Poemas Nao quero dizer Adeus
SE VOCÊ QUISER
de: Hilton Custódio Alves Júnior/
(José Ricardo de Matos Pereira)
Vou virar mais uma noite em claro
Vou tentar juntar os meus pedaços
Vou ficar te relembrando a toa
Esquecendo que o tempo voa
Vou tentar rasgar o teu retrato,
Teu perfume ainda esta no quarto
Vou negar teu nome quantas vezes
Minha solidão e magoa permitir
Vou tentar pintar um novo quadro
Sem as cores que você levou
Sobre o nada rabiscar teu nome
Com o pranto desbotar a dor
Viajar perdido em outro corpo
Procurando algum resquício teu
Vou achar teus beijos em quantas bocas
Tua indecisão e arrogância permitir
Mas se você quiser, podemos se encontrar
Mas se você quiser, estou te esperando lá
Mas se você quiser...
DISTANTE
de: Hilton Custódio Alves Júnior/
(José Ricardo de Matos Pereira)
Hoje distante de tudo
O sol procura meu rosto
Tentando achar um sorriso
Há muito tempo esquecido
Meu pensamento então voa
Ele é um pássaro triste
Cansado já sem força
Tentando encontrar um abrigo
Chora quando canta,
Voa para esquecer
Do passado sempre presente
Que insiste em atormentar
Voa, se perde no espaço
Tentando se encontrar
Soldado esquecido e sem guerra
Sem forças pra lutar
(sem título)
de: José Ricardo de Matos Pereira
Tudo fica
Nada vai dissipar o sonho
Meu querer e teu desejo reunido
Nada vai saciar o vento
Folhas,
Galhos e empecilhos...
Nada vai estancar a dor
Tua ausência é frasco sem perfume...
Nada vai derrubar a flor,
Que envolta em espinho te versificam e
Me resume...
Nada vai apagar meu desejo
Fruto do querer que me arrebata
Nada vai decifrar o que sinto...
Poeira, sol
Mar e poesia,
Amor e solidão,
O luar que me extasia
(sem título)
de: José Ricardo de Matos Pereira
No sonho inusitado que floresce... em meio a fronte que te circunda em flores...
lampejos de um amanhecer que até então desconheço...!!
Resquícios de um não saber...
Constatações de tudo que se afloram, mesmo que em soluços que me prendem...,
que me fazem relutar ao inevitável...,
Teu, meu,
nosso indecifrável e repentino desejo....!!!!
Só (lidão)
de: José Ricardo de Matos Pereira
Eu sei,
Que mesmo sentindo calado,
Na noite eterna e singular,
No frio que agasalha a solidão...,
Insólita e
Indesejada.
Eu sei,
Que mesmo sonhando acordado,
Virá o vulto...!
A faísca que me integra,
E, ao mesmo tempo
me parte,
Inconsequentemente...
Eu sei,
Que não deveria viver sem você...
Que o albergue que procurava estava em teus olhos, e,
Que teu sorriso simplificava até minhas palavras tortas...,
Desconexas...!
Eu sei,
Que você nunca existiu.
Você foi um sonho que passou.
Você foi à luz que um dia raiou
E,
No entanto,
Se dissipou...!
Você foi o arrepio de meu desejo,
A verdade de meu sentimento.
A tristeza de meu lampejo,
E,
a tortura de meu esquecimento...!
ELA
de: José Ricardo de Matos Pereira
E ela surge em meio à multidão...
O ambiente se transforma em
apenas três,
Ela...
Eu...
E o desejo soletrado,
Ritmado pelo nuance de seu
quadril envolto nos meus...
Sonhos e contemplações,
Virtudes e desabafos.
E ela urge...
Capciosa e repentina,
No reverbo do amor ensandecida.
Ela aparece feito fada em meus sonhos...
E tudo se renova!
As lágrimas já não são gotejadas,
A lâmina da solidão já não me corta,
E já não se reprisam os desafetos e
rancores que me torturavam...!
(sem título)
de: José Ricardo de Matos Pereira
Efêmera paixão,
Diagnostico inusitado de um sentir que me espera,
Raio X do sentimento que esta por vir,
E que se encontra equidistante a teu devaneio misterioso...
Retilíneo ao querer que urge a cada suspiro teu...
A cada lacrimejar despejado em meus lábios.
E, sugando as lagrimas de tua face singela,
Sacio o desejo que corroía a sensatez que me atormentava,
Que mutilava a brevidade de meus anseios...
16.10.2005
Fluir e desaparecer...
