Poemas que Fala sobre Adeus
Tu és a doença ruim
Que se vai com um adeus
Mas sempre retorna
Fazendo-me profundas marcas em minha alma
É a tristeza da saudades tua
Que sempre vai e volta
E nunca as deixa cicatrizar
És a serpente
Que me envolve e me devora
Que me seduz com a sua voz macia em baixo tom
Que me rasga com seu desejos
Deixando a marca vermelha do teu batom
Tu és meu vício
A maldade sem nome
Que desprezo e também venero
Em forma de uma pequena e delicada flôr
Adeus
Seriamos felizes se houvesse um tempo
seriamos felizes se houvesse uma pausa
Seriamos felizes se houvesse um momento
Se houvesse um estado,
Seriamos felizes se este estado fosse sólido...
Mas o sólido era líquido
E o liquido era gasoso
E o gasoso era fumaça
Adeus !
APENAS UM SONHO
As mãos que hoje me dizem adeus,
não são as mesmas que um dia
me acariciaram com tanta ternura...
A boca que agora me diz palavras bruscas,
não é a mesma que um dia
ouvi o jurar de um amor maravilhoso...
Não te reconheço mais,
em minhas lembranças quero apenas
aquele você que me encantava,
que me sorria e me tomava nos braços...
Quero aquele você que diante da aflição,
me dizia com calma que me protegeria...
Eu me sentia como criança
ao deitar em seu colo
e ali permanecer até o medo desaparecer...
Este alguém que agora quer partir,
não é o mesmo que vi chegar
tão mansamente e me roubar todos os segredos,
me conduzir tão lentamente a outro mundo...
Não quero assim,
apagarei este momento de agora,
quero apenas as lembranças boas,
que eu era feliz e amada,
quero apenas aquele você que sabia me amar
e falava da eternidade
jamais falou de adeus...
Não quero este momento,
pensarei que isso é apenas um sonho,
e que ao acordar,
pensarei que nunca lhe conheci,
que você foi parte da minha imaginação.
Não,
você não é a mesma pessoa
que comigo caminhou todo tempo,
que me ensinou a sorrir sem culpa,
que me ensinou a amar sem medo,
que me ensinou a entrega total.
Não é você, farei de conta
que isso não está acontecendo...
Vou sair por aquela porta
e ao olhar para trás,
verei você novamente sorrindo,
já com os olhos de saudade,
e me esperar até virar a esquina,
e ao olhar pelo retrovisor,
verei você acenando...
Vou sair,
não vou deixar que me roube
o direito de sonhar,
o direito de pensar que ainda sou amada...
Não permitirei
que me leve esses direitos
em palavras que não reconheço em você...
Me convenço:
-Não é você!
_Não está me deixando!
-E eu saio agora... em paz... imaginando que tudo
foi um sonho...
Uma voz me diz
Adeus
E outra voz me diz
Por favor, fica
E enquanto tudo se vai e se fica
Eu não sei quem sou ou se sou
Eu não sei se vejo ou se é tudo uma ilusão da minha cabecinha
Louca, estranha e feia
"De todo o amor que eu tenho"
Metade dele é por mim
E a outra metade é do mundo
Mas não há metade no amor
Nem distinção entre eu e o mundo
Há apenas um todo
Um todo que amo
E não sei se amo
Ou se é amor
Ou o que é amor
Sei que vivo
Sei que saio de casa às vezes
E vejo o mundo do lado de fora
Que é dentro
Que é tudo
Sei que de tudo ficou uma saudade
E essa saudade eu abafei com um sorriso
Um sorriso amarelado pelos cigarros que consumo
A minha insônia tem tantos nomes
Que se soubesse ditá-los não teria eu insônia
O meu medo é de fantasmas
Mas eu sequer acredito neles
Talvez meu pavor seja descobrir, que no fim
Não existo eu
Talvez ocupe eu um lugar que não me pertence
Em um mundo que idealizei dentro da minha cabecinha
Louca, estranha e feia
Talvez Deus seja o sol, afinal.
Então eu o olho para que saiba que o vejo como ele me vê
Talvez Deus seja mesmo um delírio
Mas quem diz que também não sou?
Ora, se sou solitária como o Deus que não acredito
Talvez devesse eu amá-lo, apesar de tudo.
Eu pude perdoar a todos
Meus pais, meus irmãos, meus avós
Meus amigos, meus vizinhos, meus inimigos
Mas nunca tive eu inimigos
Tampouco o perdão de qualquer um
Lembro até hoje do dia que fui crucificada
Não em minha pele
Nem julgada com meu próprio nome
Mas fui queimada em tantas fogueiras
E olhada de tantas maneiras cruéis
Justo eu, que nada fiz se não dar ao mundo o que fui
Mas ninguém entendeu
Ninguém aceitou
E ninguém perdoou
Mas eu os perdoo
E eu me perdoo por eles.
Você que me disse adeus
Respondo, se puder,
Adeus.
E você que me disse, por favor, fica.
Bem,
Eu fico.
