Poemas Vazio
esse vazio que rasga minha carne
abriu em meu peito um buraco
como num animal
na altura em que me abraça com as pernas
não dói até pensar na dor
fecho os meus olhos e você ainda está lá
mesmo que tenha partido
vejo tudo que um dia representou
ou quando eu acordava com você me olhando
era tudo menos amor
e quando eu procurava teu olhar
me perguntava se um dia esteve ali e para onde foi
As pedras não são problema
Para aleijados
O vazio não é problema
Para cegos
A vida não é problema
Para mortos
Ai de quem ainda vive
E anda com olhos abertos!
Se então todo caminho é morto
Pedregoso e vazio
Como corações, mentes
Reações, gestos
Memórias, gemidos
Convulsões e verbos
Correndo, só sinto pedras
(caminho entre as coisas
como quem pisa no coração)
Olhando, não queria mais ver
(perdido como quem abre os olhos
e vê somente a escuridão)
Vivendo no lixo do presente
(e no sonho de viver
nunca – nunca mais)
Só tenho lembranças falsas
Uma presença fria
O coração teórico
E um olhar míope
Nunca quis saber como um algo
Neste caminho imaginado
Preso no sonho de viver
Pôde marcar a fundo
Minha sóbria tristeza
Cujo sonho era não ser
A isso nunca quis dar nome
Aleijados chamam de utopia
Cegos chamam de amor
E os mortos... estes não chamam mais
No início a solidão sempre reinou com poder e soberania sobre o vazio
A solidão buscava se preencher no gume de sua própria existência.
No ponto mais alto do vazio a esperança explodiu com beleza e armonia, gerando danças celestiais entre cosmos e estrelas.
A solidão sumiu renascendo com esperança.
Vazio de amor
Vazio de afeto
Vazio de carinho
Vazio de respeito
Vazio de recíproca
Vazio de alegrias
Vazio de paz
Vazio de compaixão
Vazio de esperança
Vazio de fé
Vazio de Deus
Vazio de vida
A pessoa joga tanto com outros que se torna vítima de suas atitudes, o grande caçador torna-se refém.
Refém do medo
Refém dos seus pensamentos
Refém de suas escolhas
Vida vazia
Vida sem graça
Vida sem vida
Vida em desgraça
Vida que passa
O relógio não para.
Poesia de Islene Souza
O que resta é só dor, sem nenhuma rima
A lma perdida em labirintos sombrios,
U m vazio que consome, sufoca e domina.
T revas invadem, dissipando meus sonhos,
O que resta é só dor, sem nenhuma rima.
E cos de tristeza ecoam no coração,
S ombras dançam, roubando a razão.
T ento achar uma luz, uma saída,
I nútil é a busca, nada alivia.
M inha existência é um grito sem voz,
A cordo cada dia, mas sinto-me só.
O futuro é incerto o quanto necessário.
O futuro e o vazio estão num lugar comum.
Muito do que você não pode saber.
Tudo que você pode encontrar.
O futuro é qualquer direção.
Um fim para onde você for.
Ao menos sem evitar a realidade de agora,
porque o tempo é a velha utopia da razão.
Carlos Alberto Blanc
É difícil escrever sobre o vazio, afinal, não tem muita coisa lá.
Um vão no peito ou na mente? Não acho que seja físico, eu o sinto de outro jeito.
Talvez eu devesse escrever sobre outra coisa, ou talvez eu nem devesse escrever.
“Talvez” Gosto da palavra, a certeza da incerteza.
Ela vem acompanhada com um encosto, solidão emaranhada entre suas 6 letras. Desta não sou muito fã, eu me deparo com ela toda manhã.
Ela afunda meus pensamentos em um mar agitado, me fazer cair no esquecimento, esquecido até pelo tempo.
Vi o sol nascer tantas vezes que me acostumei,
meus olhos só se fecham às seis.
