Poesia Amor Nao Realizado Olavo Bilac
PODE NÃO PODE
Se eu não posso...
Me esforço
Se eu posso...
Seu ócio.
Você não pode...
Meus ossos,
meu oficio
meu negocio.?
Antonio Montes
Mas não
As vezes paro e penso
No quão incrível você é
E na vontade que tenho de te guardar
Amarrar com barbante, colocar num saquinho colorido e por na gaveta
Mas não
Seria muito egoísmo meu..
O mundo tem que conhecer
As pessoas têm que saber
que existe você, cheio de emoções
Elas têm que provar,
sentir o que eu senti,
o que vivi
No deleite de alegria que aflige
quando você
Só sorri
Por isso não posso lhe prender
Queria,
não nego
Queria que fosse só meu,
Inteiriço
Mas não
Seria muito egoísmo meu
Eu não sou daqui
Eu não sou daqui
Não sou
Aonde me pertenço?
Não sei
Mas não sou daqui
Talvez more nos beijos apaixonados
Nós 5 segundos de coragem.
Talvez more na simplicidade
Na roça, na selva, na vargem.
Talvez more no coração de quem ama
De quem não se engana
De quem cedo levanta da cama
Atrás da música, do samba
Talvez até viva nas ruas, nas vielas
Onde pessoas cheias de si,
vazias
Buscando alguém para transbordar
seus corações desocupados
Talvez até me encontre nos becos escuros,
atrás de muros
No choro de uma mãe preocupada
Na angústia de uma menina mal amada
Na sala
fechada
Mas se sou daqui?
Não sou
SOBRINHO
Um sobrinho que é...
Gente sem gente
que tudo inventa
que passa o pé
gente não agüenta
o seu ato, repente.
Querendo ser gente
as vezes indecente
burla água quente
esta atrás, e a frente
e se faz de inocente.
Antonio Montes
ESSE MORTO
Esse morto, não morre mais
apesar dos avanços secular e tecnológicos
esse morto, esta morto...
Assim como morte de muitos mortos
que morreram a milênios atrás.
Esse morto de olhos fechados,
corpo gelado, coração parado...
Esse morto, agora seguro,
já teve passado, planejou futuro
sobre os mundos dos muros.
Esse morto, ah esse morto!
quando vivo estava morto...
Em seus desespero, em seu gostos
agora morto esta vivo
pelos jornais que te saldam
como se fosse aborto.
Esse morto, um dia vivo morreu...
zanzou pela vida a fora,
assim como morto que viveu.
Antonio Montes
Muitos dizem que a vida não é fácil e eu concordo, para mim tudo é uma ilusão, tem pessoas morrendo por um pedaço de pão, eu acho difícil acreditar no egoísmo do ser humano, só se importa consigo mesmo e com o resto cobre com um pano.
Vejo pessoas se importando com coisas fúteis, se achando por ter bens de luxo. Ser rico, pobre, branco ou preto, para mim tanto faz, todo mundo merece respeito.
Por isso não se ache o melhor porque você está bem enquanto o outro está na pior, eu sei que a igualdade é impossível, mas tenha o mínimo de consciência e se importe com as pessoas com deficiência, seja econômica, física ou emocional, não pise nelas enquanto estão no chão.
Tem pessoas que lutam cada dia para sobreviver, e se fosse eu no lugar delas não iria me importar em morrer.
Você pode dizer que eu sou infantil por estar sonhando com algo irreal, mas pode ser melhor que ficar sonhando com bem material, minha existência não tem sentido, por isso através de poemas eu expresso meus pensamentos iludidos.
Dizem que a morte é a consequência da vida, e é verdade, todo começo tem um fim, todo final teve um começo, enquanto meu começo não chega ao fim, meus pensamentos irão fluir.
Como a vida, o poema teve um começo, e por isso está chegando ao final, eu não me importo o que vão achar de mim, eu sou apenas um garoto esperando o próprio fim.
VIAS RUÍDAS
Se o rato vai roer, roa
o Rei, rema em roupa boa
e não se molha na garoa.
Se Roma, roeu os seus...
Com, dentadura e ditaduras, roeu
... Roeu cristãos e os hebreus.
Pelas ruas ruídas dessa vida
que todavia se vive poluída
tudo no mundo esta roendo
por mãos e vozes bandidas.
Antonio Montes
Quando as palavras não foram ditas
Quando foram ditas e não eram verdadeiras
Quando escaparam pelas salivas como veneno traidor
Quando encontraram os ouvidos prontos para ouvi-las
Quando tudo parecia perfeito
Foi aí que acordei do sonho e vi que perfeita mesmo foram apenas as minhas ilusões...
"Não sou poeta. / Não quero ser poeta. / Se ainda tivesse meus vinte anos, / Escolheria o pugilismo."
[E se todos fôssemos Muhammad Ali?]
