Poemas sobre Livro

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A VIGÍLIA INTERIOR DIANTE DO MAR.
Do Livro: Dor, Alegria Dos Homens.
Autor: Escritor:Marcelo Caetano Monteiro .
Ano: 2005.

"Vejo-me sentado à beira do mar,
com os olhos a perscrutar as ondas,
e as ondas a me segredarem um canto antigo,
minha alma em auréola silente,
balouçando entre a areia e o sopro do crepúsculo.

Meus papéis e tintas jazem aos pés da escuridão,
mas ó amada, contempla e sente,
pois das águas ascende o arpão invisível
que fere e consagra, que dilacera e recria.

Uma vastidão de estro arrebata-me
e entrega-me de volta o coração como oferenda.
Então o maestro das dores profundas
toma-me pela voz e pela carne
com o rigor de uma perfeição austera.

Ergo-me desse antro de sombras
e entrego-me à poesia mais pura,
aquela que nasce sem letras,
somente de espírito em brasa.

Das trevas ergue-se tua mão,
e eu te ofereço a flor mais rara do dia,
cultivada no inverno férreo da alma,
no labor severo de meu próprio suplício.

Resta-me, contudo, a onda derradeira
que me instrui sobre o amar,
entre papéis dispersos e o sopro da aspiração.
E de tudo o que me desfolha
ainda me floresces, amada.

As ondas retornam e batem nas pedras,
gravando nelas o testemunho do que fomos,
as marcas decantadas de duas almas consagradas,
errantes, mas unidas na devoção que não se extingue."

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - QUESTÃO 632.
SOBRE O BEM E O MAL SEGUNDO A LEI NATURAL.


A questão seiscentos e trinta e dois de O Livro dos Espíritos, traduzido por José Herculano Pires, situa-se no âmago da ética espírita, onde a consciência humana é convocada a discernir, com rigor, o bem e o mal. O questionamento é direto: sendo falível, poderia o ser humano enganar-se, atribuindo ao bem aquilo que, em profundidade, é mal?


A resposta dos Espíritos superiores, sintetizada pela remissão ao ensino do Cristo, é lapidar e absoluta: tudo se resume ao critério do que desejaríamos receber. Este princípio, enunciado como medida universal, evita sofismas e protege o espírito contra ilusões morais. O erro humano não se origina na lei, mas na deformação dos desejos e na projecção egoísta das próprias paixões.


A lei natural, conforme elucidada por Kardec em mil oitocentos e cinquenta e sete, é inscrita na consciência. O equívoco ocorre quando o homem, em vez de consultá-la, inclina-se à sombra de seus interesses, perdendo a clareza interior. A ética espírita, entretanto, oferece um método: a diligência reflexiva, o autoexame diário, a comparação entre aquilo que faço e aquilo que gostaria de receber caso estivesse na posição oposta. É um retorno permanente à simplicidade da sentença do Cristo.


A aplicabilidade deste princípio é inalterável. Não depende de época nem de circunstância, pois se funda na reciprocidade moral que estrutura a convivência e regula o progresso espiritual. Toda ação que resiste ao teste da reciprocidade revela-se legítima; toda ação que o reprova denuncia desvio.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - QUESTÃO 614.
A LEI NATURAL COMO EIXO ÉTICO DO SER.


A passagem transcrita, sob a tradução rigorosa e fidedigna de José Herculano Pires, situa o pensamento de Allan Kardec no ponto nevrálgico de toda a antropologia moral espírita: a Lei Natural como expressão da Vontade Suprema, inscrita na própria estrutura ontológica do ser humano. Trata-se do princípio matricial que orienta o espírito em sua travessia milenar, constituindo o fundamento da responsabilidade, da consciência e do aperfeiçoamento.


No item de número 614, a definição é direta, lapidar e inequívoca: a Lei Natural é a Lei de Deus, e por isso mesmo não é relativa, não é histórica, não é fruto das convenções transitórias dos homens; ela é anterior às civilizações e sobrevive às decadências das épocas, mantendo-se como eixo imutável da ordem universal. Seu caráter é normativo e teleológico: indica ao homem aquilo que deve fazer ou evitar, não por coação externa, mas por consonância íntima com sua destinação espiritual.


A infelicidade, como o texto assevera, não provém de fatalismos ou arbitrariedades celestes. Ela nasce do afastamento voluntário dessa Lei, isto é, da ruptura interior entre a criatura e o princípio de harmonia que a sustenta. A ética espírita, sob a pena metódica de Kardec e a transparência conceitual de Herculano Pires, desloca o eixo da tragédia humana do exterior para o interior, do acaso para a escolha, da fatalidade para a consciência.


