Poemas Sonho Saudade
☞ Um Haikai Tanka☜
☞ Me Encanta ☜
sonho com você,
recitas para mim, amor,
poema na voz.
sua fala me envolve,
grande amor que acalma.
.
so.nho com vo.cê,
re.ci.tas pa.ra mim, a.mor,
po.e.ma na voz .
su.a fa.la me en.vol.ve,
gran.de a.mor que a.cal.ma.
Tereza Lima
Bom dia!
Destino estranho destino! No hoje um corpo só a passar, no ontem um sonho louco, madrugadas a me amar, no amanhã para mim, o que será que tu serás?...
(Zildo De Oliveira Barros)
Pode o coração amar
Duas mulheres que não pode se encontrar?
Pode o coração realizar
O sonho com uma
Que deseja ter com a outra?
Coração você é algo tão pequeno!
Mas você sabe que sem você não sobrevivemos
Mas se eu podesse te arrancava dai de dentro
Em vez de você me fazer bem, mal tas me fazendo
Me deixando divido por dentro
E as duas contínuo querendo.
Fim
E do nada tudo acabou
Como se fosse um sonho
Ouvi o canto de um demônio
Que dizia não vá por este caminho
Ouvi o canto de um anjo
Que dizia não vá por este caminho
No fim o fim era um sonho
Arthur Silva
Redenção
Nas sombras do tempo, um eco perdido,
caminho entre ruínas de um sonho esquecido.
Os sinos ressoam em prantos de aço,
chorando o destino selado no espaço.
O vento murmura segredos da dor,
cortando as correntes do antigo temor.
Minha alma, em silêncio, ferida e vazia,
busca um altar sob a luz sombria.
Oh, luz oculta no véu da escuridão,
conduz-me ao brilho da redenção.
Liberta-me das cinzas do abismo,
salva-me na aurora de um novo amanhecer.
Que o fogo eterno purifique o meu ser.
Sob luas pálidas, dançam os espectros,
no véu dos mortos, ressurge o eleito.
Quebram-se as correntes, o sangue é vertido,
a fênix desperta do fogo esquecido.
Erguem-se torres de luz sobre as trevas,
cai o império de sombras eternas.
Um hino ressoa, um véu se desfaz,
e a noite se curva à glória da paz.
Redenção... redenção...
Acordar, te ver preparar um mate,
ver o teu sorriso, te abraçar...
Sonho e peço a Deus, para esse dia chegar.
Sonho
És tu que estremas de ouro
o crepúsculo da manhã.
E cobres de estrelas
O infinito azul da existência humana.
O Meu Mundo é o Sonho.
A minha alegria é a imaginação.
E a eternidade um lar de Amor
em mim como recordação.
Vivendo um sonho
Uma casa, o campo, você e a 20 km a imensidão do mar,
Agora é só acompanhar o Sol e a Lua subir e descer no horizonte.
Por você
Melhor seria com você.
Acordo pensando, sonho tentando, me aproximo ouvindo teus áudios e vendo tuas fotos no celular.
O medo subtrai a paz, a falta do teu cheiro e das tuas mãos suaves alimentam a saudade.
Tentar é evoluir, desistir é não existir.
De gole em gole eu idealizo você na minha frente e tão sorridente. Aceito a nossa distância como um até logo, acredito na magia dos dias ruins acabando para uma nova colheita de dias bons voltar a acontecer.
Sonho de almas
Vela acesa, papel e lápis na mesa, o show vai começar.
Preso na gaiola que eu mesmo construí, vejo os meus sentimentos queimarem intensamente sem deixar cinzas,
O teu cheiro está no ar e ele me cobre, as tuas lembranças me sugam, a lei da atração por ti me oprime, me consome.
Palavras em vão, a maldade do silêncio, as respostas do destino em línguas estranhas e o sincero "não" para achar a chave da gaiola, foram os sintomas que revelaram porque eu estava morrendo aos poucos.
E lá vêm o mundo dos sonhos com seu poder de dominar o pensar mostrando que é no imaginário aonde ela mora e aonde seremos felizes.
Uma sombra passou correndo do meu lado e insistiu em caminhar as pressas até desaparecer em forma de pó sendo levado pelos ventos da escuridão.
Estranhamente uma música ao som do vinil começa a tocar, a porta da gaiola é aberta misteriosamente, uma estrada longa e bem arborizada se apresenta a minha frente, firmeza nos passos, emoção no olhar, o tempo parado,
campos de algodão doce em volta, sorvetes de girassóis nascendo das árvores e lá no alto o sol sorrindo pra mim em meio a chuva de pétalas de rosas,
a lua com todo seu poder de sedução se inclinou para o mar pedindo para suas ondas revoltas se acalmarem abrindo assim passagem para a rainha desse sonho profundo se aproximar do seu tão amado amante de vidas atrás,
em poucos olhares novas juras de amor infinito, em poucas lágrimas um rio de emoções guardado e apenas com um toque de mãos tudo foi revelado para as duas almas que jamais quiseram se separar.
