Poemas que dizem sobre Contos de Fadas

Cerca de 44343 frases e pensamentos: Poemas que dizem sobre Contos de Fadas

⁠Quando a noite decai
O descanso merecido de alguns se vai
Lamentando outra vez a triste vida
Que lhe foi concedida.

Chores menina
Amanhã tem mais
Eles estarão lá
Para lhe tirar a paz.

Feche os olhos
E se desligue do mundo
Um refúgio lhe aguarda na mente
Longe daquele oriundo.

Estática ficará
Ele não pode suspeitar
Toques e apertos indesejáveis
Você ira ignorar.

Chores menina
Amanhã tem mais
Lá estão eles
Para lhe tirar a paz.

Olhos afiados
Lhe observa a noite
Sua respiração ríspida
E o coração batendo forte.

Vestidinho curto
Graça à nele
uma surpresinha lhe espera
Escorrendo presentinho dele.

Chores menina
Sabemos que amanhã não tem mais
lembrança vivida
Que ainda lhe tira a paz.

Inserida por okkkimy

⁠Ainda que o seus olhos não estejam em mim,
Os meus estão em você,
Sabes que tem a chaves do meu coração
Minha pequenina!

Ainda que o seus olhos não estejam em mim
Os meus estão em você,
Amo-te de todo meu coração,
Dentre o meu peito a um pedaço seu.
Minha pequenina!

Ainda que seus olhos não estejam em mim
Os meus estão em você,
Sonhos versos e verdade,
Sonhos versos realidade.
Minha pequenina!

Inserida por Lefralpgeminiano1

⁠DÓ


Fadado,
Farto do acordar,
Levantar-me e entender ter,
ser e viver mais um dia.
Há letras sobre o meu pesar,
pensamentos que me envergonho,
lembranças que são só lembranças,
deixaram por anos-luz de ser sonhos.
Enquanto todos conseguem sorrir,
finjo felicidade num mundo ao cair,
serão meus olhos por serem escuros,
meu coração por não ter sangue,
acrescido duro ?
Ou seria a ignorância de tudo,
onde não falta nada e se cria um mundo.
no qual eu não pertenço,
desculpe-me vida,
tomar-te tua a minha partida,
faca-te uma história e que sei,
tristemente que pela ausência da arte,
e beleza nas vistas,
por pouquíssimos olhos de estrelas,
Será lida.


Rodrigo S Rosa

Inserida por Symbol87

⁠Mãe deixa um legado





Veio homenagear,
As mães nesse dia,
Com a poesia,
Que contagia,
Essa data de amor
E alegria.
Contando a sua história,
No caminho de sua trajetória,
De sua vida notória,
Mãe que é conhecida
Em todo mundo,
Com o seu amor profundo.
Mãe que as vezes
Nem é lembrada,
Pelo filho na caminhada
Mas certamente
Ela é importante,
No meio de sua jornada,
Constante.
Por sua formação,
Com a sua criação,
Mãe que está a influenciar,
A vida diante do olhar.
Sei que existe Mãe
De todo jeito,
Biológica ou não
É Mãe de coração ❤️,
Deus em sua soberana
Vontade,
Tinha um plano,
Para as mães deste a eternidade,
De uma criança Educada e protegida,
Por sua maternidade.
O que uma mãe,
É capaz de fazer,
Pelo seu filho?
Mãe de coragem
Que não deixa apagar
O seu brilho.
Mãe que se doa totalmente,
Com o seu ser presente.
Mães que tem criatividade,
Para o meio de sua felicidade,
Mãe determinada
Com o nascer do sol
Da alvorada.
Mãe que faz a diferença
De um filho inteligente,
Nesse seu mundo existente,
Mãe que deixa sua marca de caráter
De personalidade,
De temperamento
E verdade,
No tempo de sua realidade,
Que nos deixa saudade.



Poeta Mbra ✍️
Direitos Autorais Reservados .
D.A.9610/98
Brasil🇧🇷

Inserida por marcos_brasileiro_

⁠Parar de procurar um amor desesperadamente.

