Poemas Nordestinos
O Saci-Pererê
Em um dia de Sol
Ele aparecei com uma perna só
Também só tinha essa
Mas corria depressa
Ele era inquieto
Subia até no teto
Pulava nas árvores
A fim de ver as árvores
Andava a cavalo
O que fazia um estardalhaço
Dava nó nas suas crinas
Para assustar as vizinhas
Ele queria entrar em uma casa
Só que a porta estava trancada
Pulou a janela
E machucou a canela
Ele fez um redemoinho
Para ventar um tiquinho
Apagou o fogo
E queimou o almoço
Foi embora
Com cara de boboca
Porque quase morreu
Com a bronca que o bigodudo deu
Fim
Você é meu presente raro,
Tesouro doce e valioso,
Um diamante lapidado,
Brilhante, puro e precioso.
Deus, em sua infinita bondade,
Me deu você com tanto amor,
E desde então, a felicidade
Floresce em mim com seu calor.
Dos cordéis cito elementos
Tidos como essenciais
Todos tão fundamentais
Que elevam meus argumentos
Autentico ensinamentos
Cito a métrica fiel
A rima com seu papel
E a oração feito luz
Trilogia que introduz
Este ABC do cordel!
Faça a vida ficar leve
Olhe para o lado bom
Diga o que você sente
Fale alto e bom som
Seja alegre, vá cantar
E quando desafinar
Tente retomar o tom
Fim de ano é o tempo
De fazer reflexão
É a hora de pausar
De rever cada ação
É a vez de faxinar
De lavar e de passar
As roupas do coração
Completar aniversário
Não é só envelhecer
É fazer novos amigos
É o mundo conhecer
Ter história pra contar
Lição pra compartilhar
E vontade de aprender
Invisível de Tanto Estar
Você estava ali,
sempre ali.
Presença firme,
sem alarde, sem fim.
Tão constante,
que virou paisagem,
fundo da minha
própria viagem.
Não te vi sumir,
porque nunca partiu.
Mas percebi tua falta
quando o mundo se abriu.
Era você
em cada detalhe pequeno,
em cada gesto sereno,
no silêncio que sustenta o dia.
Às vezes, quem mais cuida
é quem menos se vê.
Porque brilha tão perto...
que esquecem de perceber.
Cabra Sem Frescura
Sou da terra do sol quente,
Onde o povo é valente,
Aqui não tem paciência
Pra frescura de mais gente.
Se vier com lero-lero,
Já dou logo um "vá-se embora!"
Comigo é tudo na raça,
Sem mimimi, sem demora!
Se tropeçar, eu dou risada,
Depois ajudo, é claro,
Mas drama só presta em novela,
No meu terreiro é raro.
Sou do tipo desenrolado,
Não dou volta, não enrolo,
Falo mesmo na lata,
Se gostou, dê logo um colo!
Tem gente que vive de chiado,
De cara feia e fofoca,
Mas eu vivo é de risada,
De cuscuz, forró e tapioca.
Não sou de fazer arrodeio,
Sou direto igual rojão,
E se quiser paz comigo,
Deixe a frescura no chão!
Continuar Tentando
Continuar tentando eu sigo,
Mesmo quando o dia é ruim,
Mesmo quando a mente pesa
E o corpo já diz: “chega, fim!”
Mas eu não volto ao passado,
Pois já me curei de mim.
Os velhos jeitos me chamam,
Querem que eu volte a ser
Aquela que se escondia,
Que só sabia sofrer…
Mas hoje eu sou insistente,
Aprendi a me escolher.
Nem tudo está em minha mão,
E isso eu precisei ver,
O mundo gira sozinho,
Não posso tudo conter.
Controlar tudo é engano,
Só me fazia sofrer.
Nem tudo é como eu quero,
A vida tem seu compasso,
Aprendi a ter paciência
E confiar no meu passo.
O que é meu vem no tempo,
Mesmo lento, mesmo escasso.
Pensar demais não resolve
Se eu não botar a mão,
Ficar só filosofando
Não traz transformação.
Sonho sem ação concreta
É pura imaginação.
O passado não me prende,
Já não vivo de lembrança.
Olho pra frente com garra,
Com coragem e esperança.
Quem só vive de passado
Trava o passo e perde a dança.
Continuo persistindo,
Mesmo que doa o caminho.
Se cair, me levanto,
Não estou mais sozinha.
