Poemas Românticos com Rimas
►Queridas Minhas
Minha querida Carolina
Hoje acordei pensando em você, fiquei tão feliz
Hoje senti que viveria um dia maravilhoso
Querida Carolina, já está se aproximando o ano novo
Comecei a pensar se nós nos veremos de novo,
Ou se a verei apenas em meus sonhos à noite.
Minha querida Ana Vitória
Hoje eu escrevo um pouco mais sobre a nossa história
Ana minha, minha vida, já estou ficando sem palavras
Estou caçando, no dicionário, mais apelidos para a minha amada.
Minha querida Rosângela
Escrevo em segundos nossas doces semanas
Como um garoto miúdo, lembro-me de suas lindas tranças
Ah, Rosângela, quem me dera chamá-la em dança
Quem me dera vê-la se requebrar ao samba
Oh, Rosângela.
Minha querida Amélia
Neste pedacinho rasurado escrevo que és a mais bela
Aquela, que em meus sonhos me congela
Sempre serás ela, amada donzela, estou enamorado
Minha timidez me deixa todo desconcertado
Mas, escute, Amélia, por ti, somente para ti
Estou apaixonado.
►A Caminho
Sozinho eu me pego pensativo
Pensando se houve um momento
Um pequeno momento, que passou despercebido
Um pequenino momento, que se fora pelas curvas do vento
Talvez uma faísca, que tivesse como intuito, prover alegria
Não sei, temo também que nunca saberei
Porém, hoje vivo em despedida para com a minha própria vida
Já não sou mais feliz e creio que assim, morrerei
Talvez permanecerei vivo por conta de uma mentira
Dizendo que terei amor, terei uma chance, uma companhia
Mas, ah, como está sendo enlouquecedor, quanta dor estou sentindo
Muitas vezes sinto que acabarei desistindo
Testemunhos alegarão que despenquei do mais alto precipício,
Que eu estava perdido, "pobre do pequeno menino
Desiludido, coitado, pensou que todos eram seus amigos
Pensou que poderia confiar em todos, pobre do jovenzinho".
Meus dedos, trêmulos, me alertam que estou a caminho
Partirei, escrevendo sobre o carinho
Aquele que nunca haverei de conhecer
Aquele que jamais poderei prover ou manter
Se me perguntarem por que penso de tal maneira,
Não saberei como responder, sinto meu corpo perecer
Em um lugar, tão distante, mas ao meu alcance
Um lugar sombrio, gélido, mas que sou bem conhecido.
Escalando rochedos, morros e serras
Busco conforto, busco incansavelmente uma peça
Para encaixar e me fazer entender o quebra-cabeça
Antes que eu enlouqueça.
►Cobertas
Sei que nós não estamos bem
Sei que nós não nos cuidamos bem
Sei também que você possui alguém,
Que sou apenas um manequim dos bons costumes
Que somos apenas atores, diante as luzes
Não te culpo, tão pouco te odeio
Não te escuto, mas já tinha receio
Confesso não entender o porquê ficamos desse jeito
Fiz de tudo para proporcionar aconchego
Fiz de tudo para apimentar nossos momentos
Mas, talvez eu apenas estivesse cumprindo com o meu papel
Talvez, eu era apenas um peão, em um jogo cruel
Destinado a ser maltratado, a ser usado
Vou te contar, eu chorei, chorei muito
Foi ontem à noite, no canto do escuro
Não estou conseguindo lidar com seus abusos
Não aguento mais viver com este insulto
Mereço ser livre, feliz, enquanto você se deita junto a outro
Ficarei bem, mesmo sabendo que você não se importa
Ficarei bem, só não volte a bater minha porta,
Quando se sentir só, sem um corpo sobre suas cobertas
Esteja certa de uma coisa,
Você nunca aprenderá o que é amar uma pessoa por completa
Viva sua vida, encoberta por perfumes e pregas
Termino aqui essa minha carta, um tanto quanto incompleta
Deixo, junto a ela, o amor antes declarado a donzela
Não passou despercebido à ilusão, inimiga eterna
Boa noite, que você continue em suas orgias prediletas
Boa noite.
►Campos Floridos
Estou sentindo aquele vazio
Estou escutando os meus suspiros
Aquele medo que antes eu sentia,
Está retornando, mais intenso, quem diria?
