Poemas que falam do Silêncio
As vezes é melhor deixar de incomodar do que se sentir incomodando. Onde a verdade e transparência não é 100% o melhor a se fazer é não interrogar, se afastar.
O silêncio também é pergunta e respostas.
Cada um oferece o que tem dentro de si.
Vida que segue.
Tudo passa.
A MORTE DA MORTE
Com ódio do ódio que tira a vida da vida, a guerra entrou em guerra com a guerra e nela a morte morreu.
Com cuidado pra não ser descuidado, o cuidado cuidou de tudo.
E enquanto todos choravam a morte da morte, o silêncio ficou mudo.
Com a morte morta e sepultada, a vida voltou a viver.
Até a próxima guerra entre as guerras, quando a morte voltará a morrer.
Aprendi que quanto menos se fala e mais se escuta melhor se compreende.
Acredite, usufrua do silêncio e torne-se ainda mais feliz.
Goncalvesdarocha
Sabedoria amiúde
Melodia Inexprimível
Quando o amor se revela,
Silente, busca um olhar,
Parece dançar com ela,
Mas, nas palavras, hesitar.
Quem ousa exprimir o que sente,
Encontra o peito a pulsar,
Fala, e, por vezes, mente,
Em silêncio, pode sufocar.
Ah, se ela visse em mim,
Seu olhar me alcançar,
Soubesse que a amo assim,
Sem um som, me revelar!
Mas quem sente, cala,
Procura em vão a voz,
Fica só, com a alma opaca,
À mercê do tempo atroz.
Se pudesse enfim contar-lhe,
O que por temor não ousou falar,
Já não precisaria buscar-lhe,
Pois, em poesia, estou a lhe falar.
De manhã
Ondas escondem
as cordas musicais
da sinfonia submarina
Na superfície,
o silêncio é melódico,
amanhecido,
só à beira mar.
E o verão acena
em despedida.
perante um não querer mais forte que o querer
a ideia que se esbate nela mesma
o silêncio - fundador de tudo
SILÊNCIO OPORTUNO
Não argumente com Ignorantes
Eles possuem mais experiência em Ignorância do que aquele que tem Sabedoria.
Clara aura,
Zéfiro soprava aura sublime,
um vento que não sufocava,
e por causa de CLARA pluma,
roubava silêncio e poder,
de musas que vagava-lúmen.
(soneto livre e atualizado)
Após anos de solitude, bateu uma vontade de estar em silêncio ao lado de alguém que também desejasse do mesmo Silêncio...
Rubenita Simey
Quando é madrugada... O que não falta é inspiração!
É quando a mente está despido de transtornos de um trânsito caótico e estranho.
Afinal! A mente da gente é como uma grande metrópole com todas as agitações.
O melhor mesmo, é quando a madrugada chega. Sem aquele barulho ensurdecedor.
- Não se está em meio a tanta gente, e aqueles roncos barulhentos... dos automóveis e motos - COM O SEU MO
Nivaldo Duarte
"Minha alma grita em silêncio, minhas angústias ecoando sem encontrar ouvidos dispostos a escutar. Ela clama por compreensão, por alguém que possa entender as profundezas de minhas aflições, mas minhas palavras se perdem no vazio.
Como se eu estivesse preso em um isolamento silencioso. Mas lembro-me, mesmo nos momentos de maior solidão, há sempre uma centelha de esperança. Às vezes, é preciso procurar apoio ou expressar nossos sentimentos de maneira diferente, para que outros possam compreender a nossa dor
À medida que minha alma grita, tenho fé que, eventualmente, alguém ouvirá e estenderá a mão para compartilhar o peso de minhas preocupações."
A sabedoria do silêncio
Tu questionas até sua existência...
Questiona a vida...
Quem, Onde, quando...
Para que questionar
E não apenas viver?
Questione, porém
Em silêncio
Ou acabarás como
O louco censurado
Seu mundo é
"Seu mundo"!
Deixe que as pessoas
Criem os seus também
Não se vive
Para provar nada.
Viva provando para si.
Pare de criar argumentos
Ninguém enxergará.
Não como enxergara
O silêncio nos oprime
Minha mente fica em branco
Só vou te causar dor
Mas não posso te deixar ir embora
No silêncio da minha alma
Amei de forma oculta
Tecendo as linhas dos meus versos
Sensações agitadas do Mar
Vastidão dos sentimentos obscuros
Como a noite e a lua a iluminar
Deixaste com a essência das sensações.
No silêncio da noite, a dor sussurra,
Como um eco que o coração atura.
Cada lágrima, um verso na escuridão,
A dor é uma canção, uma triste canção.
A saudade aperta como um nó no peito,
A dor, um fardo que carregamos com respeito.
Mas no fundo da dor, há força a brotar,
Como uma flor no deserto, a esperança a brilhar.
Pois na dor encontramos o nosso eu,
Aprendemos a ser fortes e a crescer ao léu.
Assim, a dor nos ensina a valorizar,
A alegria que um dia voltará a reinar.
Quem dera eu fosse sensível e soubesse escolher apenas as palavras que encantam e fascinam.
Quem dera eu fosse prudente e desprezasse as palavras que ofendem e afastam.
Quem dera eu fosse sábio e soubesse o momento de ouvir e ficar em silêncio, sem dizer palavra alguma.
Eu prefiro o silêncio daqui.
Eu prefiro o silêncio daqui,
Onde a calmaria é minha companhia,
Onde posso ouvir meu próprio respirar,
E deixar a mente livre para meditar.
Aqui não há barulho nem agitação,
Apenas a paz da natureza em sua imensidão,
O canto dos pássaros, o vento a soprar,
E a brisa suave a me acalentar.
No silêncio daqui, posso refletir,
Sobre o que é importante para mim,
Posso me conectar com minha essência,
E encontrar a paz em minha existência.
Por isso prefiro o silêncio daqui,
Onde posso ouvir minha própria voz,
E me encontrar em minha verdade,
Sem distrações, sem alarde, sem disfarce.
Queda d'água
Som que nos envolve e acalma,
numa ópera de ternos murmúrios !
Na melancolia da tarde, vem o sossego...
Enchendo a boca do poeta...
de sons mudos, que voam de dentro da alma !
Nasci...
E vim para ser amado e para amar...
Mas esqueci-me e me perdi em algum lugar...
Tanto de meu estado me acho incerto...
E meus soluços sobem à eternidade...
É tudo quanto sinto um desconcerto...
Se me pergunta alguém porque assim ando...
Respondo:
Ansiedade...
Lamento...
Procurei me enganar, acreditando...
Que tudo poderia ser diferente...
E perdi-me mais e mais fundo...
No silêncio desse vasto mundo...
Até o amor nos mente...
Hoje bem sei...
Só nele acredita quem é louco...
Mas vale, nem que seja só por um instante...
Não me acordes...
Deixai-me sonhar...
Meus olhos, minha boca vão sedentos...
De um encanto maior entre os encantos...
D’estrelas que andam dentro em mim cantando...
Sandro Paschoal Nogueira
Se as palavras morrem à míngua como os homens o que posso dizer?
Procuro e não lhe encontro...
Não paro...
Não volto atrás...
Bem sei e não aceito...
Todos me dizem que é loucura...
Eu andar à sua procura...
O primeiro de todos os meus sonhos...
O sossego, que não aprofunda...
O silêncio, que mais se acentua...
Sob um céu sardento de estrelas...
Vigília constante da lua...
Tristeza que diviso...
Ausente de seu sorriso…
Minh’alma da sua escrava...
Tão pálida e alvoroçada...
Amando calada...
Sandro Paschoal Nogueira
