Poemas Nao quero dizer Adeus
Não me ameace com beijos, abraços e frases feitas.
Não me prenda com insegurança e seus medos tolos.
Não me julgue por seus pensamentos e sua imaginação fértil.
Não coloque palavras em minha boca, que você sabe que eu não diria.
Não veja tudo como se você quisesse estar aqui do meu lado.
E não pense que eu gosto de estar do seu lado.
Não coloque no meu coração sentimentos por você, que eu não tenho.
Não veja flores em mim, muito menos corações, porque isso é modinha hoje em dia.
E você sabe que eu não suporto modinhas.
Não faça da sua vida, o meu pedestal.
Não me queira na frente dos seus sonhos.
Não surte por mim, nunca se mate por mim.
Nem mate outras pessoas que possam estar comigo.
E simplesmente não se lembre de tudo que eu fiz pra estar com você.
Eu nem fiz tanto assim, você sabe.
Foi o minimo que eu podia fazer, e nem queria tanto assim.
Nunca faça cortesia pra falar comigo, melhor não fale.
Se tem algo a me dizer faça com que outra pessoa fale.
Eu não lembro nem da sua voz.
Você é algo que eu esqueci, com muito tempo e outras pessoas.
Não ache que o tempo não passou pra nós dois.
Não coloque os dias atuais no passado.
E não lembre da minha existência, porque eu não lembro da sua.
AMOR
O amor não se derrama
É da conta do coração
O amor não se encharca
É dos orifícios do coração
O amor o que nunca erra
Acerta com precisão
O amor anda correndo
Mas não se mete contramão
O amor é a vontade
De se comer com a mão
O amor todo é real
Nunca tende à ficção
O amor dar na cabeça
E dói lá no coração
O amor não é acusador
Sua sentença é o perdão
O amor pode ser ferido
Por que se posta na posição
Como fez o amor de Cristo
Deu-se às lanças e ao perdão
O amor fica indeciso
Entre o vento e o portão
O amor é criação de Deus
De nós só pede sua gratidão
O amor vai às estrela
E brinca lá de cordão
O amor é uma flor aberta
Atracado aos espinhos
Também é o floral botão
É por amor que ao chão desce
Inesperadas chuvas de verão
Que vê o amor não se questiona
Sabe estar diante do bom sinal marcada a mão
O amor pode ser um vício
Que não gera depressão.
O amor é um lutador
Um barulhento tambor
Soqueando o coração.
Um dia virei pra alguém que chorava e perguntei o que tinha acontecido.
Não falei nada após isso, mas ela simplesmente parou de chorar depois de me contar.
É que muitas vezes estamos tão pedidos que não confiamos nem mesmo em nossos amigos pra contar as coisas e desconhecidos acabam se tornando os mais confiáveis.
"MERECEDOR"
Não minto em verso e prosa, pois
apenas sei o quanto falar
Aceno com minha mão sem naufragar
Meus lábios sedentos retocam a alegria
O que me destina este exato momento
Não penso, mas sou como o vento
Vagas lembranças tenho de criança
Sou o merecedor do meu pensamento
Não choro em meu eterno tormento,
mas viajo nas águas que agora lamento
Mesmo que o monte se afaste não descansarei
Vejo que as minhas palavras o mundo irá alcançar
Minha fidelidade é real e permanente
Tudo é exatamente assim, mas isso faz parte de mim.
Deveríamos nos rebelar todos os dias contra certas 'regras', que anulam nossa individualidade.
Não deixar que invadam nosso espaço.
A expressão da individualidade aguça o senso crítico e reforça a personalidade.
Querem nos impor padrões comportamentais, querem nos vender idéias pré-concebidas, já que o poder e controle da "massa" só funciona à base de conformismo. Querem nos fazer meros buscadores de dinheiro.
Querem que sejamos humanos econômicos totais, desprovidos de valores, de família, de altruísmo, de senso analítico.
Contra tais brutalidades ideológicas deveríamos nos rebelar.
Em cada ser humano acontecer uma micro-revolução.
Às vezes sei da verdade,
Mas finjo que ainda não a vi.
Às vezes acho que terei saudades...
Saudades do dia que a conheci.
Lembranças eu terei,
Daquilo que juntos tentamos ser.
Boas ou ruins? Não sei.
Me doei,e me machuquei pra valer...
Talvez algum dia eu entenda,
Se veio pra ficar ou se é passageiro.
Este sentimento que me sustenta,
Será que é amor verdadeiro?
No redemoinho o saci pára.
O mundo gira e o saci espera.
Não é o saci que roda, é o mundo que gira pela janela!
Declaração do amor
Hoje o amor contou-me
Não como uma confissão, mas num tom descontraído
Contou-me que andava perdido
Por entre meus olhos, por entre meus risos
Hoje a alegria contou-me
Cochichou discretamente como se segredo fosse
Contou-me o motivo de ser:
O amor embalava uma vida mais doce
Não tenho pressa do amor
O amor se apressa naturalmente
Ele escorre feito água
Invade, chega.