Você se machucou muito
Com alguém
Que te fez criar expectativas
E no final te deixou.
Você está carente
Procurando qualquer pessoa
Qualquer atenção
Para preencher o vazio que foi deixado.
Não faça isso, não fique procurando desesperadamente o amor…..
Um dia quando você menos esperar ele virar
Pare de procurá lo e simplesmente viva
Ria, saia com amigos, coma a sua comida preferida, corra, dance, cante, faça doações e viva os momentos com as pessoas que você ama.
O amor não vai aparecer se você ficar correndo atrás dele, você tem valor, não aceite qualquer coisa por estar carente.
Respeite quem você é
Se olhe e veja o qual belo(a) você é
Alguém um dia vai amar você por quem és
E por enquanto viva.

Inserida por Raiodesol1508

⁠Meu amor morreu
Ele ainda tinha um corpo, um coração, todos seus órgãos ainda funcionavam, seu corpo ainda era quente
Mas…..
Não para mim
seus olhos não me olhavam com amor
Seus lábios não ansiavam os meus
Seus toques não tinham calma e nem amor.
Ali declaro a morte do meu amor
Meu amor que prometeu nunca me deixar
O mesmo amor que disse que eu era a mais linda para ele.
Um amor que disse que nunca desistiria
Que jamais me trairia
Foi o mesmo amor que me apunhalou pelas costas enquanto me dava um beijo suave de despedida.
O que aconteceu com o meu amor?
Não o reconheço
Nem ao menos sei se um dia o conheci.

Inserida por Raiodesol1508

⁠amor recíproco

é quando o cupido acerta o tiro
quando o beijo de nossas almas se encontram
é dividir o banco , o guarda-chuva e a sobremesa

é quando a intensidade não assusta
quando o abraço é verdadeiro
e nada parece forçado

é quando te vejo e tudo em mim revira
quando bato meus olhos em ti e vejo
uma galáxia inteira pairando
concomitante ao som do universo

é quando o coração não sente medo
quando ele erra as batidas
quando pulsa de alegria
sem o medo de amar demais ...

quando ama genuinamente e ,
acima de tudo ...
ama com propósito de Eternidade

Inserida por estrelasoo

⁠ Sonho de momento

Quero te dar o infinito.
Se prometer pra mim, que vemos juntos ficar.
Não aguento mais, quero ficar com você...
Que amor bonito.
Vamos comemorar...
Nem que as estrelas não brilhem...
E o sol estremecer...
(Refrão)
Foi um sonho, sonho...
Sonho...
Sonho de momento...
Nem que as estrelas não brilhem. E o sol chamar a lua pra namorar...
Não aguento mais, quero ficar com você.
Que amor bonito!
Vamos comemorar...
Nem que as estrelas não brilhem...
E o céu estremecer...
Foi um sonho de momento...

Inserida por Washingtonverissimo

⁠O divórcio da música e da poesia
Fui privilegiada
passei minha adolescência
nos anos oitenta e fui contagiada
Tive como meus pais
a música e a poesia
o casal mais perfeito que já conheci
e por anos me tocou os sentidos
principalmente os ouvidos
embalou meus momentos
fez parte da minha história
e conquistou meu coração
mas infelizmente de uns anos pra cá
não estavam mais em harmonia
e a falta de cultura detonou esse casamento
e também a falta de respeito
mas eu tenho comigo seus filhos; meus irmãos
os músicos e poetas
e o álbum de casamento
ficou-nos de herança
e eu levo com carinho
ensinando aos meus filhos e sobrinhos
as boas lembranças que sobraram
desse intenso casamento.

