Poemas sobre o Mar

Cerca de 10404 poemas sobre o Mar

⁠vontade de deitar na rede
derramar-me sobre o céu
enquanto contemplo o mar...

Inserida por noi_soul

⁠LETRAS POR ESCREVER
Serão escritas um dia, da serra
Rumo ao mar
Outras letras minhas
Sereninhas,
Inocentinhas
Que enviarei desta terra
Ao vento do meu gritar
Para poisarem no telhado
Da casa da escuridão
Em que escrevo versos
Controversos
Sem me deixarem comer
Desta fome de paixão!
Que ilusão
Que bendito chão
Da pocilga em que nasci...
Pelo menos aí
E ai,
Eu era carne de minha mãe,
Que Deus tem,
Sangue dela
E a dor sentida
Repartida
A acender a primeira luz da vida
Na vela
Pelas mãos nervosas de meu pai.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠ALMA PERDIDA

Caiu-me a alma.
Não sei se dentro de um rio,
Ou na turbulência do mar.
Talvez na montanha
Tamanha de frio,
No calor do estio,
Quente de enregelar.
Será que ela fugiu de mim
E se esconde na cidade imensa
À espera da recompensa,
Numa espécie de arlequim
De rir pelas ruas
Sujas e nuas.
O que é que minha alma pensa?
Fartei-me dela, tão tensa
E cada vez mais pretensa
Gozando comigo sem par,
Que não perco mais um minuto
Em absoluto,
Para a encontrar!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 23-09-2022)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠P A R E I

Precisava do ar das serras.
De tantas terras.
Faltava-me o iodo do mar.

Nem um ou outro eu pude aspirar,
Porque me prenderam no mesmo lugar.
Diz-me, então, porque paraste

Porque de ser tu, deixaste?
- Sei lá!...
Só sei
Que quando parei,
A minha vida ganhou outra luz
Como candeia que reluz
No quarto da solidão
E transforma a minha cruz
Num madeiro de expiação.

Afinal,
Até ao juízo final...

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 11-10-2022)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠A V I D E Z

Tanto ávido à espera
Da esfera
Por armilar,
Para se poder guiar
No mar da ganância
E jactância
Onde se vai afundar.

São como cegos
Coxos e moucos,
Para alimentar os egos
Neste inferno de loucos.

Calcam e recalcam
O pai, a mãe
E todo o alguém
Que assaltam
Em nome da avidez,
Da sofreguidão
Que alguma vez
Os há de fazer penar
E findar,
Então!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-11-2022)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠AMOR FUGIDIO

Luz que vieste do oculto
Luz que cega sem brilhar,
Que convida a mar de amar
Maré negra de outro vulto.

Por que andaste no ofusco
Do meu sol de companhia,
Quando eu somente te pedia,
Essa coisa do amor que busco.

Fugiste. Eu vi, eu sei,
Porque por ela me dei,
Na noite longa que dormia.

Um sono de olhos abertos,
Como que a fixar a luz,
A tua, dos olhos incertos.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 06-01-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠MAR LONGE DE TÃO PERTO

Um dia destes vou morrer, ó mar...
Sem te poder sequer avisar
Ou mandar um recado pelo ar
Pela terra e não por mar,
Que mar já és tu tão distante
Deste meu penado cante,
Poema ao longe sem te abraçar.

O que me fizeram, ó mar!?...
Agora que não tenho força de andar
Para sentir-te num solfejo
E amar a areia que amas num beijo.

Manda uma concha da tua água até mim,
Que mate a sede dos meus pés
E abrande a minha mágoa sem fim.

Que a tua água salgada
Seja cura abençoada
Das chagas deste meu ser
Um pouco antes de eu morrer
Na cama deste poema,
Dilema sempre de mim.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 05-02-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠ESPINHO-MAR PÃO E
ÀS VEZES MAR CÃO

Como eu te amo, Espinho
Flor do mar
A brotar
Num lençol de verde linho
Nesta minha inquietude
Cravada na solicitude
Daquele botar
Do barco ao mar
A querer buscar
Algum peixe graúdo
Que os deuses
Por vezes,
Só te dão
Em ração
De pão
Miúdo.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 13-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

ROSA RECALCADA

⁠Rosa formosa dos seios grandes
Com cheiros de mar nas axilas
Trazias em ti almoços de sandes
E no coração memórias de pilas.

Nas tuas pernas feitas almofadas
De sal ao sol já tão crestadas
Alapavam outras de estofadas
Peles e espumas contaminadas.

Rosa enjeitada rameira sem nada
Objeto abjeto corpo de diversão
Em que tornaram o teu destino coitada
Mulher viva e tão morta de ilusão.

