Poemas para Amigas Distantes
Já estivemos tão distantes, você imaginou que iríamos nos conhecer?
É, nem eu. E por que você acha que isso aconteceu?
Tenho saudades do início do ano.
...
Hoje estamos bem distantes do local que plantamos nossa primeira semente, mas quem disse que a colheita é realizada no mesmo solo que plantamos?
Levamos nossas raízes nas asas. Um pouco de você, um pouco de mim e muito de nós.
Enigma do universo
Num enigma de tempos distantes,
Surge a questão, em pensamentos constantes:
Quem veio primeiro, sem resposta certeira,
O ovo ou a galinha, indagação primeira?
Mergulhemos na dança do universo,
Onde mistérios e verdades se disperso,
As crenças se cruzam, conceitos se chocam,
Em busca da origem, respostas nos provocam.
Diz a religião, com fé e devoção,
Que um Ser Supremo deu início à criação,
Deus, o arquiteto, moldando cada detalhe,
Em um ato divino, sublime e imponente.
Mas a ciência indaga, em teorias esculpidas,
Com estudos profundos, mentes resolutas,
Uma explosão grandiosa, o Big Bang surgiu,
E a partir do caos, o universo floriu.
E o ovo, então? Mistério a se desvelar,
Da galinha nasceu, para perpetuar,
Um ciclo contínuo, de vida e renovação,
O ovo é símbolo, de eterna criação.
Na teia do tempo, em respostas imersos,
Somos viajantes, curiosos e diversos,
Unindo crença e ciência, num elo infindo,
O mistério prevalece, nesse enigma infindo.
Pois a verdade, talvez, não seja única,
No universo vasto, a resposta mística,
A imensidão nos convida a contemplar,
E encontrar beleza na dúvida a pairar.
Quem veio primeiro, afinal, não importa tanto,
Pois a busca pelo saber é nosso encanto,
E em cada pergunta que nos é lançada,
Descobrimos o mundo, na jornada almejada.
Nunca tive alguém de verdade. Sempre foram presenças distantes, vozes que chegavam, mas nunca ficavam. Sinto falta de algo que nem sei como é, de um espaço vazio que nunca foi preenchido.
Talvez eu tenha me acostumado a ser só, a não esperar nada além de mim mesmo. Talvez eu tenha aprendido que é mais seguro assim. Mas, no fundo, uma parte de mim ainda quer acreditar que um dia alguém vai chegar e ficar. Não porque eu pedi, não porque eu precisei, mas porque simplesmente quis estar aqui.
O Voo Indefinido
Pássaro quis pousar
não deu, voou
Tão juntos
Tão distantes
Na expectativa
De um só
Momento
Contentando-se
Com a esperança
Vi um rio:
passou por mim,
era azul da cor de anil,
frio como teus olhos
distantes,
deixou lembranças
marcas,
vi um rio:
tinha um peixe em suas águas
mergulhava
como lágrimas escorriam
feito flor
lançou perfumes
cheiros,
passou levando sonhos
risos,
vi um rio
em águas turbulentas
escuras,
passou deixando loucuras
saudades de amor.
Taça, vinho...
tragos,
músicas rolam, saudade.
Vejo olhos claros, longe
distantes,
sinto vozes
escuto,
vem cheiros
bate em mim desejos
escorre,
vontade de um sorriso
abraços.
Fico no ar, pelo avesso
peço abrigo, colo.
Carros passam, pessoas...
só não tu, vem!
Na escuridão de mim
Vejo teus olhos
Distantes léguas, ruas...
Na loucura de ter-te por perto
Te caço entre grades, tetos.
Sou refém das minhas loucuras
Loucos, tortos devaneios.
Me aprisiono na saudade
Me acorrento nas memórias
Lembranças,
Enlouqueço na vontade
Obsessiva, delinquente...
Muros, portas se trancam
Se fecham,
Me perco na agonia
Sem rumo,
Só o passado a minha frente.
Procura sem limites
Sem medidas,
Não há espaço, não há luz.
Só réstias,
De um sonho esquecido
Perdido,
Na história do tempo.
Abundância
Amplo é o viver
De viagens distantes
Aventuras boas
Conheci novos lugares
Novos horizontes
Abundante é olhar encantador
De migrações do voar.
As águas claras da lagoa mais próxima
estão tão distantes da minha sede
Que eu resolvi negociar
com a tempestade.
Dizem que o trabalho nos deixa calvos, distantes de nós, sem vida.
Sobre isso, eu me pergunto:
quem esteve no futuro e voltou para afirmar que o presente seria diferente, se nossas ações fossem outras?
Enfim, no meio de tantas possibilidades,
encontrar uma desculpa é sempre mais fácil do que encarar a própria realidade.
A única certeza é que o nosso tempo é o presente.
E como é difícil — e raro — encontrar pessoas realmente presentes...
Vida adulta
Em terras distantes, sob o sol ardente,
Um jovem de dezoito anos, coração valente,
Deixou para trás o lar, a família querida,
Em busca de trabalho, a jornada sentida.
A cidade natal, com sonhos e memórias,
Ficou para trás, em lembranças e histórias,
A fazenda imensa, um novo desafio,
Longe da alegria, em meio ao trabalho rio.
Os pensamentos ruins, como sombras que rondam,
A saudade da família, ferida que não cicatriza,
Datas comemorativas, um vazio profundo,
Longe da diversão, em silêncio e sofrimento.