'NÃO DESISTA... '
Sonho esparramado no amanhecer.
Na alma,
caminhos sem rumos.
Rotatividade devorando o pôr-do-sol.
E uma insônia impregnada no peito...
Olhos fechados,
sonolentos à procura de grãos de areias.
Estrelas são diariamente ofuscadas.
Salobro o café da manhã não vê sentimentos.
Tudo vai se distanciando...
Não desista dos distantes corpos celestes.
Tampouco dos sonhos que há de se conquistar.
Trilhe os caminhos de ausências,
e sinta-se forte o bastante para transformar vidas.
Cultive o amor próprio já esquecido...
Seja sedento por transformar sua jornada cervical em pulsos eletrizantes.
Junte os sonhos jogado nas calçadas.
Não desista de transformá-los um a um.
Deixando o coração aberto às descobertas
E um peito suspirando vida...
Poema do amor impossível
Quisera fosses sonho, pra sonhar-te
Literalmente doce, devorar-te
Se fosses um poema, declamar-te
Talvez fosses problema, resolver-te
Quisera fosses morte, pra morrer-te
Se feita pro consumo, consumir-te
E se eu te visse triste, divertir-te
Mas eu existo apenas pra querer-te
Quisera fosses fumo, incinerar-te
E se você sumisse, procurar-te
Quem sabe então; eu nunca te encontrasse
E Deus me desse a sorte de esquecer-te
Um pássaro tristonho
Muito estranho e muito feio
No meio de uma noite
Apareceu num sonho meu
Mas o noite não parou
Pra que eu pudesse compreender
A vida amanhece
E cada um tem seus próprios sonhos
Cada vida traz em si mesma
Pássaros tristes
Pois eles existem
Espalhado pelo caminho
Mas nada mudam
Quando a gente não se entrega
A permitir que um deles
Venha a fazer seu ninho
Aqui no coração da gente
A estrada segue adiante, empoeirada
O pó de uma estrada
É o mesmo pó de todas as estradas
Interligadas
Entradas, saídas, partidas e chegadas
Pássaros tristes
Sonhos e encruzilhadas
A clara luz da tarde iluminando a vida
A vida também não pára
Nem o mundo esperou
Eu chorar minhas tristezas
Espalhadas pelo caminho
No galho seco, um pássaro triste
Que não canta, nem se alegra
Segue as regras que criou
Mas só vem fazer ninho
Quando a gente o convida
Então, alguém de passagem
Verá seu coração pelo caminho
Um galho seco, outra pousada triste
Mas ... se estiver só de passagem
Não vai te esperar também.
Edson Ricardo Paiva
Um sono suave
Pode ser até
Que algum sonho tenha havido
Mas aquela doce vida
Era tão boa
Que a gente nem pensava
Em perder tempo à toa, sonhando
Lá em casa
A gente até quase ria, de vez em quando
Uma voz mais grave
Invariavelmente
Nenhum de nós tinha feito nada
Nas asas do tempo
Um avião de papel ... um brinquedo
Uma luz acesa lá fora
Pode ser que fosse a Lua
Eu não sei quem foi que guardou
As chaves do lugar
Onde se põe para sempre
A lembrança sem par
Do som dos teus passos no portão
Que hora bonita tinha o dia
Silhueta distante
Um vulto no final daquela rua
Uma festa calada
Era muda a alegria, mas era
Essa vida que voa nas asas do tempo
Quando menos se espera
O suave, a voz grave, a alegria
os teus passos.
Até mesmo a própria Lua, tão brilhante
Ainda brilha
Porém hoje brilha menos
Brilha bem menos
Que no tempo bonito e distante
Ninguém sequer o desenhou
Mas tudo isso vai pra sempre estar escrito
Aqui e ali
Nos pedaços mais simples
da vida da gente
Eternamente
Nos espaços vazios do telhado
Que chovia
No traço da luz da Lua
Que fugia do Céu
E invadia o quarto na escuridão
Na ilusão das asas
de um pequeno avião de papel.
Edson Ricardo Paiva.
