morrer em algum braço no qual ao menos possa confiar...
Quero contigo poder estar, vivenciar cada instante,
Viver e poder vivenciar, uma aventura
De poder se juntar a outro ser
E com ela poder viajar.
E é assim que se vai a ladra os rumos,
Um canto um rumo de flores a se espalhar pelos caminhos.
Um rebolar-se de esperanças, de poder um dia sentir, e chega aos extremos,
Reviver cada instante e momento,
Abusar da vida, e se arriscar em seus braços,
Poder ir além, e ultrapassar as leis, desafiar cada obstáculo, ousadamente.
Uma rede a ser jogado em algum canto,
Prendeu-me, e não quer me soltar,
Estou sozinho, mas algo, prendeu-me,
Não sei como, estou solitário a sua busca.
Vida miserável, mundo em injustiça,
E tudo vira adrenalina de minhas vontades quebradas, e ansiedades que me matam.
Solta-me dessa caixa, solta-me dessa caixa,
Solta-me dessa caixa, solta-me...
Quero pular de cima das montanhas,
Quero sentir adrenalina,
Quero escalar os grandes montes,
Quero entrar no fundo do mar...
Ei, você que está aí parado,
Não quero ver ninguém em seu devido lugar,
Vamos nos espalhar por aí,
Chega dessa coisa enfileirada
A fila virara uma bagunça,
Vamos fazer uma baderna
Hoje será um som em confusões,
Barulho pra todo lado...
Se preparem, irmãos...
Amanhã se preparem,
Morreremos na solidão.
Poetisa
O tempo floria de tuas mãos
Enquanto adentrava os céus.
Fitava aos infinitos vãos
E alteava teus constelares véus.
Tuas alas espargiam areias doiradas
De sonhos remotos, esquecidos,
Que voejavam águas afloradas
De gloriosos desejos enaltecidos.
Embalada por oceanos colossais,
Derruía e refundia perfeições.
Bosquejava arcanjos celestiais
Em impensáveis concepções.
Perpassava desenfreada
Pelos mais diversos astros;
Pela imensidão acalentada,
Plasmava à mundos vastos.
E assim perpassando ia...
Vasteando, criando...
Esculpindo-se em poesia
E mais galáxias semeando.
Foram dias cinzentos
que nunca mais quero lembrar,
verdadeiros tormentos
que nunca mais quero passar.
Me pega
que eu me largo
me acenda
que eu te trago
me traga
que eu te entorpeço
me peça
que eu te faço
me laça
que eu te abraço
me caça
que eu te traço.
“Paisagens me fascinam
Palavras me ensinam
Sorrisos me encantam
Olhares me atraem
Corações me conquistam
Poesia é minha vida.”
INQUIETUDE
Dona coruja, cheia de rugas
em seu cacarejo... Pede ajuda
e na noite escura, com frescura
em cima de morro, estouro
Pedido de socorro...
Meu Deus, meus Deus
... Me acuda!
Pelas sombras sombrações
tudo cheio de tenções
lobos dragões
vidas cheias, supetões.
Já o curiango sem seu tango
faz o revoar de asas
em silencio, todo brando
... Lá vai o bando pela escuridão
o urro do lobo
ladrar de cão...
Topada no toco, escorregão.
Pela lama da poça d'água
pela noite enluarada
rompe a aurora
e vem com o dia, em euforia
ave-maria, ave-maria.
Antonio Montes
Qual gotas de orvalho na seca
Temperança no desespero,
Luzes na escuridão,
As doces lembranças que ficam
Trazem Paz ao coração.
Me desnudei
para vestir teu corpo.
Com tuas mãos
percorri meu corpo.
Com teus dedos
nele escrevi um poema.
Com teus olhos me vi
perdido entre teus seios.
Com teus braços
me conduzi
ao teu ventre.
Pausas da vida
A vida com suas breves pausas...
Pausas para olhar e enxergar
Perceber e entender...
Entender que as trilhas vão nos levando para cada estação...
E a cada pausa, descemos, apreciamos, aprendemos, e vamos embora...
E vão surgindo mais paisagens
As primaveras vão chegando...
Quanto tempo mais seguiremos viajando?
Quanto tempo mais poderemos ainda enxergar?
As pausas da vida são para silenciar...
São os pequenos momentos que nos fazem acreditar, e são para apreciar...
Vamos seguindo as trilhas!