Inserida por juliana_rossi

⁠O turbilhão

Sentou-se diante do espelho encaixilhado, abraçando anjos,
e ele a refletiu, e ela perguntou:
– Qual é a distância entre o Amor e a Paixão?
O reflexo fragmentou, partiu-se, dividiu-se em mil faces, ela
percebeu que era uma viagem cheia de adversidades e surpresas.
Chorou, lamentou, arrumou as malas, dobrou sentimentos e
saiu de bagagem desarrumada. Mas esta era uma pergunta que não ficaria no espaço, sem resposta.
Caminhou e viu a tarde chegar.
Ficou ali, estática, observando, e viu que as tardes são as
paixões. Elas simplesmente caem, silenciosas, misteriosas e sem questionamentos.
E, de repente, você apalpa a escuridão da noite, a paixão não sabe o que fazer e pinta a lua cheia no céu para você não ter medo.
Mas você não desiste, fica de perna bamba, tropeçando e
transpirando.
E a paixão novamente, insistentemente, pinta estrelas no
céu para que olhe somente para ela, e tudo seja somente um céu estrelado de uma noite escura.
Vem o frio da alma e nada aconchega. Você torce para que
amanheça e a noite da paixão ainda quer te confundir, e sopra neblinas e dúvidas esfumaçadas.
O frio anuncia o dia: você amanhece, apesar de tudo.
Você acorda confusa, de ressaca. Nem de dia, nem de noite,
simplesmente amanhece no conflito do dia, na discussão da moeda corrente, nos afazeres das cordialidades, fingindo que ontem não foi nada e hoje tudo vai acontecer.
Para transtornar todos seus dias!
Ao dia o AMOR chega: queima sua pele, lhe dá um abraço
aconchegante e você, desavisadamente, acredita que todos os erros que cometeu e todos os pecados com os quais dormiu tem perdão.
No ocaso, às 15 horas, você percebe o que lhe foi dito: é
diferente.
E esta voz não se cala, é a paixão.
E quando abandona nossa existência de lembranças, deixa
um brinco de estrela cravejado de brilhantes, para lembrar que ela (a paixão) não é o sol do dia nem as estrelas que povoam o céu.
Banimento não existe.
Somente luto, aflição, agonia, amargura, angustia, ansiedade, desgosto, consternação e dor.



Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Medo
Tenho medo das vozes em minha mente
não é esquizofrenia,
uma vez que tomo as medicações regularmente
são meus pensamentos agitados, epifania...
Aumenta o medo quando estou sozinha
as vozes gritam, são pensamentos em euforia
quero silencia-los, mas não consigo,
oro a Deus, e vem uma leve calmaria
Pego papel e lápis, coloco-me a escrever
escrevo cada grito agora entendido
junto com os sentimentos a ferver
e me acalmo, agora tudo difundido
Coloco no papel todo o medo
transformando-o em poesia
cada voz eu arremedo
escrevendo tudo em meu caderno.
E no fim me sinto exausta
e o sono vêm;
venci essa guerra justa
afinal novas poesias me convêm.