E um dia na campa ao lerem o teu jazer
Hão de estar sem arrependimento
Todos os que exploraram o sofrer
Do teu corpo de fora para o de dentro.

(Carlos De Castro, In Há Um Livro Por Escrever, em 18-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

MEU MAR MINHA LINHA

⁠Era eu um pequenito
Naquela praia grande
De areal imenso
Do então Espinho extenso.

Eu ficava sozinho
Sentado numa pedra
Mais ao longe
Como que a comandar
A proa do meu barco
Rumo àquela linha do horizonte
Que eu via sempre direitinha
Com aqueles barcos grandes
De cargas de pão, de ouro
E especiarias, nos porões
Das fantasias.

Se calhar alguns petroleiros
Assaltados pelos piratas
Da minha verde imaginação
Que passavam com pachorra,
Na linha, do mar quente de verão.

E eu então imaginava:
Para além daquela linha, ficava
A Beira de Moçambique,
Era aí que o meu pai morava.

Não muito longe, eu via numa tela:
A Caracas do meu tio Vitorino,
Emigrado em Venezuela.

Depois, de barriga vazia
Voltava à areia da praia,
Morna da sorna da tarde
Que se ia com os barcos
E convidava ao sono.

Então, eu cobria-me com o meu manto
De areia
E, entretanto,
Adormecia...

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 30-05-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠PROGENITURA QUIÇÁ

Pai, é barco
É vela,
É uma caravela no mar
Manso
Ou bravo,
Lutando contra a maré
E disputando com a ralé.

É aquela flor chamada cravo
Que nunca renega a fé
Quando o barco ameaça partir-se
Nas ondas revoltas,
Tortas,
Da vida.

Então aí, a mãe ao sentir-se,
Toma conta do leme
E não treme
Nunca no torto
Até o barco amainar,
Serenar,
Em bom porto,
Ainda que isso lhe vá custar
Em contrapartida,
Alguns anos a menos da sua própria vida.

(Carlos De Castro, em Há Um Livro Por Escrever, em 15-07-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

NA NOITE

⁠Era noite escura,
Tudo invitava ao descanso,
Até o rugido do mar era manso,
Convidando ao remanso.

Nisto, o chiar de pneus no asfalto,
Como um grito alto
Na noite serena e pura
Toda silêncio de negrura.

Gritos e bebedeiras loucas na noite.
Músicas tolas debitadas às paletes,
Que mais pareciam um açoite
Nos ouvidos, como foguetes
Estourando nas retretes.

Era uma discoteca na estrada,
Urros de animais grotescos,
No rebentar de fluidos
Dos possuídos
De duas patas quixotescos.

E a noite ia avançando
A chorar pelo seu descanso,
Já em maré de balanço.

Lembrou-se então,
Com emoção,
Dos tempos
De outros tempos,
Que era a dona do serão.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 31-10-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠MELANCOLIA

Cai a tarde lenta em brasa,
Num céu de mar ondulante,
Enquanto este vai e vaza,
Meu coração está distante
Pensando em ti, ó sereia
Que vi uma vez ao luar,
Em noite de lua cheia
Nas águas de prata, a rolar.

Que saudades sobre o mar
Meu coração lá deixou;
Tristezas de fazer chorar...

Enquanto eu não encontrar
Esse amor que lá ficou,
Farei na areia um altar...

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Triste Por Escrever, em 08-03-2025)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Havia um homem em um pequeno barco em alto-mar
O sol estava forte e a tempos o homem não havia comido nada estava sedento suas roupas envelhecidas e sujas
Olhou para o céu e gritou mas já fraco
Destino me dê uma chance!!!!
Olhou envolta e nada além do seu próprio eco ecoando
Aquele homem casado exausto com fome assistia os peixes no mar e dizia sussurrando para os peixe
""Vem vem sobe pra que eu os pegue com minhas próprias mãos"""
Ele Sentado começou a olhar o barco como se procurasse uma solução
Enfiou a mão no bolso encontro algumas moedas e um anzol
Ele imediatamente pensou
O que farei com um anzol?!
E coçou a cabeça foi ai que se deu conta que seu gorro era de croché
E começou a desfazer os pontos
E pensou
"Agora tenho anzol e linha
Só falta isca sentado ali olhando em volta percebeu que o velho barco coberto por várias camadas de tinta já desgastadas e se soltando ele começou a arrancar as camadas juntou alguns pedaços de tinta e colocou no anzol
E lançou no mar atento e o tempo passava ele fraco a tarde chegando derrepente o homem sentiu uma fisgada e puxou a linha e lá estava um peixe não grande mas não era pequeno era do tamanho da sua fome
Ao devorar o peixe o homem dormiu e ao despertar o barco estava encalhado em uma praia saiu com dificuldade do barco subiu a duna pra ver o que havia do outro lado não tão longe avistou uma vila pequena pra onde correu gritando ajuda-me ajuda-me por favor!!!!