Seguindo as pausas nas estações
E continuemos dançando a cada vento a bater nas janelas da vida!
Sempre enxergando o belo, os encantos...
E parar... Olhar e principalmente enxergar!
E depois ir embora...
Ele lê,
olhos,
gestos,
sorrisos,
lábios...
e mostra tudo que sente em versos.
Você seria um lindo livro,
que ele leria,
frente e verso.
Maior do que esse mundo pensa
Eu vou domando minha loucura
Eles procurando a cura
E eu sou a própria doença
A CANJA
Me arranja uma canja
que de banda nessa banda
voou tentando debandar
se a canja me arrumar.
Quem sabe uma colherada
... De riso carinho e amor
um abraço antes do nada
um jardim repleto de flor.
Me arranja uma canja?
Sim! Uma canja me arranja
... Para fazer do viver
uma canja com você.
D'essa canja, uma colherada
com toque de tamborim
sapateado samba rodada
uma canja, assim para mim.
Antonio Montes
SOB O OLHAR DO GATO PRETO
A tarde se despeja, fastiosa sob um céu turvo...
Sinto a presença do gato preto. Não o vi ainda, mas
trás presságios de má sorte. Sei. Me encurvo...
... Ante os olhos da morte. fria , risonha e aldaz!
E quando a lua imensa toma o céu de loucuras
Ele passeia pelo assoalho de mármore branco
É o antever de todo o despejar do mar de agruras
Fecho os olhos. Luar de sangue, dor e pranto.
E o que me trás, gato preto? À que então, veio?
Vieste de ceifar as almas do mar do norte. Sim!
Vais embora logo. Não o quero ver. Bicho feio!
Mas até quando fugirei da presença do maldito!?
Abro meus olhos. Ei-lo: Quieto, negro e tenebroso.
Apaga-se então, a última estrela do infinito.
Nuvens de Algodão
Eu trouxe flores, de outra estação.
Viajo nas nuvens, de algodão.
Sou prisioneiro e refém,
De um mundo de ninguém.
Armas, eu não tenho não.
Abra, e veja o meu coração.
Bate mais que tambor,
Eu não sou robo.
POETISA BÊBADA
A poetisa bêbada
em sonhos com as favas
bebeu todas suas magoas,
e no tempo medonho
... Magoada, sonhou.
Sonhou com suas trelas
entre cânticos e velas
sonhava vela nas estrelas
o mundo e seu inventor
e voar com seu amor.
A poetisa bêbada...
Bebeu, poucas e boas
e em sua garoa louca
bateu o mal da sua roupa
com sua boca rasgou.
Rasgou o verbo, rasgou frases
Embarcou em sua viagem boa
navegou sobre seus mares
e com poemas e suas penas
encheu a sua velha canoa.
A poetisa bêbada...
Em noite enluarada
debruçou sobre a calçada
chorou seu mundo, seu tempo
e todo seu sentimento
sob o vento, ela jogou.
Das agonias dos seus dias
poetou as suas falas
amarrou-se em fantasias
e das palavras, fez sua casa.
Antonio Montes
POEMA PARA UM BOM DIA
Um novo dia vai se formando
É o raiar do sol num novo amanhecer
Que a gratidão e alegria estejam no comando
Pois é a vida nos convidando pra viver...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Vou decorar su'alma
com flores e os sabores mais inimagináveis...
Plantar orquídeas em sua boca, meu jardim
com desespero em florir
Soprar teus olhos...
Só p'ra te fazer sorrir
Só p'ra mim...
Amo a cumplicidade das roupas velhas usadas no final do dia, e seus íntimos furos e rasgos sobre a pele.
Das pernas cruzadas embaixo das cobertas, um charme feito por duas pessoas.
De respirar o ar temperado em sal, da nuca de quem lhe confia as próprias costas.
Daquele denso hálito matinal, o mofo das bocas caladas pela noite.
No amor, todo sono é desperdício de sonho, pois já o conquistamos nesses breves acordos - acordados.
Os rios deixaram de correr,
A morte veio me visitar ontem à noite.
Os sonhos se despedaçaram;
Como paredes de vidro.
A morte me visitou hoje pela manhã.
Acordei com um imenso gosto de sangue na boca;
Os lábios ressecaram e a saudade penetrou-me o coração,
Como se fosse uma lança.
A morte me visitará hoje à noite..
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