Hoje olhei no espelho e vi a face de uma pessoa inteira. Justo hoje, que disse adeus a uma parte grande e até importante da minha vida. Vi de novo nos meus próprios olhos uma coisa que achei que tivesse perdido, uma felicidade nata, uma alegria gratuita, um foco em qualquer coisa, mas não tem nada focalizado por aqui. Finalmente minha bagunça se tornou organizável, finalmente, depois de todos esses anos, aquele vento fez sentido. Hoje eu olhei no espelho e não desviei os olhos de meus próprios, hoje eu olhei bem fundo nos meus olhos e lá de dentro pesquei qualquer coisa bonita e leve, hoje renasci mais uma vez, e no amanhã já não vejo tantas nuvens, tantas dores, tantas complicações.
Hoje eu agradeci com um sorriso, agradecimentos gratuitos a quem ou o que quiser receber um "obrigada", inclusive a mim mesma.
Hoje não digo "adeus", tampouco "olá". Hoje só digo: "te cuida, a gente se vê".
NA HORA DO ADEUS!
Ao apagar das luzes,
No meu suspiro derradeiro,
Não serei o último nem o primeiro
A temer o por vir!
Mas quero me sentir por inteiro
Antes de, para sempre, partir!
Na ânsia de, a todos, me despedir
Quero ter ao menos um semblante de paz!
Mas também quero, a vocês, pedir
Que ninguém repare no que deixei pra traz,
Pois esse é um momento que me satisfaz.
Talvez, de todos, o mais importante na vida!
Só quero fechar os olhos e nada mais;
De vocês, o consolo da despedida!
E que eu fique na lembrança enternecida
Do desejo de dias outrora!
Não quero se quer uma lágrima caída
Daquelas dos olhos de quem chora.
Pois vejam que chegou minha hora,
Do adeus, para todos improrrogável!
E para sempre, a partir de agora,
Depois do meu fim inevitável,
De onde estiver serei mais amável
Do que pude ser nesta existência.
Já me livrarei do peso inimaginável
Deste corpo, nesta pobre experiência,
Onde tudo acaba, mas sobra a essência
Do ser, construída eternamente!
Sabendo que meu corpo entrou em falência
E ficou impossível conservar a semente,
Partirei desta para sempre!
E a vocês, deixo o meu adeus!
dizer adeus sempre foi difícil
nunca fui forte para isso
às vezes eu penso que todos temos um destino
e o seu era estar comigo
mas eu fui fraco
não soube ser amado
assim deixei você cair
e meu amor que um dia era
forte agora está fraco
zonzo e abalado perdido no
espaço tenho medo de descer
e encontrar você em outros braços
tenho que ser forte a saber
que pelo meu erro vou ser condenado
a amar e não ser amado
O ULTIMO ADEUS
Para onde vais?
porque não ficas?
vais pra onde, homem de Deus?
porque desprezar tudo que é teu?
que caminho irás seguir?
vai tornar-te um fariseu?
vais ser errante talvez?
ou um bom samaritano?
só sei que vamos sentir
tua falta, teu calor
tua história bem contada
que talvez você passou
se era verdade ou não
mas nos emocionava
um ria, outro chorava
com os lamentos teus
com as tuas aventuras
que talvez aconteceu
vais, pois o destino é teu
nas encruzilhadas da vida
acena-nos o ultimo Adeus.
e
quando
falamos em amor...
não
há último
adeus
senão aquele
que
não se
diz....
e a espera
doi
machuca
sangra
dilacera
e vai
definhando aos
poucos....
Pensamento
Dentro das minhas ilusões te perdi
Você saiu sem ao menos dizer adeus
Deixou-me na escuridão
Como posso ressurgir
Estou em pedaços pelo chão
Sua frieza me congelou
E me pede para esquecer
Mais ainda vivo do que passou
Por mais que eu não queira perceber
Deixou meu rio secar
Expulsando-me assim
Depois me pede para voltar
Como se fosse fácil para mim
Aquilo que passou
Por mais que eu tente
Não consigo esquecer
Meu coração se quebrou
Quando me lembro de você
O pedaço que restou
Só pensa em te amar
E tudo me encanta
Quando vejo seu olhar
Não tente descobrir
O que eu venho a pensar
Mesmo que eu não queira
Eu não parei de te admirar
Então deixe-me pensar
O tempo cura tudo
Não adianta apressar
Coração ferido não sabe o que diz
Acho que sem mim
Você é mais feliz
Entenda a minha posição
Sei que tem medo
De perder meu coração
Mais ainda preciso pensar com atenção
E juntar os pedaços
Que faltam no meu coração.
" Adeus ao Garçom! "
Partiu ao céu, foi embora o garçom,
Aquele que alegrava os bares,
Encantava os bailes.
Aquele garçom que não servia as mesas,
Apenas bebia pra alegrar suas tristezas.
Esse garçom, por mim era muito querido,
Vai deixar Saudades o meu garçom Preferido!