Aquela solidão que outrora me tinha,
Hoje está voltando mais forte do que eu lembrava
Adeus à alegria, autoestima ou estima
Estou em afogando em depressão, em dilúvio
Queria escrever uma canção de amor
Porém, estou mudo, em total desuso.
Todos esses versos voariam ao vento,
Se ela estivesse aqui, mas, faz tanto tempo
Não consigo me lembrar de nossos momentos
Arrancados e destroçados pelo tempo violento
Minhas lágrimas fazem serenas ao se recordarem dela
Minhas palavras se dedicam descrevendo minhas sequelas
Deixadas por aquela que sempre me fazia sorrir
Deixadas por aquela que fazia eu me sentir feliz
Aquela, que hoje não está mais aqui.
Deus, me diga, para onde o senhor a levou?
Por que, senhor, ela se foi e me abandonou?
Não me deixou uma simples carta em despedida
Não me deixou um só fio em minha coberta macia
O que farei agora? Se amá-la era o que eu mais adorava
Se amá-la era o que eu sabia e apreciava em minha vida?
Como continuarei esse conto romântico sem a atriz preferida?
Você perde se for para forçar a mente
Pra duelar comigo tem que ser mais convincente
Não basta vir aqui e rimar cidade com idade
Pra você me enfrentar tem que ter mais qualidade...
Cara tu vê se toma cuidado e faças confusão,
Meu rap é puro e verdadeiro não é nenhuma imitação…
seu pesadelo tá de volta mais forte do que nunca
Minhas rimas vão te atingir como um tiro na nuca
Se não me entendeu / então deixa eu te explicar
Você falou mal de mim agora é minha vez de revidar…
Nodo norte e nodo sul.
Já fui morte, já fui ao azul
nublado e à dourada estrela
enquanto ardia em chamas púrpuras. Treda
sou, a verdade eu prego.
Neste planeta ou em outro,
não importa. Pra sempre eu
serei horrivelmente bela,
magnificamente torta.
Tu bem sabes que não adianta
mentir pra ti mesmo.
Nesta vida e em outras,
tal mania te trará autodesemprego:
vazio de ti, teu não-ser comandante do caos orquestral.
“Corre, e vê se acelera!
Te apressa que essa chance única
é escorregadia. Tu não merece nada além disso, vadia!”
E, assim, a lúdica ilusão te encarcera.
►Moça
Se soubesse como te prezo
Se soubesse como rezo
Para que fiquemos juntos,
Sentir teus lábios de caramelos
Tuas curvas, como um deserto
Causando-me, a cada olhar,
Uma miragem em delírios perversos.
Moça, eis que te peço
Um pedacinho de tua harmonia
Apenas para cultivar a tal alegria
Aquela que outrora, outro ano,
Eu sentia, sem pesar, em boemia
Amo o teu sorriso ao luar
As pequenas mãos a me tocar,
Pequenas, mas imponentes
Afastando a solidão que tanto me almeja
Devorar.
Adormeça, em prol de sonhos belos
Enquanto aqui, eu remanejo versos
Eternos ao seu olhar castanho pinho
Não se perca, suplico, quando chorar
Eis aqui meu ombro, o chame de amigo
Busco silenciar minha luxúria
Um beijo, um abraço, uma ganância suja
Uma súplica, um beijo, à musa.
Sempre que admiro seu retrato,
Confesso, sem a necessidade,
Que meu coração palpita desenfreado
Grita em antiga e vivida felicidade
Desculpe-me, mas sinto tanta, tanta
Vontade de beijá-la, vontade tamanha
Que a razão implica, zangada, insônia
Resmunga em favor de meu, afastamento.
Esta cama aqui, pequena e solteira, chama
Afim de aquecê-la nas noites tristes
Os fios encaracolados que minha visão tanta ama,
Espalhados sobre o travesseiro,
Desta pequena e solteira cama.
Moça, como és linda, por Deus
Um pedido a mais para ele,
Para que eu seja somente teu
Mal sabes como meu mundo sofreu,
Quando partires sem uma carta
Mas, as malas estão intocadas
Nossas memórias, nossas palavras
E cá estou, te desejando ardentemente,
Enquanto busco uma tática inusitada,
Para fazê-la repousar em minha casa
Tolo, iludido, ou quem sabe louco
Mas o que sinto por ti nunca será pouco
Pois então, termino dizendo isto,
Que meu amor por ti, Moça, é um tesouro
E que eu jamais o perca,
Eu te amo.
