Poemas para uma Pessoa Alegre

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Não, eu não sou a melhor amiga do mundo nem de longe, muitas vezes vou esquecer de uma data especial ou o nome daquela pessoa que te fez mal, outras vezes vou ser grossa e até brigar contigo pelo simples fato de estar estressada, vou também fazer drama e me focar nos meus problemas esquecendo dos seus, às vezes vou sofrer uns surtos horríveis por ciúmes e infantilidade ou então vou calar a boca e tentar te afastar da pior forma possível, eu erro constantemente como amiga e sei disso, talvez consiga consertar os erros de agora, mas vão aparecer muitos outros diferentes.

No entanto, tô aqui pra te pedir três coisas: a primeira é para que não tenha medo de apontar os meus erros, quero saber o que te incomoda e no que posso melhorar para ser uma amiga cada dia mais incrível, além do mais você merece. A segunda coisa é que nunca se esqueça que eu te amo, que por trás de todos os meus erros, mais alto que todos os meus gritos, acima de todas as minhas paranoias, dentro de cada verdade bruta que digo está o meu amor por você, um amor puro que mesmo com todas as coisas ruins ainda continua crescendo. A terceira e a última coisa é nunca desista de nós, vão vir várias marés ruins, muitas tempestades, furacões e tsunamis, mas não desista, por favor, eu te garanto que depois de tudo as coisas sempre vão melhorar, que vou te dar momentos incríveis e apoio em tudo que precisar, então não desista da nossa amizade quando as coisas apertarem, vamos caminhar juntos de mãos dadas em qualquer tempo, ok?

Eu não te prometo ser a melhor amiga do mundo, mas te prometo todo o meu amor e todo o meu melhor.

- de uma amiga não tão boa

Se me fosse dado, um dia, uma oportunidade, seguraria todos os meus amigos, que já não sei onde e como estão, e diria: Vocês são extremamente importantes para mim. Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter alguém ao seu lado, ou de fazer algo, por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente...não voltará mais.

Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E, como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de não ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la – como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes a galope.
Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar para sempre uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.
Essas dificuldades, nós as temos. Mas não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega. Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queda não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica intitulada Declaração de amor.

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Apenas uma canção de amor

Enquanto a chuva molha o meu rosto
Ela esconde a minha lágrima
Que insiste em encontrar o chão.

Enquanto o frio toma o meu corpo
Eu aprendi sem a gramática
Que saudade não tem tradução.

Eu preciso tanto de você
O seu amor é o que me faz crescer
E conhece como a própria mão
Cada medo do meu coração.

Hoje pensei tanto em nós dois
Que não podia deixar pra depois
E eu vim aqui só pra dizer:
-Que eu sou louco por você

(...) faze com que eu perca o pudor de desejar que
na hora de minha morte haja uma mão humana amada
para apertar a minha (...)

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Em reuniões, homens têm uma chance 75% maior de falarem do que mulheres, e quando uma mulher fala, é cientificamente provável que seus colegas homens ou irão interrompê-la ou falar por cima dela. Não é porque eles são rudes. É ciência. A voz feminina é cientificamente provada de ser mais difícil para um cérebro masculino registrar. O que isso significa? Significa que num mundo onde homens são maiores, mais fortes, mais rápidos… Se você não estiver pronta para brigar, o silêncio vai te matar.

Você tem uma voz, então use-a. Fale. Levante suas mãos. Grite suas respostas. Faça com que seja ouvida, não importa como. Apenas encontre sua voz, e quando fizer isso, preencha o maldito silêncio.

Elas têm uma magia especial,
um encanto sem igual,
um abraço que acalanta,
uma fórmula que encanta,
um amor profundo,
uma sensibilidade que encanta o mundo.
Mulheres: elas são pura inspiração!

Para hoje:
Uma flor-amarela no cabelo
Uma esperança bonita no olhar
E na boca um desses risos bobos sem motivo.

A fábula da convivência

Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, e juntar-se mais e mais.

Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.

E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele forte inverno .

Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, e afastaram-se feridos, magoados, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus companheiros.

Doíam muito...

Mas, essa não foi a melhor solução : afastados, separados, logo começaram a morrer congelados, os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver, resistindo a longa era glacial.

Sobreviveram...

Arthur Schopenhauer
Parerga e Paralipomena. 1851

Nota: Fábula também conhecida como "A Fábula do Porco-espinho".

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Não fale da boca pra fora, não aja sem coração, não viva sem uma razão. Não deixe a vida passar por entre os dias sem te deixar emocionado(a) de alguma forma, sem te fazer mudar por alguém ou alguma coisa, sem te fazer correr na chuva nem que seja pra mostrar que você pode dizer que ama alguém.
Não espere ser recíproco pra amar, não espere não poder mais pra se arrepender.
Diga, faça, fale, mostre, ame.

Meu amor,

Tenha uma ótima noite, durma bem e sonhe com os anjinhos!
Te amo mais que a minha própria vida.

A mulher é uma incógnita,
Um monumento à dúvida.
Num dia é linda,
No outro, mais ainda.

A mulher é brisa,
É perfume de flor,
É viço da vida,
Doce do mundo.

A mulher é notícia boa,
É colírio, deslumbramento.
É desejo esculpido, poesia.
A mulher é linda, sempre.