A visão tradicional, que reconhece o valor do passado e das normas perenes, encontra aqui seu ponto de mais alta convergência: a felicidade não é invenção moderna, mas reencontro com o que sempre foi. O espírito não avança inventando novas leis; ele progride descobrindo a Lei que sempre o acompanhou, ainda que velada pelos instintos e pelas paixões.

A PERENIDADE DA BELEZA E O SILÊNCIO DO SER.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Do Livro: Essências Do Jardim. 1991, dezembro.

A beleza, quando observada pelo espírito atento, não é um ornamento do mundo, mas uma manifestação perene do próprio Ser. Aquilo que chamamos belo não se limita ao contorno sensível que os olhos alcançam; reside antes numa essência que se resguarda das vicissitudes, mantendo-se íntegra mesmo quando as aparências se esvaem. Por isso, afirmar que " a beleza não morre, mas se torna mais bela " , é reconhecer que o fluxo do tempo não a corrói: apenas revela camadas que antes estavam ocultas ao olhar imaturo.

Na intimidade da consciência, percebe-se que a beleza cresce na medida em que o sujeito se aprofunda em si mesmo. A percepção estética não é estática; ela acompanha a maturação da alma, que aprende a decantar o transitório e a contemplar o que permanece. Assim como o pensador de então, compreende o belo como expressão do bem, o indivíduo moderno que se volta para dentro descobre que a beleza verdadeira não é uma conquista exterior, mas uma revelação interior.

O ser humano, ao atravessar os próprios abismos, aprende que as cicatrizes deixam de ser rupturas para tornar-se inscrições. A beleza amadurecida nelas se abriga. Nada do que foi legitimamente belo se extingue: transmuta-se, aprofunda-se, torna-se mais grave e, por isso mesmo, mais luminosa.

" Cada passo na senda do espírito revele não o declínio, mas o desdobrar silencioso da grandeza que jamais se desfaz, conduzindo a alma à sua forma mais alta de permanência. "

ESPELHO QUE SUSSURRA O AMANHÃ.
Autor: Marcelo Caetano Monteiro.
Do Livro: Do Meu Eu.

O pronunciamento na frase: " Exatamente! Bom seria se ao olharmos no espelho e o reflexo nos dissesse te vejo ainda amanhã. " invocamos um desejo antigo como a própria consciência o de que a alma encontre permanência dentro do próprio corpo. O espelho torna_se então uma fronteira silenciosa entre o que somos e o que tememos deixar de ser. Diante dele o rosto não é apenas rosto é memória condensada é promessa que tenta sobreviver ao esquecimento.

Há instantes em que o reflexo parece perguntar:
_ Quem és tu? Quando ninguém te observa e em outros murmura quase como confidência: _ Vejo-te cansado mas não vencido. Porém o que verdadeiramente nos comoveria seria ouvi-lo afirmar com ternura: _ Te vejo ainda amanhã como se reconhecesse em nós uma centelha que resiste apesar das sombras que recolhem nossos passos.

Amanhã é palavra que se curva ao tempo mas aqui assume outro significado torna se permanência íntima fidelidade a nós mesmos. O reflexo que promete reencontro não fala da matéria mas da lucidez do caráter da chama que não deseja se apagar. E assim contemplamos o vidro como quem se inclina diante de um oráculo discreto buscando nele não a vaidade mas a continuidade do espírito.

O espelho nos é sempre este guardião que nos recorda que não estamos fragmentados, que o nosso melhor não se perdeu na noite e que o nosso amanhã ainda nos espera com a dignidade de quem confia em nossa própria luz renovada. Pois quando a alma reconhece a si mesma nada lhe rouba o brilho da sua permanência sutil e inexaurível.

Diz o ditado que não devemos julgar o livro pela capa.
Mas o que mais chama atenção em um livro inicialmente é a capa.
Livros sem capas não despertam curiosidade.
Seja uma pessoa de conteúdo, mas nunca se esqueça da tua aparência.

Inserida por willianmsa13

Largue de julgar o livro pela capa, leia ele primeiro antes de tirar conclusões. Analise as palavras não a imagem.
Leia os textos e não as paginas em branco. Leia o livro todo e não por partes.
Somente Deus conhece o coração do homem.

Inserida por willianmsa13

É tempo de novos capítulos
no livro inacabado da vida.
Capítulos melhores escritos
para histórias já vividas.
Capítulos enfeitados de sabedoria
para disfarçar as tristezas e
os grandes sonhos sonhados,
ainda não realizados. 17-10-12

Inserida por sueligarcia

" Cada dia uma página....
Cada fase um capitulo...
Cada vida um livro...."