Inserida por juliana_rossi

⁠Todo tempero do mundo:
Carneiro com Hortelã
Pensando:
“Decidi encontrar com ele. Não posso mais voltar atrás e me
despir desse sentimento. Só quero o movimento desse amor, que sinto tanto, para guardar em minha memória e meu coração. Amar não é pecado, pecado é não amar e nunca decidir. E toda decisão, às vezes, não é pela paixão, mas pelo o que construímos pelo caminho.”
Eu criei tanta coragem e tantos anos para dar aquele telefonema.
Acho que meu erro foi ser ovelha, número quatro, depósito,
e ainda disse:
–Boa tarde!
E você, que nunca reconheceu minha voz, me disse:
– Quem é?
– Sou eu!
– Diga.
– Está ocupado?
– Estou esperando dois telefonemas.
Pensei: “Dois, começo de alguma conversa que pode dar
certo”. Mas você nunca acreditou em numerologia, silenciei.
– Pegue o calendário vamos nos encontrar.
E você atirou pimenta malagueta em meu rosto, disse:
– Capsicum bacctum, não enche o saco. Você é...
E não completou.
Continuei.
– Fale, gosto de saber dos meus defeitos para corrigi-los. Não gosto de charadas.
Acho que desistiu de dizer por que viu o que ardia em meus
anseios.
– Não gosto de brigar, entende?
E não estava ali para brigar, mas te beijar.
E disse que sim, mas eu não entendi aquela violência comigo
e as feridas se abriram, empanadas de pimenta malagueta. E tremia, mal consegui erguer e caminhar uma xícara de café com anis estrelado em minha boca.
Saí de tudo, fui até a janela para acreditar como fui
sobrevivente e aterrissei depois de tanta turbulência, como deixei de gostar de mim mesma.
Chorei.
E tudo escorreu calado debaixo daquele que nunca viu e
sentiu. Recolhi toda indigestão com minhas mãos que cheiravam a anis estrelado.
Pensei em Monteiro Lobato, íntimo naquela hora.
Toct passe - Tudo passa.
Toct casse - Tudo quebra.
Toct lasse - Tudo se gasta.
Naquele instante eu era outra substância e a minha energia e
transcendências ficaram presas em suas palavras.
Não fluíram.
Capsicum bacctum, pimenta malagueta, você esgalhado,
folhas ovais agudas e alternas, flores solitárias.
E eu cheirando à China, Illicium anisatum, erva doce de sete
ou oito cápsulas, comprimidas, avermelhadas e guardando uma semente:
“O sentimento”
Desistam: ISTO NÃO É RECEITA DE NADA.
Eu era uma vela, um tremular, uma intenção. Era a mesma,
mas havia mudado a substância e o tempero.
Deliberei.
Esmaguei anis estrelado com pimenta malagueta e muita
hortelã para aliviar.
Temperei o carneiro, era quase Páscoa.
Paz.
O resto exalava paixão.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Homenagem à Santarém
Santarém, ó Santarém
Cidade de mil belezas,
Pérola de secreto encanto
Como iara que atrai com seu canto.
Tem curupira caipora e saci
Tem até boto que vira gente
Mas joia rara dessa terra
É a primeira que vem em mente
Suas praias ó Santarém
De açúcar tempero e cor
O marrom e o verde sempre em guerra
Fenomenal esplendor.
No pé da santarena
Vive o tal do carimbó
Saia rodada de beleza
Cultura tanta pra dar nó.
Em cada pedaço da minha terra
O que não falta é alegria
De morar em um paraíso
Que beira a fantasia.

Inserida por mandy2006

⁠Nunca é tarde
O tempo se revelou nas tardes, o que passou e o que ficou
escorreu pelo meu rosto.
E na linha fina daquele horizonte onde o sol se punha,
alinhavei meu coração para não fugir.
O lado oculto daquele sentimento tingiu de rubro
minhas mãos, minha boca, e manchou meus pensamentos e toda circunferência de minha existência.
Estava sufocada, afogando em paixão, respingando questões
e senões.
Nas tardes vi que era tarde, delineei meu coração, atirei,
lancei no vasto para não cair no extremamente. Marquei a direção de meu afeto.
E resto ficou fora de controvérsia.
Nas tardes moram as emoções e conclusões.
Nunca vou te esquecer.
Quero amanhecer e ressuscitar, dia que tem o dom de iludir.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Aroma



Tudo cheirava dúvida naquele instante, seu olfato se calou e
seu mundo não representava nada, pois cheirava a coisa nenhuma.
Tirou o vestido, que transpirava ninharia, tomou um banho
que não aliviava e a insignificância escorreu pelo ralo todo o seu
perfume.
Seus cabelos molhados, banhados, esfriavam suas costas e
não exibiam a espuma de seus sentimentos.
Passou maquiagem que não enfeitava nem migalha, o
instante da folia, do carnaval, no colorido de amar.
Espalhou, vitrificando seu corpo, um creme, e ele recolheu
seu perfume, não exalou seu bálsamo.
Os caminhos de suas curvas exibiam solidão.
No isolamento sobre a cama, um vestido novo com etiqueta
tentava dar vida e fragrância à nova estação de sua vida.
Vestindo tudo como novo, não havia cheiro de loja nem
recomeço.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠“Tudo passa, tudo voa, a vida é vento, é brisa, aroma, pétala
de rosa que cedo tem viço e perfume e, a noite, murcha, perde
a cor num momento à-toa.”
Augusta Faro


