Poemas q Estao de Luto por Pai q Morreu
SUTILEZA
Assim, meio sem jeito
Vai entrando no peito
Conquistando respeito
Transformando o sujeito
Que saiu do relento
Tamanho tormento
Aragem e vento
Um novo rebento
Bem mais atento
Abastece o sustento
Do amor que é alento.
CAL"MARIA"
À espera da bonança
Uma hora a gente dança
Logo adiante também cansa
E o que sobra é a mudança.
O QUE SOBROU
Quando nada mais resta
Buscar rumo sem pressa
Pro tino abrir a fresta
Clarear o que não presta
Serenar as arestas
Redefinir as metas!
Assim, como do fundo da solidão
O silêncio emudece
A voz da saudade cala o coração
Com mutismos que a alma conhece
CARRO DE BOIS
A lembrar do amor, nesta tarde invernada
numa longa distância de mim, está você
que faz o poetar vazio, sem te esquecer
no dia cinzento, no cerrado, sem nada
Vindo na estrada, o carro de bois, a ranger
tal plangor em harmoniosa lenta jornada
rangendo suspiros, gritando saraivada
ao coração, que põe a recordação a doer
E nestes uivos gementes, nesta cruzada
meu pesar sente, tua falta no meu viver
na tarde poente, com magoa adornada
O carreiro segui, aqui eu vou permanecer
lamuriando a solidão na saudade sediada
na alma, qual carro de bois, no seu gemer
Luciano Spagnol
07 de julho, 2016
Cerrado goiano
Toda lágrima chorada, refece
A realidade pouco interessa
A condição que há, envelhece
Tudo mais que tudo, tem pressa
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
PELOS SONHOS ANÔNIMOS
Clamo hoje pelos sonhos esquecidos
Os mais desejados e sempre dilema
Os que no ter não foram pertencidos
Nem citados ao menos num poema
Pouco lembrados e incompreendidos
Solitários que até nos causam pena
Nos fazendo chorar nos fados vividos
Falidos entre o prazer e a dor suprema
Assim perdidos nos traços da história
Desistidos e tão poucos na memória
Criando ilusões do tempo já passados
Clamo que revividos possam ter vitória
Que assim possam ter e ser divisória
Hoje, no fazer, para serem realizados
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
CHORO OCULTO
Se me escorre bochornal pesar
Da alma inquietada e tão sofrida
Parece-me afliges querendo voar
Dos lamentos desta copiosa vida
E a minha triste cisma dolorida
Em lágrimas opacas põe a rolar
Nas tristuras e do silêncio saída
Não esquecida, insiste em pisar
E fico, cabisbaixo, olhando o vago
No peito o gosto pálido e amargo
E minha emoção duma cor marfim
Assim, eu choro, um choro velado
Ninguém os vê brotar de tão calado
Ninguém os vê arando dentro de mim!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
29, agosto de 2019
Cerrado goiano
AMAR-VOS ...
Se estro por amar-vos se merece
Quão devo ter, de glosa ser isento
E que prazer, e quanto sentimento
De carícia e a emoção que oferece
Minha poesia. Prosa que obedece
E não refece o atento pensamento
Redigi a rima, não coze tormento
E não melindra, e não se esquece
Ah! ... hei de reverenciar, amando
O coração canção por ti pretende
Inspirando a cada segundo nosso
Posso, devo, assim, vou poetando
Por onde o brando amor entende
Causando a poética do que posso! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/03/2021, 13’02” – Araguari, MG
ANTES DO SOL SE PÔR
Hoje, eu poeto cá por lhe narrar
As sensações de o meu coração
São versos de quem quer amar
Numa ardente e gostosa paixão
Tal qual a poética tem emoção
Assim o meu desejo é desejar
Tu és aquele amor de sonhar
Tu és meu amor, minha razão
A cada trova um doce suspirar
A sede, perdão se fui amador
É por ti este canto a lhe cantar
És o encanto duma felicidade
A boniteza antes do sol se pôr
No cerrado. Ar, minha metade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 setembro, 2021, 21’16” – Araguari, MG
PROPORÇÃO
Eu amo a poética e poesia
que faz uma inspiração ter
sonho, a ilusão e a fantasia
que a quimera põe a verter
A prosa, o verso, a rima
matizando a imaginação
dando cor, sabor e clima
desenhando cada emoção
A invenção e a realidade
tudo amo, assim, brado
pondo o meu contenho
O que sinto é alacridade
não tenho todo o agrado
mas agrado do que tenho...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/01/2022, 17’56” – Araguari, MG
LUAR NO CERRADO
Nos confins do sertão eis que acontece
O níveo clarão de uma diáfana doçura
Que na imensidão do céu resplandece
Descorando a negrura da noite escura
Num entreabrir desvanece e aparece
As estrelas, ornando a ti, ó formosura
Em um balé de harmonia e de prece
Enchendo de poesia, graça e candura
O luar no cerrado, probo e tão divinal
Guia da noite, confidente e boa prosa
Sempre revelado no angelical castiço
O luar no cerrado, de fase temporal:
Nova, crescente, minguante, gibosa
E ao matuto: ilusão, sonho e feitiço!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 janeiro, 2022, 20’06” – Araguari, MG
SONETO RETROSPECTIVO
Ah! se da saudade, agora recordando
um aperto de lembrança a lagrimejar
quando só era para, assim, ir levando
a tal sensação que tem ao saudosar
Ah! olhar, mãos, que, mimam, quando
por entre afogos, tem, aquele gostar
que, de novo, robustecido, vai dando
na recordação, que então, faz suspirar
Porquê da prosa, o mesmo persistir
que sussurra n’alma e faz mais sentir
desesperações da infortunada sorte
Do silêncio a quietude, unicamente
murmúrios, que ativa o dia poente
arrastando a noite, insone, sem suporte...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16, abril, 2022, 18’45” – Araguari, MG
SAUDADE QUE CONFESSO
Depois que te perdi, só depois, da tua partida
Senti no peito, um vazio, que cá eu confesso
Um calafrio na alma, aquela pior dor sentida
E, se há igual, parecida, afirmo, não conheço
Suspiros sofrentes e aquele choro espesso
As noites tão compridas na ilusão perdida
Ladeando a emoção, cujo o certo endereço
É o coração, que arde numa aflição sofrida
Depois que foste, só depois, singular paixão
Me vi significado em uma constante tortura
De sussurros duma surtada dorida contrição
De não retribuir, a ti, o carinho que me dava
Com exatidão, repondo com minha ternura...