Outro dia, em sonho, entrei na mata
E à beira de uma cascata eu vi sentado
Sem qualquer possibilidade de fuga
Não sei se era tartaruga
Não sei se era Jabuti
Não sei se era Cágado
A única certeza que eu tenho
É que foi numa tarde de sábado
Num galho pertinho dele
Me olhava manso, o Sabiá
Não me canso de lembrar
Que cansado que eu estava
Disse quase resfolegando
Fica tranqüilo meu amigo
Em minha presença não há perigo
Hoje ando quase tão lento
Quanto a Preguiça e quanto a ti
Minha passagem por aqui
é coisa que invento
Pra espantar a solidão
Nem trago no coração
A antiga maldade de outrora
E somente o que peço agora
É um pouco de companhia
E então o bicho respondeu
Pois eu há muito espero este dia
Pois já te vi correr como o vento
E percebi
quando começaste a ficar lento
No meu íntimo,
também conheço os teus intentos
Apesar da aparência de bicho
Sou alguém que há muito conhece
e nunca andei depressa
Apesar das tuas preces:
Meu nome é tempo
Aquele, que mesmo quando você me esquece
Te encontra nas ruas
e ainda te reconhece
Quando do tempo eu tentei fugir
O Pássaro encantado
Que até então, se encontrava calado
Olhou pra mim como que rí
e simplesmente falou:
Bem-te-ví
Quando eu era jovem
Prometi que um dia eu ia
Realizar um sonho que eu tinha
E buscar a Lua pra ela
A Lua seria dela
E ela seria minha
De mão dadas nós iríamos
caminhar até aquela linha
Onde o Sol encosta na Terra
Hoje
Eu olho pro Céu e não vejo mais
As mesmas coisas que eu via
Agora as nuvens são verticais
Os olhos dela também
Não exibem aquele brilho
Que pareciam dizer
"Se eu estiver com você
então, tá tudo bem, meu filho"
Olho pro espelho e percebo
Que não foram apenas o Céu
E o brilho nos olhos dela que mudaram
Meus traços também se alteraram
e muito
Porém aquele espaço
Que eu tenho no coração
pra guardar um amor
E a vontade de dar um abraço
toda vez que eu a vejo
São ainda muito grandes
E muito
Muda a maneira de vêr e olhar
Hoje
Até mesmo as ondas do Mar
Parecem quebrar diferente
Mas tem coisas
Que por mais que o tempo passe
Não passam
Portanto
Basta querer que eu te abrace
Que meus braços, felizes
te abraçam
Eu sonho em um dia
Ser e poder ser quem eu sou
E não apenas este
Que o Mundo me obriga a ser
Por menos que eu queira
Me obrigam a interpretar
e não me permitem viver
Eu tenho hora pra sorrir
e não posso conversar com qualquer um
Eu tenho hora pra dormir
Eu tenho hora pra falar
Eu não posso
Não me permitem amar a quem me odeia
E eu sou obrigado a amar
Quem me despreza
Eu tenho hora pra passar fome
Mesmo que eu nunca reclame da comida
Eu sou obrigado a viver esta vida
todo dia
Eu tenho que vestir o que eles mandam
Eu tenho que gostar do que eles gostam
Eu tenho que sonhar o que eles querem
Se eu gostar
Preciso gostar em segredo
Não posso apontar nenhum dedo
e dizer
Que era esta que eu queria
E não há nada que eu possa fazer
Além de sonhar escondido
Com um dia, que eu sei
Não vai haver.
Existe alguma coisa
da qual ninguém se recorda
É como um sonho
Que rapidamente se dissipa
Assim que a gente acorda
E isso permanece latente
Independente do que a gente viva
E enquanto a gente vai vivendo
Coloca tantos outros interesses
Acima daquilo que interessa realmente
Principalmente a pressa
Que não nos permite
Enxergar os raios coloridos
Que a Terra também emite
Todo dia, quando o Sol se põe
O quão bonito que é
Olhar os pássaros a se recolher
Eles pousam em algum lugar
Sempre em bando
E um deles fica distante
Piando de vez em quando
Procurando algum recalcitrante
Que ainda não veio
Eu gosto de olhar as folhas que caem
e a maneira que se comportam
Cumprindo a sua missão
encerrando seu ciclo, humildemente
às vezes, elas tem ao seu lado as pedras
E está tudo interligado
Intrinsecamente unido
de modo que a única coisa que falta
é aquilo que eu disse
que a gente não recorda
Se a gente descobrisse isso
Talvez a gente se integrasse a esse todo
E deixasse de ser somente
Um Ser à parte
Perdido e esquecido
Tenho a impressão de que somos
Em meio à criação
O pássaro que não veio
E tudo isso está esperando por nós
Pra não nos deixarem sós
Eu tive um sonho pequeno
Era plena a alegria
Era noite de verão naquele dia
Eu sonhei que uma doce Lua
Brilhava no Céu, tão bela
Igual que se estrela fosse
Mas sonhei que era noite de inverno
E que tinha sopa de ervilha
Um prato de pão torrado
E uma estante cor de palha
Sonhei com a simplicidade
Não sei quanto tempo levou
Mas o instante levou
O tempo que a vida leva
Pois eu sei que a memória falha
Mas não sei se essa vida é verdade
Eu só sei que sonhar não é escolha
É como um vento, que varre as folhas
Então, só sonhei
Que eu estava sentado à mesa
E que tinha fogueira acesa
E também um amor ao meu lado
Eu tive um sonho bonito
Eu tive um poema escrito
E eu tocava um violão
Cantando pra Lua, tão bela
Mas não sei que Lua era aquela
Nem o nome do anjo que a trouxe
Mas, brilhava no Céu, tão doce
Igual que se estrela fosse!
Edson Ricardo Paiva.