Tal qual desejo que urge avassalador e descomprometido;
Tal qual a flor a desabrochar na estação imprópria;
Tal qual a poesia sublinhada por teu sorriso
Tal qual o orvalho colhido,
Deleitado...! Set/2005
Inacabada
Tentativa
Tanto tempo pra esquecer,
Tua boca e teu sorriso...
Tanto querer sucumbido,
Desfolhado em vão...
Tanto sentir proferido ao vento,
No aço frio do não que corta o desejo
Mas não o simplifica...,
Não o dissipa...!
Tantas fagulhas de sentimento em revoada com a brisa,
Como as letras de um dicionário,
Como os sonhos que urgem na aurora do dia,
Resquícios da vontade que aflora,
Predador da solidão que me acompanha...!
Ago/2005
No luar reluzente que inspira,
Resignado ao sentir que aflora,
Designado a ilusão de que ama...,
Calado...,
Revolto em desejos que se precipitam ao olhar,
Ao vulto inusitado que extasia,
Ao alvoroço inexplicável do querer...
Súbito desejo...
Arrepio constante,
Reverbo do te ter...
Presente em brumas,
Em alfarrabos de pensamento...
Sou eu,
O sentir e o desejar...
O querer e o me permitir...!
Ago/2005
Te amo
Te amo!
Nem sei como divagar o sentimento...
Como repudiar a solidão que me reflete aos olhos...
Como traduzir em brumas meus desejos/ que se traduz em brumas de desejos.
...
Te amo!
Sem saber o que será de meu amanha,
O que serão das lágrimas que rolam na face...
Te amo tanto que esqueço de mim no intuito de te lembrar...!
Ago/2005
(sem título)
de: José Ricardo de Matos Pereira
o sonho é o bálsamo que escorre dos lábios...
que verte da imaginação de nossos desejos...
almagrando a poesia rubricada pelo sentir que aflora e entorpece....que te simplifica
Kithaaran - 12.09.2006
Respeite sua presença
você mais do que ninguém sabe
e te cabe no modo e na majestade, que tu admira e no outro mira.
Quando dentro d'alma há cicatriz
Há uma lenda que diz
Costura com fio de ouro
Prateado ou branco
Conta os segredos pro vento
Enxuga o ter sido pranto
Tece uma colcha de fuxico
Linda!
Une os retalhos acetinados
Ainda...
Remenda o que foi rasgado
Com nylon d' ouro
Não esquece viver é risco presente
Mas se há morte
Finda.
O presente.
Por mais água que se tire do poço...
Sempre brota mais e mais, porém em alguma hora,
é preciso dar um descanso para que se renove.
(...) deixo cravado minhas escritas,
direto do alto de todas as montanhas mineiras, os meus mandamentos em
forma de poesia.
A mulher foi ensinada a seduzir e ser por sempre admirada,
portanto é inevitável que se explique e muitas vezes se exponha,
Não é por ser sem vergonha, mas são costumes arraigados na alma feminina.
Ao longo dos anos, mesmo sem querer, tende a botar em prática por impulsão
a arte que aprendeu por indução, diga-se:
Se há magia, há sedução.
Topo ir ao abismo para aprender o topo
Pela virtude a atitude que me faz ser melhor
Chegar lá mesmo que só espinhos inspirem
Ver o oco que nos olha de volta e nos profana
Mostra cara a cara o que de nós é pior
A dor de amar quem se ama
Pois a alma é de nós soberana
Ao contemplar o lago das profundezas
A lindeza está na suprema fidúcia
Na escrita do poema a astúcia
Na verdade a filosofia mais bonita
Brilha feito a constelação Ursa
Entender o mistério e do tudo fugaz
Que para sempre os hemisférios
Inspirem o coração que pulsa
Acordado no peito.
Sonho desfeito
Sonhei ter feito o melhor
E tudo era tão perfeito que deu defeito
Me concertei sem dó maior
Fiz de mim mesma canção
Lágrimas para fuso sem hora
N'aurora em ascensão
Meu coração acordou confuso
E mais uma vez se fez sereno.
UM trilhão de grãos amiúdes
E tu pérolas de tantas virtudes
Um quinhão de erro COMETIDO
E coração e libido apaga.
CRENDICE
Quem me disse fui eu...
Achava que jamais iria envelhecer
Mas a gente reconhece a velhice
Na esquisitice de ver a mãe da gente morrer
E continuar a viver em nós.
Por fazer verificação com a minha mão na tua mão
Meu olhar dentro do teu
Assim pude constatar a interligação.
Receber inspirações
Pelo sopro do vento
O horto das estrelas
O suspiro da terra
em tempestade berra.