►Voltei, Amigo Meu
Não tenha medo, caderno meu, não sumi
Apenas precisava respirar, digerir
Mal sabes o que aconteceu em meu mundo, em mim
Porém, amigo de horas e dias terríveis, não fique abatido
Estou feliz, não me sinto mais tão sozinho
Perdoe minha ausência, eu estava em transferência
Mudei vários pensamentos de lugar, mas, agora, estou para voltar
Sei que fiquei um bom tempo longe, bastante
Para onde fui? Para longe, distante
Mas, retornei, com contos e romances interessantes
Pois então, se prepare, caderno meu, se prepare
O dia está para nascer, assim como uma nova história em diário.
Amigo, em minha ausência eu compus algumas letras
Umas acompanhadas pelas puras cordas de um antigo violão
Outras sobre a beleza do amar, do meu coração
Também escrevi algumas cartas, que foram seladas dentro de uma caixa
Enviadas ao esquecimento, melhor assim, caderno meu
Hoje estou mais vivo, não preciso sofrer o que no passado me corroeu.
Falarei de amor, caderno meu, eu falarei
Falarei da dor, a conheces bem, escreverei
Mas, se prepare para dedicatórias
Prepare-se, pois, estou motivado, tantas histórias
Mas, cá estou novamente, caderno meu
A caneta hoje se alegra, assim como eu
Mas, eu voltei, amigo meu, eu voltei.
Há quem diga que em minha família já houve um escritor.
Que de mode muito humilde fazia as suas prosas, os seus repentes e os seus cordéis a rimar.
E, como boa Oliveira que sou, deixo aqui a minha rima, em uma tira, para dizer que no sangue a cor é vermelha, mas a sinfonia pulsa e as veias balançam para mode o coração puder pulsar.
Porque, aqui nesse sangue também borbulha um escritor.
@keylak.holanda
►Eu queria
Pequena, que alegria estou sentindo
Olhando suas fotos, sinto até um arrepio
Seu sorriso, vejo ele em todas elas
Parece até ser a sua marca registrada
Queria ser um artista, para desenhá-lo
Colocá-lo em minhas paredes, em pintura
Queria, pequena minha, queria.
Pequena, perdão a carta, me sinto sozinho
Com o celular em mãos, penso se te ligo,
E essa indecisão se transforma em uma novela
Se me perguntar, pedirei para que retorne para casa
Não aguento vê-la só em fotos, quero o seu abraço
Segunda a sexta sem estar contigo é uma tortura
Queria, pequena minha, queria.
Pequena, pensando bem, nossa história parece um livro
Nos encontramos pelo acaso e alcançamos o infinito
Sinto aqui o calor eterno de nossa pequena vela
E, suas fotos só comprovam que vivo um conto de fadas
Vontade não me falta, moreninha, de lhe dar vários amasso,
Enquanto, sob a areia, deixamos nossos passos, nossa assinatura
Queria, pequena minha, queria.
Se for pra amar, amar-te-ei como a poesia que me adoça os sentidos e me faz viajar num voo subjetivo e singular, na maravilhosa capacidade de reverter em encantos a triste realidade dos vazios dias sem rimas.
Se for pra amar, amar-te-ei como a poesia que me faz sair de mim todas às vezes que me adentro nos sentidos da paixão e me faz enxergar os motivos desse sentimento que carrego no peito.
É desse jeito que os amores nascem: com os versos soltos de um olhar, com os silêncios que falam através da retórica exacerbada do sentir, na permuta dos toques imaginários, que vão além do presente.
Porque se for pra te amar, amar-te-ei só se for assim, com a febre dos poetas, com essa paixão que me completa, lírica, rítmica, aquecida e jamais esquecida, ainda que nunca vivida por nós em vida.
Pois, se for pra te amar, é do calor da poesia que me traz o melhor de ti; toda calma, toda sorte, toda reza, sem por um instante olvidar que é da tinta que desenha os poemas da tua pele sobre mim, onde a inspiração anseia mais do que o teu nome, e te infinita em mim num suspiro despertar.
►Limbo
Não quero conquistar o mundo
Só não quero ficar confuso
Eu não quero ter tudo
Alguém para eu ficar junto
Não quero uma casa de luxo
Apenas um simples lugarzinho para me sentir seguro
Não sou ganancioso em meu futuro
Posso viver sem muito.