Náufrago de si

Inserida por marcio_henrique_melo

⁠Um dia, acordei bem cedo e fui à praia. O mar estava calmo e sem ondas. Caminhei pela beira da água. Enquanto caminhava, sentia a brisa da manhã e o som da água se movendo sob meus pés descalços. Olhei para o horizonte da manhã e vi o sol nascendo como se anunciasse que o dia seria lindo, com sol no céu. É verão. Algumas aves marinhas estão voando. A vida tem voz e forma, e sinto o cheiro da liberdade. A vida é o que absorvemos de tudo que encanta os olhos a ponto de transformá-lo em poema.

Verão de 1995.

Inserida por marcio_henrique_melo

⁠ sou um rio
um curso d'água
me deixo levar pela gravidade até o mar
ao longo das margens me arrasto observado por árvores e vegetações contemplado por espécies carrego dentro de mim a vida de muitos que depende das minhas intermináveis Águas
sou banho
o alimento
a fonte do sedento
entre Barrancos quedas e pedras siga o meu curso sem desviar
cumprindo o meu destino
sem sair do meu percurso
sou o Rio
que levado pela gravidade
sou um caminho d'água que deságua no mar

Inserida por marcio_henrique_melo

⁠A verdade universal é que estamos todos no mesmo barco, só existe um barco à deriva no mar
E estamos todos neste barco sem exceção
e que mesmo estando todos no mesmo barco, tem gente que está fazendo buracos no barco e ele enche de água e isso com certeza vai ajudar e todos sem exceção vão se afogar.

Inserida por marcio_henrique_melo

Foi há muitos e muitos anos já, desde que eu apanhei o meu navio num reino ao pé do mar. Eu disse...
Aquela que eu soube amar e desfrutar e fazermos amor no navio com as estrelas por cima de nós.
E vivia sem outro pensamento porque te admira como pessoa e como mulher que és.
Que amar-me e eu a adorar de poder ver te e beijar-te.
Eu era criança e ela era criança, agora homem e mulher apaixonados pela vida.

Inserida por richard_felix

⁠Adoro os teus olhos cintilantes lindos azuis como o mar e sensuais como os céus bombeira linda e maravilhosa.
Adoro os teus lábios doces e esse teu sorriso contagiante como a natureza e o fascinante como o universo.
A tua essência pura recheada de paixão ardente e como a pureza do mundo.
Adoro o teu toque poético como uma poesia pelos nossos corpos húmidos.
Adoro a forma como falas, que parece mais um violino a tocar.
Adoro a forma como beijas que parece um jardim de jasmin cheio de rosas e tulipas.
És a criatura mais bela nesta terra.

Inserida por richard_felix

⁠[Intro]

[Verse]
Praia iluminada pelo pôr do sol,
cores vibrantes no céu, refletindo o mar.
Passos ecoando na areia macia,
pessoas caminhando, tranquilas e calmas.

[Verse]
Um casal abraça sob o guarda-chuva,
olhando para o horizonte, sonhando com o amanhã.
O vento leva risadas e vozes,
uma melodia natural da noite, sem parar.

[Chorus]
Nessa noite na praia, sonhos se fazem realidade,
com o sol se pondo, o amor se intensifica.
E o mar brilha, refletindo nossas esperanças,
nessa noite mágica, tudo se torna possível.

[Chorus]
Pérolas de orvalho na areia,
reflexos dourados no mar, como se fossem diamantes.
A noite canta, a música do coração,
nessa noite especial, tudo se torna mais bonito.

[Bridge]
A lua cresce, iluminando o céu,
o amor brilha, como estrelas no firmamento.
Cada passo, cada risada,
nossa história, escrita nessa noite.

[Verse]
O sol se põe, mas o amor continua,
sob o guarda-chuva, promessas são feitas.
A praia é testemunha, da nossa paixão,
nessa noite eterna, o amor nunca morre.

[Chorus]
Nessa noite na praia, sonhos se fazem realidade,
com o sol se pondo, o amor se intensifica.
E o mar brilha, refletindo nossas esperanças,
nessa noite mágica, tudo se torna possível.

[Chorus]
Pérolas de orvalho na areia,
reflexos dourados no mar, como se fossem diamantes.
A noite canta, a música do coração,
nessa noite especial, tudo se torna mais bonito.

[Outro]

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