Hoje eu sou minha força,
Minha luz, meu próprio ninho.
Agora, eu vou dormir
Que amanhã tem entrevista
Pensei que era mais fácil
Essa vida de artista
Mas não rende nem dinheiro
Que saudade de Monteiro
Estou já pegando a pista.
Vou contar uma história precupante
Que ocorreu na justiça Federal
Uma mulher com problema emocional
sai correndo sem o seu acompanhante
ainda bem que o nosso vigilante
tava atento a abordou e fez parar
e deu tempo a família controlar
e o pior se evitou, foi por um triz
cabe agora aguardar que o juiz
veja todo processo pra julgar.
Thiago e Eliézia
Hoje é um dia especial
Que merece ser lembrado
Na justiça Federal
Tendo em vista a importância
Da função do oficial
Quase sempre viajando
Pra cumprir cada mandado
Muitas horas de trabalho
As vezes subestimado
Os perigos são diversos
Pois ninguém quer ser citado
A missão é bem maior
Impossível eu te contar
Com estes versos de cordel
Quero só poder mostrar
Que está data é valiosa
Temos que comemorar
O PAÍS QUE EU QUERO.
O Brasil que eu espero
é um Brasil de esperança
sem o choro da criança
e do amigo sincero
o país que tanto quero
tem que ter honestidade
tem que ter felicidade
quero um Brasil desse jeito
não precisa ser perfeito
mas que seja de verdade.
Quero um país sem maldade
que não tenha preconceito
que o valor do meu direito
não me sirva só a metade
quero ter a liberdade
ser feliz no meu espaço
dividir cada pedaço
sem ter distinção de cor
quero um Brasil do amor
do respeito e do abraço.
Na loteria da vida,
Cada um faz o seu jogo
E o ponteiro da sorte
Empurra todos no fogo
Dá a cada um seu prêmio,
Sem ninguém lhe fazer rogo.
Levantai-vos, Castro Alves
Do túmulo onde dormis,
Vinde já nesse momento,
Com vossa lira feliz
Permutar as Vozes d’África
Pelas de vosso país.
Família Animal
Meu tio é um boi
Minha tia uma vaca
Não sabem dizer "Oi"
E toda bosta do chão cata
Um é morto de fome
A outra é triste da vida
O "Morto" é o que mais come
A outra é a mais exibida
Tenho uma parente Baleia
E um parente Sapo
Uma fica olhando a vida alheia
E outro é bom de papo
Essa é a família animal
Vieram da Natureza
É perigo total
Nenhum deles tem beleza.
A encrenca
Alguém disse que o amor:
"É uma flor roxa"
Parece a fala de um perdedor
E trouxa
Quem disse foi o Peter Pan
Veio da Terra do Nunca
O qual ele é superfã
E tem problema de junta
Tá olhando o quê, Indiona,
Nunca viu não?
E essa roupa cafona
Encontrou em liquidação?
E você, Pajé,
Volta para a tribo
Qual é?
Por que encrencou comigo?
E você, Ursa?
Se acha bonita
De tudo abusa
Parece uma cabrita
Tem na classe um pagodeiro
Não para de cantar
É um bagunceiro
Só sabe falar.
Que a fome não seja somente de pão,
que a sede não seja só de Coca-Cola:
a fome de livros, a sede de escola
contêm a semente da revolução.
Com Braulio Tavares, amigo e irmão,
esgrimo palavras no meu poetar,
que têm dois poderes: ferir e curar
e na noite escura são nossos faróis;
parecem centelhas, mas são arrebóis,
nos dez de galope na beira do mar.
O cosmos é uma orquestra
Regida por braço destro,
Os planetas e as estrelas
Aos quais dirijo meu estro
São sinfonias compostas
Pelo Divino Maestro.
Sempre será criticado
Mote
Faça você algo ou não
Sempre será criticado.
Voltas
Quando tiver atitude
E a ação for bela e exitosa
Ouvirá crítica rude
Fala ferina e maldosa.
Mas se não tem compromisso
Dirão que é um sujeito omisso.
Então empreenda a ação
Faça o intento desejado.
Porque
Faça algo ou não
Sempre será criticado.
Mire a linha do horizonte
A dica é do Galeano
Planeje meta que aponte
O êxito de seu plano.
Persiga sua utopia
Com trabalho, fé e alegria.
Siga a sua intuição
E efetive o planejado.
Porque
Faça você algo ou não
Sempre será criticado.
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