Ah! Saudade, está sensação, não imaginava!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 janeiro, 2023, 19’56” – Araguari, MG
SONETO DO PERDÃO
O teu não, vergasta a minha fé
Dá-me o perdão como veredito
És a quimera de que necessito
Refreai-me da cilada do mundé
Do coração, o dito não é escrito
O teu fascínio embarga-me até
Eu sou só pra ti e ti pra mim, é
Vou além. Tu me levas ao infinito
E nesta de alma perdida, sofrida
Rasga-me o peito a tua partida
Se, só queria alegria e não dor
Então, aqui na sobra repartida
Lágrimas da saudade escorrida
Murcham com mágoas, o amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Abril de 2017 - cerrado goiano
Só loucura
A vida anda muito louca,
Tudo é um corre, corre...
Eu sou de uma vida quase loka,
Quero que tudo se exploda!
Os resultados das minhas ações,
São como as cuecas que eu visto.
Se forem legais, boas aceitações...
Se não, vão apertar o meu saco!
Toda ação pede uma reação,
Ela dará a resposta plausível!
Para julgar as escolhas do meu coração,
Precisará entender os meus motivos...
Nesta variante que eu vou,
Não vejo um final feliz...
Antes mesmos do tempo que me restou,
Acredito que levarei o game over!
Quando...
Quando eu tenho saudades de alguém, sinto tristeza por não poder revê-la novamente... quando as lágrimas caem dos olhos e correm pelo rosto, é sinal de eternas lembranças...!
Quando eu vejo as fotos já amareladas é sinal que tudo já passou há décadas... quando a nostalgia bate a porta, eu lembro de coisas guardadas na memória, mas esquecidas pelo tempo...!
Quando a dor do passado bate forte, expressa sem piedade a presença viva inexistente... quando essa dor apresenta a sua face cruel, torna angustiante e aflito o coração...!
Quando a saudade é um vasto oceano, a vida se torna um inconstante e profundo desengano... quando não tem mais jeito a saudade se apossa de vez, trazendo muitas mazelas as nossas vidas...!
Quando eu sonho e não realizo pelas oscilações da vida, sinto que fica um gostinho de frustração... quando sinto o vazio das lembranças esta presença imaterial machuca muito...!
Quando sinto saudades daquilo que nunca existiu, percebo um vácuo em minhas lembranças... quando esse vento andarilho sopra sua brisa em meu rosto, eterniza em mim o passado...!
Quando sinto a ausência do aconchego dos braços da minha amada, isso dói demais em mim... quando a saudade só traz na sua realidade a tristeza e melancolia, entendo ela querer me destruir...!
Quando percebo o passado presente na minha vida, vejo que a minha alma está presa lá... quando a saudade me faz chorar com uma dor insuportável a esperança se desvanece...!
Mas, quando a ausência traz a paz tenho a certeza de que soube viver aquele grande momento! Quando o gosto da saudade é doce à certeza do reencontro é inevitável, apesar da distância...!
Quando a saudade suaviza a dor, ela é como um perfume perdido que se achou... quando tudo isso ocorre, é sinal que ainda há um fio de esperança em mim!
Você só quer
Você quer que eu lhe compreenda
Mas o que eu senti foi tamanha decepção
Você não quer que eu tenha ódio
Mas foi só o que sobrou no meu coração
Você quer que eu encare com naturalidade
Mas eu fui traído com esse ato de ingratidão
Você quer que eu aja com modernidade
Vendo os direitos iguais só na hora da traição
Pede para eu não dizer nenhuma palavra torpe
E quer que eu me lembre só dos momentos bons
Mas em nenhum momento me diz palavras doces
Diz que mede cada palavra e não me desagrada
Mas no final dessa história sabe o que vai ficar?
Os filhos no meio, você pra lá e eu pra cá
> Tem gente que não muda, só disfarça enquanto precisa de você.
Às vezes, Deus quebra o que a gente achava indestrutível — não pra castigar, mas pra reconstruir melhor.
O orgulho pesa mais que qualquer fardo, mas a gente só percebe quando começa a afundar por
O Peso de Trabalhar em Algo que Não Gostamos
Como podemos pensar em ganhar a vida fazendo algo que não gostamos? Isso faz uma pressão para dentro, nos encurralando, ameaçando e nos fazendo sofrer. Isso não é viver, isso é morrer.
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