Poemas quando eu me Amei de Verdade
Ah! Eu poderia ter te amado...
Minha vida seguiu sempre por linhas tortas.
Me equilibrava eu nelas como uma viva morta.
Teu olhar... tuas palavras... teu carinho.
Encontrei em ti um lar... um ninho.
Foi muito aconchego.
Foi...
Agora vejo que olhei tudo com olhos de pura esperança...
Esperança de que nas minhas andanças haveria amor reservado pra mim.
Que eu teria o sossego de um abraço enfim.
Enfim.
Fim.
Me enganei.
No ziguezague da sua vida eu só era uma rua sem saída.
Você deu a volta... e voltou...
Voltou pro seu lugar de conforto.
Hoje só consigo acreditar, olhando pra mim, 'que pau que nasce torto morre torto' (muito triste isso).
Eu só queria minhas vias tortas endireitar.
Ah! Como eu poderia te amar.
Siga em paz!
Sei de tudo o que você é capaz.
Me diga o que aconteceu
Me fale que o seu amor ainda sou eu
Que não desapareceu tudo que a gente viveu
Me diga que não morreu
Me diga por favor, não aumente ainda mais a minha dor, fale tudo o que passou, estou ouvindo meu amor
Me fale que todos esses anos não foram em vão, não destrua o meu coração, não me deixe sem direção
Nosso amor vai viver, até a gente morrer, eu e você,vamos ser, até envelhecer, eu e você temos tudo pra ser
um casal feliz.
Menina malvada vingativa
Eu fui eleita,
Desde o colégio a melhor,
Então respeita
Eu sou do tipo que dá o coração inteiro.
Mas hoje, só entrego onde há reciprocidade.
Amor não é favor, é encontro. "A pior parte de amar errado é perceber o quanto você precisou se diminuir pra caber no coração de alguém que nunca soube te enxergar." As vezes, o que dói não é o que aconteceu, mas o que você teve que engolir em silêncio pra não perder quem já tinha ido por dentro. Aprendi a escolher paz, mesmo que isso signifique perder pessoas. Porque minha saúde emocional vale mais do que qualquer presença que pesa mais do que soma.
Eu me liberto!
Libertação, no dicionário o significado dessa palavra está descrito como substantivo feminino, “ação ou efeito de colocar ou colocar-se em liberdade”, sendo assim, hoje eu posso afirmar que eu me liberto!
Eu me liberto, de qualquer presença por conveniência
Eu me liberto, de sentimentos rasos
Eu me liberto, de velhos que nunca saíram da adolescência
Eu me liberto, de flores sem raiz e sem vasos
Eu me liberto, de falsas amizades
Eu me liberto, de sentar-se a mesa com pessoas fúteis
Eu me liberto, de ficar apenas passando vontades
Eu me liberto, de atitudes fracas e inúteis
Eu me liberto, de tolerar o intolerável
Eu me liberto, de aceitar menos do que eu mereço
Eu me liberto, de acreditar no inacreditável
Eu me liberto, de não valorizarem o que eu ofereço
Eu me liberto, de qualquer sofrimento
Eu me liberto, de me sentir culpada
Eu me liberto, de todo ressentimento
Eu me liberto, de me sentir aliviada
Eu me liberto, de ter me sentido incapaz
Eu me liberto, por ter me punido
Eu me liberto, por não ter sido sagaz
Eu me liberto, de ter tido o meu coração partido
Eu me liberto, de toda dor
Eu me liberto, de toda tristeza
Eu me liberto, de todo clamor
Eu me liberto, e libero o meu coração com toda essa certeza!
Eu vejo você.
Vejo um lado que só pertence a mim.
Seria isso ousadia... ou ingenuidade?
O fato é que eu realmente acredito.
As palavras que você diz não combinam com suas atitudes.
Mas é nelas que eu confio — nas atitudes.
Seu corpo fala.
Seus olhos brilham.
Seu sorriso vai de orelha a orelha.
Seus braços me envolvem.
Suas mãos me acariciam.
E os beijos na testa? Ah...
Tanto carinho, respeito, admiração.
Lá no fundo, eu sei: existe paixão.
Queria que você pudesse se ver com os meus olhos.
Entenderia a verdade do meu coração,
o quanto meu amor é inteiro —
e que o que podemos viver… pode ser verdadeiro.
Às vezes, eu me atento,
No auge do meu alento:
“Quero um futuro!”
Mas logo tudo turva,
Escurece-se o céu, a esperança, a alma...
Às vezes, queria ser de Marte,
Voar pra Vênus, buscar acalanto na Lua,
Esquecer a vida dura,
E as lembranças obscuras.
Mas então, no meio da noite crua,
Um sopro leve, uma luz quase nua,
Me lembra: enquanto respiro,
Ainda há trilha,
Ainda há fôlego,
Ainda há dia.
Meu precioso, quero que saiba que você é quem eu quero ter sempre ao meu lado, é com quem quero partilhar a vida e todos os momentos por mais simples que sejam, pois até os momentos simples se tornam especiais quando estou contigo.