Mas enquanto as estrelas brilham no céu, eu penso no efêmero, um som alto que ecoa no vazio. Quando tudo ficou tão sombrio?
O Vazio
O que é isso?
O que estou sentindo?
Não há nada,
Mas há algo...
Não sei o que é.
Esse vazio me preenche,
Está em mim,
É de mim...
Mas...
Por que esse vazio?
Por que isso?
Não entendo
O vazio que está dentro de mim.
Doi ver alguém amado se afastar, sentir aos poucos o vazio preencher o lugar. Não sei oq te faz ficar longe de mim, será um novo amor? Ou uma desilusão? Só sei que me magoa, ver você cada dia mais se afastar, parecia que só precisava de espaço e eu te dei, mas agora a dias não me procura mais, parece evitar estar até deitado ao meu lado, parece se incomodar com minha presença.
Penso se é melhor passar mais tempo a trabalhar, assim você pode estar mais tempo em nosso lar. Mas queria seu acalento, seu perfume e seu amor, queria que viesse a procura de conforto em meus braços, disseste que passaria tempo comigo, mas a cada dia esse tempo não chega.
Me perdoe se fiz algo que o machucou, gostaria que me contasse, gostaria de eu conseguir me expressar para você, mas ao olhar seus olhos tenho medo de te perder, as palavras não vem em minha mente, só o desespero de pensar em não te ter.
Não sei se devia escrever essas palavras, não sei oq fazer. Eu te amo mais que tudo, eu preciso de você
O vazio
Nascemos e vivemos sem um objetivo estabelecido apenas com uma teórica, estudar, crescer e trabalhar de forma medíocre para alcançar um objetivo que por muitas vezes nem queremos, nós decepcionamos, se estressamos, fracassamos e percebemos tarde de mais
Se afogando em um grande mar escuro, sob um vicio repulsivo de consumismo desesperado, um grande vazio no meio, falhas e sentimentos armazenados em uma caixinha velha, um cofre de moedas para uma cartada final no fim de mês.
Oh, grande mundo tu disseste que eu sou livre, mas cadê minha liberdade?
Oh, grande mundo tu disseste que eu conquistaria tudo, mas nada tenho.
Oh, grande mundo tu tanto falas deste amor mas eu só vejo ódio, tu tanto falas desta liberdade mas eu só vejo correntes, tu tanto falas da beleza mas só vejo algo repulsivo.
Tu tanto choraminga mas tão pouco faz, viciado em tua própria melancólica logo não ira sair mais, soluções simples mas pessoas complexas.
Espero que, quando o teu olhar se perder no vazio,
Busque em vão o brilho que eu te oferecia,
E que a tua alma, sedenta por afeto,
Se lembre da água que eu te dei, e que agora te falta.
Viver em solidão é amargo e frio,
Chorar em público é forçar um vazio.
Amar, às vezes, fere, pois o amor corta,
E as vozes ecoam mais fortes atrás da porta.
Nas mansões da mente, pensamentos se criam,
Gerando lembranças que martirizam momentos.
Fogo incessante queima florestas sem parar,
E sem chuvas, rios e peixes deixam de respirar.
Assim é o coração, sem amor e compaixão,
O amor gera vida, a compaixão as sustentará.
Para deixar um legado, é preciso viver e lutar,
Criar memórias que nem o tempo poderá apagar.
Se quer escrever, escreva sobre o vazio.
Escreva sobre não sentir nada.
Como as coisas mudaram,
mudaram você e seu mundo.
Escreva sobre o calor não ser mais quente como antes,
sobre a cama ficando mais dura
e o travesseiro mais pesado.
Como as noites são mais longas agora.
E como o silêncio se tornou música
Escreva como as coisas pararam de ser tão simples.
De como ir em algum lugar ou fazer alguma coisa
se tornou tão cansativo
Sobre como a comida ficou sem sal
E o ritmo daquela música começou a te incomodar
Sobre as lágrimas ficarem mais raras.
Escreva sobre aquela antiga perda que ainda te rasga o peito.
