Poemas Olavo Bilac sobre Patria

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Só uma coisa assegura a vitória na guerra cultural: a superioridade intelectual absoluta. Sem isso, não há mais guerra cultural e sim guerra civil.
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Só a superioridade intelectual absoluta vence a guerra cultural, mas nisso o fator quantitativo não é inócuo. Como se trata essencialmente da disputa entre dois grupos de intelectuais, a diferença do número de vozes de parte a parte pode pesar na balança.

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Onde se fala de um 'consenso', é precisamente porque não há uma DEMONSTRAÇÃO CANÔNICA que encerre a discussão. Ninguém diz que a lei da gravitação universal é um 'consenso', que o teorema de Gödel é um 'consenso' ou que a refutação da geração espontânea (Pasteur) é um 'consenso'.

Nenhum 'consenso' é autoridade final. Autoridade final, só a DEMONSTRAÇÃO, e mesmo esta só é final dentro dos limites epistemológicos que ela pressupõe.

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Quando o Facebook acabar, tudo o que escrevi aqui será publicado em livro -- os meus 'Diários', três volumes de mil páginas cada um, até o momento.

(03/12/2018)

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A acumulação de fatos concordantes é um meio de PERSUASÃO, não de PROVA.

Para provar uma hipótese você não precisa de muitos fatos: precisa de apenas um que não admita outra explicação.

NENHUM acúmulo de fatos prova jamais uma hipótese. Só o que a prova é a sua confrontação vitoriosa com as hipóteses alternativas. A acumulação espetacular de fatos concordantes é, muitas vezes, apenas um meio engenhoso de fugir a essa confrontação.

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Diálogo antigo (1986):
Rama P. Coomaraswamy: -- Em esoterismo, toda questão tem duas respostas: Sim e Não.
Olavo: -- Isso é verdade ou não?

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"'Excelle, et tu vivras', ensinava Joubert -- o escritor que ilustrou pessoalmente a sua máxima, sobrevivendo a si mesmo pela pura excelência do seu estilo.
Até os anos 60 ou 70 do século passado, o poder incomparável da excelência era não só uma obviedade patente para todos os escritores brasileiros, mas um princípio orientador de toda a sua atividade.
Hoje em dia esse princípio parece que simplesmente desapareceu das consciências, tal a intensidade crédula com que os pretendentes a escritores e intelectuais apostam em outras coisas: o apoio grupal, a solidariedade militante, as boas relações, o emprego universitário, etc. etc., tentando insuflar um simulacro de vida em algo que já nasceu morto."

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Muito do que fazemos na vida -- às vezes, tudo -- é compensação de alguma tristeza que tivemos na infância ou na adolescência. No meu caso, sei exatamente que tristeza foi essa. Quando, no início da adolescência, comecei a me interessar por literatura, teatro, música clássica, história, filosofia, psicologia, teologia, entendi que tinha descoberto um tesouro infinitamente valioso, o alívio quase imediato da maioria dos padecimentos humanos. Qual não foi a minha surpresa ao perceber que em geral as pessoas não apenas eram desprovidas de qualquer interesse por essas coisas, como tinham até um certo orgulho da sua indolência mental, acreditando piamente que acabariam por vencer todas as dificuldades da vida pela simples repetição dos automatismos rotineiros que lhes davam um sentimento de segurança na mesma medida em que, a longo prazo, garantiam o seu fracasso.
Muitas dessas pessoas não escondiam o desprezo que sentiam pelas minhas preocupações, que elas diziam estratosféricas, e não raro o desprezo se manifestava como arrogância, agressividade e exclusão ostensiva. Aos poucos fui descobrindo que isso não acontecia só no meu ambiente social, mas era uma praga endêmica, uma constante da vída brasileira. Os melhores, os mais conscientes e mais sensíveis eram sistematicamente boicotados e escorraçados, jogados para o fundo de uma existência obscura e deprimente pela santa aliança da mediocridade com a arrogância, da inépcia com a vaidade, da indolência com o carreirismo.
Eu SEMPRE soube que um dia teria de fazer algo contra isso.

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Uma teoria ambígua não é NUNCA uma hipótese legitima, capaz de submeter-se a um teste científico. O marxismo e a teoria da evolução são exemplos: mudam de interpretação cada vez que são refutados.

[...] uma segunda hipótese NÃO É uma segunda 'interpretação' dos fatos mas uma segunda EXPLICAÇÃO deles. Enquanto subsistem interpretações divergentes, é impossível formular uma hipótese.