Talvez um carrinho baratinho, simples, pra passear
Meu desejo de, junto com meus pais, viajar
Desconheço se haverá mais alguém em quem irei amar
Às cinco da manhã só me resta deitar e imaginar
Esperando, e cobiçando, novas ideias criar, e no papel registrar
Ir pra praia, ver o mar
Neste dia eu irei nadar e celebrar
A primeira vez que estarei lá
Sentindo as ondas terminando sobre meus pés
De longe, avistando as marés.
Como vejo hoje os garotos esbanjando o que não tem
Humilhando as pessoas de bem
Como disse, não quero um carro caro
E sim um simples, com alguém do meu lado
Quero apenas me sentir acomodado
Quando precisar, quero ser alegrado
É pedir muito?
Só não quero perecer no escuro
Talvez me iludo ao escrever sobre esse assunto
Talvez eu esteja predestinado a acabar no limbo
Se for assim, guarde meu lugar, estou indo
Aba o portão, eu me caminharei sobre a solidão
Que infestará em meu coração.
►No Fim do Túnel
Enxergar beleza onde não há
Por mais complicada que a situação possa estar
Por mais complicada que ela possa aparentar
E, mesmo que ela ainda possa piorar
Uma forma diferente de encarar
Uma forma diferente de avaliar
E também, uma forma diferente de pensar
A situação, então, saberá solucionar
Agora a rimar, tentarei mostrar
Como é bom enxergar um outro lado
Pensando que tudo irá melhorar
E que, mesmo que esteja nas sombras
Haverá um raio de sol para iluminar
E revelar o caminho à seguir
Você conseguirá prosseguir.
A luz no fim do túnel
Por detrás daqueles problemas, o entulho
Mesmo que a passagem seja estreita
Não se inverta, não se perca
Se fortaleça perante as dificuldades do mundo
Não se torne morador do escuro
Existe razão para viver, escute
Lute se precisar, chame por alguém se não aguentar
Mesmo que sozinho possa aparentar
Você não está.
Agora termino mais um texto
Daquele meu próprio jeito
Não gostaram? Desculpem, mas não sou perfeito
Gostaria de escrever utilizando tu, vós, és
Um dia, talvez.
►Perdida na Noite
Não consigo mesmo entender
A pessoa sabe se comunicar, sabe se enturmar
Recebe pela rua vários "olá"
Então, pensativo eu comecei a ficar
Comecei, em hipóteses, pensar
O motivo dela não se encontrar
E, pelas noites bares frequentar
Mesmo sendo somente um simples conhecido
Se quiser, me chame de amigo
O que precisar para se curar, conte comigo
E eu digo, insisto, enquanto falo contigo
Dai-me um sorriso disfarçado
Um abraço apertado
Quando precisar me chame, que logo estarei ao seu lado
Talvez se um ombro amigo for solicitado
Não se preocupe, não tenha medo
Está com problema? Encontraremos um jeito.
Mesmo que a sabedoria venha com os anos
Acredito que você se sairia bem com seus planos
Não sei bem o que te aconteceu
Não sei porque você cedeu
Não aguentou a situação que apareceu
Diante de tudo aquilo você havia me prometido
Que faria de tudo para ser resolvido
Talvez duvidou, desacreditou da minha intenção
Eu não estava agindo com ato de sedução, ou tentação
Apenas com o ato de preocupação
Não pense mal do meu coração, por desejar sua proteção.
Pequeno Registro
Cansei, vou mudar minha maneira de pensar
Não vou mais me preocupar
Com pessoas que não sabem me valorizar
Que às vezes mostram não se importar
O foco de meus pensamentos irei alterar
Chega de sempre atenção aos outros dar
Afinal, no final acabo sozinho, me sentindo mal
Sem receber nenhum carinho
Me tratam como aquele vizinho, quase desconhecido
É bem fácil se fechar quando não possui um amigo ao lado
Ninguém que contigo fique preocupado
Ninguém que preencha aquele espaço.
Essa rima não é para descrever, novamente, a solidão
Ela é mais para registrar uma nova decepção
É uma rima para parar, reorganizar, centralizar e recomeçar
Começarei a me cuidar, as pessoas deixar pra lá
Até hoje os problemas eu consegui ultrapassar
Não é desvalorização que irá me derrotar
Irei controlar as ações, direções e opiniões do coração
É um ótimo momento para colocá-lo sobre observação
Passar um bom tempo em recuperação
Até lá, será de pedra sua construção
Transformará em uma represa, guardando minha tristeza.
