Poemas Olavo Bilac sobre Patria
"Quanto mais ignorante o sujeito, mais certeza ele tem. E quanto mais certezas absurdas ele tem, mais ele afirma que tudo é relativo, que não existem certezas definitivas."
Ter um “eu” é a mais alta dignidade que Deus concedeu ao ser humano. Os animais têm uma identidade, mas não uma consciência moral autobiográfica. Eles não podem contar sua história, confessar seus pecados e responder pelas suas ações.
A atenção é a substância da identidade humana. Dominá-la segundo uma ordem de prioridades é dominar o destino até o extremo limite das nossas forças. A principal função da mídia é impedir que isso aconteça.
É preciso ser corajoso e bom, humilde e capaz. Se houver talento, melhor ainda, mas este último não dispensa os quatro primeiros.
Se um pai conseguir educar uma criança até os cinco anos sem nunca fazê-la chorar, ela vai amá-lo, respeitá-lo, admirá-lo e obedecê-lo pelo resto da vida.
O pecador pode ficar tão envergonhado dos seus erros que desvia os olhos de Deus, foge de Deus. A ênfase unilateral no arrependimento como EMOÇÃO leva a isso. Pensar na confissão sob o aspecto da metáfora médica alivia essa emoção e previne esse erro. O doente, em vez de esconder os seus males, os exibe ao médico.
Conhecer a realidade não é espremê-la no pensável: é integrar-se nela conscientemente e de todo o coração, como o nadador que conhece o mar jogando-se nele sem medo das ondas.
"Como é que você reconhece um canalha? Um canalha despreza o conhecimento e não abdica do direito de ter opiniões."
Após adquirir os critérios e métodos fundamentais da vida intelectual, o passo seguinte é abrir-se, sem prevenções nem medo, não a todos os “argumentos”, o que seria mergulhar numa tagarelice sem fim, mas a todos os fatos. Leia e ouça tudo, pouco importando se vai contra a sua igreja, contra o seu partido, contra os judeus, contra os católicos ou contra a sua mãe. Durante alguns anos você vai ficar numa confusão dos diabos, mas, se permanecer calmo e paciente, observando a confusão com honesto interesse e com compaixão, no fim algumas linhas de força acabarão sugerindo a forma do conjunto.
A verdade só existe na intuição da realidade concreta e viva por um ser humano concreto e vivo, no momento em que essa intuição acontece. Tudo o que está escrito é apenas o registro de atos de intuição já acontecidos, que têm de ser REVIVIDOS para tornar-se verdades de novo. A verdade é uma PRESENÇA, não uma proposição, uma coisa dita ou escrita. Isto mesmo que estou escrevendo, expressando uma intuição que tenho, e que no momento é verdade na minha consciência, só será verdade de novo quando você, depois de ler o que escrevi, intuir a mesma coisa que intui, com a mesma evidência gritante que tem para mim agora.
Quando penso nos meus amigos e familiares que continuam suportando no Brasil uma vida só de pequenos obstáculos e impossibilidades, esmagados sob milhões de probleminhas insignificantes e insolúveis, como que assediados por exércitos inumeráveis de mosquitos de ferro, sinto que não há em todos os olhos do mundo lágrimas suficientes para chorar tamanho desperdício de energia humana, tamanha celebração do insensato e do absurdo.
Só aquele que, na solidão, sabe ser rigoroso e justo consigo mesmo – e contra si mesmo – é capaz de julgar os outros com justiça, em vez de se deixar levar pelos gritos da multidão, pelos estereótipos da propaganda, pelo interesse próprio disfarçado em belos pretextos morais.
Histeria não tem nada a ver com ter chiliques e dar gritinhos, embora essas coisas às vezes aconteçam. Histeria basicamente é mentir para si mesmo, é autopersuasão forçada, é criar um falso personagem e acreditar nele.
A atenção é a substância da consciência. Tudo aquilo a que você presta muita atenção acaba se transformando em você.
Aquele que cresceu e lutou sozinho aprende a contar apenas com as suas próprias forças e a avaliar com modéstia e prudência a autoridade que possa exercer sobre os outros.
Inversamente, aquele que cresceu sob a proteção de uma família próspera, num meio social estável, não hesitará em impor uma autoridade que não se sustenta nele próprio, mas na ajuda que espera receber. Quanto mais mandão, mais pueril.
O imbecil-padrão acredita em todas as opiniões com que está acostumado e duvida de todas as que pareçam contrariá-las. Seu critério da verdade é o conforto ou desconforto da sua mente.
Possuir armas não é só uma questão de necessidade, mas de dignidade. Quem se recusa a ter armas transfere a outros o dever de matar e morrer para defendê-lo. Nem velhinhas frágeis têm o direito de pensar assim, quanto mais homens adultos e fortes.
Estou impressionado com o número de cristãos que acham que podem ser perdoados sem perdoar -- coisa que, a rigor, é cem por cento impossível.