O amor encontra meios
Ele decide, a gente descobre
E nos acorda no susto de um beijo...
Quem for teimoso,
Oras! Que discorde!
ENLACE
Ele ultrapassa as razões criadas por ele
As tantas razões que não chegam num acordo
Ele ignora todas
Elas viram pedaços de vidro camuflados no chão
Um perigo que não é notado
Não há nada que o faça voltar agora
Ele sabe que uma coisa é certa:
Um passo lento pode dizer muita coisa
Mas um passo para trás pode dizer ainda mais
Então ele continua
A mão abraça fortemente o motivo de tudo
Aquele minúsculo sol
Um símbolo em extinção, talvez...
Pra ele, a prova da certeza absoluta
Não usa palavras, somente um gesto
As mãos unidas apoiadas no joelho
Abrem a pequena caixa felpuda
A luz maior não vem do pequeno sol
E sim das pupilas do olhar da moça
A FALTA
Um vazio de palavras que não suporto! Os sentimentos por vezes são tantos que os pensamentos não acompanham de modo algum. Correm, mas não chegam! Indecifráveis verdades rondam meus dias... e as noites são absolutamente mudas. Dê-me ao menos notas ou sorrisos e lágrimas! Grite, mas esteja! Desvende meus olhos, oras! Mas, faça-me o favor: explique-me... se as palavras sumiram no exato momento da sua ausência, não acha que em algum bolso seu elas devem estar? Como então devo falar-te da falta que me faz se tudo o que me resta são letras esparsas? Complicado te encontrar... mais complicado ainda te deixar.
Oh, amor
Vem que eu ainda te espero.
"Não demores, nem faças devaneios
Me lembre, amor..Me lembre.
Ás vezes sou imatura e te procuro demais
Ás vezes quero te esquecer.
Mas, me treme, amor...
Me treme saber
Que posso ter aminésia....
De te querer."
Geralmente não leio os meus próprios textos.
Nem lembro o escrevi ontem.
Hoje tenho uma nova sensação de tudo que assisti em meu pensamento.
Quando estou com você
Não há nada melhor que eu possa fazer
Você é tudo o que eu sempre quis
Tudo o que sempre sonhei
A você me entrego com meu amor e carinho
Sem medo de me ferir, de me machucar
Não importa as pedras no caminho
Se estivermos juntos
Conseguiremos fazer com elas o nosso castelo.
Quem tenta não sabe, mas quem nunca tentou teve medo.
E ter medo de tentar é a certeza de que nada vai acontecer.
E de tanto nada acontecer eu me sinto bem.
Tudo continua, até mesmo se eu não faço nada pra mudar o momento.
Uma certeza.
Não importa onde as estradas da vida irão me levar,
eu sei que irei encontrar teu sorriso pelo caminho.
ANTES DE TI
Antes de te ter
Eu não tinha os provimentos de agora.
E tudo o que eu ganhava
Gastava em negócios com o mundo.
Tudo, nada, serviam-me
Da mesma forma, desatinada
Ou era pequeno ou demasiado grande.
O tempo encontra o que guardamos
E por todas as vezes tirava de mim.
Mas quando se tem o amaor do seu lado
Tudo tende a se modificar.
Se sou acanhado
Não sabia valorizar o que tenho
E tudo escapava de mim
Como água que contemos nas mãos.
E até eu desaparecia.
Clara estrela, benfazejo dia
Luminoso instante
Em que a mim te deste
Tudo passou a ter sentido e valor.
Encareceram, valorizaram-se
E hoje é o mundo
Que me acerca
Propondo negócios comigo
Mas tudo eu quero, contigo
Ninguém cogita, nem pensa ter
Sabem que são minhas
Todas as peças de ouro
Lustrado amor
Com o pano que cobre
De transparência,o meu coração...
INCÓNITO
Não sei mais quem sou
Ou quanto de mim existe...
Tantas vezes mudei
Tantas vezes piorei
No tempo em que
Minhas penas se largavam.
Quem tem saudades
Vive no passado
Pisa com pés de gigante
O instigante andamento
De quem quer chegar.
Quantas vezes aportei
Às margens de qualquer rio
Tantas vezes me larguei
Em cursos que eu não sabia.
Quantos amores tive
Com a necessidade de amar profundo
Ou com a destreza de fincar-me fecundo
Ou nem amar, por vezes passei
Solitárias noites de inverno
Sem quem me cobrisse.
Quantas vezes no verão
Dormi sufocado
Por um amor que me agasalhava
De um cobertor pequeno
Que não me chegava aos pés.
Quantas vezes fui criança
Nas voltas do meu coração
E quantas vezes pisei com desequilíbrio
A posição do homem astuto
E assim fiquei chorando e cantando
Indo e voltando
Partindo e não saindo do meu lugar.
Por vezes não sei por onde fui
Na companhia medrosa do menino
E nas condições do adulto.
Faço juras absurdas,
Falo com o olhar,
Me desespero.
Choro um rio de água salgada,
Mais não me omito, eu vivo!