A felicidade é uma ilusão de ótica, dois espelhos que refletem entre si a mesma imagem do infinito. Nem tente buscar a imagem original, não existe nenhuma.
Não diga que a felicidade é efêmera. A felicidade não é efêmera. O sentimento que se sente e é tomado como felicidade quando se está apaixonado, quando se teve sucesso em alguma coisa, é uma liberdade condicional antes de conhecer a pena: o ser amado não se parece com nada, o que você conseguiu não serve pra nada. Isso não a faz infeliz, mas consciente. A felicidade não acaba, ela se retifica.
Nós inventamos a luz para negar a escuridão. Colocamos as estrelas no céu, plantamos postes a cada dois metros nas ruas. E lâmpadas dentro de nossas casas. Apague as estrelas e conteple o céu. O que você vê? Nada. Você está diante do infinito que seu espírito limitado é incapaz de conceber, de forma que você nada mais enxerga. E isso o angustia. É angustiante estar diante do infinito. Fique calmo; os seus olhos sempre encontrarão as estrelas obstruindo a trajetória deles e não irão mais longe. De forma que o vazio dissimulado por elas será ignorado por você. Apague a luz e arregale os olhos ao máximo. Você nada verá. Apenas a escuridão, a qual é mais percebida do que vista por você. A escuridão não está fora de você, ela está em você.

Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe uma paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu que nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...

(Do livro O Guardador de Rebanhos Heterônimo de Fernando Pessoa)

“Amar só há uma entrada na vida:
é entrar num beco sem saída.
É sentimento que dá frio na barriga
como se ferir e não ver a ferida.
Acho que amar é tanto quanto necessário:
é um alimento diário.
Amar é algo de dentro pra fora
como uma flor que desabrocha.
Amar não é algo do imaginário:
é simplesmente extraordinário.”

Não foi o amor que me deixou
Eu o perdi
Para que o futuro nos presenteie
Mais uma vez como novo amor

Leve como uma pena, mas ninguém pode segurar por muito tempo.
O que eu sou?
Seu fôlego.

Rotina noturna

Uma poltrona
um café
um livro
um cigarro
o som de Elis,
as lembranças de um amor
as saudades de outros...
a vontade de ouvir aquelas vozes
nem que seja por um instante,
buscando fantasmas no escuro
buscando a imagem de um passado.

Muda a música
o pensamento viaja,
vai em busca daquela...
daquela que de longe fica perto
perto no peito.
Vem na memória as risadas,
marcadas por um sorriso ecantador.

Nesse momento descubro
que palavras são poucas
noites são curtas
que a vida de tão grande
fica pequena,
para tantas vontades
tantos sonhos contruídos.
E principalmente
para que estes se realizem

A Alma...

... E o Deus dos deuses separou de si mesmo uma alma e a dotou de beleza.
E deu-lhe a suavidade da brisa matinal e o perfume das flores do campo e a doçura do luar.
E entregou-lhe a taça da alegria, dizendo-lhe: "Só poderás beber desta taça se esqueceres o passado e não te preocupares com o futuro." E entregou-lhe a taça da tristeza, dizendo: "Bebe dela, e compreenderás a essência da alegria da vida."
E soprou nela um amor que a abandonaria ao primeiro suspiro de saciedade, e uma meiguice que a abandonaria à primeira manifestação de orgulho.
E fez descer sobre ela, do céu, um instinto que lhe revelaria os caminhos da verdade.
E depositou nas suas profundezas uma visão que vê, o que não se vê.
E criou nela sentimentos que deslizam com as sombras e caminham com os fantasmas.
E vestiu-a de um vestido de paixão que os anjos teceram com as ondulações do arco-íris.
E colocou nela as trevas da dúvida, que são as sombras da luz.
E tomou fogo da forja do ódio, e ventos do deserto da ignorância, e areia do mar do egoísmo, e terra pisada pelos pés dos séculos e amassou todos esses elementos e fez o homem.
E deu-lhe uma força cega que se inflama nas horas de loucura e desvanece diante das tentações.
Depois, depositou nele a vida, que é o reflexo da morte.
E sorriu o Deus dos deuses, e chorou, e sentiu um amor incomensurável e infinito e uniu o homem e a alma

Mudanças

Tem momentos na vida que você se depara com um “fim”. Um fim de uma vontade, de um sonho, de um amor, de uma carreira, de um amigo e ate mesmo da vida. Você não acha mais tanta graça no dia a dia e muito menos em si. As pessoas já não têm aquele dialogo que lhe atrai, o lugar onde vivenciamos se tornou preto e branco. Para isso é necessária a mudança: mudança de hábito, fim da rotina, da monotonia, das amizades antigas e ate de diversões ultrapassadas. Ir para uma festa de 15 anos ultimamente se tornou clichê, ida ao shopping todo domingo é como uma dor de cabeça sem aquela aspirina e se conectar a internet é mais tedioso do que resolver equações de álgebras. Por tanto parei de esperar que algo aconteça, desisti de me obrigar a me apaixonar por alguém, só deixo de ler um bom livro se o motivo for de fins lucrativos e interessantes, showzinho só se for com músicas antigas e MPB, festa só se tive como tema “a única regra é que não há regras” e a única rotina que sigo de hoje em diante é a da felicidade.