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Mil vezes já expliquei que, se a conduta de um filósofo pode ser explicada pela hipocrisia, pelo fingimento proposital ou por algum distúrbio mental, não faz sentido apelar ao conceito de 'paralaxe cognitiva'. É óbvio: se algo tem uma explicação psicológica banal, para quê recorrer a um conceito histórico-cultural ao descrevê-lo? [...]
Falei em paralaxe cognitiva mais especialmente a propósito de Kant e Marx. Nenhum dos dois era louco, nenhum dos dois era burro, nenhum dos dois era um farsante proposital. Nos casos de Maquiavel e Rousseau preferi explicações mais propriamente psicológicas: a inépcia, no primeiro caso, a autopersuasão histérica, no segundo. [...]

Paralaxe cognitiva é o deslocamento (estrutural, entenda-se) entre o eixo de uma construção intelectual e o eixo da experiência real à qual nominalmente ela se refere. É um fenômeno cultural que aparece na história da filosofia, endemicamente, a partir do século XVII, e que, por definição, nada tem a ver com hipocrisia, mentira ou loucura pessoal.

Em resumidas contas, a paralaxe cognitiva aparece quando o filósofo, no seu juízo perfeito e sem nenhum intuito de mentir, descreve como realidade aquilo que ele está pensando em vez do que está vendo.

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A paralaxe cognitiva resulta inevitavelmente do abandono do realismo filosófico.

A paralaxe cognitiva é um engano fundamental, básico, que o filósofo comete na interpretação da SUA PRÓPRIA filosofia.

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A coisa que mais me enoja num escrito é o autor que não escolhe as palavras pela precisão com que correspondem ao objeto descrito, mas pela impressão emocional que, em total prejuízo da exatidão descritiva, deseja despertar no leitor. Esse procedimento é ainda mais perverso e revelador quando se trata de termos técnicos que, por possuírem significados convencionais bem definidos, só se prestam a essa operação mediante distorções forçadas que denotam precário domínio do idioma. [...] O estilo é o homem, mesmo quando a criatura em questão tem, de homem, pouco mais que o rótulo taxonômico.
Esse tipo de eloquência, que é menos canina do que simiesca, nunca funciona, exceto ante plateias previamente dessensibilizadas para as propriedades do idioma.
Ante plateias normais e cultas, ao contrário, a precisão é a condição primeira e indispensável da força persuasiva.

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No Islam não existe propriamente a 'conversão' a uma 'fé'. Esses são conceitos cristãos que só se aplicam ao Islam com bárbara imprecisão. O que existe é a ADESÃO A UMA COMUNIDADE JURÍDICA, por meio de uma DECLARAÇÃO PÚBLICA que vale independentemente de qualquer 'fé' ou 'sinceridade' interior. Sendo assim, a posterior abjuração — caso aconteça — não é uma 'apostasia' no sentido cristão (o abandono de uma crença interior), mas um ato de ALTA TRAIÇÃO, que é qualificado pela legislação penal e deve ser punido com a morte.

Tão logo confirmado por uma autoridade islâmica que o sr. Fulano ou Beltrano, após ter aderido ao Islam, o abandonou, não só os tribunais islâmicos mas todos os cidadãos muçulmanos do mundo têm NÃO SÓ O DIREITO, MAS O DEVER DE MATÁ-LO se tiverem os meios de fazer isso.

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Quando falamos, uma subcorrente de imagens, evocações, associações e sentimentos acompanha, no fundo da nossa consciência, o fluxo verbal. É no intercâmbio entre duas subcorrentes, quando fluem em harmonia, que se dá a verdadeira conversação. O resto é papagaiada.

Com um pouco de prática, você apreende o que o seu interlocutor está vislumbrando por dentro quando vocês conversam. E aí a diferença entre a conversa substantiva e o falatório vazio aparece com uma nitidez contundente.

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O traço mais característico do estilo jornalístico e universitário do Brasil hoje em dia é a certeza inabalável de que falar de uma opinião qualquer em tom de desprezo equivale a refutá-la por completo.
A mais alta atividade intelectual nesses meios é a AFETAÇÃO.

Os pretensos intelectuais da mídia e da universidade REALMENTE não conseguem DE MANEIRA ALGUMA imaginar mais alto ideal de vida do que influenciar um governo. E acreditam de todo o coração que desejo e consigo o que eles desejam e não conseguem. A miséria espiritual dessa gente é indescritível.