Mas a força interior, não se deixa abater,
A vontade de vencer, não se deixa quebrar,
Com passos firmes, segue em frente sem desistir,
Um futuro melhor, eu vou conseguir.
A distância física, não diminui o amor,
A ligação familiar, sempre será maior,
Em cada amanhecer, uma nova esperança,
Em cada estrela que brilha, uma doce lembrança.
Os sonhos são como as asas da imaginação,
Que nos levam a voar por terras distantes,
Onde tudo é possível e nada é limitação.
São como rios de águas cristalinas,
Que correm por nossas mentes adormecidas,
E nos levam a lugares onde as estrelas brilham.
São como um baú de tesouros escondidos,
Que guardam segredos que ainda não foram revelados,
E nos fazem sentir vivos em mundos desconhecidos.
São como a luz do sol que atravessa as nuvens,
E ilumina nossa alma com uma energia divina,
Que nos inspira e nos guia em nossos caminhos incertos.
Os sonhos são a porta para a nossa essência,
E nos mostram que podemos ser tudo o que quisermos,
Se tivermos a coragem de acreditar em nossa existência.
Ventos da orla
Cheiro de mar
Olhares distantes
Sem pestanejar
Se me deito eu sonho
A areia é um aconchego
O vai e vem da maré
Na ponta dos meus dedos
Passam senhores e meninos
Mulheres e meus ais
Imagino o que se pode
E o que não se pode mais
Breves anos eu passei
Suspirando a beira mar
Mas eu nunca encontrei
Um ideal pra eu amar
Só o mar me corresponde
Mas coragem eu nunca tenho
De ir lá onde se esconde
O prazer e me abstenho
Se eu réles e covarde
Se eu fraco e perdedor
Não encontro a mim mesmo
Que dirá um grande amor
O pequeno principe de lugar nenhum
No reino de estrelas distantes, entre asteroides e sonhos,
Vaga um príncipe, não mais um menino, mas um viajante solene,
Que em busca de um jardim de rosas, perdido no espaço,
Carrega um coração feito de versos, onde a esperança se esconde.
Ele traça linhas invisíveis em um céu de mistérios,
Cada traço um desejo, cada estrela uma promessa.
Mas a rosa, bela e efêmera, permanece fora de alcance,
E no espelho do cosmos, reflete um anseio não realizado.
Em terras de areia e vento, uma raposa de pelagem dourada,
Sussurra enigmas sobre cativar e ser cativado,
Mas suas palavras, como o vento, dissipam-se no vazio,
Sem tocar o âmago do príncipe, sem transformar o efêmero em eterno.
A raposa, um eco da essência do príncipe,
Uma sombra projetada nas areias do tempo,
É talvez uma ilusão ou um reflexo distorcido,
Uma imagem fragmentada de um ser que nunca conheceu plenitude.
No crepúsculo de um planeta solitário,
Onde o amor e o cativar se encontram e se perdem,
O príncipe caminha, passos levianos, em uma dança de promessas,
Mas o jardim de rosas, seu tesouro perdido, permanece invisível.
Cada planeta que ele toca, cada rosa que ele não encontrou,
É um passo no labirinto de um coração inatingível,
E a raposa, que nunca se cativou,
Revela a dualidade de um príncipe que também nunca se cativou.
Quando as estrelas brilham e o silêncio se faz profundo,
O príncipe, uma alma em eterna busca,
Encontra, ao final do caminho, apenas a vasta solidão,
E o espelho de um sonho que nunca floresceu.
Em uma terra onde as ilusões dançam e os ecos são eternos,
O príncipe e a raposa, entrelaçados em um destino imutável,
Contemplam o horizonte, onde a rosa, o amor, e o cativar,
São sombras de uma existência que nunca se completou.
“ Não é sobre mim.
Não é sobre você.
É sobre nós.
Distantes…
Ou a sós
Em algum canto,
lembrando histórias.”
'DUAS ALMAS, AGORA DISTANTES...'
Eram duas almas, outrora dançando no mesmo rio,Águas claras, correntes que se entrelaçavam em segredo.Hoje, são dois barcos à deriva, frios,
Marés separadas, rumos perdidos no medo...
O tempo, oleiro astuto, moldou-lhes novas formas,
Transformou beijos em vento, abraços em sombras vãs.O que era jardim virou deserto, secou-se as normas,E as flores que um dia cresceram são agora apenas vãos...
Eles se encontram na cozinha, sob a luz fria do luar,Olhares que se evitam, como estrelas que não se tocam.O silêncio é um muro, as palavras não conseguem passar,E o eco do que foram só no relógio das horas evocam...
Ela, um pássaro de asas quebradas,Ele, um rio que secou sua nascente.Dois corpos que habitam a mesma casa,Mas vivem em mundos diferentes, impotentes...
O amor? Ah, o amor...Virou cinzas de um fogo que não soube durar.Restam só as brasas frias de um antigo ardour,E o vazio de dois corpos que não sabem maisamar...
Duas almas, agora distantes,Como luas que orbitam sóis separados.Cada um carregando seus instantes,Dois estranhos, outrora apaixonados.
E assim seguem,Na dança silenciosa do adeus,Dois corpos, duas histórias,
Duas almas que a vida dispersou,E o vento nao sopra....
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