Um pequeno texto agora escrevo
Com nada além de sentimentos no pensamento
Que agora entrarão em afastamento
Não sei por quanto tempo
Isso quem decidirá é o vento
Será que haverá um momento
Que eu não estarei sofrendo?
Nem que a vida te pregue rasteiras
nunca penses em desistir,
sê forte põe um sorriso na cara
só te quero ver a sorrir.
Só quero agradecer aos meus pelo incentivo
sem o vosso apoio não teria conseguido.
Obrigado, família, pela vossa simpatia,
por acreditarem em mim e na minha filosofia.
►Asas
E se criasse asas?
Sobrevoar bem acima das casas
Indo em direção a um outro lugar
Sentindo a nuvem em teu corpo se dissipar
Imaginar flutuar sobre o céu estrelado, não és fraco
O impossível se tornaria possível
E a liberdade, pureza e clareza
Só pensará em voar até se cansar
Enxergar um novo mundo de possibilidades
De belezas em volta das cidades
Longe do concreto, um lugar belo
Discreto, sem teto, ao céu aberto, estrelas belas
Donzelas, brilhando sobre a constelação
Romântico, não?
E, ao chegar da noite, belos lagos de imaginações
Cachoeiras de inspirações, boas vibrações
Viajando perante as correntes de vento
Do sul ao centro, suave como um beijo
Um meigo aconchego.
Indo para longe, mesmo estando tão perto
Com um destino incerto
Para lugares mais lindos que possa pensar
Que sempre põe-se a sonhar
Velejar pelas águas do imenso mar
Desejando ficar, esperar uma nova barca lhe apanhar, e te levar
Construindo o seu lugarzinho ao lado do jardim
Almejando que nunca tenha fim
E se criasse asas?
Cortaria o céu feito espadas afiadas.
►Egoísta
Eu guardo cada critica, cada ofensa
E armazeno elas na minha dispensa
Formam mais que uma simples dezena
Já ultrapassou a marca de noventa
Eu escolho guarda-las para não me esquecer
Como, aos olhos dos outros, aparento ser
Não irei enlouquecer por manter as ofensas que posso receber
Hoje mesmo recebi uma
Amanhã serei premiado com mais algumas, sem dúvida
Mas isso não me preocupa, não há cura
Que reconstrua minha postura imatura
Porém não peço desculpa, mesmo que seja o único com culpa
Minha mente é comandada por uma solidão inabalável
Tão instável que, a qualquer momento me vem a realidade
Que sou solitário, vivendo em um sistema carcerário.
Hoje disseram à mim que sou egoísta
Bom, pelo menos ainda não me chamaram de vigarista
Mas talvez concordasse se me chamassem de pessimista
Eu me importo mais com as outras pessoas
Mas quem disse isso, fez suas próprias escolhas
Boas ou más? Não sei
Mas sei que não me conhece o suficiente para dizer
Leiam o que escrevi, e o que estou a escrever
Garota dos Esquemas, Falhei, Vítima ou Vilão, leia esses
Procure algo similar entre eles, que talvez entenda
O que minha alma tanto almeja
E que tanto tento protegê-la
Não digam que penso apenas em mim mesmo
Não sou desse jeito, não digo ser perfeito
De presente eu dei a alguém o meu coração
Certo ou errado? Não sei não.
►Pensamento
Ele surgi tão de repente
Assusta a gente
Alguns tornam-se persistentes
Insistem em bagunçar nossas mentes
Alguns nos deixam contentes
Outros, já nos machucam
Também tem aqueles que curam
Mas gosto mesmo é daqueles que nos flutuam
Difícil é quando eles se amontoam
Por falta de espaço, alguns voam.
Uns querem te proteger
Outros, te fazer sofrer
A mente humana é difícil de compreender
As vezes esquecemos do que íamos fazer, dizer
A mente, por falta de lugar, nos fez esquecer
Porém, amo aqueles que possuem harmonia
Tentando compartilhar como uma certa sintonia
Alegria, é o tipo que prefiro
Esse é o ciclo preferido
Gerar um sorriso sem motivo.
Conseguir visualizar mil coisas em instantes
Alguns são gestantes, prestes a gerar mais uma para colocar em uma estante
Pensar é de graça, aproveite, vá a farra
Escreva o que passar na sua mente, se assim desejar
Não sei se irá se deliciar, assim como eu
Afinal aqui está outro pensamento meu
E como vai o seu?
