Poemas Reflexivos

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Vive cada dia como se tivesses vivido a vida inteira visando justamente àquele dia.

O prazer do amor dura apenas um instante, os desgostos do amor duram toda a vida.

O instante só tem um lugar estreito entre a esperança e o desgosto, e esse é o lugar da vida.

Considera como maior infâmia preferir a vida à honra / e por amor àquela, perder a razão de viver.

A aurora do amor é a quadra de devaneios e fantasias, em que a vida do coração principia e exerce sobre nós o seu mágico influxo.

O bem-estar na vida obtém-se com o aperfeiçoamento da convivência entre os homens.

Se ficarmos reparando os defeitos das outras pessoas nunca iremos participar da vida, pois vamos nos contentar com as nossas desculpas.

A maioria dos biógrafos empenha-se em explicar a obra a partir da vida, quando o correto é exatamente o contrário: trata-se de explicar a vida a partir da obra.

Nós não o conhecemos, mas sentimos: existe um irmão barco para a nossa vida que leva uma rota completamente diferente.

Não sei como é a vida de um patife, nunca o fui; mas de a de um homem honesto é abominável.

Os dados reais da vida não têm valor para o artista, são unicamente um ensejo para manifestar o seu génio.

Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo menos do que com a vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a estrada, um dicionário muito mais maravilhoso.

Se a vida é um mal, por que tememos morrer; e se um bem, por que a abreviamos com os nossos vícios?

Ó meu amigo, não te limites a aspirar à vida do possível, esgota antes o campo do possível.

O que me resta da vida? Como é estranho, só me resta aquilo que dei aos outros.

Para agradar aos homens é preciso professar o que cada um desses homens repudia e odeia na sua vida secreta.

O hábito é que me faz suportar a vida. Às vezes acordo com este grito: - A morte! A morte! - e debalde arredo o estúpido aguilhão. Choro sobre mim mesmo como sobre um sepulcro vazio. Oh! Como a vida pesa, como este único minuto com a morte pela eternidade pesa! Como a vida esplêndida é aborrecida e inútil! Não se passa nada, não se passa nada. Todos os dias dizemos as mesmas palavras, cumprimentamos com o mesmo sorriso e fazemos as mesmas mesuras. Petrificam-se os hábitos lentamente acumulados. O tempo mói: mói a ambição e o fel e torna as figuras grotescas.

Você não conseguirá acrescentar uma única hora ao curso da sua vida por andar tão ansioso.

Se considero quanto me custa a ideia de deixar a vida, devo ter sido mais feliz do que pensava.

Com os seres vivos, parece que a natureza se exercita no artificialismo. A vida destila e filtra.