Poemas que falam do Silêncio
VENTO-LOBO
Vento-lobo,
Uiva o frio em todo o dorso
Na matilha, caceis o fogo
Fez do silêncio
Fagulhas à carne
Derreter o grito
D'algum inverno tolo
estou indo
pois o silêncio
também pode ser
nota plena
numa música
desafinada
que já não toca
mais nada
e não nos cabe
mais escutar .
hoje
não mais carência
não mais dormência
não mais ausência
não mais tua insana
indiferença.
hoje
não mais solidão
não mais ilusão
não mais tua canção.
LEMBRANÇAS DE UMA PAIXÃO
Breve foram os momentos
Vividos intensos.
Todas as formas de amor,
Escondidas no silêncio.
Em seu forte abraço me perdia.
Todo seu carinho e proteção,
Guardados hoje apenas na memória,
Levarei comigo até o fim dos meus dias,
Gravados em minha alma e meu coração.
E quando a escuridão da noite
Trouxer a recordação de todo este afago,
Sentindo seu cheiro ainda impregnado,
Nesta cama em que um dia nos abrigou.
Transformarei nossa história
Em uma linda canção,
Expressada em versos e notas
A cada acorde do meu violão.
Eternizarei nesta linda melodia,
Todas as lembranças desta paixão.
O QUE
O que fiz ao silêncio para silenciar assim
me deixar silenciado no vácuo da solidão
tocar sem que eu possa ouvir o teu clarim
ruidar, abafando a presença no coração...
O que fiz eu a solidão pra tê-la no silêncio
quando lá fora até o vento se calou, enfim,
onde está a vida, que aqui respira pênsil
e emudece o cerrado num tom carmim...
O que é este silêncio, que se cala tênsil?
É "o que", em uma indagação sem fim...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
Em meus olhos fúnebre
Não vejo minha tristeza
Meu sorriso já não é mais o mesmo
Aqui já houve um coração.
Uso as vestes do silêncio! Que tem furta cor.
Onde eu sou ou não notada!
Não importa!
A sensibilidade é uma concha de sons.
Onde o timbre é leve.
Onde sons agudos me racham e causam dor.
Sons sem proveito e desnecessários!
Dentro de um contexto que só cabe o positivismo.
Por muito tempo o silêncio me irritou, não
conseguia entendê-lo, mas agora ele me entende e agora eu sou o silêncio
O silêncio era o fim para mim mais agora
o meu silêncio me diz muito mais do que
minhas palavras...
Marcas do antigo sobrado,
nas soleiras pegadas e histórias
Cintos, correias, macas e correntes
Cacos de vidros das janelas quebradas
trazem a saudade da chuva
que por elas escorria e me levava
a um lugar qualquer, bem longe dali
Troncos secos espalhados pelo jardim
Mortas sensações escondidas atrás das portas,
trazendo de volta rostos mortos
e o ranger de portas e janelas
que o silêncio quebrava
Foram noites de desespero
testemunhadas pelas paredes do quarto
Hoje ando livre do medo de quem me
atormentava, e do que me acontecia
Longe das celas, dos quartos tenebrosos,
das noites intermináveis
no antigo sobrado
Resolvi em nada falar.
Acho que estou me especializando
em escutar e calar.
Pois descobri que o silêncio
é mais que um modo de vida,
é a sobrevivência da paz
O som do silêncio
Do coração
Fala mais alto,
As palavras ferem a
Alma em
Constante e contínua
Evolução.
Geilda Souza de Carvalho
Eu Sou
Eu sou tudo aquilo que você renega,
Sou efeito efémero de uma causa ...
Sou o que se traduz e se reflete no espelho, sou o brilho apagado de seus olhos e quão belos olhos...
Eu sou aquilo que enxergo sou a causa de sua dor e de seu amor...
Sou o que lateja e grita, contido em seu sorriso de aparências...
Sou do tamanho de sua mente, o suspiro latente...
Sou única.
A sanidade vinda de uma insanidade mais que presente, de um silêncio esmagador caracterizado em alma.
“O poeta escreve pra si.
Foi assim que compus meus silêncios.
Na letra exponho meus estados.
Lá não tenho armaduras.
Não tenho pele.
Tudo que me toca, toca no osso.
Tudo é letal.
Quem me lê, vê que oscilo do incrivelmente feliz para o dramaticamente melancólico.
Sinto, e muito!
Viver, para mim, está intrinsecamente ligado ao sentir.
Quem não sente, não pode estar realmente vivo.
Noto que habito numa terra povoada por zumbis.”
Cada pedaço de tempo
que eu procurei enfeitar
e toda vez que eu tento
fazer nosso silencio durar
estou tentando te fazer entender
que vou adorar me perder
toda vez que te encontrar.
"Silêncio da noite "
Quando chega a noite,e não encontramos ninguém para nos escutar,quando chega o silêncio da noite...podemos chorar
Às vezes entendemos
Já encaramos a realidade
Não perdemos a esperança,nunca deixamos de acreditar
Preferimos acreditar que o amanhã será melhor,nunca perdemos a esperança
No silêncio da noite,escutamos as ondas batendo nas pedras,no silêncio da noite não escutamos o barulho da cidade barulhenta,espero reviver o passado,nas minhas insônias penso em ligar para você,e dizer que esse seu silêncio faz eu perder a esperança de nós dois,esse seu silêncio maltrata minha pessoa,preciso entender a sua partida,não devo perder a esperança,essa noite eu morri e amanhã posso viver denovo,sempre morro ,ressucito e vivo denovo,esse silêncio da noite permitiu eu deixar você partir,não devo perder a esperança que o meu sorriso vai ser motivo da felicidade de outro alguém
Só as pessoas inseguras do amor que vivem, necessitam de gritar ao Mundo o amor que sentem. Escrever em todos os lugares vagos, como ele os preenche.
Só as pessoas tolas acreditam que se distanciam de todos os mortais ao amar e insistem... que precisam, gritá-lo! Mas se ao Amor nunca alguém, ouviu a voz. Não há emoção mais discreta! Que nasça espontânea, sem avisar.
Para quê gritar o que é nosso?! Tão nosso, especial e particular que devemos guardá-lo de devoradores alheios.
Todos os Amores são particulares a seu modo... para quem os experimenta. Como nenhuma desilusão amorosa é igual a outra!
Deixa gritar apenas os beijos...
E que cada carícia, abale o Mundo, em doce e cúmplice silêncio
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