Inserida por clarique07

Muda a página... O livro da vida tem outras emoções e aventuras te aguardando!!!
Quem fica parado enraíza... Movimente-se!!!
A vida te chama para ser protagonista da sua própria história.

10/04/2012

Inserida por olharurbano

Só por hoje...

Eu quero ficar sozinha no meu canto
Lendo um livro
Pensando na vida
Chorando

Só por hoje...

Quero estar centrada nas minhas metas
Reconhecer meus erros
E fitas a lua e estrelas procurando respostas para perguntas tão silenciosas que até tenho medo de pronunciá-las

Só por hoje...

Quero pôr meus fones de ouvido
Ouvir uma música que combine com o meu humor
E me esquecer por alguns minutos

Só por hoje...

Inserida por NinahAlves

Não se abale com as críticas. Todos têm direito a ter opiniões, até mesmo os idiotas.

Livro Remissão

Inserida por Josychan

Quem és tú, ninguém?

Escreva um livro sobre a sua vida, autografe, dedique à mim e por fim, me entregue.
Será muito bem vindo, quando faltar papel em meu banheiro.

Inserida por Bruninhosalles

Falo do amor pois tenho medo dele cair no esquecimento.
Como um livro empoeirado na pratilheira dos sentimentos.
Esquecido na biblioteca da paixão...
Falo do amor, pois tenho medo de quando encontra-lo não reconhecer-te a face.
E me dar como insensível, ser desamado que nunca sofreu de amor..

Inserida por RafaelRaniere

Sinto-me tão sem mim quando me faltas, que durmo e acordo pensando que já morri!

Do livro DE OLHOS ENTREABERTOS

Inserida por AilaSampaio

O lance é só um romance de poucas páginas?
Talvez uma, duas, dez ou rasgou-se o livro?
Dizem que amor de praia não sobe a serra.
Que tal checar? Ou não.

Inserida por MerikolDuarte

Realidade da vida

Minha vida não é igual a
de um livro que apagamos
e escrevemos.
Pois o que acontece nada
pode ser apagado e nem
escrito.
Nós vivemos no mundo de
realidade onde acontece
coisas boas e ruins como:
o sofrimento,alegria,a dor,
a paz,a humilhação,a verdade
a mentira e ai vem a
Realidade!!!

Inserida por paloma987

"Se a vida fosse um livro
Com páginas brancas a serem completadas
Com certeza seu nome seria o título
E as histórias sobre você, minha grande amada

E nem mesmo o melhor dos escritores
Conseguem descrever o que por você eu sinto
Porque não é fácil falar sobre amores
E o que eu tenho no coração eu digo, e sobre sentimentos não minto

E se eu invés de escrever eu fosse direto
E simplesmente nos seus olhos olhasse e dissesse
Que fiz desse amor um eterno decreto
E que sempre te farei feliz, como merece"

Inserida por vitorlazaro

O que é a Bíblia?
Ela não é um livro qualquer. Não se trata de um simples livro de histórias, poesias, músicas, profecias e cartas. Apresenta, sim, mais de 40 autores, muitos gêneros literários, e ao todo 66 livros internos.
Mas este texto todo tem algo em comum: é um livro sobre-natural.
A Bíblia foi escrita por homens, assim como eu te escrevo agora este texto, mas ela toda foi inspirada pelo Espírito de Deus. Ela é um grande presente de Deus para nós. No decorrer da história Ele mobilizou muitos homens a escreverem aquilo que Ele colocava em seus corações, aquilo que viram ou ouviram de Deus.
A Bíblia é a revelação do próprio Deus para nós. Através do texto Deus se faz conhecer, apresenta-se aos homens. Pelas suas palavras podemos conhecer seu caráter, sua vontade, seus planos e suas promessas aos que o buscam.
Não trata-se de um Deus incógnito ou distante, mas sim um Deus que quer ser conhecido pelo máximo de pessoas, com um propósito simples: salvar a todos os que crerem nele. (Romanos 1.16-17)
Foi por isso que Ele e seus anjos guardaram esta palavra pelos muitos séculos. Foram mais de 30 séculos. Nenhum outro texto tão extenso sobreviveu a um período tão grande de tempo. E Deus a guardou imaculada, sem ser alterada ou falsificada. A prova disto está nos textos descobertos pelos arqueólogos e que comparados a nossa Bíblia de hoje são praticamente idênticos.

Inserida por DIONISIOFH

Existem distâncias
que ficam muito perto do olhar!

(do livro O TACTO DAS PALAVRAS)

Inserida por AnaCoelho