Um redator da Fôia [Folha de S. Paulo] jamais poderá compreender que a coisa mais importante da vida é a nossa identidade diante de Deus.

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Praticamente todas as idéias monstruosas e assassinas nasceram de conclusões filosóficas extraídas de fatos científicos desprovidos de qualquer alcance filosófico.

Como toda conclusão científica só vale dentro de um campo de experiência previamente delimitado, isso equivale a dizer que, em princípio, praticamente nenhuma conclusão científica tem qualquer alcance filosófico.

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"Nenhum intelectual pode estar realmente próximo do seu povo quando sua definição de 'povo' provém de um estereótipo sociológico -- quando não ideológico -- e não de uma elaboração abstrativa feita a partir dos dados da vivência pessoal. A vivência pessoal, por sua vez, não liga o indivíduo ao 'povo', assim genericamente, mas se dá através da família, do bairro, da cidade, das raízes pessoais enfim. Por isto, dentre os intelectuais, aqueles que melhor expressaram o sentimento do povo brasileiro chegaram até ele por meio de suas recordações pessoais, como o fizeram José Lins do Rego, Ariano Suassuna, Antônio de Alcântara Machado e Gilberto Freyre.

Já se você aborda o povo por meio de idéias como 'classe', 'revolução' ou 'cidadania' etc., você só enxerga as partes dele que se encaixam, mais ou menos, por mera coincidência, em esquemas produzidos pela casta intelectual, condutora das revoluções. Um povo, em si, não é nunca revolucionário, não é nem sequer progressista. Um povo é sempre conservador, apegado a recordações e tradições. Quem não valoriza o passado e as tradições não pode conhecer o povo, porque não sente como ele. A vida popular é feita de emoções simples e milenares. A vida de família, por exemplo, é o coração da vivência popular. Que não ama essas coisas não pode compreender o povo."

(Revista Mundo Multicultural, ano 1, edição nº 12, de dezembro de 2001)

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Não entendo qual a vantagem de 'pensar com os próprios miolos'. Quando vejo todos os livros bons que li desde a juventude, sei que eu jamais conseguiria descobrir por mim mesmo um milésimo do que ali aprendi.

As coisas mais originais que acredito ter descoberto -- a teoria dos quatro discursos, o intuicionismo radical, as camadas da personalidade, o trauma de emergência da razão, a teoria da mentalidade revolucionária etc. -- não são senão a expressão formal de coisas que os filósofos dos séculos passados já haviam insinuado compactadamente. Não há nada de novo sob o sol, mesmo o topless já está um pouco antiquado.

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PETITIO PRINCIPII é um erro lógico tão elementar que prova a sua TOTAL falta de cultura científica e filosófica e joga você, imediatamente, fora da discussão.

Além da petição de princípio, TODOS os objetores que entraram na discussão sobre a água plana padeciam de outra deficiência lógica, a mais grave de todas, a 'ignoratio elenchi', total incapacidade de perceber qual é exatamente o ponto em discussão.
Nada do que escreveram tem valor, exceto como amostra da imbecilização crescente dos estudantes e professores universitários no Brasil.

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Hegemonia intelectual é o monopólio das idéias circulantes. Hegemonia cultural é o controle dos canais de difusão, educação e cultura.
A hegemonia intelectual da esquerda foi quebrada, e eu a quebrei sozinho, entre 1993 e 2005. A hegemonia cultural continua intacta.
Quantas universidades a direita tomou? Nenhuma. Quantas redações de jornais? Nenhuma. Quantos canais de TV? Nenhum.

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A lavagem cerebral, como o sabe qualquer estudioso da matéria, é um conjunto de procedimentos cruéis, assustadores e traumáticos destinados a destruir, na vítima, o respeito por si mesma e o senso da identidade pessoal, substituindo a personalidade existente por uma construção artificial duradoura, imposta de fora por um instrutor.
A técnica empregada para isso é de tipo integralmente behaviorista, fundada na visão redutiva do ser humano como um mero sistema de reflexos condicionados, não diferente, em substância, de um coelho ou de um cachorro.
Originada nos estudos do psicólogo russo Ivan Pavlov, a lavagem cerebral foi abundantemente usada por psicólogos chineses e norte-vietnamitas em soldados americanos, e posteriormente aperfeiçoada, com o nome de 'mind control', pelo programa da CIA que se celebrizou com o nome de MK-Ultra e acabou sendo proibido pelo Congresso americano.

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