Sem licença para voar - A rosa e o anjo

Num jardim onde a cidade passava havia uma Rosa, beleza
única, perfeita, reativada, aveludada, em haste cheia de espinhos.
Entender e recolher uma Rosa e se arranhar num caule
espinhoso para viver somente uma primavera de dias, era mais
fácil deixá-la se exibir no seu jardim, apreciá-la ao longe, do que se
espetar em dúvidas e lamejos.
E assim ficou a Rosa no jardim, ora botão, ora Rosa,
despetalando sozinha, exalando seu perfume em vão, presa em um
chão hermético e imutável.
“Rosa, Rosa, um dia você se apaixona.”
Não andava, mas o mundo se transmutava em sua frente, e
ela, opressiva, presa, escolhe e colhe.
Todos passavam desavisados e a Rosa escolhia.
Rosa queria asas.
E o jardim dizia:
”Para sair do chão, voar e conhecer outras flores, o canteiro
que Rosa fundou raízes em nada vai perfumar e vai esfriar. Vamos
revirar retirar suas raízes para encher e ocupar sua paisagem com
outra muda onde Rosa floresceu.”
Próximo, um anjo passava todos os dias, de asas abertas em
código de quem voou e aterrisou em turbulência, mas obedeceu às
ordens dos céus.
Rosa viu e queria as asas do Anjo.
Tentou impressionar, também abriu suas asas em pétalas
querendo alçar vôo, mas as raízes do jardim a seguravam e diziam:
“Se voar vai virar folha e pétala seca, vai morrer.”.
Todos os dias, todas as horas em que o Anjo passava, pensava
em se fazer presença, abria também suas asas em pétalas e exalava
seu perfume.
O Anjo não via, era mensageiro, carteiro, tinha dever e não
percebia seu perfume no burburinho do jardim.
Amanheceu.
Anoiteceu.
E a Rosa aconteceu.
Saiu do caule em madrugada esfriada, sem luta, abriu seu
tecido, suas pétalas, e as pregou em espinhos, como couro, para que
curtissem no choro do amanhecer, junto dos sonhos da noite.
No dia seguinte, ao florescer do dia, costurou seu tecido com
pistilos em pontos pequenos, juntos, ligando tudo ao imperceptível.
Revestiu-se daquele sentimento e foi comprar do Anjo uma
asa para voar.
Subiu aos céus, onde morava, com poucas e velhas moedas
caídas no jardim, mas com muito perfume. Ascendeu em seu vestido
longo exalando perfume, deixando todos extáticos e tontos com seu
cheiro, tropeçando pelo jardim.
Chegou aos céus e pediu ao anjo:
– Quero asas brancas como a verdade, impermeáveis como
folhas, longas como uma viagem e douradas como os sentimentos.
Ele a olhou. Tinha voz aveludada como seu vestido e um
perfume machucando seu coração. Se fechou e disse:
– Vendo asas, somente asas.
– Posso escolher?
– Não há o que escolher, só vendo asas. Você tem licença
para voar?
– Não, não tenho, mas o meu perfume tem e a imaginação é
dona dos céus.
– Não gosto dessa conversa, quero ver sua licença.
Desenrolou seu pistilo, os enrolou no dedo e as pétalas se
desprenderam, perfumaram, e ele se apaixonou com a verve de seu
flanar.
Ela tinha muitas asas, leves ao sabor do vento, mas sem
direção.
– Posso me aproximar? – disse o Anjo – Te faço uma asa, mas
quero de ti um beijo.
E o silêncio tomou conta daquele instante. E tudo que voava
e cheirava parou.
Ela ofereceu sua boca carnuda e ele a abraçou com suas asas,
e tudo virou ventania que se perdeu num beijo, num vento que
levava pétalas de Rosas como tivesse asas e licença para voar.
As pétalas voaram tontas como verdades reservadas, como
sentimentos feitos de um flanar desavisado, seco e dourado como
aspiração

“Várias pessoas que tiveram a experiência choravam
desorientadamente, pois amavam o amor somente,
sem achar alguém para receber tamanho afeto, que
labaredava, chamuscando cada junta de corpo, veia
por veia, músculos, ossos e tutano e, assim, todas as
moléculas moles e duras do corpo e da alma.”
Augusta Faro.

Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Estamos todos em guerra
Trancados em nossas casas
O vírus se espalha por toda terra
E nos trancados criamos asas
Soltamos então a imaginação
E começamos a escrever poesias
Conectei-me então a uma nação
Todos com as mesmas magias
E começou um bombardeio de poemas
Um tiroteio de pensadores
Uma luta intensa de rimas
Um verdadeiro duelo de escritores
E o que todos queríamos era ser ouvidos
Sonhar e concretizar sonhos
Esquecer um pouco dos gemidos
Dos estrondos causados pelo vírus
Entrando na guerra santa da poesia
Quimera todos sobrevivam

Inserida por juliana_rossi

⁠Todos os Dias

Há meses, poucos, abri a porta, caminhei até você e até então o que havíamos falado por instantes virou realidade.
Você também abriu a porta, tropeçou, titubeou e segurou-me pela cintura. Dominou o que era seu ou "o que lhe foi meramente ofertado".
No escuro de tudo, você mirou sua conquista. Como todo território, eu era grande c você sussurrou vitorioso:
— Você é linda!
Avancei mais e cobri minha paz em seus lábios e por segundos você não perdeu tempo, apalpou as montanhas dos meus seios como céus intransponíveis.
Te resguardei, sua valentia, minha insensatez – procurei te agradar, te arrastei em meus campos: mas não havia paz entre árabes e judeus.
Havia escutas nas divisas e não mais nos avistamos.
Só restou a miragem dos seus passos no escuro, meio ao bombardeio e nosso desejo que não é pecado, somente desejos.
Hoje nos avistamos através de telas de vime: cada um em seu lado.
E na imaginação de toda composição, eu durmo com você
Todas as noites
E o meu desejo por você
Ainda me acorda
Todos os dias.



Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Meu Segredo: Seu Rastro



Minha bolsa esconde um jardim de aromas cítricos e adocicados que ventilam lembranças que caem como tempestades.
Entre aspirinas esfareladas, resto de uma história perdida que insiste em viver.
Busquei em você refúgio e caí num abismo de infinitos desejos.
Ela, a bolsa, a única testemunha de nossos beijos guarda silenciosa nosso segredo. Dentro dela um lenço com um grama de seu perfume.
Não te vejo mais.
Passa distante, desconhecido. Mas quando a saudade vem soberba em querer você.
Sou humilde, abro a bolsa, desdobro as lembranças respingadas, inspiro seu perfume e me deito com os segredos.
Dentro da minha bolsa um jardim de história e segredos perfumados.



Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠As cidades, as verdades e os muros.


Era manhã de abril e o céu não se cobriu de nada, e nas
cercanias da cidade descortinaram a estampa de seu amor fraseado,
pregado em todos os muros da cidade.
Diziam que era amor, mas tanto amor era resguardado, não
era arregalado e na boca de todos cingiam frases recortadas de
verdades que moram no absoluto julgamento de todos.
O que era velado, surdo, intransponível, efervesceu e tingiu
os muros de toda a cidade.
Agora não tinha mais vestes, arrancaram seus sentimentos
e dependuraram seus trapos pelos muros da cidade como
interpretavam.
Ela virou só lamento, andava quase seminua e todos
desviavam de sua presença. Diziam que nos muros cuspiam as
estações gravadas, onde sua boca pousou, o que dela suspirou e
com quem dançou.
Como se atrevera a tanto?
Não havia nela talento para o mal, arrombaram e viram a
folia de seu coração.
A chave se perdeu e o preconceito nasceu das reentrâncias
dos muros que circundam as cercanias das cidades.
Nos trapos as verdades despiram-se, como se fossem
realidades nunca realizadas, onde o leviano é sentinela de quem
não sabe nada de verdades e sentimentos.



Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

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