Na sua companhia, me sinto à vontade para brincar, deixo transparecer o meu lado criança, porque quando estou contigo não preciso esconder a minha essência. Posso ser eu mesma, sem nenhum tipo de reserva.
Quando penso nesse lado meu quando estou com você, me surpreendo comigo mesma.
Você entrou na minha vida e sem que eu percebesse desmontou todos os muros que eu havia construído para me proteger. Acho incrível como você entende até aquilo que às vezes não sei explicar muito bem com palavras.
Posso ter tido um dia corrido, cheio de tarefas, mas a sua presença desacelera o meu mundo e a minha mente me trazendo uma sensação enorme de paz e tranquilidade.
Valorizo cada minuto ao seu lado, porque conheço a saudade de cada minuto longe de você. És a parte mais bonita dos meus dias.
Amo conversar contigo, amo também os instantes em silêncio quando estou no seu abraço. Amo sentir o seu cheiro, amo a sua personalidade, o seu jeito de ser. Você me faz rir como ninguém nunca fez. Você é simplesmente encantador meu amor, e quem perdeu, foi quem não soube valorizar tudo de maravilhoso e incrível que você é.
Você extrai o melhor de mim e torna tudo mais leve e mais bonito. Por tudo isso, e muito mais que você tem feito e faz por mim, e pelo nosso relacionamento, só quero agradecer e dizer que és a minha calmaria, e onde sei que posso repousar tranquila em seus braços. Quando estou no seu abraço é como navegar em águas bem serenas e calmas, e ter a certeza que chegarei ao cais em segurança.
Boa noite meu amor, durma bem e receba todo o meu amor e carinho através dessa mensagem.
"Eu me lancei na poesia como uma agulha no palheiro,
Não quero sair daqui, quero expressar,
Tudo aquilo que é difícil de falar,
Seja do amor, o que causa dor,
O que promete cura, e no final nos fura,
O que causa um sorriso, que não vem sozinho, acompanhado, porém, de lágrimas
Fiz meu inverno no verão, mas não de chuva, e sim de lágrimas.
Esqueci dos toques da sua mão,
E nas minhas letras você se tornou um refrão constante.
Te perdi no inverno, e estou, estou no outono esperando,
Haviam me dito que é nessas épocas que as flores aparecem..."
Eu dizia que nunca seria professora, Mas me formei duas áreas E encontrei meu lugar na sala de aula Aos 30 anos
Aos 45, publiquei meu primeiro livro E descobri que amo escrever Histórias infantis que fazem sonhar.
Antes, eu não gostava muito de ler, E nem de escrever...
Hoje, me pego ansiosa por uma nova ideia, Transformando pensamentos Em histórias que encantam e inspiram crianças.
A vida me mostrou que nunca é tarde, Que tudo tem seu tempo, Seu momento.
Cada queda me ensinou: São oportunidades de fortalecimento E recomeço.
Eu não estou atrasada.
Estou vivendo, Me descobrindo, E me tornando uma pessoa melhor A cada dia.
O SAPATO
Marquei o traço do passo apurado,
do sapato seco.
Partia torpe no calor, eu o via árido
no beco.
Quem o calçava passava aperto
naquela fuga.
Era a gravata cara voada ao vento.
Era ruga.
Olhos famintos, não minto, suando,
sem rumo, sufoco!
Atenta doutro lado, a vida, passando
o pisado oco.
Não esqueço o dia daquela trajetória ruim.
Tempo que passar.
Marquei-o tanto na memória, que a mim
doía caminhar.
Ouço sempre que posso
Se eu ouvir tua voz, despreparado,
Me sinto até atropelado,
De tanto, tanto te amar.
Como pode ser algo tão belo,
Tua voz, doce e singelo,
Me faz querer cantar.
Quero correr pros teus lábios,
Nos teus cachos tão sagrados,
De tanto, tanto esperar.
E se encontrar algum defeito,
No teu corpo, no teu jeito,
Eu juro, vou detalhar.
Como pode haver tanto amor,
Transbordando em teu calor,
Na pele a se revelar.
Tua pele é lisa, é poesia,
Teu corpo me hipnotiza,
Teu andar me faz parar.
Teus olhos, que tanto persigo,
São desejo, são perigo,
De tanto te imaginar.
Você não nega que me ama,
Nem diz que a noite se derrama,
Quando eu começo a sonhar.
Amor, quanto tempo eu te peço,
Só um momento, só um acesso,
Pra te poder lembrar:
Que quanto mais longe eu estiver,
Mais eu só penso em você,
Meu peito só quer guardar...
Eternamente... o teu nome, o teu olhar.
Eu cantei meu Canto afinado no galho de uma árvore
bem perto da janela do seu quarto
para que você saísse me olhasse cantando enquanto eu te admiro e por meu Canto se apaixonasse
sou um passarinho que se apaixonou por uma moça linda e encantadora
que não sabe do meu amor
eu canto chorando neste galho empolerado
canto
como um pássaro apaixonado
para moça da janela que houve encantada
Meu Canto emocionado
moça se soubesse o quanto eu te amo
me levaria para junto de ti e eu cantaria por toda minha vida
ao seu lado
este meu canto apaixonado.