Escreve sobre a aquela velha história que ainda te faz chorar.
Sobre aquele amor que não era tão amor assim.
Escreva sobre o que vier e sobre o que não vier,
mas não se esqueça de escrever sobre o que ainda te mantem aqui.
Sobre o que te faz escrever.
"Caminho entre o vazio e o tudo, buscando um reflexo do ser. O enlevo da vida não está no destino, mas no fluir do agora. Cada passo é uma dança, cada respiração, um verso. Sinto, então existo, em uma sinfonia de momentos."
(@marcellodesouza_oficial)
Ensinar ao surdo é como soprar no vento,
Palavras se perdem em um espaço vazio.
Na mente que não escuta, não há entendimento,
E o esforço se desintegra em um silêncio frio.
"Sim" ao insensato é um eco sem retorno,
Onde a ignorância se ergue, altiva e sem paz.
O saber se perde no cansaço eterno,
E o fardo se torna um peso que o tempo não desfaz.
O diálogo se torna um grito no abismo,
A paciência se esgota onde não há um sim.
A luz se apaga no obstinado desatino,
E o saber se dissolve na luta sem fim.
Seu Brilho, Meu Encantamento
Nesses dias calmos e vazio é quando aumenta o desejo de amar-te,
Logo vêm-me as lembranças dos poucos dias que estive a te beijar
Nas suas costas, no seu pescoço, no seu rosto, na sua barriga
No teu sorriso, e seu jeito com as suas provocações que me invadiram a minha vida.
Se todos os dias fossem como esses dias, eu não teria futuro,
Pois não desejaria mais nada além destes sentimentos que conjecturo,
Devido aos seus carinhos, do seu amor e sua força de mulher,
Divirto-me imaginando coisas para quando um dia puder.
Solitariamente preparo meu café e sento-me à mesa,
Porém vejo você mesmo ausente conversando comigo emitindo sua beleza,
Não existe comercial de margarina que transmita essa leveza,
Para os dias que sonho que sua alma encontre de novo a minha, ressoando pureza.
Com as suas suaves mãos em meu corpo, suas doces palavras em minha mente,
O suor do calor da sua dança e seu ardente desejo frequente
Não me fazem ver o meu futuro sem você nele presente.
Tenho medo do abandono,
da sombra fria que se avizinha,
do vazio que preenche as lacunas
onde antes habitava o afeto.
Tenho medo do silêncio que ecoa,
nas paredes do peito, tão só,
onde outrora as vozes dançavam,
agora apenas o eco de um nó.
Tenho medo de ser esquecido,
como um livro fechado na estante,
as páginas amarelas de histórias,
que ninguém mais se lembra ou sente.
Mas também tenho a esperança,
de que no fundo desse temor,
encontro forças para aceitar,
que o abandono não apaga o amor.
E assim, entre o medo e a coragem,
vou costurando as feridas do ser,
pois mesmo que o medo me assombre,
aprendo a viver, a crescer.
Talvez sejamos o inferno de outros mundos. O inframundo está vazio, e seus habitantes estão vivendo entre nós agora. O diabo são os outros, com seus demônios interiores, demonizando os que pensam de maneira diferente neste mundo. Eles criaram ecossistemas artificiais, chamados de cidades, onde deveriam viver em civilidade, mas, em vez disso, traem, roubam e matam por dinheiro.
Dor
Por que não aceitas a tua dor como direito,
Tentando fugir do vazio da existência
Se a saudade é sempre a futura experiência,
Que vem chegando te doendo no peito?
Por que queres procrastinar o conceito
da tua solidão, se somente há emergência
nua à tua involuntária insurgência
Crua, que só a Morte vencerá no teu leito?
Despojado ao medo da grande lista
De ritos mitológicos à tua essência,
Apela-te à egéria simbologia mista...
Ser humano da moralidade individualista!
Procuras apenas esconder a iminência
Dor da tua depressiva solidão moralista!