Eu não tenho medo de partidas, pois elas nos ensinam que tudo tem uma finalidade, um propósito e em determinado momento, iremos embora. Assim é a vida...assim é a morte - uma partida de alguém muito especial que pode nos deixar e provocar em nós, uma profunda tristeza, dor e saudade. Nunca nos achamos preparados para enfrentar a perda de alguém, pois de certo modo nos iludimos com a falsa realidade de que podemos ser eternos. Pensar na morte causa angústia e medo, pois o apego atrelado ao desejo de viver é muito forte. Ninguém quer partir, mas fatalmente partirá... Somos efêmeros passageiros de um planeta, com passagem de volta já devidamente confirmada, porém sem data marcada. E a partir desta constatação, devemos nos permitir viver e amar intensamente tudo aquilo que nos for ofertado, pois como numa grande e linda viagem, em determinado momento, nos despedimos desta vida e partimos para além daqui. A partida é nossa maior certeza.
Por isso, não tenha medo da partida, tenha medo de não viver enquanto não partir.
Campanha
para tocar no peito
Não precisa ter vergonha
E nem ficar sem jeito
Anote aí
no caderninho
Marque uma consulta
Corra!
Que ainda dá tempo!
Vamos colorir
Outubro de rosa
Para lembrar da importância
Que um simples toque
Pode salvar a vida da mulher
Na dúvida
Procure um especialista
Faça parte da Campanha
Contra o Câncer de Mama.
Professor
Professor
É um eterno construtor
Não de prédio, nem de tecnologias...
Mas, de almas que sabem
O valor de um sorriso.
O professor liberta as mentes e corações
Aprisionados pela ignorância.
Professor...
É fonte.
É caminho.
É espelho...
É rio.
Que escava seu caminho pelas pedras...
Que luta pelo saber.
E como barco te conduz ao mar do conhecimento!
Professor...
É seta no horizonte.
É vocação.
Abnegação.
Só sabe o valor
Do professor
Quem passou
Pelo bando de escola...
E encontrou um amigo
Um companheiro...
Viu nele Inspiração.
O GRITO
Não, sinto muito, mas não posso mais
O pranto me sufoca a garganta, tusso convulsivamente
Me rouba o sono, me tira a paz, me torna incapaz
Preciso gritar no poema que cala
esbravejar na poesia, essa utopia sem eira nem beira
assim mesmo...
Sem métrica, sem rima, sem metáforas ou alegorias
Qualquer coisa aqui dentro precisa de desvencilhar,
bater asas pelo céu escuro da madrugada,
desencarnar o verbo, livrar o corvo
dessas grades de prata!
Meus olhos estão cansados
Já não comportam mais as torrentes lamaçais
Crispo os dentes em desespero e rancor
Nem sei se vivo ou morro
( E eu tenho escolha?)
O diabo me ronda a alma...
A navalha ao meu alcance,
um lance
Um lance apenas
e jamais...
...Nunca mais debilidade
Basta um pequeno corte na radial
Sangria intermitente
Fim, eminente.
Eternamente...
E na insanidade
Nesta dubiedade colossal vou seguindo
Escrevendo estas linhas dementes
Que talvez ninguém chegue à ler!
Mas não faz diferença
Vou esbravejar aos quatro ventos minha dor
meu lamento cheio de apatia,
" nisso" o que chamo de
poesia.
De que outra forma perdurar a vivência,
já que sou covarde por demais para estanca-la,
e não tenho como, ou para onde fugir...!
CHAVE MINHA
Minha chave, em minha mão
não cabe...
Mas a porta minha, ela abre
... Trincando e projetando,
os sonhos meus.
É um século cheio de informações, mas todos escrevem histórias que não podem contar. Sou avesso, poeta, minhas palavras são feitas para voar.
________
Novo mundo
Ela é
Ela é linda é magnífica
Bela imponente, atraente e sedutora
Ela não é a exclamação, ela não é a interrogação e nem as reticências,
Ela, é o ponto final,
É o letreiro do filme que sobe,
É a mão que solta o aperto,
É o fim da dor, é o fim do desprezo,
Ela é o assunto que apaga o sorriso escrito a lápis,
É a batida que tine ao soar do gongo,
É o tênis largado sem pé,
A caneta sem ter quem a faça bailar,
Ela é,
Não foi e nem será,
Ela é o uivo do cão sem dono,
O fim das mãos nas costas de quem não cabe no berço da honestidade,
Ela é linda, ela é a atrocidade,
Ela é a mãe é o pai da chamada saudade,
Ela é
Clayton Milanez
NÃO CHORE POR MIM
Não chore por que morri!
Pois não poderei te ouvir
Nem tão pouco te conforta
Não chore porque já morto
Não poderei lhe abraçar
Nem nunca mais te dar conforto
Nem você me visualizar.
Fique também sabendo
Que perdera seu tempo
Se comigo vim sonhar.
Não chore porque teu choro
Não vai mais me comover
Não poderei ter dor, nem dó.
Nem sentir pena de você.
Não chore porque já morto
Não terei mais sentimento
Não posso enxugar tua lágrima
Nem ser mais o teu alento.
Não chore, pois em teu choro.
Não poderei te acompanhar
Também não sentirei mais pena
Nem nunca mais poderei Chorar.
Não chore nem tenha dó
De quem morreu te lembrando
Passe o tempo que passar
Saiba que morri te amando.
Não chore, pois nem toda lágrima.
Fará um dia eu voltar
Me, tenha apenas em lembranças.
E me guarde em teu sonhar.
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