O passarinho e a moça
“Eu só queria que ser trans fosse normal”
por Sariel Oliveira
Sabe o que eu queria?
Que ser trans fosse só mais um detalhe,
Como ser alto ou baixo,
Como gostar de chá ou café.
Eu queria que as pessoas parassem de olhar como se fosse novidade.
Porque, vamos falar a verdade:
A cada 10, pelo menos 5 são como eu —
Vivem, sentem, existem.
Já estamos em toda parte:
Médicos, enfermeiras, professores, artistas,
Deputados, vereadores,
E até na casa ao lado.
Nós já conquistamos nosso lugar de fala,
E a verdade é que essa luta não é mais pelo espaço —
É pela paz.
A gente trabalha,
Paga imposto,
Faz o país girar,
Ama, sofre, levanta cedo…
Como todo mundo.
Ser trans não é um ato político.
É só existir.
E existir não devia ser resistência.
Devia ser normal.
Eu não sou menos homem porque sou trans.
Eu sou homem.
Inteiro.
Digno de respeito.
Eu só queria viver num mundo
Onde ser trans não fosse manchete,
Onde ninguém sussurrasse pelas costas,
Onde eu não precisasse explicar quem sou
Pra merecer ser tratado com dignidade.
Eu só queria que ser trans
Fosse simplesmente…
Ser.
O que eu me tornei
O que foi que eu me tornei,
Todos estão a minha volta,
Não sei porque fiquei,
Nesse amor que não me solta.
A minha alma se veste de tristeza,
As minhas atitudes calçaram o fracasso,
Tive a oportunidade de enxergar com clareza,
Cada erro em todos os meus passos.
O que serei no futuro ,
Se eu não mudar o meu agora,
Serei um homem frio e duro,
Tentando vencer a gélida hora.
Eu quero me libertar,
Preciso ser livre novamente,
Quero de novo amar,
E desprender-me desse ser carente.
Como pude entrar nessa prisão,
Por que confiei cegamente,
Eis o perigo da paixão,
E da não valorização de uma mente.
Eu preciso ser forte,
Irei em busca da vitória,
Preciso de um norte,
Pra começar uma nova história.
Vou me reencontrar novamente,
Vou abandonar esse cara do passado,
Irei construir uma nova mente,
E certamente me sentirei realizado.
Lourival Alves
“Pai, tu foste meu herói”
por Sariel Oliveira
O primeiro que eu perdi
Foi o meu herói.
Meu pai.
Doeu demais.
Me rasgou por dentro.
Tentei seguir…
Mas perder um pai que foi exemplo de homem,
De força, de princípios…
É como perder um norte.
Tu dizias:
“Faz o que eu falo, mas não faz o que eu faço.”
Mas, pai…
Tu te enganaste nessa.
Porque eu nunca te vi errar feio.
Nunca te vi decepcionar.
Nem como homem.
Nem como pai.
Nem como marido.
Tu foste o espelho mais limpo que eu já tive.
E eu sempre tive orgulho de ser teu filho.
Tu partiste praticamente nos meus braços.
E ali, no fim, tu ainda pensaste em nós:
“Eu te amo… cuida da tua mãe.”
E eu cuidei.
Cuidei até ela partir também.
E agora, sigo com esse vazio.
Mas cheio de gratidão.
Porque mesmo ausentes,
Vocês vivem em mim.
No que sou, no que escolho,
No que me tornei
Cemitério.
Madrugada.
O orvalho fede a lembrança e carne velha.
E eu tô ali.
Com flores murchas na mão
e esperança enfaixada em gaze suja.
Sabe o que é amor?
É escavar a terra com as unhas
porque a pá ficou leve demais.
É sentir o cheiro de formol
e ainda assim achar perfume.
É abrir o caixão devagar,
como quem desembrulha um presente proibido.
E lá está ela.
Minha musa cadavérica.
Rainha do silêncio.
Pele cinza como as manhãs que eu perdi.
Lábios rachados,
mas o sorriso?
Mais sincero que o de muita gente viva.
Dizem: “isso é doente.”
Mas eu te pergunto:
e aquele cara que finge amar só pra não dormir sozinho?
Ou aquela que sorri por obrigação no jantar de família?
Quem é mais doente?
Eu amo cada verme que beija tua carne.
Cada lasca do teu osso que brilha na luz da vela.
Eu passo os dedos pelas costelas
como quem dedilha um piano
e ela me canta, em silêncio.
Uma ária morta.
Um sussurro do além.
Te vesti com seda e desespero.
Te deitei no lençol da minha culpa.
E fiz juras que até Deus viraria o rosto.
Mas ela não.
Ela me olha com olhos secos
e ainda assim me vê por inteiro.
E sim, a cama geme.
Não de prazer.
Mas de peso, de passado,
de pactos que não têm volta.