" Vai com Deus Reginaldo Rossi!!! "
( Criado em 22/12/ 13 )
É só mais um adeus
Um adeus programado e prolongado
Um adeus evitado
Um adeus tão sem graça
Que não há graça de assistir.
ADEUS
Até se fosse o meu último suspiro
Se a voz falhasse ao te pedir perdão
Pois perdoe minha hora chegou
Se a força fraqueijasse no momento único
Meus olhos tentam me dizer com as lágrimas caindo ao chão
Até se fosse minha última voz
Se meu olhar tocar a alma
Será fruto do meu cansado coração
Seja um abraço dizendo adeus
Não seja tristeza deitada em meu peito ou choro dizendo não vá..
Segure minhas mãos ouça no silêncio
A minha fraca e rôca voz sendo sussurros ao vento, vento, vento....
O adeus a um amigo
Nunca estamos preparados para o fim
Mesmo sabendo que ele chegará um dia
O último adeus é sempre tão difícil
Na despedida de um amigo querido
Você sempre lutou pela vida
Dia a dia resistiu como pôde
Fazendo de cada tentativa um suspiro
Um sopro de energia até o fim
A batalha foi muito dura
Quantos sacrifícios foram feitos
No corpo, as marcas dessa luta
No coração, a vontade de querer viver
Os amigos sempre deram forças
A cada encontro, a alegria no rosto
Os abraços fortes e calorosos
As histórias do passado que os uniu
Todos nós iremos algum dia
Até lá, só restou a saudade de você
Você sempre estará em minha memória
A pessoa que você foi para mim.
ADEUS...
ADEUS…
O navio vai partir, sufoco o pranto
Que na alma faz nascer cruel saudade;
Só me punge a lembrança que em breve há-de
Fugir ao meu olhar o teu encanto.
Não mais ao pé de ti, fruindo santo
Amor em sonho azul; nem a amizade
De amigos me dará felicidade
Igual à que gozei contigo tanto.
Dentro do peito frio meu coração
Ardendo está co'a força da paixão,
Qual mártir exilado em gelo russo...
Vai largando o navio p'ra largo giro:
Eu meu «adeus» lhe envio n'um suspiro,
Ela um adeus me envia n'um soluço.
Digo hoje um adeus, até logo, até breve,
Para um sentimento que tão pouco se descreve,
Mas quem nunca errou na vida,
Que abra a boca e me deprede.
Eu só espero que algum dia me perdoe,
Perdoe a minha falta de coragem,
E se o nosso "para sempre" durou apenas
Um filme curta-metragem.
SONETO NO CREPÚSCULO
Morre o dia. Aqui no cerrado goiano
Dizemos-nos adeus silenciosamente
À meia luz do entardecer confidente
O sol no horizonte desfalece profano
Em um purpureado lôbrego poente
O céu é degustado pelo breu ufano
Num longo abraço de um cotidiano
Do sol e a terra num valsar ardente
Da vidraça, o crepúsculo soberano
Invade o quarto numa luz pendente
Vindo do luar voluptuoso e fontano
E, como uma orquestração silente
A noite se prostra num olhar arcano
Embalando o dia misteriosamente...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, novembro
Cerrado goiano
ANOITECER (soneto)
Desmaia o dia no árido cerrado
Num adeus de luz e esplendor
É Deus com o seu recompor
Do céu azul ao negro estrelado
E eu, aqui num mero espectador
Sob este tão espetáculo, admirado
Não sei se rio, choro ou fico calado
Inerte... no âmago belo do criador
É um rosário pelo encanto desfiado
Conta a conta, infinito e acolhedor
D'amor, benção, no tempo denodado
Está hora, do ângelus, do cair multicor
Enteando saudades, dor ao enevoado
Vem a noite, para vida por ela transpor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
REFLEXÕES DE UM ADEUS (soneto)
Calado, ouvindo o silêncio ranger
Imerso no pensamento solitário
Gritante no peito o medo a bater
Do adeus, e que no fado é vário
Agora, cá no quarto, a me deter
Angústias do cismar involuntário
Que o temor no vazio quer dizer
E a aflição querendo o contrário
São duas pontas do nosso viver
No paralelo do mesmo itinerário
De ir ou ficar moendo o querer
E neste tonto e rápido breviário
Que é o tempo, me resta varrer
Os espantos, pois imutar é diário
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano
Adeus...
Meus pulsos doiam, mas o alivio era maior
Enquanto via a água escorrer e se misturar com meu sangue,
eu sentia cada vez mais que podia continuar ali, me afogando.
Não esperava que alguem vinhesse para me salvar ,
apenas sentia que a solidão apertava a minha e dizia que o tormento logo ia passar.
Eu confiava nela, alias foi minha unica amiga nesses 3 ultimos anos,
foi quando enxerguei minha escuridão,
e derrepente me peguei pedindo perdão a todos aqueles que não destiram de mim,
me desculpem, mas eu ja desisti
Eu não sou fraca, e nem covarde
não me julguem
meu fardo estava pesado
Mas agora tudo acabou, e tudo vai fica bem.
